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Resumo
O césio-137 é um isótopo radioativo (radioisótopo) do elemento quı́mico césio (Cs), cujo número
atômico (Z), isto é, a quantidade de prótons no núcleo atômico, é igual a 55, e o número de nêutrons
é de 82. Assim, a denominação “césio-137” vem do seu número de massa (A), que corresponde
à soma do número atômico com os nêutrons (55 + 82 = 137). Desse modo, sua representação é
dada por: 55137Cs.
1 Objetivo
Através das medidas de contagens pelo tempo, obter a equação de ajuste com estes dados e desta
equação extrair a constante de desintegração desse elemento e então pela equação teórica obter e
comparar a meia-vida do Bário 137m.
2 Introdução
O Césio 137 é um isótopo radioativo resultante da fissão de urânio ou plutônio, é usado em equipa-
mentos de radiografia, até aı́ tudo bem, o problema ocorre quando este isótopo é desintegrado e dá
origem ao Bário 137m que passa a emitir radiações gama. Os raios gama possuem um grande poder
de penetração, sendo nocivos ao ser humano.
O maior acidente já ocorrido com o Césio 137 foi na cidade de Goiânia, em 13 de setembro de
1987. Toda a tragédia foi decorrente de um descuido na fiscalização do lixo radioativo, onde catadores
de sucata retiraram de um aparelho de radioterapia abandonado aquilo que seria fatal: a cápsula
misteriosa. Dentro desta cápsula encontraram algo jamais visto, tinha aspecto brilhante e encantava
a todos, este material foi distribuı́do entre curiosos, inclusive crianças. A beleza radiante fez com que
passassem o material até pelo próprio corpo: era o brilho da morte.
Esse material era o Bário e se desintegrava em um pó azulado e fosforescente, altamente tóxico.
Somente após 16 dias da abertura da cápsula é que foi acionada a Comissão Nacional de Energia
Nuclear (Cnem) e o caso foi controlado. As consequências deste acidente são vistas até hoje, muitos
sobreviventes sofrem doenças como câncer, hipertensão e distúrbios variados, e recebem tratamento
médico contra estes males.
3 Fundamentação Teórica
O césio é um metal alcalino localizado no sexto perı́odo da Tabela Periódica. Suas propriedades são
semelhantes ao rubı́dio e ao potássio, localizados no mesmo grupo, como o fato de ser macio e dúctil,
além de ser explosivo em contato com a água. Seu ponto de fusão, de 28,4 °C, coloca-o como um
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Figura 1: Césio 137 é um elemento altamente radioativo.
dos poucos metais que podem ser lı́quidos em uma temperatura próxima à temperatura ambiente. É
extremamente reativo, inflamando-se espontaneamente em contato com o ar.
O césio, mais especificamente o isótopo 137, está, infelizmente, intimamente ligado à história de
nosso paı́s. No ano de 1987, em Goiânia, capital do estado de Goiás, catadores desmancharam um
aparelho radiológico abandonado e assim expuseram uma amostra azul radioativa de césio-137 (cloreto
de césio) direta ou indiretamente a centenas de pessoas. Segundo os dados oficiais do estado de Goiás,
quatro pessoas morreram no acidente, contudo a Associação de Vı́timas e o Ministério Público indicam
pelo menos 66 óbitos relacionados ao acidente.
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Boa parte do césio-137 presente na atmosfera se deve a testes de armas nucleares ocorridos durante
o perı́odo da Guerra Fria, mais especificamente nas décadas de 1950 e 1960. Os acidentes nas usinas
de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia, e de Fukushima, em 2011, no Japão, também aumentaram muito
a concentração desse isótopo na atmosfera.
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As primeiras medidas envolveram etapas de identificação, monitoramento, descontaminação, iso-
lamento e tratamento da população atingida. As áreas consideradas como focos principais foram
isoladas, removendo-se quantidades do solo e de construções, as quais foram demolidas. Ao mesmo
tempo, análises ocorreram para avaliar a dispersão do radioisótopo no ambiente, como solo, vegetais,
água e ar.
As vı́timas foram tratadas com medicamentos que se destinavam a acelerar a eliminação do 137Cs,
além da utilização de ferrocianeto de potássio, K4[Fe(CN)6], conhecido como Azul da Prússia. Tal
medicamento, utilizado em doses que variaram de 1,5 a 20 gramas, captura o césio radioativo no
intestino, impedindo sua absorção. Aproveitando-se de sua semelhança com o potássio, as equipes
também administraram diuréticos.
Nesse trágico episódio, faleceram quatro pessoas logo após a contaminação, incluindo uma criança
de seis anos. As investigações oficiais apontam que cerca de 250 pessoas foram submetidas a con-
taminações mensuráveis, enquanto 20 pessoas receberam nı́veis graves de radiação. Contudo, um
levantamento realizado pela Associação de Vı́timas do Césio-137 (AVCésio) e o Ministério Público de
Goiás indicam que ao menos 66 óbitos estariam relacionados ao evento, enquanto cerca de 1,4 mil pes-
soas foram contaminadas ao longo dos anos. Funcionários, voluntários, moradores, familiares, policiais
e bombeiros, muitos que tiveram contato direta ou indiretamente com o material radioativo, ou com
pessoas, ou com o terreno contaminado, acabaram também adoecendo ou morrendo.
Até os dias de hoje as pessoas contaminadas são monitoradas pelo Centro Estadual de Assistência
aos Radioacidentados Leide das Neves, o CARA, necessitando de tratamentos e medicamentos por
conta das sequelas causadas. Leide das Neves Ferreira era a sobrinha de seis anos do proprietário
do ferro-velho, Devair Alves Ferreira, e foi a primeira vı́tima dessa tragédia, tornando-se um trágico
sı́mbolo.
4 Equipamentos
1. Gerador de isótopos Cs-137, 400 kBq
2. Medidor de pulsação
3. Multı́metro digital
4. Tubo de contador, tipo A, BNC
5. Cronômetro, digital, 1/100 seg.
6. Alumı́nio, folha, 13203200mm, 5 pcs
7.Base do tripé - PASS-
8. Haste de suporte -PASS-, quadrado, l 250 mm
9. Grampo de ângulo reto - PASS
10. Grampo universal
11. Béquer de vidro, curto, 250 ml
Referências