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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ

CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

ELETRICIDADE APLICADA A ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

AMANDA SAMPAIO DA COSTA

CARLA RAMOS CALDAS

GABRIELLY SOUZA JORGE

INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA DE FARADAY

TUCURUÍ

2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ

CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

ELETRICIDADE APLICADA A ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

AMANDA SAMPAIO DA COSTA

CARLA RAMOS CALDAS

GABRIELLY SOUZA JORGE

INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA DE FARADAY

Relatório técnico
apresentado como requisito para
avaliação parcial na disciplina de
eletricidade aplicada do curso de
graduação em Engenharia Sanitária
e Ambiental na Universidade
Federal do Pará.
Orientador: Prof. Dr. Clenilson
Rodrigues da Silva.

TUCURUÍ

2023
OBJETIVOS

Objetiva-se possibilitar a medição experimental e discussão do conceito da


Lei de Indução de Faraday para os casos de movimentação de campo magnético e a
presença estática de um campo eletromagnético variável no tempo próximo de um
solenoide. Pretende-se contribuir para a compreensão física dos princípios físicos de
funcionamento de máquinas elétricas de corrente alternada (CA) como transformador
e o gerador.
Atividade Experimental 1: Demonstração de transformação de energia mecânica em
energia elétrica pela rotação de uma manivela

O intuito da primeira atividade experimental, foi manusear um equipamento que


de maneira geral contém uma manivela, gerador, correia e lâmpadas. A primeira manobra
da operante foi movimentar a manivela em sentido horário. Ao fazer isto, a correia
localizada sobre a roda da manivela seguindo até o eixo do gerador, fazendo com que as
lâmpadas acendessem. O movimento mecânico na manivela ocasionava o acionamento
das bobinas do gerador que variam em torno de um campo magnético, que na saída gera
tensão e corrente elétrica, ao fazer isso é gerado corrente elétrica para acender as
lâmpadas.

Figura 1- Gerador manual

Fonte: autoras (2023)

O processor realizado no gerador manual foi para ilustrar a conversão da energia


mecânica para energia elétrica. Verificou-se que o aumento da velocidade mecânica a
intensidade da luz da lâmpada era maior, em razão da taxa de variação do campo
magnético que gera maior tensão induzida e maior corrente elétrica na saída. Para que
duas ou as três lâmpadas fossem acessas foi preciso girar a manivela mais rapidamente e
a intensidade das luzes nas mesmas eram menores. Quando se abre o circuito das três
lâmpadas da luz nas mesmas é reduzida, e a intensidade da potência também é
fragmentada para três lâmpadas. Para obter-se mais intensidade de luz foi preciso mais
rapidez mecânica e quanto menor intensidade mecânica mais fraca a intensidade da luz,
pois a taxa de variação do campo magnético gera menor tensão induzida e menor corrente
elétrica na saída. Conclui-se então, que é possível fornecer anergia elétrica pela prática
da energia mecânica, sem precisar necessariamente de uma fonte de energia elétrica.
Figura 2- Eletricidade gerada

Fonte: autoras (2023)

Atividade Experimental 2: Demonstração da lei de indução de Faraday através de


movimentação de irmãs em uma bobina.
Material Necessário:

Durante este experimento serão necessários alguns elementos de circuitos e


equipamentos para a realização dos procedimentos experimentais:

• 1 Miliamperímetro analógico;
• 1 Multímetro Digital;
• 1 Bastão de alumínio com imãs;
• 4 imãs permanentes no formato anelar;
• 4 Cabos tipo banana-banana;
• 1 Bobina de 200/400/800 espiras;
• 1 Resistor de 10Ω.
Todo ímã apresenta dois polos, o norte e o sul, e as linhas do campo magnético
sempre fluem do polo norte para o polo sul. Esse fenômeno ocorre nos ímãs naturais,
artificiais e eletroímãs.
Quando um corpo é lançado na região de um campo magnético, se seu sentido for
o mesmo que os das linhas do campo, o ângulo formado entre a velocidade e o campo
magnético poderá ser de 0° (caso o sentido do corpo seguir do polo norte para o sul do
ímã) ou de 180° (caso o sentido do corpo seguir do polo sul para o norte do ímã). Nesses
casos, o corpo obedecerá ao conceito do movimento retilíneo uniforme (aceleração nula
e velocidade constante). Para determinar o comportamento que o corpo carregado deve
ter ao ser imerso no campo, é necessário verificar o sentido do campo magnético.
Foram utilizadas bobinas de 200, 400 e 800 espirras. O primeiro experimento foi
utilizado uma espirra 200, que mostra uma corrente elétrica sendo induzida na bobina
quando o ímã é aproximado ou afastado, ou seja, quando há uma variação no fluxo
magnético. O experimento mostra uma corrente elétrica sendo induzida na bobina da
esquerda quando há uma variação na corrente elétrica na bobina direita.
Quando o ímã é aproximado da bobina com uma velocidade lenta, o ponteiro do
amperímetro sofre uma deflexão, indicando que a uma corrente de 0,5 A.

Figura 3- Miliamperímetro (medição lenta)

Fonte: autoras (2023)

Quando o ímã é aproximado da bobina com uma velocidade rápida, o ponteiro do


amperímetro sofre uma deflexão, indicando que a uma corrente de 0,7 A.

Figura 4- Miliamperímetro (medição rápido)

Fonte: autoras (2023)

O experimento mostra uma tensão elétrica com uma velocidade lenta através do
bastão de imãs, obteve-se uma tensão de 0,11 V.
Figura 5- Medição da tensão

Fonte: autoras (2023)

O segundo experimento foi utilizado uma espirra 400, em que seguiu o mesmo
processo do primeiro experimento. Obteve-se uma corrente de 0,7 A.

Figura 6- Medição da corrente

Fonte: autoras (2023)

Após este processo, colheu a tensão elétrica seguindo o mesmo procedimento do


primeiro experimento, que adquiriu um valor da tensão em velocidade lenta de 0,021 V.

Figura 7- Medição da tensão

. Fonte: autoras (2023)

Com velocidade rápida, obteve-se um valor da tensão de 0,041V.


Figura 8- Medição da tensão

. Fonte: autoras (2023)

O terceiro experimento foi utilizado uma espirra de 800, em que foi seguido o
mesmo procedimento dos experimentos anteriores, onde adquiriu uma corrente de 1,5 A.
Figura 9- Medição da corrente

Fonte: autoras (2023)

Tensão de com velocidade lenta de 0,052 V.

Figura 10- Medição da tensão

Fonte: autoras (2023)

Tensão com velocidade rápida de 0,156 V.

Figura 11- Medição da tensão


Fonte: autoras (2023)

Figura 12- Diagrama esquemático

d∅
Equação à lei de indução de Faraday: Vind = - N , onde Vind é a tensão induzida
dt

nos terminais da bobina, N é o número de espiras ou voltas da bobina, ∅ é o fluxo


magnético que atravessa a bobina, o menos na equação quer dizer que o sentido da
corrente dada pelo campo variante no tempo é a variação do campo magnético no tempo
gerando uma corrente no sentido oposto ao campo original, na tentativa de cancelar a
variação do campo original.

Conclui-se que, quando o ímã se move mais próximo da bobina o fluxo


rapidamente aumenta até o ímã estar dentro da bobina. Assim que ele passa através da
bobina, o fluxo magnético pela bobina começa a diminuir. Consequentemente, a FEM
induzida se inverte. Sendo assim, observa-se que conforme aumentava a espirra os
resultados eram mais elevados.

Um ímã em repouso dentro ou perto da bobina: nenhuma tensão observada.

Um ímã se movendo em direção à bobina: alguma tensão é medida,


atingindo um pico enquanto o ímã se aproxima do centro da bobina.
Um ímã passa através do meio da bobina: a tensão medida rapidamente
muda de sinal.

Um ímã passa para fora e vai para longe da bobina: a tensão medida está na
direção oposta ao caso anterior do ímã se movendo para dentro da bobina.

Uma corrente elétrica cria ao seu redor um campo magnético e isto também ocorre
com a corrente induzida. Desta forma, Faraday observou que quando o fluxo magnético
aumenta, uma corrente induzida surge no condutor em um sentido tal que o campo
magnético criado por ela tenta impedir a variação deste fluxo.

Aqui estão alguns exemplos da aplicação da lei de Faraday:

Gerador elétrico: os geradores elétricos convertem a energia cinética rotacional


em eletricidade, girando um ímã chamado rotor. O rotor gira em torno de bobinas fixas,
gerando um campo magnético variável que induz uma corrente elétrica. Dependendo da
configuração, o gerador de corrente pode ser corrente contínua, corrente alternada ou
trifásico.

Motor elétrico: o motor elétrico funciona no sentido inverso do gerador. Em um


motor elétrico, uma corrente é aplicada a um eletroímã que gera um campo magnético.
Este campo interage com o ímã do rotor fazendo com que ele gire.

Freio magnético: um freio magnético funciona conectando um eletroímã a um


disco de metal. Para ativar o freio, circulamos uma corrente através do eletroímã e o
ativamos. A corrente elétrica gera um campo magnético no disco. O campo magnético
induz as chamadas correntes parasitas pela lei de Faraday. As correntes parasitas são
afetadas pelo efeito Joule e liberam calor, que é a energia proveniente da energia cinética
do disco. Ao reduzir a energia cinética, o disco fica mais lento.

Fogões de indução: um fogão de indução também funciona pela lei de Joule,


gerando correntes parasitas. Um ímã em espiral é colocado sob a placa de vitrocerâmica.
Colocar um recipiente de metal na placa ativa o ímã, induzindo correntes parasitas e,
portanto, calor.
Atividade Experimental 3: Demonstração da aplicação da lei de indução de Faraday
em transformadores

Materiais:

 2 Multímetros digitais;
 1 Osciloscópio digital;
 1 Fonte de tensão CA regulável;
 Cabos tipo banana-banana;
 1 Bobina de 800 espiras;
 1 Bobina de 400 espiras;
 1 Núcleo magnético em O de ferro-silício

Foi utilizado um transformador de 1.1 com um multímetro conectado na entrada


do transformador e na saída. Foi necessário aumentar a relação de espiras, houve uma
quantidade de espiras na entrada e saída do transformador, no entanto, elas podem variar
os números de espiras. A maior quantidade de espiras será na entrada, pois se a energia
for ligada na entrada haverá abaixamento de tensão, porquê o processo foi realizado de
mais espiras para o de menos espiras. Se a energia for ligada do lado negativo com maior
quantidade de espiras do que para o lado positivo, iria haver uma elevação de tensão, e a
corrente aumenta e diminui proporcionalmente (quando a tensão aumenta, a correte
diminui, e vice-versa). A fonte de alimentação foi ligada ao lado positivo para o negativo,
com relação de espiras de 4.1. A entrada que foi ligada a fonte de energia no gerador com
10volts que vai ser a primaria, e na saída secundaria obteve-se o valor de 5V, houve um
abaixamento de tensão, através da relação de espiras, pois o valor foi de 4.1, então
reduziu-se pela metade, entrou 10V, saiu 5V, como ocorreu um abaixamento de tensão,
pode-se dizer que nesse caso, que a corrente no secundário aumentou proporcionalmente.

A relação mudou de 1.4, a entrada foi de 9,83 volts, espera-se que a saída no
secundaria seja 4 (quatro) vezes maior que a entrada no primário.
Figura 13- Valor de entrada

Fonte: autoras (2023)

Houve esse aumento que foi de 39,20 ocorrendo uma elevação de tensão. A
corrente no secundário reduziu, pois, a tensão aumentou 4 (quatro) vezes mais, e os
mesmos são inversamente proporcionais.

Figura 14- Valor de saída

Fonte: autoras (2023)

Podemos analisar que essas conclusões estão alinhadas com a teoria dos
transformadores, que descreve como a relação de espiras afeta a tensão e a corrente em
diferentes enrolamentos. O experimento é prático e preciso, validando a aplicação da
teoria.

Quanto às aplicações na vida real, os transformadores são amplamente utilizados


em diversas áreas. Algumas delas são: Conversão de tensão, os transformadores são
usados para aumentar ou diminuir a tensão de um sistema elétrico, permitindo a
transmissão eficiente de energia elétrica em longas distâncias. Fontes de alimentação, em
dispositivos eletrônicos, transformadores são usados em fontes de alimentação para
fornecer tensões adequadas aos componentes. Redes elétricas, nas redes de distribuição
de energia, transformadores são usados em subestações para ajustar a tensão de acordo
com as necessidades de consumo.

Essas são apenas algumas aplicações comuns dos transformadores na vida real,
mostrando sua importância em diversos setores da tecnologia e eletricidade.
REFERÊNCIAS

HELERBROCK, R. Transformadores. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/v/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/fisica/transfor
madores.htm?amp_gsa=1&amp_js_v=a9&usqp=mq331AQIUAKwASCAAgM%3D>.
Acesso em: 4 jul. 2023.

MATTEDE, H. Transformadores, características e aplicações! Disponível em:


<https://www.mundodaeletrica.com.br/transformadores-caracteristicas-e-aplicacoes/>.
Acesso em: 4 jul. 2023.

PLANAS, O. Lei de Faraday: fórmula da lei da indução. Disponível em:


<https://pt.solar-energia.net/eletricidade/leis/lei-de-faraday>. Acesso em: 4 jul. 2023.

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