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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA - CAMPUS SANTA


MÔNICA

KELLY CRISTINA FÉLIX MACHADO - 12011EAU026

CONVERSÃO DE ENERGIA E TRANSFORMADORES


Aula N° 7 - Paralelismo de Transformadores
Professor: José Roberto Camacho
Engenharia de Controle e Automação

Uberlândia
2023
Sumário

1. Introdução 3
2. Objetivos 4
3. Atividade experimental 4
3.1 Materiais utilizados 4
3.2 Montagem 4
3.3 Experimento 5
3.4 Resultados e discussões 6
5. Conclusão 6
6. Referências Bibliográficas 7

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1. Introdução

O paralelismo de transformadores representa um componente fundamental nos


sistemas elétricos de potência, desempenhando um papel crucial na gestão eficiente e
confiável da distribuição de energia elétrica. Esta técnica consiste na interligação física de
dois ou mais transformadores que compartilham a mesma tensão primária e secundária,
permitindo que eles operem em conjunto para atender a demanda de carga. A seguir, vemos o
circuito de ligação de tal configuração:

Figura 1: Transformadores em paralelo.

Esta prática é amplamente empregada em diversas instalações, desde subestações de


alta voltagem em grandes redes de distribuição até em indústrias de grande porte e instalações
comerciais de alta demanda energética. O paralelismo de transformadores oferece uma série
de benefícios significativos, tais como o aumento da capacidade de fornecimento de energia,
a melhoria da eficiência operacional e a garantia de redundância em caso de falha em um dos
transformadores. Além disso, proporciona flexibilidade na expansão do sistema, facilitando a
adaptação a mudanças na demanda.
No entanto, é importante ressaltar que o paralelismo de transformadores demanda
uma série de considerações técnicas e práticas, como a necessidade de transformadores
idênticos ou com características elétricas muito similares, a instalação de dispositivos de
proteção adequados e a implementação de sistemas de controle eficazes para garantir a
distribuição equitativa de carga entre os transformadores.

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2. Objetivos

O presente relatório tem como objetivo fornecer uma análise detalhada e abrangente
sobre os princípios, benefícios, considerações técnicas e práticas associadas à interligação de
transformadores de mesma tensão primária e secundária. Visa também oferecer orientações e
recomendações para a implementação bem-sucedida do paralelismo de transformadores,
visando otimizar a operação e manutenção de sistemas elétricos complexos, promovendo
assim a confiabilidade e eficiência no fornecimento de energia.

3. Atividade experimental

3.1 Materiais utilizados

Para a realização da prática proposta, foram utilizados os seguintes materiais:

● 2 Voltímetros de bancada analógicos da marca Politerm-Modelo 71;


● 2 Amperímetros de bancada analógicos da marca Politerm-Modelo 71;
● 1 Multímetro digital da marca Minipa ET-2507A;
● 1 Variador de tensão trifásico (varivolt) do tipo ATV-245-T;
● 2 Transformadores, GHR trifásicos 1E24;
● 1 Reostato (potenciômetro);
● Fonte alternada de 220V e 60Hz (rede elétrica);
● Cabos de conexão “banana-banana”.

3.2 Montagem

Para a primeira parte da montagem, conectamos o varivolt ao primário do


transformador e o voltímetro analógico, em paralelo ao secundário do mesmo. Feito isso,
partimos para a montagem do paralelismo de transformadores, para isso, conectamos as
bobinas dos primários dos transformadores em paralelo entre si e paralelas a um voltímetro.
Repetimos o processo para as bobinas dos secundários, conectando também um voltímetro
analógico em paralelo com estas últimas.

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Depois, conectamos em paralelo as bobinas dos secundários um reostato, o qual foi
utilizado como carga para o circuito. Por fim, foram conectados também dois amperímetros
analógicos, um em série com a bobina de um dos secundários e outro em série com a carga. A
seguir, podemos ver a montagem realizada em laboratório:

Figura 2: Montagem dos transformadores em paralelo.

3.3 Experimento

Para a primeira parte do experimento, onde apenas um transformador estava


conectado ao varivolt pelo primário, aumentamos gradativamente a tensão do varivolt
alimentando, assim, o circuito e observamos o voltímetro conectado ao secundário, a fim de
confirmar a relação de espiras das bobinas do transformador, que estava conectado em uma
relação de 2:1, a qual confirmamos ao observar o valor mostrado pelo voltímetro ao
aplicarmos diferentes valores de tensão.
Em seguida, conectamos o outro transformador em paralelo e, novamente, auferimos
a tensão no secundário dos transformadores, a fim de verificar a tensão de saída, a qual
apresentou novamente o valor esperado em relação à proporção de espiras.
Feito isso, conectamos uma carga no sistema (reostato), a qual definimos seu valor de
impedância por meio do voltímetro e, por fim, verificamos os valores de corrente na bobina
de um dos secundários e na carga.

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3.4 Resultados e discussões

Realizado o experimento, anotamos os valores encontrados a fim de analisarmos cada


caso. A seguir podemos ver os valores encontrados para a impedância (R), corrente na bobina
de um dos secundários (IB) e corrente na carga (IC):

R (MΩ) IB (A) IC (A)

50 1,2 2,3
Tabela 1: Grandezas do circuito

Vemos que a corrente que passa pela carga e a que passa na bobina do secundário
apresentam valores diferentes, isso se dá pelo fato de que a corrente que passa pela carga é
dada pela soma das correntes induzidas nas bobinas dos secundários dos dois
transformadores.
As impedâncias dos transformadores também podem apresentar diferenças entre si.
Tal diferença gera o que chamamos de corrente de circulação que se refere à corrente que flui
entre os transformadores quando estão conectados dessa forma.
Vale ressaltar também que os transformadores utilizados de forma paralela assim
como fizemos, devem possuir a mesma relação de números de espiras, havendo limitação de
tensão e, consequentemente, da potência na saída do circuito, visto que um dos
transformadores irá trabalhar de forma saturada. Além disso, a diferença entre o número de
espiras dos transformadores, consequentemente, ocasionaria no aumento da diferença entre as
impedâncias dos mesmos, gerando uma maior corrente de circulação, o que pode ocasionar
perdas e danos ao sistema.

5. Conclusão

Em conclusão, o paralelismo de transformadores representa uma peça-chave na


engenharia de sistemas elétricos de potência, desempenhando um papel vital na garantia de
fornecimento de energia confiável e eficiente em grandes instalações e redes de distribuição.
Ao permitir a interligação de transformadores de mesma tensão primária e secundária, essa
técnica viabiliza a expansão da capacidade de carga, aprimora a eficiência operacional e
oferece uma camada adicional de redundância em caso de falhas.

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No entanto, é fundamental ressaltar que a implementação bem-sucedida do
paralelismo de transformadores requer uma análise cuidadosa das especificações técnicas, a
seleção apropriada de equipamentos e a implementação de dispositivos de proteção e controle
adequados. Ao adotar as práticas recomendadas, é possível otimizar a operação e manutenção
desses sistemas, contribuindo para a confiabilidade e estabilidade da infraestrutura elétrica.

6. Referências Bibliográficas

[1] FITZGERALD, A. E. Máquinas Elétricas. 6ª edição. Editora Bookman, 2006.

[2] ADALTON L. DE AGUIAR, JOSÉ R. CAMACHO. Transformadores de Potência, 18


fevereiro de 2014. Disponível em:
https://www.dropbox.com/sh/y0c63qd0xcx4m8t/AADo3ywXtCIB6Fz5pybW0LEta/Apostila
%20de%20Transformadores?dl=0&lst=&preview=Apostila_Trafo_v.pdf. Acesso em: 17 de
out. de 2023.

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