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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – DEL

DISCIPLINA: CONVERSÃO DE ENERGIA

Laboratório 1:
TRANSFORMADORES

GUSTAVO VIANA DE ALCANTARA


KELWEN SOUZA LACERDA DO NASCIMENTO
SANDRO ROBERTO PEREIRA DOS REIS

Professor: Milthon Serna Silva

Data da realização: 22/09/2022


São Cristóvão – SE
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Sumário

1. Lista de ilustrações----------------------------------------------------------------------
3

2. Lista de Tabelas-------------------------------------------------------------------------4

3. Introdução---------------------------------------------------------------------------------5

4. Objetivos-----------------------------------------------------------------------------------7

5. Materiais-----------------------------------------------------------------------------------8

6. Resultados e discussões------------------------------------------------------------11

7. Conclusão-------------------------------------------------------------------------------13

8. Referências bibliográficas-----------------------------------------------------------17

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1. Lista de Ilustrações

Figura 1- Transformador----------------------------------------------------------------------
01
Figura 2- Simulador para estudo de transformadores---------------------------------
02
Figura 3- Transformador de 50VA----------------------------------------------------------
03
Figura 4- Transformador de 100VA--------------------------------------------------------
04
Figura 5- Cabos conectores-----------------------------------------------------------------05
Figura 6- Manual DE LORENZO-----------------------------------------------------------06
Figura 7- Experimento parte 1 para 50VA-----------------------------------------------07
Figura 8- Teste em vazio---------------------------------------------------------------------08
Figura 9- Teste em curto circuito-----------------------------------------------------------09

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2. Lista de Tabelas

Tabela 1 -
Tabela 2 -
Tabela 3 -
Tabela 4 -
Tabela 5 -
Tabela 6 -
Tabela 7 -
Tabela 8 -
Tabela 9 -
Tabela 10 -
Tabela 11 -
Tabela 12 -
Tabela 13-

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3. INTRODUÇÂO
O transformador estático não é exatamente um dispositivo de conversão eletromecânica de
energia, mas é um componente extremamente importante para muitos sistemas de conversão
de energia, permitindo efetuar a transferência de energia entre dois estágios de potência [1].

A função principal de um transformador é de converter, por meio da ação de um campo


magnético, a energia elétrica CA de uma dada frequência e nível de tensão em energia elétrica
CA de mesma frequência, mas de outro nível de tensão. Os transformadores também são
usados para outros propósitos (por exemplo, amostragem de tensão, amostragem de corrente
e transformação de impedância). Os transforadores têm como funções: isolar eletricamente
dois circuitos, ajustar a tensão de saída de um circuito a tensão de entrada do circuito
seguinte e ajustar a impedância do estágio seguinte a impedância do estágo anterior do
circuito.

Ele consiste em duas ou mais bobinas de fio enroladas em torno de um núcleo ferromagnético
comum. Essas bobinas (normalmente) não estão conectadas diretamente entre si. A única
conexão entre as bobinas é o fluxo magnético comum presente dentro do núcleo. Um dos
enrolamentos do transformador é ligado a uma fonte de energia elétrica CA e o segundo
enrolamento do transformador fornece energia às cargas. O enrolamento do transformador
ligado à fonte de energia é denominado enrolamento primário ou de entrada e o enrolamento
conectado às cargas é denominado enrolamento secundário ou de saída. Em um
transformador real, os enrolamentos primário e secundário envolvem um ao outro, sendo o
enrolamento de baixa tensão o mais interno. Essa disposição simplifica o problema de isolar o
enrolamento de alta tensão do núcleo e resulta muito menos fluxo de dispersão do que seria o
caso se os dois enrolamentos estivessem separados de uma distância no núcleo.

Os transformadores de potência, como são chamados, são construídos com um núcleo que
pode ser um bloco retangular laminado simples de aço com os enrolamentos do
transformador envolvendo dois lados do retângulo. Esse tipo de construção é conhecido como
núcleo envolvido ou um núcleo laminado de três pernas com os enrolamentos envolvendo a
perna central. Esse tipo de construção é conhecido como núcleo envolvente. Sempre o núcleo
é construído com lâminas ou chapas delgadas, eletricamente isoladas entre si para minimizar
as correntes parasitas [2].

Os transformadores recebem diversos nomes, dependendo do uso que é feito nos sistemas de
potência elétrica, classificados como: Transformadores de Potência (Força ou Distribuição);
Transformadores de Instrumentação (Medição ou Proteção); Transformadores de Baixa
Potência (Eletrônica ou Comando).

Um transformador conectado à saída de uma unidade geradora e usado para elevar a tensão
até o nível de transmissão (110 kV) é denominado algumas vezes transformador da unidade de
geração. Na outra extremidade da linha de transmissão, o denominado transformador da
subestação abaixa a tensão do nível de transmissão para o nível de distribuição (de 2,3 a 34,5
kV).

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Além dos diversos transformadores de potência, dois transformadores de finalidade especial
(Transformadores de Instrumentação: Medição ou Proteção) são usados para medir a tensão
e a corrente nas máquinas elétricas e nos sistemas de potência elétrica. O primeiro desses
transformadores especiais é um dispositivo especialmente projetado para tomar uma amostra
de alta tensão e produzir uma baixa tensão secundária que lhe é diretamente proporcional.
Esse transformador também é denominado transformador de potencial. Um transformador de
potência também produz uma tensão secundária diretamente proporcional à sua tensão
primária. A diferença entre um transformador de potencial e um de potência é que o
transformador de potencial é projetado para trabalhar apenas com uma corrente muito
pequena. O segundo tipo de transformador especial é um dispositivo projetado para fornecer
uma corrente secundária muito menor do que, mas diretamente proporcional, sua corrente
primária. Esse dispositivo é denominado transformador de corrente.

(Figura 1 – Transformador [3])

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4. OBJETIVOS

Buscar a comprovação experimental que rege a teoria elementar de transformadores,


em três diferentes eventos, focando a relação de transformação e as perdas no
transformador. Em questão, trata-se de: encontrar a relação de transformação de
tensão para os transformadores de 50 VA e de 100 VA, em sua conexão como
atenuador e também como elevador; as perdas serão dimensionadas em distintos
arranjos, para determinar as perdas do ferro devido à histerese, correntes de Foucault
e a magnetização, o arranjo será o teste em vazio (secundário: No-Load) e para
determinar as perdas do cobre em cada transformador, será feito o ensaio em curto-
circuito. Este trabalho, buscará se necessário: encontrar elementos, materiais ou
fenômenos que expliquem variações fora dos valores esperados de tensão e corrente
nos transformadores em análise.

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5. MATERIAIS E MÉTODOS

A seguir serão identificados e explicados todos os materiais utilizados


para medição neste laboratório sobre transformadores.

a. Materiais

Primeiramente, para cumprimento deste experimento foi seguido um guia


laboratorial fornecido pelo professor. Além disso, foram utilizados
equipamentos como o DL10103TG – que funciona como um simulador para o
estudo de transformadores, mostrado abaixo:

Figura 2 – Simulador para estudo de transformadores

Este equipamento serve para conseguirmos medir tensão, corrente e


potência em um circuito com transformadores. Desta maneira, conseguimos
variar o valor da tensão na entrada através de um potenciômetro e definir os
valores máximos que esse mesmo regulador pode fornecer ao circuito.

Utilizamos também, dois tipos de transformadores: um de 50VA e outro


de 100VA, ambos possuem espiras variáveis de acordo com a montagem
desejada, tanto no primário, como no secundário. Os valores totais das espiras

8
utilizadas serão mostrados nos resultados desse relatório. A seguir estão
imagens destes equipamentos:

Figura 3 – Transformador 50VA

Figura 4 – Transformador 100VA

Para ligação destes equipamentos de acordo com as análises desejadas


para cálculos posteriores, utilizamos cabos do tipo banana-banana, mostrados
a seguir:

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Figura 5– Cabos conectores

Um monitor deu o suporte necessário e a segurança para a execução


deste laboratório. Por outro lado, também foi utilizado um manual como base
para ligação correta das ligações, mostrado abaixo:

Figura 6 – Manual DE LORENZO

b. Métodos
O experimento foi realizado em um laboratório de energias renováveis –
LEER, no Departamento de engenharia elétrica – DEL, localizado na
Universidade Federal de Sergipe. Antes da realização, foi exposta uma aula
revisional sobre transformadores, feita pela monitora presente no laboratório.

Como ponto de partida, foi mostrado o manual do equipamento utilizado,


cujo continha um passo a passo das conexões a serem feitas. O primeiro

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experimento a ser estudado foi para análise das relações de transformação de
um transformador, de 50VA e 100VA. Ambos os transformadores podem
funcionar como atenuador ou elevador, a depender do número de espiras no
primário e secundário. As tabelas exibidas nos resultados deste relatório foram,
então, preenchidas. A imagem a seguir, mostra a montagem feita:

Figura 7 – Experimento parte 1 para 50VA

Em seguida, foram feitos testes em vazio, em ambos os transformadores.


Então, foram preenchidos os valores de corrente e calculadas as potências de
acordo com a corrente e tensão para cada nível de teste. Vale ressaltar, que o
wattímetro do equipamento DL10103TG, estava danificado. Desta maneira, as
medições não estavam precisas, e para contornar tal situação foi feito o cálculo
utilizando o cos φ. Além disso, os dados para obtenção do cos φ, não constavam
para todos os valores pedidos no guia, portanto, foram aproximados alguns
valores do fator de potência para execução completa do experimento.

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Figura 8 – Teste em vazio

Por fim, foi montado o teste em curto circuito para análise das perdas do
cobre. Dessa maneira, foram preenchidos os valores de tensão e potência nas
tabelas desse experimento. As mesmas observações do teste em vazio se
aplicam a esse teste.

Figura 9 – Teste em curto circuito

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6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste tópico, serão apresentados todos os resultados obtidos no laboratório


experimentalmente.

Relação de Transformação

A equação que mostra a relação entre tensão e espiras em um transformador


ideal é descrita pela expressão abaixo:

V 1 N1
= (1)
V 2 N2

Em que os índices de números 1 e 2, indica respectivamente o primário e


secundário do transformador.

Para uma estimativa de parâmetro, calculemos o erro percentual da tensão


obtida no voltímetro usado no arranjo do circuito. O valor teórico é obtido pela
equação (1), através dos valores de tensão de entrada e número de espiras
nos enrolamentos. O erro é descrito pela expressão:

V medido −V teórico
Err [ V saída ] = .100 % ¿)
V teórico

i. Transformador de 50VA

As tabelas abaixo foram preenchidas afim de analisar a relação de


transformação, tanto para um transformador que funcione como elevador,
como atenuador. Neste caso, para um transformador de 50VA.

 Transformador Atenuador

Tabela 1 – Relação de transformação do Trafo de 50VA como atenuador.

Nr N1 N2 N1/N2 U1(V) U2(V) U1/U2


1 194 51 3,8 30 7,61 3,94
2 194 51 3,8 35 8,67 4,03
3 194 51 3,8 40 9,89 4,04

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Da equação (1), calculamos o V teórico , assim, mostramos o procedimento para
os valores referentes a primeira medição:

N2
V teórico =V 2= .V
N1 1

51
V teórico = .30=7,87 V
194
V medido −V teórico
Err [ V saída ] = .100 %
V teórico

7,61−7,87
Err [ V saída ] = .100 %=3,30 %
7,87

Enfim, para os demais valores, temos:

Nr V teórico (V ) V medido (V ) Err [ V saída ]


1 7,87 7,61 3,30%
2 9,20 8,67 5,76%
3 10,51 9,89 5,90%

 Transformador Elevador

Tabela 2 – Relação de transformação do Trafo de 50VA como elevador.

Nr N1 N2 N1/N2 U1(V) U2(V) U1/U2


1 73 102 0,71 10 13,81 0,72
2 73 102 0,71 15 20,50 0,73
3 73 102 0,71 20 27,80 0,71

Nr V teórico V medido Err [ V saída ]


1 7,87 7,61 3,30%
2 9,20 8,67 5,76%
3 10,51 9,89 5,90%

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ii. Transformador de 100VA

As tabelas abaixo ,também, foram preenchidas para análise das relações


de transformação para o transformador de 100VA.

 Transformador Atenuador

Tabela 3 – Relação de transformação do Trafo de 100VA como atenuador.

1. N N1 N2 N1/N2 U1(V) U2(V) U1/U2


r
1 170 44 3,86 30 7,20 4,16
2 170 44 3,86 35 8,67 4,03
3 170 44 3,86 40 9,88 4,04

 Transformador Elevador

Tabela 4 – Relação de transformação do Trafo de 100VA como elevador.

Nr N1 N2 N1/N2 U1(V) U2(V) U1/U2


1 63 88 0,71 10 13,12 0,76
2 63 88 0,71 15 20,17 0,74
3 63 88 0,71 20 26,30 0,76

A partir da análise dos resultados obtidos, pode-se concluir que a relação


de transformação do número de espiras com a relação das tensões é válida.
Nos dois tipos de utilização do transformador, como atenuador ou elevador,
essa relação é muito próxima.

6.2 Teste sem Carga

Para preenchimento das tabelas do teste em vazio, não foi efetivo o valor
para potência pelo defeito no wattímetro do equipamento. Desta maneira,
foi aproximado um valor do cos φ, para obtenção do valor de potência
aproximada.
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A expressão da potência ativa é definida como:

P=V . I . cos ( φ )( W )( 3)

As perdas no transformador em vazio, pode ser mostrada através do gráfico


(V x I), como mostrado por Rocha [1], o gráfico mostra uma relação não
linear entre tensão e corrente, devido a magnetização. Fornece então,
informações sobre o material do núcleo do transformador. As expressões
mostradas por [1], são próprias da teoria eletromagnética empregadas na
análise de um transformador em vazio. São:

H .l
I o= ( 4)
N1

V 0=4,44. f . N 1 Bmáx . S (5)

Em seguida, [1] analisou através de (4) e (5), que a relação é não linear.

6.2.1 Transformador de 50VA

Tabela 5 – Ensaio em vazio do Trafo de 50VA

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Nr Vo(V) Io(A) Po(W) cos φ
1 30 0,114 2,39 0,699
2 35 0,132 3,21 0,695
3 40 0,149 3,68 0,619
4 45 0,176 5,11 0,646
5 50 0,209 6,79 0,650
6 55 0,265 9,47 0,650

Com basenos valores da tabela 5, traçamos o gráfico (V x I) e verificamos sua


semelhança com o trabalho de referência de Rocha [1], onde se vê a sua não
linearidade.

VxI
60

55

50

45
V0 (V)

40

35

30

25
0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2 0.22 0.24 0.26 0.28
I (A)

6.2.2 Transformador de 100VA

Tabela 6 – Ensaio em vazio do Trafo de 100VA

Nr Vo(V) Io(A) Po(W) cos φ


1 30 0,141 2,95 0,699
2 35 0,156 3,79 0,695
3 40 0,180 4,45 0,619
4 45 0,210 6,10 0,646
5 50 0,275 8,93 0,650

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6 55 0,350 12,51 0,650

VxI
60

55

50

45
V0 (V)

40

35

30

25
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
I (A)

De semelhante modo verifica-se a relação não linear, entre corrente e


tensão, mostrando que o experimento se apoia em referência a valores
teóricos mostrados na literatura.

6.3 Teste de Curto-Circuito

6.3.1 Transformador de 50VA

Tabela 7 – Ensaio em curto-circuito do Trafo de 50VA

Nr Ik Vk(A) Pk(W) cos φk


1 2,5 10,55 22,38 0,848
2 2,2 8,75 17,41 0,904
3 2,0 8,00 13,68 0,999
4 1,8 6,81 11,10 0,905
5 1,6 6,40 8,70 0,849
6 1,4 5,65 7,46 0,943

Nesta parte do experimento, o wattímetro mostrava valores próximos dos


reais, então foram preenchidos esses valores na tabela de potência.
Outrossim, os fatores de potência foram encontrados através desses
valores de potência.

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6.3.2 Transformador de 100VA

Tabela 8 – Ensaio em vazio do Trafo de 100VA

Nr Ik Vk(A) Pk(W) cos φk


1 2,5 5,76 12,43 0,863
2 2,2 5,05 9,95 0,895
3 2,0 4,44 7,46 0,999
4 1,8 3,97 6,22 0,870
5 1,6 3,56 4,97 0,872
6 1,4 3,18 3,73 0,837

Para o transformador de 100VA, segue a mesma forma de preenchimento


dos valores do fator de potência.

7. CONCLUSÃO
Após a verificação dos resultados obtidos no experimento em questão,
em seus diferentes tipos de arranjos, foi devidamente comprovado
experimentalmente a teoria básica que rege os transformadores, em
específico foi mostrado.....

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]–Joel R. Pinto; Conversão Eletromecânica de Energia. Editora 24horas.


1aEdição. 2011.
[2]–Stephen, J. Chapman; Fundamentos de Máquinas Elétricas. Editora MGH
5aEdição. 2013.
[3] - https://www.electronica-pt.com/imagens/transformador.jpg

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