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IFCE - CAMPUS CEDRO

Licenciatura em Física
Física Experimental II

RELATÓRIO DE EXPERIMENTOS SOBRE GERADOR DE VAN DE GRAAFF

EQUIPE:
Ivonici Chêline Borges Alves
Joycelenne Gomes de Lima
Leonardo Silva de Oliveira

Prof: Romário Nunes Braz

Cedro - CE
2023

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RESUMO
O presente relatório irá salientar a influência do campo elétrico exercido sobre
determinados elementos utilizados nesse experimento que são: a lâmpada fluorescente
tubular, vela, bolinha de isopor e folha de papel alumínio. Com o auxílio do gerador de
Van de Graaff para demonstrar a influência gerada pelo campo nesses matérias, deixou
comprovado o que Michael Faraday concluiu com seus estudos sobre a conhecida gaiola
de Faraday, o mesmo em seus estudos concluiu que em uma malha condutora possui
campo elétrico nulo em seu interior, ou seja só existe campo elétrico na superfície desse
abjeto, em vista que as cargas se distribuem de forma homogenia em sua superfície.
Palavra-Chave: Gerador de Van de Graaf, Gaiola de Faraday, Campo Elétrico.

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OBJETIVOS
● Reconhecer que as cargas elétricas estáticas se distribuem na superfície externa
do condutor;
● Descrever o motivo desta distribuição de cargas;
● Perceber que a descarga produzida pelo gerador depende do campo elétrico
necessário para romper a rigidez dielétrica do ar;
● Observar a influência e ação do campo elétrico, chafariz eletrostático, repulsão
entre corpos com cargas elétricas iguais;
● Reconhecer a influência e ação do campo elétrico.

FUNDAMENTO TEÓRICO
A carga elétrica é uma propriedade fundamental da matéria. Ela pode ser
negativa como o elétron, ou positiva como o próton. A carga elementar do elétron é de
1.6 ∙10 −19 C . Quando cargas de mesmo sinal se aproximam, elas tendem a criar uma
repulsão, enquanto sinais diferentes se atraem. As cargas são responsáveis pelo processo
de eletrização.
O conceito de campo elétrico foi introduzido por Michael Faraday no início do
século XIX, desenvolvendo uma visualização gráfica, com o espaço ao redor de uma
carga sendo preenchido por “Linhas de Forca" ou "Linhas de Campo". É uma maneira
de representar a direção e sentido do campo em algum ponto do espaço, também sendo
possível comparar as intensidades em pontos diferentes: se as linhas estiverem mais
próximas uma das outras numa região, significa que o campo é mais intenso que em um
ponto onde as linhas estão afastadas.
O objetivo do experimento é utilizar o gerador de Van de Graaff como uma
fonte elétrica, proporcionando uma diferença de potencial entre os eletrodos metálicos
que irão ser utilizados, para que se possa observar a aplicação da teoria do campo
elétrico, visualizando em diferentes situações: repulsão de cargas, eletrização,
intensidade do campo nas pontas e vento iônico.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E EQUIPAMENTO

A prática se desenvolveu em 6 atividades envolvendo o gerador de Van de


Graaff realizadas pelo professor, enquanto os alunos observavam atentamente.

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ATIVIDADE 1:
1. O eletrodo foi fixado com gancho na esfera do gerador.
2. A lâmina de alumínio foi colocada dobrada com as duas extremidades de mesmo
tamanho no eletrodo.
3. Foi ligado o aparelho por alguns segundos e depois desligado, observando a
lâmina.

ATIVIDADE 2:
1. Foi retirada a cabeça esférica do gerador e a colocada apoiada sobre a placa de
petri, mantendo a conexão elétrica entre a cabeça esférica e o gerador.
2. Foi fixada uma tira de papel alumínio internamente à cabeça esférica, e outra
externa.
3. O gerador foi ligado por alguns segundos e depois desligado.

ATIVIDADE 3:
1. O gerador foi ligado, segurando uma lâmpada com a mão cerca de 20 cm
extremo do gerador. Após isso, a lâmpada fluorescente foi apontada para esfera do
gerador em funcionamento (carregado).

ATIVIDADE 4:
1. Foi colada com fita adesiva (como se fosse dupla fase) um copo descartável na
parte superior da esfera do gerador.
2. Foi colocado as bolinhas de isopor dentro do copo, ligando o gerador e
observando o isopor ser "expulso" do copo.

ATIVIDADE 5:
1. Foi colocado o pino com pivô no orifício existente no topo da esfera do gerador.
2. A agulha foi encaixada no torniquete de forma a manter o torniquete na posição
horizontal.
3. Foi ligado o gerador e observado o torniquete entrar em rotação.

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ATIVIDADE 6:
1. Foi encaixado um fio de extensão elétrica conectado um lado na cabeça do
gerador, e na outra extremidade uma ponteira de cobre.
2. Após, foi acesa uma vela e o gerador foi ligado.
3. Com o gerador ligado, a vela foi aproximada uns 10 cm da ponteira, depois
aproximando um pouco mais até a vela apagar.

MATERIAIS UTILIZADOS

● 01 Estrutura básica do gerador eletrostática;


● 01 Cabeça esférica;
● 01 Suporte para eletroscópio com pino de pressão e lâmina;
● 01 Cabo elétrico flexível;
● 01 Lâmpada fluorescente tubular;
● 01 copo plástico;
● 20 bolinhas de isopor (5 a 6 mm de diâmetro);
● 01 Folha de papel alumínio;
● Torniquete elétrico.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
As práticas foram mais de observação, devido ao fato de o experimento envolver
o perigo de choque elétrico. Portanto, o professor realizou as atividades e os discentes
observaram o que acontecia.

ATIVIDADE 1:
Depois de inserir as lâminas de alumínio e ligar o equipamento, elas se
afastaram devido a estarem com cargas de mesmo sinal, portanto sofrendo força de
repulsão.
Ao encostar o cabo na esfera, a carga é distribuída entre os objetos, o que faz
com que a repulsão no alumínio seja menor.

ATIVIDADE 2:

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Ao colocar tiras de alumínio internamente na esfera, elas não se moveram, pois
as cargas só se distribuem na superfície da esfera. Esse fenômeno é conhecido como
"Gaiola de Faraday" e é o motivo pelo qual as pessoas estão seguras dentro de um carro
fechado durante uma tempestade.
As tiras externas continuam normalmente e ocorre o mesmo fenômeno da
Atividade 1 ao encostar um cabo na esfera do gerador.

ATIVIDADE 3:
Ao aproximar a lâmpada do gerador, mesmo sem se tocarem, a lâmpada irá
acender devido a diferença de potencial entre a parte mais próxima do gerador e a parte
onde a mão da pessoa está segurando a lâmpada.

ATIVIDADE 4:
As bolinhas de isopor se eletrizam com mesmas cargas, que faz com que elas
tenham força de repulsão uma com as outras. Porém, quando elas caem de volta,
algumas ficam grudadas no gerador.

ATIVIDADE 5:
Ao eletrizar o torniquete com o gerador, ele começa a girar devido a influência
do campo elétrico nas pontas ser mais intenso, ionizando as partículas do ar, que agora
adquirem a mesma carga da ponta, se iniciando um processo de repulsão, fazendo com
que o torniquete gire.

ATIVIDADE 6:
Ao conectar a ponta com o gerador por meio de um fio, ela fica eletrizada. Uma
ponta tem um campo elétrico mais intenso, portanto a diferença de potencial para o ar
faz com que as partículas próximas se ionizem, adquirindo a mesma carga da ponta.
Então, essas cargas se repelem, gerando o que é chamado de "Vento Iônico". Se a vela
estiver próxima o suficiente, ela apaga.

CONCLUSÕES
Os experimentos atingiram os objetivos propostos dos princípios fundamentais da
eletrostática através de procedimentos simples, observou-se com clareza que cargas de
mesmo sinal sofrem força de repulsão, além disso constatou-se o fenômeno chamado
"gaiola de Faraday".
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Verificou-se também a diferença de potencial ao acender uma lâmpada fluorescente
pelo processo de indução, ainda comprovou-se o fenômeno do poder das pontas.
Foi possível reconhecer que a descarga produzida pelo gerador depende do campo
elétrico necessário para romper a rigidez dielétrica do ar.
Pode-se concluir com os conhecimentos teóricos e pelos experimentos
realizados, que a teoria condiz com a prática.

BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Miguel. Campo Elétrico. Revista de Ciência Elementar, [s.l.], v. 2, n. 2,
p. 1-5, 2014. Disponível em:
https://www.fc.up.pt/pessoas/jfgomes/pdf/vol_2_num_2_63_art_campoEletrico.pdf.
Acesso em: 07 jun. 2023.

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ANEXO I - Imagem do experimento

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ANEXO II - Imagem do Experimento

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