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Instituto Federal de Ensino, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP

Campus São João da Boa Vista

Curso Automação Industrial

Turma B

Disciplina EL1- Eletricidade 1

Relatório 1: Princípios da eletrostática

Relatório técnico sobre o


experimento Gerador de Van
de Graaff realizado no
laboratório de eletricidade 1 sob
a supervisão do professor Noé
Cheung.

Bruno Stivanin Martins

1000411

São João da Boa Vista

19 de março de 2010
Resumo

No Laboratório de Eletricidade 1 foi utilizado o Gerador de Van de Graaff com o


objetivo de descobrir os prícipios eletrostático dos corpos. Com isso realizamos cinco tipos de
experiências :

● Simulador de raio;
● Catavento;
● Eletroscópio;
● Atração de semente;
● Arrepiação capilar;

Ao final observamos os príncipos de eletrostática, e os processos de eletrização: sendo


por atrito, contato e indução.

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Sumário

Resumo..............................................................................................................................2
1. Introdução......................................................................................................................3
2.1 Revisão Teórica...........................................................................................................3
2.2 Metodologia.................................................................................................................5
2.3 Material Utilizado........................................................................................................6
2.4 Procedimentos Experimentais.....................................................................................7
2.5 Discussão dos Resultados............................................................................................8
3. Conclusão......................................................................................................................8
4. Referências....................................................................................................................8

1. Introdução

Este experimento tem como objetivo estudar o funcionamento de um gerador de Van


de Graff, reconhecendo os fenômenos eletrostáticos e os processos de eletrização.

2.1 Revisão Teórica

A matéria é formada de pequenas partículas chamadas de átomos. O átomo é formado


por partículas ainda menores. Os prótons e os nêutrons formam o núcleo do átomo e os
elétrons formam a eletrosfera. Os prótons e os elétrons possuem uma importante propriedade
física: eles possuem carga elétrica. A carga elétrica dos prótons e elétrons tem a mesma
intensidade, porém sinais contrários. A carga do próton e positiva e a do elétron é negativa.
O átomo é um sistema eletricamente neutro, ou seja, o número de prótons é igual ao
número de elétrons. Entretanto, o átomo pode perder ou ganhar elétrons. Quando isso ocorre,
o átomo fica eletrizado, se tornando um íon, sendo positivo quando perder elétrons e negativo
quando ganhar elétrons.

A quantidade de carga elétrica presente em um corpo eletrizado é dada por:

Q = n× e

Onde Q é a carga elétrica do corpo, n é o número de elétrons em excesso (corpo com


carga negativa) ou em falta (corpo eletrizado positivamente) e e é a carga elementar igual a
1,6×10−19C .

Princípios da eletrostática

Os dois princípios fundamentais da eletrostática são:

• Princípio da conservação da carga elétrica: num sistema eletricamente isolado, a


soma algébrica das cargas positivas e negativas é constante.Isso significa que a carga elétrica
não pode ser criada nem destruída, ela apenas passa de um corpo para outro. Assim, podemos
escrever que :

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Q1 + Q2 = Q’1+Q’2

Onde Q1 e Q2 são as cargas iniciais e Q’1 e Q’2 são as cargas finais de dois corpos.

• Princípio da atração e repulsão: cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas


de sinais contrários se atraem.

Condutores e isolantes

Os materiais condutores são formados por átomos nos quais os elétrons estão
fracamente ligados ao núcleo de seus átomos. Assim, os elétrons podem se movimentar no
material conduzindo eletricidade. Por exemplo, os metais são bons condutores de eletricidade.
Exemplos de materiais condutores são: cobre, alumínio, ouro, grafite e outros.
Nos materiais isolantes, os elétrons estão fortemente ligados a seus núcleos e por isso
não podem se movimentar livremente no material. Como esses elétrons estão presos a seus
núcleos, eles não são capazes de conduzir eletricidade. Exemplos de materiais isolantes são:
vidro, borracha, seda e outros.

Processos de eletrização

1- Eletrização por Atrito

Tem-se a eletrização por atrito quando atrita-se dois corpos . Ex.: pegando-se um
canudinho de refrigerante e atritando-o com um pedaço de papel; observa-se através de
experimentos que ambos ficam carregados com a mesma quantidade de cargas , porem de
sinais contrários.

2- Eletrização por Contato

Quando dois corpos condutores entram em contato, sendo um neutro e outro


carregado, observa-se que ambos ficam carregados com cargas de mesmo sinal. Ex.: tendo-se
um bastão carregado e uma esfera neutra inicialmente, ao tocar-se as esfera com este bastão
verifica-se que a esfera adquire a carga de mesmo sinal daquela presente no bastão.

3- Eletrização por Indução

A indução ocorre quando se tem um corpo que esta inicialmente eletrizado e é


colocado próximo a um corpo neutro. Com isso, a configuração das cargas do corpo neutro se
modifica de forma que as cargas de sinal contrario a do bastão tendem a se aproximar do
mesmo. Porém, as de sinais contrários tendem a ficar o mais afastadas possível. Ou seja, na
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indução ocorre a separação entre algumas cargas positivas e negativas do corpo neutro ou
corpo induzido.

2.2 Metodologia

O Gerador Van de Graaff é uma máquina que utiliza uma Correia Móvel para
acumular Tensão Eletrostática muito alta na cavidade de uma Esfera de Metal. No interior do
Gerador de Van de Graaff, a Correia Móvel está acoplada a uma Roldana de Plástico.
Quando o Motor aciona a Roldana, a Correia fricciona a Roldana de Plástico, transferindo
Cargas Negativas para ela. Enquanto o Motor continua a acionar a Roldana, as Cargas
Negativas desta acumulam-se e induzem Cargas Positivas na Escova de Metal de forma
afiada. O Campo Elétrico, entre a Roldana e a Escova, aumenta e o ar à volta da Escova
ioniza-se. As Cargas Positivas das moléculas de ar são repelidas da Escova e transferidas para
a superfície da Correia. Estas Cargas Positivas são a seguir transportadas para dentro da
cavidade da Esfera de Metal, que se chama Abóbada, e transferidas, a partir da Escova de
Metal de forma afiada, para a Abóbada Esférica, através da Ionização do ar. Este processo
permite acumular uma grande quantidade de Cargas Positivas na superfície da Abóbada
Esférica e o seu potencial aumenta.

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2.3 Material Utilizado

O Geredor eletrostático tipo Van de Graaff, tem capacidade para 240 KV, sua esfera
removível tem 20cm de diâmetro e dispõe de conexões para aterremento. A sustentação é
construída em acrílico e possui articulação na ligação com a base e mede 45 cm de altura. A
correia de borracha tem 6 cm de largura e se movimento sobre 4 polias, que acionadas por um
motor elétrico de 1/8 de HP funcionando em 110 ou 220 V, conforme a sua rede local de
energia. A rotação do motor é controlada de um circuito eletrônico. Todo o conjunto está
fixado em uma base metálica.
Partes do Gerador:

a- Esfera de alumínio.
b- Polias.
c- Conexão na esfera.
d- Escova superior.
e- Correia de borracha.
f- Escava metálica internediária.
g- Polia de acrílico.
h- Conexão de fio terra (inferior).
i- Escova metálica inferior.
j- Motor de 1/8 de HP.

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k- Controlador eletrônico da velocidade de rotação do motor.
l- Cuba de vidro e base acrílica com 02 isolantes de nylon com bornes.
m- Eletrodos.
n- Cabos de ligação banana/banana.
o- Torniquete eletrostático.
p- Esfera auxiliar de alumínio com cabo e borne.
q- Frasco com semente de grama.
r- Frasco com óleo re ricino.
s- eletroscópio de folha.

Material Complementar Necessário

- tiras de papel alumínio;


- fita adesiva;
- lâmpada fluorescente;
- algodão;
- base isolante de madeira;
- retroprojetor;

2.4 Procedimentos Experimentais

Através do Gerador de Van de Graaf, foram realizadas cinco experiências:

1- Simulador de raio
2- Catavento
3- Eletroscópio
4- Atração de semente
5- Arrepiação capilar

Na experiência 1, foi feito o uso da esfera de alumínio com o cabo de borne,


aproximando-o do gerador em funcionamento. Podemos notar a criação de correntes elétricas
no momento em que ambos equipamentos se encontravam próximos.

Na experiência 2, foi feito o uso do torniquete eletrostático, encaixando-o na parte


superior da esfera de alumínio do gerador (obs: gerador desligado). Ao ligar o gerador notou-
se o movimento giratório do torniquete.

Na experiência 3, foi feito o uso eletroscópio com tiras de papel alumínio, encaixando-
o na parte superior da esfera de alumíno do gerador ( obs: gerador desligado). Ao ligar o
gerador notou-se que as tiras de papel alumínio abriram.

Na experiência 4, foi feito o uso de sementes de grama e o auxílio de um aluno. Antes


de ligar o gerador, foram espalhadas as sementes pela mesa e o aluno colocou sua mão sobre a
esfera de alumínio do gerador. Quando o gerador entrou em funcionamento, notou-se que o
aluno atraia as sementes, quando colocava sua mão sobre elas.

Na experiência 5, utilizou-se a ajuda de um aluno, que com o gerador desligado


colocou sua mão sobre a esfera de alumínio do gerador. Ao ligar o gerador, notou-se que o as

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pontas do cabelo do mesmo eriçaram e afastaram-se uns dos outros de modo a atingir um
equilíbrio devido às repulsões entre si.

2.5 Discussão dos Resultados

No experimento 1, houve a formação de correntes elétricas, o ar ficou ionizado porque


a esfera de alumíno do gerador estava carregada positivamente. Sendo assim, com a
aproximação da esfera de alumínio com o cabo de borne, esta estando neutra, foi aberto um
arco elétrico, formando correntes elétricas. Esta eletrização ocorreu por meio de indução.

No experimento 2, o torniquete eletrostático entra em movimento, pois a esfera de


alumíno do gerador carregada positivamente faz com que as pontas do torniquete fiquem
positivas, assim uma tenta repelir a outra. Esta eletrização ocorreu por meio de contato.

No experimento 3, a esfera de alumíno do gerador carregada positivamente transfere


cargas para as folhas de alumínio do eletroscópio, como ambos tem sinais iguais, se repelem,
abrindo as folhas. Esta eletrização ocorreu por meio de contato.

No experimento 4, as sementes eram atraídas pela mão do aluno, pois este adquiriu
carga positiva ao entrar em contato com a esfera de alumínio do gerador, e quando passou sua
mão sobre as sementes foram atraídas pelo fato de estarem neutras.

No experimento 5, as pontas do cabelo do aluno eriçaram, ou seja, repeliu devido o


fato da esfera de alumínio do gerador passar carga positiva para o mesmo. Esta eletrização
ocorreu por meio de indução.

Obs: Em todas as experiências para que a esfera de alumínio do gerador ficasse


positiva, foi necessária eletrização por atrito.

3. Conclusão

Concluímos que, os corpos são carregados com cargas positivas e/ou negativas.
Quando as cargas são iguais se repelem, como visto nos experimentos de arrepiação capilar,
eletroscópio e catavento. E que cargas diferentes se atraem, como foi observado nos
experimentos de atração de sementes e simulador de raio. Conclui-se tambem que corpos de
mesmo material, quando atritados não se carregam.

4. Referências

 autor Evandro, Relatorio de Van de Graff, Faculdade: EEP , Curso: Engenharia Mecânica,
disponível em http://ebah.com.br

 apontamentos do professor Noé Cheung contendo informações sobre os materiais e


procedimentos do gerador de Van de Graaf.

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