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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS


LABORATÓRIO DE ELETROMAGNETISMO II
ENGENHARIA ELÉTRICA

AULA PRÁTICA 08 - EXPERIMENTO DO ANEL DE THOMPSON

Ana Kely da Silva Martins

Palmas-TO

2023
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Ana Kely da Silva Martins

AULA PRÁTICA 08 - EXPERIMENTO DO ANEL DE THOMPSON

Relatório elaborado e apresentado para obtenção


de nota para aprovação na disciplina de
Eletromagnetismo II do curso de Engenharia
Elétrica, pela Universidade Federal do Tocantins.

Professor Msc: Sérgio Ricardo Gobira Lacerda

Palmas-TO, 2023.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................04

OBJETIVOS.................................................................................................................05

MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................06

RESULTADOS.............................................................................................................07

CONCLUSÃO..............................................................................................................10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................11
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INTRODUÇÃO

No século XIX, o inventor e engenheiro inglês Elihu Thomson criou o famoso "Anel de
Thomson", um experimento que ilustra um fenômeno importante relacionado ao eletromagnetismo
chamado de levitação magnética.

Esse fenômeno é amplamente utilizado na tecnologia moderna, incluindo o princípio de


funcionamento do Maglev, o Trem de Levitação Magnética. O experimento consiste em demonstrar a
"levitação magnética" de uma argola de alumínio. A argola é colocada ao redor de um longo núcleo de
ferro-doce, que está instalado em uma bobina alimentada com tensão alternada. Esse experimento é
conhecido como "anel saltante" ou "anel de Thomson" em homenagem a Elihu Thomson, o físico
norte-americano que o inventou no século XIX.

Devido ao seu interesse e simplicidade como um experimento de laboratório, a levitação


magnética é frequentemente demonstrada em cursos de eletromagnetismo. No entanto, é importante
mencionar que a explicação da levitação da argola não é tão simples quanto um simples "abano de
mãos". Algumas explicações encontradas na literatura podem subestimar a complexidade do
fenômeno. Por exemplo, algumas justificativas afirmam que a polaridade do campo magnético gerado
pela argola é idêntica à polaridade do campo gerado na bobina do primário, resultando em uma força
de repulsão. Essas explicações podem ser consideradas como um erro lógico, pois assumem como
verdadeira a própria tese que se pretende demonstrar.

Embora seja uma demonstração popular em cursos de eletromagnetismo, é importante


reconhecer a complexidade envolvida na explicação desse fenômeno.
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OBJETIVOS

O experimento consistirá em analisar a interação entre a corrente elétrica induzida na argola de


alumínio e o campo magnético gerado pelo bastão de ferro-doce envolvido pela bobina. Será
investigado o efeito da corrente alternada aplicada à bobina, observando as formas de onda e as
características da corrente elétrica através do anel.
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MATERIAIS E MÉTODOS

MATERIAIS

● Anel condutor cilíndrico completa;


● Anel condutor cilíndrico incompleto;
● Núcleo de ferro;
● Bobina;
● Cabos de conexão;

MÉTODOS

Para iniciar o experimento, posicionamos os equipamentos na bancada, incluindo anéis


cilíndricos, bobina e núcleo de ferro, de forma adequada para dar início ao desenvolvimento do
experimento. Inicialmente, realizamos uma análise do que aconteceria ao ligar a bobina.

Em seguida, colocamos o primeiro anel cilíndrico completo em frente ao núcleo e o fechamos


na parte superior para garantir que o anel permanecesse no lugar. Ao ligar a bobina, observamos
visualmente o comportamento da corrente elétrica em relação ao anel. Posteriormente, tentamos
segurar o anel com as mãos enquanto a bobina estava ligada, aplicando uma força contrária.

Em uma etapa subsequente, repetimos o mesmo procedimento utilizando outro tipo de anel,
desta vez em formato aberto. Ficou evidente que não havia passagem de corrente elétrica devido à
abertura do anel, funcionando como uma chave aberta.

Esse conjunto de experimentos nos permitiu obter insights sobre o comportamento da corrente
elétrica em relação aos anéis e ao núcleo, além de observar a influência da forma e configuração dos
anéis na passagem da corrente. Essas observações contribuem para a compreensão dos princípios
fundamentais do eletromagnetismo, especificamente no contexto do modelo de Thompson.
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Figura 01 - Materiais utilizados.

Fonte: Foto tirada durante o experimento.

RESULTADOS

Durante o experimento, a argola foi posicionada diante do bastão de alumínio e a parte


superior foi fechada. Em seguida, a chave foi ligada. Observou-se que a argola saltou inicialmente e,
posteriormente, se estabilizou no centro do bastão, conforme ilustrado na Figura 02.
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Figura 02 - Anel fechado com bobina ligada.

Fonte: Foto tirada durante o experimento.

No experimento, observamos que o anel apresentou um salto quando colocado em frente ao


bastão. Isso ocorreu devido à presença de uma corrente alternada, que gera um campo magnético e
uma corrente induzida no anel, resultando no salto. A variação do anel ao redor do bastão pode ser
explicada pelo fato de que a corrente alternada oscila ao longo do eixo, formando uma forma de onda
de semicírculo, alternando entre a parte positiva e negativa.

O salto do anel ao ligarmos a bobina ocorre devido à presença de um campo magnético que
atua em sentido oposto ao do bastão, resultando em uma força de repulsão entre os dois e causando o
salto do anel.

Na Figura 03, tentamos segurar o anel com as mãos para evitar que ele saltasse ou se movesse
diante do bastão, enquanto a bobina estava ligada. Isso gerou uma força contrária. Durante o teste,
notamos que o anel aqueceu, sendo possível segurá-lo apenas por alguns segundos. Isso pode ser
explicado pelo fato de que há uma grande quantidade de energia transmitida pela bobina para o bastão,
e essa energia é transferida para o anel, resultando no aquecimento.

Essas observações nos permitem compreender melhor as interações entre a corrente elétrica, o
campo magnético e a força resultante na levitação magnética do anel diante do bastão de alumínio.
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Figura 03 - Anel fechado com bobina ligada gerando força contrária.

Fonte: Foto tirada durante o experimento.

Além disso, realizamos a utilização de um anel aberto no experimento, e ficou evidente que
não haveria passagem de corrente elétrica através dele devido à sua configuração aberta. Essa
observação pode ser entendida como um circuito comportando-se como uma chave aberta, onde a
corrente não consegue fluir. Portanto, não foi possível verificar experimentalmente a teoria relacionada
a esse tipo específico de anel.

Figura 04 - Anel aberto com bobina ligada.

Fonte: Foto tirada durante o experimento.


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QUESTÕES

1) De acordo com o experimento realizado no laboratório, por que a força é de repulsão?

No experimento em questão, a força observada é de repulsão devido às interações


magnéticas entre o anel e a bobina. A corrente alternada na bobina gera um campo magnético
variável, que induz uma corrente no anel. Essa corrente cria seu próprio campo magnético, que
se opõe ao campo original, resultando na força de repulsão.

CONCLUSÃO

O estudo realizado proporcionou uma experiência de aprendizado extremamente


enriquecedora. Durante o experimento, foi possível observar o fascinante fenômeno do salto inicial do
anel diante do bastão de alumínio, seguido de sua estabilização no centro. Isso nos permitiu
compreender melhor a interação entre a corrente induzida e o campo magnético.
Além disso, o experimento proporcionou uma oportunidade única de explorar o
funcionamento de um circuito como uma chave aberta na prática. Ao utilizar o anel aberto, ficou
evidente que a corrente não conseguia fluir devido à interrupção no circuito. Essa observação prática
nos ajudou a consolidar a compreensão teórica sobre o comportamento dos circuitos abertos.
Uma descoberta interessante foi a visualização da formação de uma forma de onda senoidal ao
observar o comportamento do anel fechado. Essa forma de onda característica da corrente alternada
nos permitiu compreender melhor suas propriedades e características.
No geral, o experimento ofereceu uma experiência prática valiosa, complementando o
conhecimento teórico adquirido sobre circuitos eletromagnéticos. As informações obtidas contribuíram
para uma compreensão mais abrangente dos princípios envolvidos nesse campo de estudo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PICCININI, Edivaldo; PICCININI, Ercílio. Eletromagnetismo: teoria e aplicações. Porto


Alegre: Bookman, 2012.

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