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Universidade Federal do Tocantins

Câmpus Universitário de Palmas

Curso de Engenharia Elétrica

Professor Sérgio Ricardo Gobira Lacerda

Relatório de Eletromagnetismo II

ISAQUE DA SILVA MORAIS

Palmas – TO, novembro de 2022


ISAQUE DA SILVA MORAIS

Prática IX

Transformadores I

Relatório sobre o laboratório de


Eletromagnetismo II apresentado ao
curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Tocantins,
como parte dos requisitos para a
obtenção de nota.

Professor: Dr. Sérgio Ricardo Gobira


Lacerda

Palmas – TO, novembro de 2022


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Introdução

Temos por corrente alternada, uma corrente elétrica na qual o sentido e o valor
variam no tempo, diferente da corrente contínua que tem seu sentido e valor já pré-
estabelecidos e sem variações ao longo do tempo. Podemos simbolizar corrente alternada
por CA (Corrente Alternada) ou AC (do inglês alternating current). Hoje em dia, a tensão
que chega em nossas casas vinda dos centros de distribuição, são de tensão alternada, pois
a mesma tem uma melhor e mais eficiente forma de transmissão, fora que a mesma pode
ser transformada, sendo ela aumentada ou diminuída. A principal forma de onda que
trabalhamos corrente alternada é a senoidal, sendo a tensão instantânea dada por:
𝑉(𝜔𝑡) = 𝑉𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)

Nos dias de hoje, o uso do transformador é de suma importância e de essencial


utilidade para qualquer situação corriqueira do dia a dia envolvendo eletricidade, pois os
mesmos são usados em grande escala em redes de distribuição e em pequena escala em
quase todos os componentes eletrônicos, desde carregadores, eletrodomésticos, entre
outros. Isso é usado a fim de controlar a tensão de saída, podendo aumentar ou diminuir
a tensão de entrada.
O transformador se dá por duas bobinas, cada uma com N espiras, fazendo com que o
fluxo magnético variável de um, influencia no fluxo magnético variável de outro. Sendo
chamado de bobina primária, a bobina na qual recebe a tensão de entrada, e de secundária, a
qual libera a tensão de saída para a carga. Porém como dito, isso depende da variação do fluxo,
logo o mesmo só se aplica a tensão alternada.
Sabendo disso, cria-se uma relação de proporcionalidade entre as duas tensões, que é
comumente usada para se obter a saída na secundária, tal relação é dada por:
𝑉1/ 𝑉2 = 𝑁1 / 𝑁2
Logo sabemos que a tensão no secundário irá aumentar caso suas espiras aumentem em
relçação ao primeiro, e assim por vice e versa.
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Objetivos
O presente relatório tem como objetivo analisar o funcionamento de um
transformador, além de fazer a relação entre o número de espiras e a tensão no secundário
do transformador, assim como também fazer a relação de transformação.
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Materiais e Métodos
Para a realização dos experimentos a seguir, foram usados os seguintes
equipamentos:

• 1 núcleo de transformador;
• 2 multímetros;
• 1 chave;
• 2 conjuntos de bobinas;
• Jumpers;
• Roteiro;
• Câmera;

Figura 1: Materiais utilizados no experimento.

Fonte: Próprio Autor.


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Procedimentos
Inicialmente, preparou-se uma estratégia para cada experimento a ser realizado,
logo após, deu-se início a montagem dos equipamentos.

No primeiro experimento, foram usadas a bobina de 800 espiras, os 2 multímetros,


o núcleo do transformador e a chave. Primeiro, acoplou-se a bonina no núcleo do
transformador, depois, ligou-se a chave na tomada, com a mesma ainda fechada, ligou-a
na entrada da bobina, feito isso, ligou-se um dos multímetros no primário do
transformador, o segundo foi ligado ao secundário do transformador, de modo que o
jumper que liga o multímetro ao núcleo tivesse apenas uma volta no secundário do
transformador e fosse aumentando o número de voltas com o decorrer do experimento.

A seguir está a imagem ilustrando o equipamento montado, junto com as devidas


ligações citadas anteriormente.

Figura 2: Esquema de ligação do 1º experimento.

Fonte: Próprio Autor.

Ulteriormente, após a finalização do 1º experimento, deu-se início ao segundo


experimento. Para a realização do segundo experimento foram usados os seguintes
equipamentos: o núcleo do transformador, a bonina de 800 espiras, a bonina de boninas
variável, variando de 200 espiras a 600 espiras, a chave e os dois multímetros.
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Primeiro, acoplou-se a bobina de 800 espiras e a bonina variável no núcleo do


transformador, depois, ligou-se a chave no primário do transformador, a mesma estava
fechada e já estava ligada na tomada, nesse caso na bonina de 800 espiras, em seguida,
ligou-se um dos multímetros no primário do transformador e o outro no multímetro no
secundário do transformador, que nesse caso é a bonina variável.

A seguir, está apresentada uma imagem do equipamento montado a partir dos


passos citados anteriormente.

Figura 3: Equipamento do 2º experimento montado.

Fonte: Próprio Autor.


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Resultados e Discussão
A partir da execução dos experimentos apresentados antecedentemente, se fez
possível a montagem de algumas tabelas para análise de dos dados.

Tabela 1: Tabela referente ao 1º experimento.

N1 N2 V1 (Volts) V2 (Volts) N1/N2 V1/V2


800 1 217 0,267 800 812,73
800 2 217 0,539 400 402,60
800 3 217 0,811 266,66 267,57
800 4 217 1,081 200 200,74
800 5 217 1,345 160 161,34
800 6 218 1,630 133,33 133,13

Através da análise da tabela acima, foi-se possível chegar à algumas conclusões.


Se observarmos a tabela com atenção, vemos que quanto maior o número de espiras da
bobina no secundário do transformador, mais a tensão no secundário aumenta, o que
implica que, se igualarmos o número de espiras da bobina do secundário com o número
de espiras da bobina do primário, a tensão que passaria nas boninas, tanto no primário
quanto no secundário, seria a mesma.

Além disso, na Tabela 1 também vemos que os números de N1/N2 e V1/V2 são bem
próximos.

Tabela 2: Tabela referente ao 2º experimento.

N1 N2 V1 (Volts) V2 (Volts) N1/N2 V1/V2


800 200 218 53,4 4 4,08
800 400 218 106,8 2 2,04
800 600 218 160,7 1,33 1,36

De maneira similar ao da Tabela 1, na Tabela 2 temos que, quanto maior for o


número de espiras da bobina no secundário do transformador, maior será a tensão no
secundário, de modo que quando o número de espiras no secundário se igualar ao número
de espiras no primário, a tensão nas duas bobinas será a mesma.
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Questões
1) Se usarmos uma fonte de tensão contínua haveria a relação entre a tensão do
primário e a do secundário? Justifique sua resposta.

Não, pois o transformador opera apenas em tensão alternada. Temos que o


transformador se baseia na Lei de Faraday e na Lei de Lenz. O processamento de abaixar
ou aumentar a tensão de entrada começa com uma corrente que passa pelos fios do
primário e cria um campo magnético, pois o primário é uma bobina que se comporta de
forma semelhante a um indutor. O campo magnético gerado no primário passa a variar,
gerando um fluxo magnético, induz uma força eletromotriz nos fios do secundário. E essa
força eletromotriz induzida na bobina secundária que é direcionada a saída do
transformador.
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Conclusão
A partir da execução dos experimentos e das análises das tabelas, conclui-se que,
fez-se possível a compreensão do conceito de funcionamento de um transformador ou
analisar os resultados obtidos.

Além disso, o funcionamento de um transformador é basicamente a aplicação dos


conceitos e princípios da Lei de Lenz, que induz uma corrente, e os da Lei de Faraday,
que induz uma FEM (força eletromotriz), sendo a razão entre a variação do fluxo
magnético do transformador em um intervalo de tempo determinado.

ISAQUE DA SILVA MORAIS


05/12/2022

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