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Física Quântica

Prof. Fernando Semião


A equação de Schrödinger
A equação em uma dimensão

O sucesso do ideia de de Broglie acerca do comportamento ondulatório de partículas

em movimento levou à busca de uma equação para a função de onda, ou seja,


A equação em uma dimensão

O sucesso do ideia de de Broglie acerca do comportamento ondulatório de partículas

em movimento levou à busca de uma equação para a função de onda, ou seja,

uma equação que, mediante a definição do cenário físico, nos permita achar

a função de onda Ψ(x, t). Como vimos, esta é a amplitude

de probabilidade de posição.
A equação em uma dimensão

O sucesso do ideia de de Broglie acerca do comportamento ondulatório de partículas

em movimento levou à busca de uma equação para a função de onda, ou seja,

uma equação que, mediante a definição do cenário físico, nos permita achar

a função de onda Ψ(x, t). Como vimos, esta é a amplitude

de probabilidade de posição.

Em 1926, Erwin Schrödinger publicou a procurada equação.


A equação em uma dimensão

O sucesso do ideia de de Broglie acerca do comportamento ondulatório de partículas

em movimento levou à busca de uma equação para a função de onda, ou seja,

uma equação que, mediante a definição do cenário físico, nos permita achar

a função de onda Ψ(x, t). Como vimos, esta é a amplitude

de probabilidade de posição.

Em 1926, Erwin Schrödinger publicou a procurada equação.

A partir de então, não foi mais necessário fazer aquela mistura injustificável de con-

ceitos clássicos e quânticos que caracterizou “velha teoria quântica”, ou seja, os

modelos prévios à equação de Schrödinger (Einstein, Bohr, etc.).


Houve na mesma época, a formulação e publicação de uma outra versão formal da

Física Quântica: a versão de Heisenberg (não estudada neste curso).


Houve na mesma época, a formulação e publicação de uma outra versão formal da

Física Quântica: a versão de Heisenberg (não estudada neste curso).

Ambas as versões são equivalentes


Houve na mesma época, a formulação e publicação de uma outra versão formal da

Física Quântica: a versão de Heisenberg (não estudada neste curso).

Ambas as versões são equivalentes

A informação que entra na equação de Schrödinger e que define o cenário físico


é a energia potencial do sistema, denotada por V(x, t).
Houve na mesma época, a formulação e publicação de uma outra versão formal da

Física Quântica: a versão de Heisenberg (não estudada neste curso).

Ambas as versões são equivalentes

A informação que entra na equação de Schrödinger e que define o cenário físico


é a energia potencial do sistema, denotada por V(x, t).

A equação postulada por Schrödinger, no caso de uma partícula de massa m, e


movimento unidimensional (1D), é dada por:
2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t

Equação de Schrödinger para uma

partícula caso 1D.


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t

Equação de Schrödinger para uma

partícula caso 1D.

Trata-se, portanto, se uma equação diferencial parcial de segunda ordem, linear

homogênea e complexa, cuja solução fornece a função de onda Ψ(x, t).


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t

Equação de Schrödinger para uma

partícula caso 1D.

Trata-se, portanto, se uma equação diferencial parcial de segunda ordem, linear

homogênea e complexa, cuja solução fornece a função de onda Ψ(x, t).

É ainda importante total que este equação pode ser reescrita como uma equação de

operadores:

[ ] [ ∂t ]
2 2
2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t) ℏ ∂ ∂
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ → − + V(x, t) Ψ(x, t) = iℏ Ψ(x, t)
2m ∂x 2 ∂t 2m ∂x 2
2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t

Equação de Schrödinger para uma

partícula caso 1D.

Trata-se, portanto, se uma equação diferencial parcial de segunda ordem, linear

homogênea e complexa, cuja solução fornece a função de onda Ψ(x, t).

É ainda importante total que este equação pode ser reescrita como uma equação de

operadores:

[ ] [ ∂t ]
2 2
2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t) ℏ ∂ ∂
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ → − + V(x, t) Ψ(x, t) = iℏ Ψ(x, t)
2m ∂x 2 ∂t 2m ∂x 2

Hop
2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t

Equação de Schrödinger para uma

partícula caso 1D.

Trata-se, portanto, se uma equação diferencial parcial de segunda ordem, linear

homogênea e complexa, cuja solução fornece a função de onda Ψ(x, t).

É ainda importante total que este equação pode ser reescrita como uma equação de

operadores:

[ ] [ ∂t ]
2 2
2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t) ℏ ∂ ∂
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ → − + V(x, t) Ψ(x, t) = iℏ Ψ(x, t)
2m ∂x 2 ∂t 2m ∂x 2

Hop Hop
Definimos agora o operador Hamiltoniano

2 2
ℏ ∂
Hop = − + V(x, t)
2m ∂x 2
Definimos agora o operador Hamiltoniano

2 2
ℏ ∂
Hop = − + V(x, t)
2m ∂x 2

que, de acordo com a última equação do slide anterior, pode ainda ser escrito como:


Hop = iℏ
∂t
Definimos agora o operador Hamiltoniano

2 2
ℏ ∂
Hop = − + V(x, t)
2m ∂x 2

que, de acordo com a última equação do slide anterior, pode ainda ser escrito como:


Hop = iℏ
∂t

Em termos destes operadores, a equação de Schrödinger pode ser reescrita como


HopΨ(x, t) = iℏ Ψ(x, t)
∂t
Definimos agora o operador Hamiltoniano

2 2
ℏ ∂
Hop = − + V(x, t)
2m ∂x 2

que, de acordo com a última equação do slide anterior, pode ainda ser escrito como:


Hop = iℏ
∂t

Em termos destes operadores, a equação de Schrödinger pode ser reescrita como


HopΨ(x, t) = iℏ Ψ(x, t)
∂t

Esta forma concisa é válida para qualquer número de partículas e dimensões.


Comentários importantes:

i) a equação de Schrödinger é linear. Ou seja, se Ψ1(x, t) e Ψ2(x, t) são soluções desta

equação, então, Ψ(x, t) = A Ψ1(x, t) + B Ψ2(x, t) é também solução (A e B constantes).


Comentários importantes:

i) a equação de Schrödinger é linear. Ou seja, se Ψ1(x, t) e Ψ2(x, t) são soluções desta

equação, então, Ψ(x, t) = A Ψ1(x, t) + B Ψ2(x, t) é também solução (A e B constantes).

ii) O que muda de um problema à outro é a definição da energia potencial V(x, t).
Comentários importantes:

i) a equação de Schrödinger é linear. Ou seja, se Ψ1(x, t) e Ψ2(x, t) são soluções desta

equação, então, Ψ(x, t) = A Ψ1(x, t) + B Ψ2(x, t) é também solução (A e B constantes).

ii) O que muda de um problema à outro é a definição da energia potencial V(x, t).

iii) É extremamente importante que soluções da equação de Schrödinger tenham a se-

guinte propriedade:

∫−∞
2
| Ψ(x, t) | dx = 1 (condição de normalização)

pois a partícula tem que existir em algum lugar.


2 2
| Ψ(x, t) | | Ψ(x, t) |

Físico
não-Físico

área sob a curva é finita área sob a curva é infinita


Solução via separação de variáveis
Solução via separação de variáveis

Como vimos na aula anterior, a equação de Schrödinger é uma equação dife-

rencial parcial (EDP).


Solução via separação de variáveis

Como vimos na aula anterior, a equação de Schrödinger é uma equação dife-

rencial parcial (EDP).


Em algumas situações interessantes, é possível transformar esta EDP em

equações mais simples: duas equações diferenciais ordinárias (EDO’s).


Solução via separação de variáveis

Como vimos na aula anterior, a equação de Schrödinger é uma equação dife-

rencial parcial (EDP).


Em algumas situações interessantes, é possível transformar esta EDP em

equações mais simples: duas equações diferenciais ordinárias (EDO’s).

Isso é possível quando a energia potencial é independente do tempo.


Solução via separação de variáveis

Como vimos na aula anterior, a equação de Schrödinger é uma equação dife-

rencial parcial (EDP).


Em algumas situações interessantes, é possível transformar esta EDP em

equações mais simples: duas equações diferenciais ordinárias (EDO’s).

Isso é possível quando a energia potencial é independente do tempo.

Neste caso, as dependências do espaço e do tempo da função de onda podem ser

separadas:
Solução via separação de variáveis

Como vimos na aula anterior, a equação de Schrödinger é uma equação dife-

rencial parcial (EDP).


Em algumas situações interessantes, é possível transformar esta EDP em

equações mais simples: duas equações diferenciais ordinárias (EDO’s).

Isso é possível quando a energia potencial é independente do tempo.

Neste caso, as dependências do espaço e do tempo da função de onda podem ser

separadas:
Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t)
Solução via separação de variáveis

Como vimos na aula anterior, a equação de Schrödinger é uma equação dife-

rencial parcial (EDP).


Em algumas situações interessantes, é possível transformar esta EDP em

equações mais simples: duas equações diferenciais ordinárias (EDO’s).

Isso é possível quando a energia potencial é independente do tempo.

Neste caso, as dependências do espaço e do tempo da função de onda podem ser

separadas:
Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t)

Com isso, obteremos duas EDO’s: uma para ψ(x) e outra para ϕ(t). Esta técnica é

conhecida como separação de variáveis.


Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x)
− ϕ(t)
2m dx 2
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t)
2m dx 2
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x) dϕ(t)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t) = iℏ ψ(x)
2m dx 2 dt
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x) dϕ(t)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t) = iℏ ψ(x)
2m dx 2 dt

Se V(x, t) = V(x), a divisão da equação acima por ψ(x) ϕ(t) leva à:


Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x) dϕ(t)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t) = iℏ ψ(x)
2m dx 2 dt

Se V(x, t) = V(x), a divisão da equação acima por ψ(x) ϕ(t) leva à:


2 2
ℏ 1 d ψ(x)

2m ψ(x) dx 2
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x) dϕ(t)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t) = iℏ ψ(x)
2m dx 2 dt

Se V(x, t) = V(x), a divisão da equação acima por ψ(x) ϕ(t) leva à:


2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x)
2m ψ(x) dx 2
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x) dϕ(t)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t) = iℏ ψ(x)
2m dx 2 dt

Se V(x, t) = V(x), a divisão da equação acima por ψ(x) ϕ(t) leva à:


2 2
ℏ 1 d ψ(x) 1 dϕ(t)
− + V(x) = iℏ
2m ψ(x) dx 2 ϕ(t) dt
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x) dϕ(t)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t) = iℏ ψ(x)
2m dx 2 dt

Se V(x, t) = V(x), a divisão da equação acima por ψ(x) ϕ(t) leva à:


2 2
ℏ 1 d ψ(x) 1 dϕ(t)
− + V(x) = iℏ
2m ψ(x) dx 2 ϕ(t) dt
não depende de t
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x) dϕ(t)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t) = iℏ ψ(x)
2m dx 2 dt

Se V(x, t) = V(x), a divisão da equação acima por ψ(x) ϕ(t) leva à:


2 2
ℏ 1 d ψ(x) 1 dϕ(t)
− + V(x) = iℏ
2m ψ(x) dx 2 ϕ(t) dt
não depende de t não depende de x
Para encontrar estas duas EDO’s, vamos então supor Ψ(x, t) = ψ(x) ϕ(t) e substi-

ruir na equação de Schrödinger abaixo:


2 2
ℏ ∂ Ψ(x, t) ∂Ψ(x, t)
− + V(x, t)Ψ(x, t) = iℏ
2m ∂x 2 ∂t
2 2
ℏ d ψ(x) dϕ(t)
− ϕ(t) + V(x, t) ψ(x) ϕ(t) = iℏ ψ(x)
2m dx 2 dt

Se V(x, t) = V(x), a divisão da equação acima por ψ(x) ϕ(t) leva à:


2 2
ℏ 1 d ψ(x) 1 dϕ(t)
− + V(x) = iℏ
2m ψ(x) dx 2 ϕ(t) dt
não depende de t não depende de x

A única maneira de estabelecer a validade desta equação é supor que

cada lado da equação seja independente de x e t (constante).


2 2
ℏ 1 d ψ(x) 1 dϕ(t)
− + V(x) = iℏ
2m ψ(x) dx 2 ϕ(t) dt
constante C constante C
Ficamos, então, com duas EDO’s:
2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x) = C
2m ψ(x) dx 2

1 dϕ(t)
iℏ =C
ϕ(t) dt
Ficamos, então, com duas EDO’s:
2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x) = C
2m ψ(x) dx 2

1 dϕ(t)
iℏ =C
ϕ(t) dt

Perceba que a separação de variáveis foi possível apenas porque a energia

potencial não depende do tempo.


Ficamos, então, com duas EDO’s:
2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x) = C
2m ψ(x) dx 2

1 dϕ(t)
iℏ =C
ϕ(t) dt

Perceba que a separação de variáveis foi possível apenas porque a energia

potencial não depende do tempo.

A constante C é chamada de constante de separação, por razões óbvias.


Ficamos, então, com duas EDO’s:
2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x) = C
2m ψ(x) dx 2

1 dϕ(t)
iℏ =C
ϕ(t) dt

Perceba que a separação de variáveis foi possível apenas porque a energia

potencial não depende do tempo.

A constante C é chamada de constante de separação, por razões óbvias.

Perceba que toda a informação sobre o cenário físico, ou seja, a energia

potencial, está contida apenas na primeira equação. A segunda equação é

sempre a mesma.
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t)
iℏ =C
ϕ(t) dt
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ

Multiplicando o lado esquerdo por i/i e usando o fato de i = − 1, teremos:


2
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ

Multiplicando o lado esquerdo por i/i e usando o fato de i = − 1, teremos:


2

dϕ iC
= − dt
ϕ ℏ
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ

Multiplicando o lado esquerdo por i/i e usando o fato de i = − 1, teremos:


2

dϕ iC dϕ iC
∫ ϕ ℏ ∫
= − dt → =− dt
ϕ ℏ
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ

Multiplicando o lado esquerdo por i/i e usando o fato de i = − 1, teremos:


2

dϕ iC dϕ iC iC
∫ ϕ ℏ ∫
= − dt → =− dt → ln ϕ = − t + cte
ϕ ℏ ℏ
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ

Multiplicando o lado esquerdo por i/i e usando o fato de i = − 1, teremos:


2

dϕ iC dϕ iC iC
∫ ϕ ℏ ∫
= − dt → =− dt → ln ϕ = − t + cte
ϕ ℏ ℏ

Tomando a exponencial em ambos os lados

−iCt/ℏ+cte
ϕ=e
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ

Multiplicando o lado esquerdo por i/i e usando o fato de i = − 1, teremos:


2

dϕ iC dϕ iC iC
∫ ϕ ℏ ∫
= − dt → =− dt → ln ϕ = − t + cte
ϕ ℏ ℏ

Tomando a exponencial em ambos os lados

−iCt/ℏ+cte cte −iCt/ℏ


ϕ=e =e e
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ

Multiplicando o lado esquerdo por i/i e usando o fato de i = − 1, teremos: 2

dϕ iC dϕ iC iC
∫ ϕ ℏ ∫
= − dt → =− dt → ln ϕ = − t + cte
ϕ ℏ ℏ

Tomando a exponencial em ambos os lados

−iCt/ℏ+cte cte −iCt/ℏ −iCt/ℏ


ϕ=e =e e = e
ignorar
Começaremos, então, por resolver a segunda equação
1 dϕ(t) dϕ C
iℏ =C → = dt
ϕ(t) dt ϕ iℏ

Multiplicando o lado esquerdo por i/i e usando o fato de i = − 1, teremos: 2

dϕ iC dϕ iC iC
∫ ϕ ℏ ∫
= − dt → =− dt → ln ϕ = − t + cte
ϕ ℏ ℏ

Tomando a exponencial em ambos os lados

−iCt/ℏ+cte cte −iCt/ℏ −iCt/ℏ


ϕ=e =e e = e
ignorar
cte
Isso equivale a englobar a constante multiplicativa e na parte da função de onda

em x, ou seja, em ψ(x), que trataremos a seguir.


−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .
−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .

Vamos fazer isso determinando a dimensão de C. Isso é fácil se nos damos

conta de que o argumento de qualquer função tem que ser um número puro,

ou seja, adimensional.
−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .

Vamos fazer isso determinando a dimensão de C. Isso é fácil se nos damos

conta de que o argumento de qualquer função tem que ser um número puro,

ou seja, adimensional.

Assim,
iCt

−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .

Vamos fazer isso determinando a dimensão de C. Isso é fácil se nos damos

conta de que o argumento de qualquer função tem que ser um número puro,

ou seja, adimensional.

Assim,
iCt 2πiCt
=
ℏ h
−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .

Vamos fazer isso determinando a dimensão de C. Isso é fácil se nos damos

conta de que o argumento de qualquer função tem que ser um número puro,

ou seja, adimensional.

Assim,
iCt Ct
= 2πi eh adimensional
ℏ h
−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .

Vamos fazer isso determinando a dimensão de C. Isso é fácil se nos damos

conta de que o argumento de qualquer função tem que ser um número puro,

ou seja, adimensional.

Assim,
iCt Ct h
= 2πi eh adimensional → C tem dimensao de
ℏ h t
−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .

Vamos fazer isso determinando a dimensão de C. Isso é fácil se nos damos

conta de que o argumento de qualquer função tem que ser um número puro,

ou seja, adimensional.

Assim,
iCt Ct h
= 2πi eh adimensional → C tem dimensao de
ℏ h t
ou seja, a dimensão de C é a mesma da constante de Planck vezes frequência (1/tempo).

Se lembrarmos da relação de Planck-Einstein de que E = hf, concluímos que a

dimensão de C é energia.
−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .

Vamos fazer isso determinando a dimensão de C. Isso é fácil se nos damos

conta de que o argumento de qualquer função tem que ser um número puro,

ou seja, adimensional.

Assim,
iCt Ct h
= 2πi eh adimensional → C tem dimensao de
ℏ h t
ou seja, a dimensão de C é a mesma da constante de Planck vezes frequência (1/tempo).

Se lembrarmos da relação de Planck-Einstein de que E = hf, concluímos que a dimensão

de C é energia.
−iCt/ℏ
Resta ainda dar uma interpretação física para a constante C em ϕ(t) = e .

Vamos fazer isso determinando a dimensão de C. Isso é fácil se nos damos

conta de que o argumento de qualquer função tem que ser um número puro,

ou seja, adimensional.

Assim,
iCt Ct h
= 2πi eh adimensional → C tem dimensao de
ℏ h t
ou seja, a dimensão de C é a mesma da constante de Planck vezes frequência (1/tempo).

Se lembrarmos da relação de Planck-Einstein de que E = hf, concluímos que a dimensão

de C é energia.

Denotando C = E, podemos finalmente escrever


−iEt/ℏ
ϕ(t) = e
−iEt/ℏ
ϕ(t) = e

Com esta identificação da constante de separação com a energia, a equação

independente do tempo se torna:


2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x) = E
2m ψ(x) dx 2
−iEt/ℏ
ϕ(t) = e

Com esta identificação da constante de separação com a energia, a equação

independente do tempo se torna:


2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x) = E
2m ψ(x) dx 2
ou ainda
2 2
ℏ d ψ(x)
− + V(x) ψ(x) = E ψ(x)
2m dx 2
−iEt/ℏ
ϕ(t) = e

Com esta identificação da constante de separação com a energia, a equação

independente do tempo se torna:


2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x) = E
2m ψ(x) dx 2
ou ainda
2 2
ℏ d ψ(x)
− + V(x) ψ(x) = E ψ(x)
2m dx 2

que é a famosa equação de Schrödinger independente do tempo.


−iEt/ℏ
ϕ(t) = e

Com esta identificação da constante de separação com a energia, a equação

independente do tempo se torna:


2 2
ℏ 1 d ψ(x)
− + V(x) = E
2m ψ(x) dx 2
ou ainda
2 2
ℏ d ψ(x)
− + V(x) ψ(x) = E ψ(x)
2m dx 2

que é a famosa equação de Schrödinger independente do tempo.

Assim, quando o a energia potencial V não depende do tempo, temos apenas

que resolver a equação de Schrödinger independente do tempo. A solução

desta equação nos fornece a função ψ(x).


−iEt/ℏ
Com isso, obteremos a solução completa como Ψ(x, t) = ψ(x) e .
−iEt/ℏ
Com isso, obteremos a solução completa como Ψ(x, t) = ψ(x) e .

Note, finalmente, que a condição de normalização sobre Ψ(x, t) se transfere a

ψ(x):
−iEt/ℏ
Com isso, obteremos a solução completa como Ψ(x, t) = ψ(x) e .

Note, finalmente, que a condição de normalização sobre Ψ(x, t) se transfere a

ψ(x):
2
| Ψ(x, t) | = Ψ(x, t)*Ψ(x, t)
−iEt/ℏ
Com isso, obteremos a solução completa como Ψ(x, t) = ψ(x) e .

Note, finalmente, que a condição de normalização sobre Ψ(x, t) se transfere a

ψ(x):
2 iEt/ℏ −iEt/ℏ
| Ψ(x, t) | = Ψ(x, t)*Ψ(x, t) = [ψ(x)* e ] [ψ(x) e ]
−iEt/ℏ
Com isso, obteremos a solução completa como Ψ(x, t) = ψ(x) e .

Note, finalmente, que a condição de normalização sobre Ψ(x, t) se transfere a

ψ(x):
2 iEt/ℏ −iEt/ℏ
| Ψ(x, t) | = Ψ(x, t)*Ψ(x, t) = [ψ(x)* e ] [ψ(x) e ] = ψ(x)*ψ(x)
−iEt/ℏ
Com isso, obteremos a solução completa como Ψ(x, t) = ψ(x) e .

Note, finalmente, que a condição de normalização sobre Ψ(x, t) se transfere a

ψ(x):
2 iEt/ℏ −iEt/ℏ 2
| Ψ(x, t) | = Ψ(x, t)*Ψ(x, t) = [ψ(x)* e ] [ψ(x) e ] = ψ(x)*ψ(x) = | ψ(x) |
−iEt/ℏ
Com isso, obteremos a solução completa como Ψ(x, t) = ψ(x) e .

Note, finalmente, que a condição de normalização sobre Ψ(x, t) se transfere a

ψ(x):
2 iEt/ℏ −iEt/ℏ 2
| Ψ(x, t) | = Ψ(x, t)*Ψ(x, t) = [ψ(x)* e ] [ψ(x) e ] = ψ(x)*ψ(x) = | ψ(x) |

Assim,
∞ ∞

∫−∞ ∫−∞
2 2
| Ψ(x, t) | dx = | ψ(x) | dx
−iEt/ℏ
Com isso, obteremos a solução completa como Ψ(x, t) = ψ(x) e .

Note, finalmente, que a condição de normalização sobre Ψ(x, t) se transfere a

ψ(x):
2 iEt/ℏ −iEt/ℏ 2
| Ψ(x, t) | = Ψ(x, t)*Ψ(x, t) = [ψ(x)* e ] [ψ(x) e ] = ψ(x)*ψ(x) = | ψ(x) |

Assim,
∞ ∞

∫−∞ ∫−∞
2 2
| Ψ(x, t) | dx = | ψ(x) | dx

o que leva à condição de normalização para energias potenciais independentes do tempo:


∫−∞
2
| ψ(x) | dx = 1
Condições impostas às soluções
Condições impostas às soluções

i) ψ(x) tem que ser contínua em todo o espaço. Ou seja, não esperamos que uma

2
densidade de probabilidade como | ψ(x) | tenha “saltos".
Condições impostas às soluções

i) ψ(x) tem que ser contínua em todo o espaço. Ou seja, não esperamos que uma

2
densidade de probabilidade como | ψ(x) | tenha “saltos".

ii) Pode-se mostrar que ψ ′ (x) (derivada com respeito a x) será continua em todo o

espaço, exceto em pontos onde a energia potencial V vai a infinito.


Condições impostas às soluções

i) ψ(x) tem que ser contínua em todo o espaço. Ou seja, não esperamos que uma

2
densidade de probabilidade como | ψ(x) | tenha “saltos".

ii) Pode-se mostrar que ψ ′ (x) (derivada com respeito a x) será continua em todo o

espaço, exceto em pontos onde a energia potencial V vai a infinito.

iii) ψ(x) → 0 quando x → ± ∞ para garantir que possamos normalizar ψ(x):


∫−∞
2
| ψ(x) | dx = 1

Obrigado pela atenção

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