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Instituto Federal da Bahia

Fisica Experimental 3 - FIS213


Professor: Erick Santana

Cleriston Alexandre, Kayky Ferreira, Leon Pereira, Leonardo Senna, Lucas Nova
e Luis Gabriel Pacheco

Relatório nº 1 e 2
Gerador de Van der Graff e estudo qualitativo do campo
elétrico

Salvador
2023
Cleriston Alexandre, Kayky Ferreira, Leon Pereira, Leonardo Senna, Lucas Nova
e Luis Gabriel Pacheco

Relatório nº 1 e 2
Gerador de Van der Graff e estudo qualitativo do campo
elétrico

Relatório apresentado ao IFBA, como critério de


avaliação da disciplina Física 3 prática sob orientação
do professor Erik Santana.

Salvador

2023
1. Objetivo

O objetivo do presente relatório é fazer um estudo qualitativo sobre os diversos


aspectos associados a eletrostática como a eletrização, poder das pontas, eletroscópio,
etc... utilizando o gerador de Van der Graaf e acessórios: pêndulos, folhas metálicas, O
gerador de Van Der Graff é uma máquina eletrostática, inventada pelo engenheiro
americano Robert Jamison van der Graaf por volta de 1929 [2]. O fundamento deste
gerador se baseia basicamente na excitação por atrito. O Gerador de Van de Graaff é
composto por uma correia de material isolante, dois roletes, uma cúpula de descarga, um
motor, duas escovas ou pentes metálicos e uma coluna de apoio. Quando as cargas
elétricas se acumulam na cúpula do gerador, o ar ao seu redor passa a ficar ionizado. As
descargas elétricas ocorrem após a quebra da rigidez dielétrica do ar. O som, característico
nesse momento, deve-se à súbita expansão do ar provocando uma onda de choque que se
propaga até nossos ouvidos, flanela, bastões, haste de vidro, etc. Além de fazer uma
análise qualitativa do campo elétrico utilizando gerador de voltagem [4].

2. Introdução

Quando uma pessoa toca na esfera de alta voltagem carregada, em geral, os seus
cabelos ficam ouriçados. Isto ocorre pelo fato de nos fios de cabelo se acumularem cargas
de mesma polaridade, havendo, portanto, repulsão entre os fios de cabelo.

Outro mecanismo utilizado nesta prática foi o eletroscópio. É um aparelho que serve
para detectar e medir cargas elétricas em objetos próximos. Ele funciona por meio do
processo de indução eletrostática, que faz com que as cargas de mesmo sinal se repelem e
as de sinal oposto se atraem. Existem vários tipos de eletroscópios, mas o mais comum é o
de folhas, que consiste em uma esfera condutora ligada a uma haste metálica com duas
folhas finas de metal na outra extremidade. Quando um objeto eletrizado se aproxima da
esfera, as folhas se afastam ou se aproximam, dependendo do sinal da carga do objeto e
do eletroscópio.

O campo elétrico é uma grandeza física vetorial que desempenha a função de


transmissor das interações entre cargas elétricas. Descreve a influência das cargas
elétricas no espaço ao seu redor. Ele é uma grandeza vetorial e possui módulo e direção. O
campo elétrico é representado por um vetor que aponta na direção da força que uma carga
positiva de teste sentiria se fosse colocada em um determinado ponto do espaço [3].
As cargas elétricas geram uma influência sobre o espaço que a circundam. Cargas
positivas criam campos elétricos que se afastam delas, enquanto cargas negativas criam
campos que se aproximam delas. A magnitude do campo elétrico em um ponto é
diretamente proporcional à magnitude da carga que o gerou e inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre o ponto e a carga.

As linhas de campo elétrico são frequentemente usadas para visualizar o campo.


Essas linhas são representações gráficas que mostram a direção e a intensidade do campo
em diferentes pontos do espaço. Elas se estendem desde cargas positivas para longe delas
e em direção a cargas negativas. Elas desempenham um papel crucial na descrição e na
análise desses campos, fornecendo uma maneira intuitiva de entender como as cargas
elétricas e ímãs interagem com o espaço ao seu redor.

Geradores elétricos são dispositivos que convertem vários tipos de energia não
elétrica (mecânica, eólica, química) em energia elétrica. Eles são usados para garantir
energia elétrica sempre que haja falha na corrente fornecida, por exemplo. Assim, a função
de um gerador é garantir que a diferença de potencial elétrico (ddp), ou tensão elétrica, dure
mais tempo e não interrompa o circuito. O circuito elétrico é percorrido entre os dois polos
existentes no gerador. Num desses polos, o potencial elétrico é negativo e sua tensão é
menor, enquanto no outro polo o potencial elétrico é positivo e sua tensão é maior. Um
gerador ideal conseguiria converter toda a energia potencial em elétrica, pois sua
resistência interna seria zero. Na prática, todo gerador possui uma resistência interna r. A
diferença de potencial elétrico (ddp) entre os terminais positivo e negativo é chamada de
força eletromotriz E. Esquema de gerador elétrico ideal. Onde, i é a corrente, E é a força
eletromotriz. A ddp (diferença de potência U) em um gerador ideal seria igual a força
eletromotriz E. Onde, Potg: potência E: força eletromotriz i: corrente elétrica Mas não é o
que acontece. Na realidade, há uma perda na ddp, afinal as cargas elétricas encontram
resistência ao longo do circuito.

As cargas elétricas puntiformes são corpos eletrizados cujas dimensões são


desprezíveis se comparadas às distâncias que as separam de outros corpos eletrizados.
Quando uma carga puntiforme eletrizada está fixa em um ponto, ao seu redor irá surgir um
campo elétrico. A intensidade deste campo depende do meio onde a carga está inserida é
diretamente proporcional a carga e inversamente proporcional à distância. Ao campo
elétrico associamos uma grandeza vetorial chamada vetor campo elétrico. Como o próprio
nome indica, trata-se de uma grandeza vetorial que possui módulo, direção e sentido. O
sentido do vetor campo elétrico e a força elétrica possuem a mesma direção. Entretanto,
convencionamos que terão o mesmo sentido quando a carga de prova for positiva, e sentido
contrário quando a carga de prova for negativa. Podemos representar o campo elétrico
através de linhas orientadas segundo o sentido do vetor campo elétrico. Na região onde
existe um campo elétrico, surgirá uma força sobre uma carga puntiforme de prova que for
introduzida em algum ponto deste campo. Esta força poderá ser de repulsão ou de atração
[1].

3. Material Utilizado
● Gerador de Van der Graaff e acessórios complementares (torniquete, haste de
eletroscópio, bastão, etc..)
● Kit Eletrostático da Phywe
● Fita adesiva
● Papel alumínio
● Algodão
● Lata metálica com tiras de papéis presos na parte exterior e interior
● Base Isolada
● Fonte de alta tensão (ddp)
● Óleo de soja
● Sabão em pó
● Pares de eletrodos cilíndricos, anelares, planos e pontiagudos
● Papel quadriculado
● Recipiente transparente

4. Procedimento Experimental

Para o primeiro experimento analisamos diversos aspectos associados a


eletrostática, como a eletrização, poder das pontas, eletroscópio de folhas, etc., utilizando
para o referido gerador além de alguns outros acessórios como pêndulos, folhas metálicas,
flanela, bastões, etc.

No segundo experimento montamos um sistema simples colocando o recipiente


preenchido com uma lâmina de água sobre o papel milimetrado. Adicionamos óleo de soja
para que seja possível a movimentação das cargas pelo recipiente, em seguida foi
adicionado sabão em pó (cargas dissolvidas) para evidenciar a formação das linhas de fluxo
que foram contornadas pelo sabão. Conectamos os eletrodos à fonte de tensão e utilizamos
os diversos formatos a fim de observar o comportamento do campo elétrico em cada uma
das configurações.

5. Discussão e conclusão

De acordo com os procedimentos indicados fizemos a análise para cada caso:

Neste primeiro experimento, observamos que apenas as tiras de papel na parte


externa se movimentam para cima, o interno nada ocorre. Isso acontece devido a ação do
campo elétrico suas linhas de força influenciavam essas tiras a se erguerem, o que não
acontece na parte interna, pois estas mesmas linhas de força se anulam. A distribuição de
cargas tem simetria esférica, a direção do campo elétrico é radial, ou seja, perpendicular à
superfície da esfera. As tiras fixadas na esfera se direcionaram perpendicularmente à
superfície. Dessa forma afirma-se que o campo elétrico produzido pelo gerador aponta para
fora da esfera e as cargas distribuídas são positivas.

Figura 5.1: Lata de alumínio com tiras de papel

O eletroscópio é composto de duas partes: na parte de cima, uma esfera metálica.


No interior, duas finíssimas folhas metálicas . Se o eletroscópio estiver neutro, suas folhas
estão abaixadas. A aproximação de um corpo carregado à esfera superior induz cargas no
sistema, e as folhas se separam, por possuírem cargas de mesmo sinal. Se esse corpo
carregado tocar a esfera superior, o eletroscópio também ficará eletricamente carregado.
Ao aproximar fiapos de algodão a esfera do gerador, eles foram atraídos, porque estavam
neutros e a esfera estava eletrizada e quando soltávamos o algodão e depois
aproximávamos a mão, ele voltava pelo mesmo fenômeno de atração fazendo um ciclo de
vai e volta.
Em superfícies irregulares a densidade das cargas é maior em superfícies finas
pontiagudas, daí surge o termo poder das pontas, logo se temos grande quantidade de
cargas, maior será o campo gerado nesta região. Em virtude da envergadura da haste, a
força de cada haste está oposta às outras, como elas estão sendo aplicadas sobre um eixo,
haverá assim uma rotação. Isto ocorre porque nas pontas eletrizadas o ar se ioniza e os
íons que possuem carga de mesmo sinal que as pontas são repelidas.

O sentido da rotação é dado pelo sentido da envergadura da haste e quanto maior


for às cargas maiores serão as forças, maiores também serão as velocidades de rotação.

Quando uma pessoa toca na esfera que está eletrificada e carregada, toda carga em
excesso que estava nela é transferida para a pessoa por indução. Os cabelos acabam
acumulando cargas de mesma polaridade do gerador. Os cabelos então se arrepiam na
tentativa dos elétrons de se afastarem o máximo possível uns dos outros e da fonte. A
umidade alta interfere no sistema porque a água dificulta o trânsito de elétrons, agindo aqui
como isolante.

A cor azulada do raio é produzida pelo atrito gerado entre os elétrons durante a
descarga, causando uma “queima” do ar. O barulho que acompanha um raio é chamado de
trovão. Esse som é causado pela rápida expansão do ar ao redor do raio. Conforme o raio
se conecta ao solo a partir das nuvens, um segundo raio retornará do solo às nuvens,
seguindo o mesmo caminho do primeiro quando acionado o motor, a correia faz atrito com a
polia, gerando uma carga elétrica, que é transferida para a superfície interna do metal e
então, distribuída para toda a superfície da esfera metálica. Por isso, ao encostar o dedo ou
um objeto de metal na esfera, é possível perceber as descargas elétricas.

Com relação ao observado na geração de campo elétrico a partir do gerador de ddp,


Sabe - se que o campo elétrico é uma grandeza vetorial, o experimento foi estruturado de
modo que foi possível observar linhas que são geradas através da interação entre essas
cargas. Os eletrodos de diferentes configurações que proporcionaram linhas ligeiramente
distintas, mas em todas foi possível visualizá-las claramente.
Essas são as linhas de fluxo cuja tangente, em qualquer ponto, fornece a direção do
campo neste ponto, ou seja, evidenciam a existência do campo na área em que são
observadas. Não dão diretamente o valor do campo, mas de uma maneira geral, elas
convergem quando se aproxima de uma região onde o campo é intenso e se separam ao
aproximar-se de uma região de campo fraco.
Nos eletrodos pontuais o campo elétrico produzido é radial criando uma área quase
esférica enquanto no eletrodo plano o campo tende a ser linear.

Fig 5.2: Campo elétrico gerado entre duas barras circulares eletrizadas.

É possível fazer inferências sobre essas áreas de maior e menor intensidade do


campo observando as figuras: nas figuras o campo é mais intenso no centro onde as linhas
são mais retas e, são menos intensas nas periferias onde predominam curvas parabólicas.

Figura 5.3: Campo elétrico gerado entre duas barras horizontais eletrizadas

Usando esse raciocínio é possível afirmar que o campo gerado pelos eletrodos
anelares concêntricos têm a mesma intensidade em todos os pontos já que a variação
depende da distância e que nesse caso é a mesma em todos os pontos.
Figura 5.4: Campo elétrico gerado entre duas barras circulares de diferentes tamanhos eletrizadas

É importante também observar outros aspectos como a densidade dessas linhas


que são uma medida do campo elétrico; o número de linhas que é proporcional ao valor
absoluto da carga; e o sentido que é, em todos os pontos, o mesmo do campo elétrico
partindo das cargas positivas para as negativas.

Figura 5.5: Campo elétrico gerado entre uma barra horizontal metálica e outra circular ambas eletrizadas

Figura 5.6: Campo elétrico gerado entre duas barras metálicas pontiagudas eletrizadas

O experimento com o Gerador de Van der Graaf é capaz de transformar Energia


Mecânica em Energia Eletrostática. O princípio de funcionamento deste gerador é baseado
em três princípios pertinentes à Eletricidade, que são: a eletrização por atrito, a indução
eletrostática e a repulsão eletrostática. No experimento, foram definidos os sinais das
cargas de diferentes elementos por meio de métodos de eletrização, sendo o método
principal através do atrito. Também é possível concluir que a capacidade elétrica do gerador
de Van der Graaf está propriamente ligada com a carga que ele conserva, possibilitando a
esfera metálica carregada com uma carga não detectada, no qual o campo elétrico
extremos para a consistência dielétrica muda conforme a umidade do ar.

Foi possível através do experimento evidenciar o surgimento do campo elétrico ao


unir uma carga eletrificada e uma carga de teste a partir da visualização das linhas de fluxo
geradas a partir dessa interação, além de analisar a intensidade, direção e sentido do
campo. Os resultados obtidos experimentalmente foram muito próximos do esperado e foi
possível comprovar a aplicação do que foi visto na aula teórica.

6. Referências

[1] TODAMATERIA. Campo elétrico. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/campo-


eletrico/. Acesso em: 4 set. 2023.

[2] GERADOR ELETROSTÁTICO DE VAN DE GRAAFF. Disponível em:


https://www.ifsc.usp.br/~strontium/Teaching/Material2010-2%20FFI0106%20LabFisicaIII/
App01b%20Eletrostatica.pdf. Acesso em: 04/set. 2023.

[3] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física 3. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 2007.

[4] STUDOCU. Relatório Gerador de Van de Graaff. Disponível em:


https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-de-santa-catarina/
engenharia-de-automacao-e-controle/relatorio-gerador-van-de-graaff/4296187. Acesso em:
4 set. 2023.

[5] BDM.UNB. Montagem do gerador de Van de Graaff para o uso em atividades


experimentais no ensino de Física. Disponível em:
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/14049/1/2015_FranklinBerthoniRibeiroLeite.pdf. Acesso
em: 4 set. 2023.

[6] FISICAELETRO. Experimentos propostos. Disponível em:


http://fisicaeletro.blogspot.com/2011/06/experimentos-propostos-referentes. Acesso em: 4
set. 2023.
Instituto Federal da Bahia
Fisica Experimental 3 - FIS213
Professor: Erick Santana

Cleriston Alexandre, Kayky Ferreira, Leon Pereira, Leonardo Senna, Lucas Nova
e Luis Gabriel Pacheco

Relatório nº 3 e 4
Superfícies equipotenciais e Capacitores

Salvador
2023
1. Objetivo

Observar no experimento 3 o comportamento do campo elétrico gerado por


eletrodos de diversos formatos, analisar o comportamento das linhas geradas
através das mudanças dos tipos e arranjos das cargas. Analisar no experimento 4
as variações num capacitor de placas paralelas causadas pela alteração de dois
parâmetros principais.

2. Introdução

O campo elétrico é um campo vetorial, que expressa a influência de uma


carga ”Q” qualquer, no meio no qual se encontra. Nesse espaço existe uma região
onde todos os pontos têm o mesmo potencial elétrico, o que significa que a
diferença de potencial elétrico entre qualquer par de pontos nessa região é zero.
Essa região é sempre perpendicular às linhas de campo elétrico e formam
superfícies, as superfícies equipotenciais, que são conceitos fundamentais na
eletrostática e desempenham um papel crucial na compreensão dos campos
elétricos e do comportamento das cargas elétricas [3].

. E=F/Q
onde, F=kQq /d ²
logo, temos: E=kQ/d ²

Figura 1.1 Formação das superfícies equipotenciais [1]


Ao mover-se de um ponto para outro ao longo de uma superfície
equipotencial, nenhum trabalho é realizado contra ou a favor do campo elétrico, pois
não há variação no potencial elétrico. Já o campo elétrico é uniforme, ou seja, tem a
mesma magnitude e direção em todos os pontos da superfície [1].
A principal aplicação conhecida das superfícies equipotenciais é o dispositivo
conhecido como capacitor. Os capacitores consistem num sistema formado por
dois condutores envolvendo um isolante entre eles. [1] A sua principal função é
armazenar energia e descarregá-las rapidamente.
Quando uma diferença de potencial é aplicada às placas, elétrons são
forçados a se mover de uma placa para a outra, atravessando o isolante e gerando
um campo que uniforme cuja intensidade em qualquer ponto entre os condutores é
proporcional à carga gerada. Isso cria um acúmulo de cargas opostas: um lado com
carga positiva e o outro com carga negativa.
Esse acúmulo chega ao seu limite quando a diferença de potencial dos
condutores se iguala a da fonte. Depois que a fonte é retirada essa diferença de
potencial se mantém e os condutores assumem também magnitudes iguais que são
proporcionais também a diferença de potencial estabelecida.
O quanto de carga que pode ser armazenada pelo dispositivo é a
capacitância, uma constante de proporcionalidade entre as cargas e a diferença de
potencial que é determinada, principalmente pela geometria dos condutores e pelo
isolante entre eles [2]. Quanto ao tipo podem ser cilíndricos, esféricos, de esfera
isolada ou de placas paralelas.

C=Q/V =ɛ A /d (F)
Onde:

C = Capacitância (F - Farad)
ɛ = Permissividade elétrica do meio (F/m)
A = Área da placas (m²)
d = Distância entre as placas (m)

3. Material utilizado

Experimento 3
● Papel milimetrado
● Recipiente de acrílico translúcido
● Papel milimetrado
● Conectores e cabos
● Ponteira
● Eletrodos com formatos diversos
● Uma fonte de alimentação CC saída em 12 V
● Multimetro
● Água

Experimento 4

● Kit Phywe com:


○ Placas condutoras,
○ Trilho,
○ Suporte para placas
● Fonte de 300 V
● Resistência de segurança de 10MW
● Régua
● Multímetro

4. Procedimento experimental

Para o terceiro experimento ajustamos a fonte de alimentação em 12V e


montamos o sistema conforme proposto no roteiro. O multimetro foi ligado direto no
terminal negativo da fonte e a ponteira fica livre para realização das medidas.
Medimos então a diferença de potencial direto nos terminais da fonte. Com o papel
milimetrado medimos uma distância de aproximadamente 50 mm e acoplamos os
eletrodos aos pares nos diversos arranjos possíveis.
Já no quarto experimento montamos o kit Phywe conforme orientação do
professor e realizamos dois procedimentos: Variamos a tensão da fonte de 10 em
10 V; depois deslizamos as placas sobre os trilhos afastando-os um centímetro por
vez até obter dez medições.

5. Discussão e Conclusão

Experimento 3

Com o auxílio do papel milimetrado utilizamos a ponteira para mapear


diversos pontos do campo gerado pelos eletrodos. Inicialmente medimos diversos
pontos numa mesma linha, a linha mais próxima possível do centro do eletrodo. Nos
pontos mais próximos da carga positiva observamos que o potencial era máximo, ou
seja, o multímetro auferia valores de tensão muito próximos de 12V. À medida que
nos afastamos da carga positiva o módulo ia diminuindo gradativamente e
encontramos valores próximos a 0V. Também foi observado que quando escolhido
um ponto e deslocado de forma paralela o campo permanece igual como observado
na figura 4.2.

Figura 4.1: Sistema montado Figura 4.2: Linhas de campo

Num segundo momento tentamos localizar as superfícies equipotenciais.


Sabemos que são diversos formatos possíveis das superfícies a depender dos
eletrodos e das diferentes configurações entre eles, mas considerando que as
superfícies mais simples possíveis seriam esferas concêntricas presumimos que a
existência de uma simetria radial.
Figuras 4.2 e 4.3: Sistema montado com a ponteira posicionada nos dois lados.

Colhemos pares de pontos com a mesma distância do eixo central do


eletrodo, alternando entre dois, três e cinco centímetros de distância do centro.
Rapidamente percebemos que as superfícies não eram tão simples e abandonamos
parcialmente o método. Ao nos manter próximos do eletrodo era fácil encontrar algo
próximo de um círculo, mas ao nos aproximarmos do eixo longitudinal central
encontramos distorções.
Considerando os resultados empíricos rapidamente comprovamos a
semelhança com o modelo teórico visto anteriormente. Observamos que o campo
elétrico nos eletrodos em forma de barra tende a ser linear. Quando juntamos dois
eletrodos de formato diferentes, foi observado a mescla dos dois. O eletrodo de
pontas e as associações com ele foram um complicador, já que era mais difícil
prever a distribuição dos pontos, mesmo usando o método adotado. Ainda assim foi
possível encontrar alguns pontos iguais e observar a distribuição das superfícies.

Experimento 4

O experimento 4 foi feito por duas etapas sendo a primeira com distância
constante e aumentando a tensão da fonte sendo observado o aumento da tensão
entre as placas à medida que a tensão da fonte aumentava.
A segunda etapa foi feita com a tensão da fonte constante e aumentando a
distância entre as placas sendo observado a diminuição da tensão entre as placas
conforme a tabela abaixo.
Figura 4.4: Kit Phywe montado com as placas no afastamento máximo utilizado

Distância (cm) Tensão da fonte (V) Tensão entre as placas

3 50 1,502

60 1,821

70 2,133

80 2,444

90 2,746

100 3,060

110 3,392

120 3,668

130 3,972

140 4,293

Distância (cm) Tensão da fonte (V) Tensão entre as placas

3 100 3,062
4 2,411

5 1,873

6 1,571

7 1,338

8 1,150

9 1,017

10 0,891

11 0,832

12 0,765

6. Referências bibliográficas

[1] SEARS, Francis W.; ZEMANSKY, Mark W.. Física Universitária - Volume 3. 14.
ed. São Paulo: Pearson, 2018.

[2] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física -


Volume 3. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

[3] FÍSICA CURIOSA. Campo elétrico. Disponivel em:


https://fisicacuriosa.com/campo-eletrico-forca-eletrica/

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