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7
Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
8
Integral de Superfı́cie de um Campo Vetorial . . . . . . . 129
Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Aula 1
Integrais Duplas
Objetivos
• Compreender a noção de integral dupla;
• estudar algumas propriedades;
• estudar o Teorema de Fubini para retângulos;
• estudar uma versão mais geral do Teorema de Fubini;
• calcular área e volume.
No Cálculo II, você aprendeu as integrais definidas. Agora, no Cálculo IV, pre-
tendemos estender essa idéia para integrais duplas e triplas de funções de duas
ou três variáveis.
Então consideremos uma função f : D ⊂ R2 → R, onde D é um conjunto
fechado e limitado (também conhecido como conjunto compacto). Como D é
limitado, então existe um retângulo R = [a, b] × [c, d], tal que D ⊂ R.
d = yn
R
Rij
D f
yj
∆y
yj−1
(x∗i , yj∗ )
y0 = c R
a = x0 xi−1 xi b = xn x
∆x
11
Integrais Duplas
ZZ n
X
f (x, y) dxdy = lim f x∗i , yj∗ ∆x∆y .
D n→∞
i,j=1
OBS.:
Gf : z = f (x, y) (“teto”)
(“piso”)
x
(x∗i , yj∗ ) Rij
3. Se f (x, y) = 1 em D então
ZZ ZZ
1 dxdy = dxdy = A(D) = área de D .
D D
12
Cálculo IV – Aula 1
4. Propriedades
ZZ ZZ ZZ
(i) (f + g) dA = f dA+ g dA
D D D
ZZ ZZ
(ii) kf dA = k f dA, k ∈ R
D D
ZZ ZZ ZZ
(iii) D = D1 ∪ D2 ⇒ f dA = f dA+ f dA
D D1 D2
D1
D2
ou
ZZ Z bZ d Z dZ b
f (x, y) dxdy = f (x, y) dydx = f (x, y) dxdy
D a c c a
| {z }
integrais iteradas ou repetidas
Exemplo 1
ZZ
Calcule xy 2 dxdy, sendo D = [0, 1] × [−1, 0].
D
Solução:
Temos ZZ Z 1Z 0
2
xy dxdy = xy 2 dydx .
D 0 −1
13
Integrais Duplas
Suponhamos agora, que D seja diferente do retângulo [a, b]×[c, d]. Então vamos
definir dois tipos de região.
Definição 1
(x, y) (x, y)
y = g1 (x) y = g1 (x)
a x b x a x b x
y = g2 (x)
y
D
(x, y)
y = g1 (x)
a x b x
Logo, D = (x, y) ∈ R2 | a ≤ x ≤ b e g1 (x) ≤ y ≤ g2 (x) . Prova-se que:
ZZ Z bZ g2 (x)
f (x, y) dxdy = f (x, y) dydx .
D a g1 (x)
Definição 2
14
Cálculo IV – Aula 1
y y
d d
x = h1 (x) D x = h1 (x)
x = h2 (x) D x = h2 (x)
x x
c c
x x
d
x = h1 (x)
D
x = h2 (x)
x
c
x
Logo, D = (x, y) ∈ R2 | c ≤ y ≤ d e h1 (y) ≤ x ≤ h2 (y) . Prova-se que:
ZZ Z dZ h2 (y)
f (x, y) dxdy = f (x, y) dxdy .
D c h1 (y)
Exemplo 1
Calcule por dois métodos a integral de f (x, y) = xy sobre a região D limitada
pelas curvas y = x e y = x2 .
Solução:
As curvas se interceptam quando x2 = x ou x(x − 1) = 0, logo x = 0 ou x = 1.
Assim, os pontos de interseção são (0, 0) e (1, 1). Logo, o esboço de D está
representado na figura que se segue.
15
Integrais Duplas
y=x
(x, y)
D y = x2
x 1 x
Método 1
Enquadrando D como tipo I, temos D = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ x ≤ 1 e x2 ≤ y ≤ x .
Então:
ZZ Z 1Z x Z 1 h ix
y2
xy dxdy = xy dydx = x dx
D 0 x2 0 2 x2
Z 1
1
= x x2 − x4 dx
2 0
Z 1
1
= x3 − x5 dx
2 0
h i1
1 x4 x6
= −
2 4 6 0
1 1 1
= −
6 4 6
1
= .
24
Método 2
x=y
y
√
D x= y
1 x
16
Cálculo IV – Aula 1
√
Enquadrando D como tipo II, temos D = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ y ≤ 1 e y ≤ x ≤ y .
Então:
ZZ Z 1Z √y Z 1 2 √y Z 1
x 1
xy dxdy = xy dxdy = y dy = y y − y 2 dy
D 0 y 0 2 y 2 0
Z 1
1
= y 2 − y 3 dy
2 0
h i1
1 y3 y4
= −
2 3 4 0
1 1 1
= −
2 3 4
1
= .
24
Exemplo 2
Calcule, por integral dupla, a área da região plana D limitada pelas curvas y = x3
√
e y = x.
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
y
y = x1/2 y = x3
√
1 y= x = x1/2
D y = x3
1 x
Então:
ZZ Z 1Z x1/2 Z 1
x4 1
h i
2 3/2
A(D) = dxdy = dydx = x1/2 − x3 dx = x −
D 0 x3 0 3 4 0
2 1
= −
3 4
5
= u.a.
12
17
Integrais Duplas
Exemplo 3
Calcule o volume do tetraedo W com faces nos planos coordenados e no plano
x + y + z = 3.
Solução:
O plano x + y + z = 3 passa pelos pontos A = (3, 0, 0), B = (0, 3, 0) e
C = (0, 0, 3). Assim, o esboço de W é:
z y
C
3
teto de W x+y =3
y =3−x
W D
B
3 x
A y y=0
x D (piso)
9
= u.v.
2
18
Cálculo IV – Aula 1
Exercı́cios
ZZ
2
1. Calcule I = yex+y dxdy, sendo D = [−1, 1] × [0, 1].
D
7. Encontre por integração dupla a área da região no plano xy, limitada pelas
curvas y = x2 e y = 4x − x2 .
19
Integrais Duplas
20
Cálculo IV – Aula 2
Aula 2
Mudança de Variáveis na Integral Dupla
Objetivos
• Aprender a fazer mudança de variáveis em integrais duplas;
• estudar uma mudança de variáveis bastante usada: coordenadas polares.
No Cálculo II, você aprendeu a fórmula da mudança de variável para uma função
de uma variável: Z Z
b d
f (x) dx = f (g(u)) g ′ (u) du .
a c
Para as integrais duplas, temos uma fórmula análoga.
Uma mudança de variáveis num subconjunto do R2 é dada por uma trans-
formação
ϕ : Duv ⊂ R2 −→ R2
(u, v) 7−→ (x, y) = ϕ(u, v) = x(u, v), y(u, v)
ϕ f
Duv Dxy = ϕ(Duv )
u x R
21
Mudança de Variáveis na Integral Dupla
Exemplo 1
Calcule,
ZZ utilizando uma mudança de variáveis conveniente, a integral
(x + y)6
dxdy, sendo Dxy a região limitada pelas retas y + x = 3, y + x = 5,
Dxy y−x
y − x = 1 e y − x = 3.
Solução:
O esboço de Dxy está representado na figura a seguir.
y
3 Dxy
3 5 x
22
Cálculo IV – Aula 2
v
3
Duv
1
3 5 u
ln 3
= (57 − 37 ) .
14
No Cálculo II, você aprendeu coordenadas polares (r, θ), onde r é a distância
de um ponto P = (x, y) à origem e θ é o ângulo (em radianos) formado pelo
eixo x positivo e o raio polar OP .
P (x, y)
r
y
θ
O x x
23
Mudança de Variáveis na Integral Dupla
Então ZZ ZZ
f (x, y) dxdy = f (r cos θ, r sen θ) r drdθ .
D Drθ
OBS.:
Exemplo 1
ZZ
2 +y 2 √
Calcule ex dxdy, onde D é a região limitada pela curva y = 1 − x2
D
e o eixo x.
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
y
1
r=1
D (r, θ)
θ
−1 1 x
r=0
24
Cálculo IV – Aula 2
Logo,
ZZ ZZ Z 1Z π Z 1
x2 +y 2 r2 r2 2
e dxdy = e r drdθ = e r dθdr = π er r dr .
D Drθ 0 0 0
1
Temos d(r2 ) = 2r dr, donde r dr = d(r2 ). Então,
2
ZZ Z 1 h i1
x2 +y 2 π r2 2 π r2 π
e dxdy = e d(r ) = e = (e − 1) .
D 2 0 2 0 2
Exemplo 2
ZZ
Calcule I = y dxdy, onde D é limitado por x2 + y 2 = 2y. Solução:
D
y
2
1 D
Calcular I, enquadrando D como tipo I ou tipo II, é uma tarefa difı́cil (verifique!),
25
Mudança de Variáveis na Integral Dupla
Então, Z π
2
I = 1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ dθ
3 0
Z π
2 1
= · 1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ d(2θ)
3 2 0
h iπ
1 1 sen 4θ
= 2θ − 2 sen 2θ + 2θ +
3 2 2 0
h iπ
1 sen 4θ
= 3θ − 2 sen 2θ +
3 4 0
= π.
26
Cálculo IV – Aula 2
Exercı́cios
a) Esboce Dxy .
ZZ
1
b) Calcule √ dxdy.
Dxy 1 + 4x + 4y
x2 y2
3. Mostre que a área da região limitada pela elipse 2 + 2 = 1 (a > 0, b > 0)
a b
é igual a πab.
4. Calcule ZZ
I= sen 4x2 + y 2 dxdy ,
D
2 2
onde D = (x, y) | 4x + y ≤ 1 , y ≥ 0 .
27
Mudança de Variáveis na Integral Dupla
ZZ
7. Passe para coordenadas polares e calcule xy dxdy, onde B é a região
B
x2 + y 2 − 2y ≤ 0 , x ≥ 0.
28
Cálculo IV – Aula 3
Aula 3
Aplicações das Integrais Duplas
Objetivos
• Estudar algumas aplicações fı́sicas como massa, centro de massa e mo-
mento de inércia;
• explorar simetrias em integrais duplas.
Massa
Rij
R
(x∗i , yj∗ )
é uma aproximação da massa M de D, onde δ x∗i , yj∗ = 0 se x∗i , yj∗ ∈/ D.
Logo, é razoável definir a massa M de D com
ZZ
M= δ(x, y) dxdy .
D
29
Aplicações das Integrais Duplas
Centro de Massa
n
X n
X
Mx = m i y i e My = m i xi .
i=1 i=1
n
X n
X
mi xi mi yi
My Mx
x= = i=1n e y= i=1
= n .
M X M X
mi mi
i=1 i=1
30
Cálculo IV – Aula 3
Momento de Inércia
ZZ
IE = r2 (x, y)δ(x, y) dxdy
D
ZZ ZZ
2
Ix = y δ(x, y) dxdy e Iy = x2 δ(x, y) dxdy .
D D
ZZ
I0 = (x2 + y 2 ) δ(x, y) dxdy = Ix + Iy .
D
Exemplo 1
Determine o centro de massa e o momento de inércia em relação ao eixo x, da
região D limitada por x = y 2 e x − y = 2, sendo δ(x, y) = 3.
Solução:
As curvas se interceptam quando y 2 − y − 2 = 0, logo y = −1, y = 2. Assim,
o esboço de D está representado na figura que se segue.
31
Aplicações das Integrais Duplas
2 (4, 2)
2
x=y
x=2+y
D
2 4 x
−1
(1, −1)
−2
Descrevemos D como tipo II : D = (x, y) | −1 ≤ y ≤ 2 , y 2 ≤ x ≤ 2 + y .
A massa de D é:
ZZ ZZ Z 2 Z 2+y
M= δ(x, y) dA = 3 dA = 3 dxdy
D D −1 y2
Z 2
= 3 (2 + y − y 2 ) dy
−1
y3 2
h i
y2
= 3 2y + −
2 3 −1
h i
8 1 1
= 3 4+2− − −2 + +
3 2 3
27
= .
2
ZZ ZZ
xδ (x, y) dA yδ (x, y) dA
D D
x= , y= .
M M
32
Cálculo IV – Aula 3
ZZ
Cálculo de xδ(x, y) dA
D
ZZ Z 2 Z 2+y
xδ(x, y) dA = 3 x dxdy
D −1 y2
Z 2 h i2+y
x2
= 3 dy
−1 2 y2
Z 2
3
= 4 + 4y + y 2 − y 4 dy
2 −1
h i2
3 y3 y5
= 4y + 2y 2 + −
2 3 5 −1
h i
3 8 32 1 1
= 8+8+ − − −4 + 2 − +
2 3 5 3 5
3 72
= ×
2 5
108
= .
5
ZZ
Cálculo de yδ(x, y) dA
D
ZZ Z 2 Z 2+y
yδ(x, y) dA = 3 y dxdy
D −1 y2
Z 2
= 3 y 2 + y − y 2 dy
−1
Z 2
= 3 2y + y 2 − y 3 dy
−1
y4 2
h i
y3
= 3 y2 + −
3 4 −1
h i
8 1 1
= 3 4+ −4 − 1− −
3 3 4
27
= .
4
Logo,
108 27
5 8 4 1
x= 27 = e y= 27 = .
2
5 2
2
8 1
Assim, o centro de massa (x, y) está localizado em , .
5 2
33
Aplicações das Integrais Duplas
x = −x(y) x = x(y)
c
Então,
ZZ Z "Z # Z
d x(y) d
f (x, y) dxdy = f (x, y) dx dy = 0 dy = 0 .
D c −x(y) c
| {z }
= 0 (∗)
y = y(x)
y
a b x
y = −y(x)
Exemplo 1
Calcule ZZ
I= xy 6 + (x4 + y 4 ) sen y + 1 dxdy ,
D
Solução:
Por propriedade, temos que
ZZ ZZ ZZ
6 4 4
I= xy dxdy + (x + y ) sen y dxdy + dxdy .
D D D
| {z } | {z } | {z }
I1 I2 I3
I = 0 + 0 + πa2 = πa2 .
RECOMENDAÇÃO
35
Aplicações das Integrais Duplas
OBS.:
Exemplo 2
Uma lâmina delgada D ocupa a região x2 + y 2 ≤ 1, y ≥ 0, de modo que
a densidade em qualquer ponto é proporcional à distância do ponto à origem.
Determine
a) a massa M de D
b) o centro de massa
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
−1 1 x
p
Como a distância de (x, y) à origem é x2 + y 2 então a densidade é dada
p
por δ(x, y) = k x2 + y 2 onde k é uma constante.
36
Cálculo IV – Aula 3
ZZ ZZ p
a) Como M = δ(x, y) dxdy, então M = k x2 + y 2 dxdy. Passando
D D
para coordenadas polares, temos:
x= r cos θ
y= r sen θ
.
dxdy = rdrdθ
x2 + y 2 = r2
kπ
= u.m.
3
b) Como δ(x, y) é uma função par e D tem simetria em relação ao eixo y, então
x = 0. Sabemos que ZZ
yδ(x, y) dxdy
D
y= ,
M
onde ZZ ZZ p
yδ(x, y) dxdy = k y x2 + y 2 dxdy
D D
ZZ
= k r sen θ · r · r drdθ
Drθ
ZZ
= k r3 sen θ drdθ
Drθ
Z 1 Z π
3
= k r sen θ dθdr
0 0
Z 1
π
= k − cos θ 0
r3 dr
0
r4 1
= 2k
4 0
k
= .
2
37
Aplicações das Integrais Duplas
Logo,
k
2 3
y= kπ
= .
3
2π
3
Portanto, o centro de massa está localizado em 0, .
2π
Exercı́cios
a) a massa de D.
b) a primeira coordenada x do centro de massa de D.
38
Cálculo IV – Aula 3
10. Seja uma lâmina delgada representada pela região D determinada por
y ≤ x, y ≥ −x, x2 + y 2 ≥ 2x e x2 + y 2 ≤ 4x. Se a densidade
1
em cada ponto P = (x, y) da lâmina é dada por δ(x, y) = p 2 2 ,
x +y
determine:
a) a massa de D;
b) o momento de inércia polar em relação à origem.
39
Aplicações das Integrais Duplas
40
Cálculo IV – Aula 4
Aula 4
Integrais Triplas
Objetivos
Na aula 1, você aprendeu a noção de integral dupla. agora, você verá o conceito
de integral tripla.
Seja f : W ⊂ R3 → R, onde W é uma região sólida do R3 (região limitada
e fechada de R3 ). Como W é limitada, então existe um paralelepı́pedo (ou
caixa) R = [a, b] × [c, d] × [p, q], contendo W . Dividimos R em n3 subcai-
xas Rijk , por planos paralelos aos planos coordenados, todas de mesmo volume
∆V = ∆x∆y∆z, escolhemos x∗i , yj∗ , zk∗ ∈ Rijk e formamos a soma
n X
X n X
n
Sn = f x∗i , yj∗ , zk∗ ∆V
i=1 j=1 k=1
onde f x∗i , yj∗ , zk∗ = 0 se x∗i , yj∗ , zk∗ ∈/ W , dita soma de Riemann de f .
Se existir lim Sn = L, dizemos que f é integrável e o número L é dito integral
n→∞
tripla de f sobre o sólido W e é indicado por
ZZZ ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dxdydz ou f (x, y, z) dV ou f dV .
W W W
OBS.:
41
Integrais Triplas
ZZZ ZZZ
4) kf dV = k f dV , k ∈ R.
W W
Observamos que um domı́nio de integração pode ser descrito como uma reunião
de regiões dadas por:
W1 = (x, y, z) | (x, y) ∈ Dxy e z1 (x, y) ≤ z ≤ z2 (x, y)
42
Cálculo IV – Aula 4
1 W
onde Dxy = projxOy (projeção de W1 sobre o plano xy) e z1 (x, y), z2 (x, y)
contı́nuas;
W2 = (x, y, z) | (x, z) ∈ Dxz e y1 (x, z) ≤ y ≤ y2 (x, z)
2W
onde Dxz = projxOz e y1 (x, z), y2 (x, z) contı́nuas;
W3 = (x, y, z) | (y, z) ∈ Dyz e x1 (y, z) ≤ x ≤ x2 (y, z)
3W
onde Dyz = projyOz e x1 (y, z), x2 (y, z) contı́nuas.
Os esboços de W1 , W2 e W3 são:
z z
z = z2 (x, y)
y = y1 (x, z)
y = y2 (x, z)
W1
Dxz W2
(x, y, z)
(x, z) (x, y, z)
z = z1 (x, y)
y y
Dxy (x, y)
x x
Dyz
(y, z)
W3
(x, y, z) x = x1 (y, z)
x
x = x2 (y, z)
43
Integrais Triplas
Prova-se que
ZZZ ZZ "Z #
z2 (x,y)
f (x, y, z) dxdydz = f (x, y, z) dz dxdy
W1 Dxy z1 (x,y)
ZZZ ZZ "Z #
y2 (x,z)
f (x, y, z) dxdydz = f (x, y, z) dy dxdz
W2 Dxz y1 (x,z)
ZZZ ZZ "Z #
x2 (y,z)
f (x, y, z) dxdydz = f (x, y, z) dx dydz .
W3 Dyz x1 (y,z)
Exemplo 1
ZZZ
2
Calcule ex dxdydz onde W é o conjunto 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ x e
W
0 ≤ z ≤ 1.
Solução:
Definimos W por:
W = (x, y, z) | (x, z) ∈ Dxz e 0 ≤ y ≤ x
e−1
= .
2
Exemplo 2
Calcule o volume do sólido limitado pelos parabolóides de equação
z = x2 + y 2 e z = 8 − x2 − y 2 .
44
Cálculo IV – Aula 4
Solução:
Inicialmente, calculemos a interseção das superfı́cies:
z = x2 + y 2
⇔ x2 + y 2 = 8 − x 2 − y 2 ⇔ 2 x2 + y 2 = 8 ⇔ x 2 + y 2 = 4 .
z = 8 − x2 − y 2
z = 8 − x2 − y 2
W
4 (x, y, z)
z = x2 + y 2
Dxy
2 y
2
(x, y)
Descrevemos W por:
W = (x, y, z) | (x, y) ∈ Dxy e x2 + y 2 ≤ z ≤ 8 − x2 − y 2
ZZZ
2 2
onde Dxy é o disco x + y ≤ 4. Como V (W ) = dxdydz, então
W
"Z #
ZZ 8−x2 −y 2 ZZ
V (W ) = dz dxdy = 8 − 2(x2 + y 2 ) dxdy .
Dxy x2 +y 2 Dxy
45
Integrais Triplas
Z 2Z 2π Z 2
2
V (W ) = (8 − 2r )r dθdr = 2π 8r − 2r3 dr
0 0 0
2
2 r4
= 2π 4r −
2 0
= 2π(16 − 8)
= 16π u.v.
Exemplo 3
Calcule a massa do sólido W , no primeiro octante, limitado pelos planos y = 0,
z = 0, x + y = 2, x + 2y = 4 e o cilindro y 2 + z 2 = 4, sendo a densidade igual
à distância de (x, y, z) ao plano xz.
Solução:
O esboço de W está representado na figura que se segue.
Dyz
(y, z)
W x=2−y
2
2
4 y
x x = 4 − 2y
W = (x, y, z) ∈ R3 | (y, z) ∈ Dyz e 2 − y ≤ x ≤ 4 − 2y
46
Cálculo IV – Aula 4
z
2
Dyz
2 y
ZZZ
Como M = δ(x, y, z) dxdydz, onde δ(x, y, z) = |y| = y, pois y ≥ 0, então:
W
ZZZ Z Z Z 4−2y
M= y dxdydz = y dx dydz
W Dyz 2−y
ZZ
= y(4 − 2y − 2 + y) dydz
Dyz
ZZ
= 2y − y 2 dydz .
Dyz
16 π
= (1 − 0) − 2 ·
3 2
16
= − π u.m.
3
47
Integrais Triplas
Exercı́cios
ZZZ
1. Calcule x dxdydz onde W é o sólido limitado pelos planos coorde-
W
nados e pelo plano x + y + z = 1.
48
Cálculo IV – Aula 5
Aula 5
Mudança de Variáveis na Integral Tripla
Objetivos
onde
∂x ∂x ∂x
∂u ∂v ∂w
∂(x, y, z) ∂y ∂y ∂y
J= = 6= 0
∂(u, v, w) ∂u ∂v ∂w
∂z ∂z ∂z
∂u ∂v ∂w
é o jacobiano da mudança de variáveis
ϕ(u, v, w) = (x, y, z) = x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w)
e Wuvw = ϕ(W ).
Coordenadas cilı́ndricas
z
As coordenadas cilı́ndricas (r, θ, z) são defini-
das por
P
x = r cos θ
2 2 2
y = r sen θ ∴ x + y = r z
z=z y
r y
θ
com r ≥ 0, θ0 ≤ θ ≤ θ0 + 2π, para algum θ0 x
e z ∈ R.
x
49
Mudança de Variáveis na Integral Tripla
ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dxdydz = f (r cos θ, r sen θ, z) r drdθdz
W Wrθz
Exemplo 1
ZZZ
Calcule zx2 + zy 2 dxdydz, sendo W o sólido limitado pelo cilindro
W
x2 + y 2 ≤ 1, pelo plano z = 0 e pelo parabolóide z = 4 − x2 − y 2 .
Solução:
De z = 4 − x2 − y 2 e x2 + y 2 = 1, temos z = 3. Isto significa que as superfı́cies
apresentam interseção no plano z = 3. O esboço de W é a figura que se segue.
Passando para coordenadas cilı́ndricas, temos
x = r cos θ
y = r sen θ
z= z .
dxdydz = r drdθdz
x2 + y 2 = r 2
50
Cálculo IV – Aula 5
4
z = 4 − x2 − y 2
W
P = (x, y, z)
1 y
1 z=0
Temos,
ZZZ ZZZ
2 2
zx + zy dxdydz = z x2 + y 2 dxdydz
W W
ZZZ
= zr2 · r drdθdz
Wrθz
ZZZ
= zr3 drdθdz
Wrθz
Z 1 Z 2π Z 4−r 2
3
= r z dzdθdr
0 0 0
Z 1 h 2 i4−r2 Z 2π
3 z
= r dθdr
0 2 0 0
Z 1
= π r3 (4 − r2 )2 dr
0
Z 1
= π 16r3 − 8r5 + r7 dr
0
r8 1
h i
4r6
= π 4r4 − +
3 8 0
67π
= .
24
51
Mudança de Variáveis na Integral Tripla
z
As coordenadas esféricas (ρ, φ, θ) são definidas
por
P
x = ρ sen φ cos θ
2 2 2 2 φ
y = ρ sen φ sen θ ∴ x + y + z = ρ ρ
z
z = ρ cos φ y
y
θ
com ρ ≥ 0, 0 ≤ φ ≤ π, θ0 ≤ θ ≤ θ0 + 2π, x
para algum θ0 .
x
∂(x, y, z)
J= = ρ2 sen φ (Verifique!)
∂(ρ, φ, θ)
Logo:
ZZZ
f (x, y, z) dV =
W
ZZZ
= f (ρ sen φ cos θ, ρ sen φ sen θ, ρ cos φ) ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
Exemplo 1
Calcule o volume da esfera W : x2 + y 2 + z 2 ≤ a2 , com a > 0.
52
Cálculo IV – Aula 5
Solução:
O esboço de W está representado na figura que se segue.
z
a
a y
a
4πa3
= u.v.
3
53
Mudança de Variáveis na Integral Tripla
Exemplo 2
x2 y2 z2
Calcule o volume do elipsóide W : + + ≤ 1, (a, b, c > 0).
a2 b2 c2
Solução:
Façamos a mudança de variáveis
x = au
y = bv
z = cw
Temos
∂x ∂x ∂x
∂u ∂v ∂w a 0 0
∂(x, y, z) ∂y ∂y ∂y
J= = = 0 b 0 = abc 6= 0 .
∂(u, v, w) ∂u ∂v ∂w
0 0 c
∂z ∂z ∂z
∂u ∂v ∂w
Logo,
dxdydz = |J| dudvdw = abc dudvdw .
x2 2 2
O elipsóide W : + yb2 + zc2 ≤ 1 é transformado na esfera Wuvw : u2 +v 2 +w2 ≤ 1.
ZaZ2 Z
Como V (W ) = dxdydz, então:
W
ZZZ
V (W ) = |J| dudvdw
Wuvw
ZZZ
= abc dudvdw
Wuvw
= abc V (Wuvw )
4
= abc · · π · 13
3
4
= πabc .
3
54
Cálculo IV – Aula 5
Exercı́cios
55
Mudança de Variáveis na Integral Tripla
56
Cálculo IV – Aula 6
Aula 6
Curvas Parametrizadas
Objetivos
Parametrização de curvas
σ σ(t)
t C
x
I
Exemplo 1
Sendo A, B ∈ Rn (n = 2 ou 3), parametrize o segmento de reta C de extremi-
dade inicial A e final B.
Solução:
−→ −−→ −→
Se P ∈ C, então OP = OB+tAB , 0 ≤ t ≤ 1 ou P −0 = B−0+t(B−A), com
0 ≤ t ≤ 1 ou P = B + t(B − A), com 0 ≤ t ≤ 1. Então, uma parametrização
do segmento C é dada por
σ(t) = B + t(B − A) ,
com 0 ≤ t ≤ 1.
57
Curvas Parametrizadas
Exemplo 2
Seja C ⊂ plano xy, gráfico de uma função y = f (x) , x ∈ I.
(x, f (x)) C
x x
I
Exemplo 3
Seja C a circunferência x2 + y 2 = a2 , a > 0. Seja P = (x, y) ∈ C. Seja t o
ângulo em radianos entre o eixo positivo x e a semireta OP .
y
C
a
P
a
t y
x a x
58
Cálculo IV – Aula 6
Observe que σ3 (t) = (a cos(2π − t), a sen(2π − t)) = (a cos t, −a sen t), com
0 ≤ t ≤ 2π é outra parametrização de C e P se move ao longo de C no sentido
horário a partir do ponto (a, 0).
Exemplo 4
Seja a circunferência C : (x − x0 )2 + (y − y0 )2 = a2 , de centro (x0 , y0 ) e raio a.
Efetuando uma mudança de variáveis u = x − x0 e v = y − y0 , temos
u2 + v 2 = a 2
Exemplo 5
2 2
(x − x0 ) (y − y0 ) x − x0 y − y0
Seja uma elipse C : + = 1. Fazendo u = ev= ,
a2 b2 a b
mostramos que
é uma parametrização de C.
Exemplo 6
Seja C uma curva do espaço dada pela interseção do cilindro x2 + y 2 = 1 com
o plano x + z = 2.
a) Esboce C.
b) Apresente uma parametrização diferenciável para C.
59
Curvas Parametrizadas
z
Solução:
a) Inicialmente, façamos o esboço
do cilindro x2 + y 2 = 1. Desenhe-
mos, no plano xy, a circunferência
x2 + y 2 = 1. Pelos pontos (1, 0, 0),
(−1, 0, 0), (0, 1, 0) e (0, −1, 0) tra- (−1, 0, 0)
cemos paralelas ao eixo z. (0, −1, 0)
(0, 1, 0) y
(1, 0, 0)
y
2
z
A2
C
B1
2 B2
A1
1
1 y
2
x
60
Cálculo IV – Aula 6
é uma parametrização de C.
Exemplo 7
Seja C a curva no espaço representada pela função vetorial de equação
σ(t) = (a cos t, a sen t, bt), 0 ≤ t ≤ 4π , a > 0, b > 0. Esboce C, dita
hélice circular.
Solução:
De x = a cos t , y = a sen t, temos x2 + y 2 = a2 . Isto significa que C está
contida no cilindro x2 + y 2 = a2 . Como z = bt, quando t vai de 0 a 4π, o ponto
(x, y, z) percorre a hélice contida no cilindro.
z
C
(a, 0, 4π)
a y
a
x
Nesta aula definiremos uma integral similar a uma integral definida. Sejam dados
um campo escalar em R3 ou uma função real de três variáveis f : R3 → R e
uma curva C em R3 , dada por σ(t) = (x(t), y(t), z(t)) , t ∈ [a, b], com σ de
classe C 1 (veja a figura que se segue).
61
Curvas Parametrizadas
z
a = t0 σ(ti−1 )
σ(ti )
∆t
ti−1 σ σ(ti∗ )
ti
ti∗
C
b = tn y
n
X n
X
f (σ(t∗i )) ∆si = f (σ(t∗i )) kσ ′ (t∗i )k ∆t ,
i=1 i=1
Z Z n
X
f ds = f (x, y, z) ds = lim f (σ(t∗i )) kσ ′ (t∗i )k ∆t
C C n→∞
i=1
se o limite existir.
OBS.:
62
Cálculo IV – Aula 6
C− B
C1 C3
C2
63
Curvas Parametrizadas
Exemplo 1
Seja C a interseção do cilindro
Z parabólico x = y 2 com a parte do plano z = y,
tal que 0 ≤ y ≤ 1. Calcule y ds.
C
Solução:
Façamos y = t. Logo, x = t2 e z = t. Como 0 ≤ y ≤ 1, então temos que
0 ≤ t ≤ 1. Assim, uma parametrização de C é dada por σ(t) = (t2 , t, t), com
0 ≤ t ≤ 1, donde σ ′ (t) = (2t, 1, 1). Como, ds = kσ ′ (t)k dt então temos que
√ √
ds = 4t2 + 1 + 1 dt = 2 + 4t2 dt. Logo:
Z Z 1 √ Z 1
1/2
y ds = 2
t 2 + 4t dt = 2 + 4t2 t dt .
C 0 0
d(2 + 4t2 )
Observe que d(2 + 4t2 ) = 8t dt, donde t dt = . Logo:
8
Z Z 1
1 1/2
y ds = 2 + 4t2 d(2 + 4t2 )
C 8 0
3/2 1
1 2
= · 2 + 4t2
8 3 0
1
= 63/2 − 23/2
12
√ √
1
= 3 6− 2 .
6
Exemplo 2
Z
Calcule x ds, onde C é formado pelo segmento de reta C1 de (0, 2) a (0, 1),
C
seguido do arco C2 da parábola y = 1 − x2 de (0, 1) a (1, 0).
Solução:
O esboço de C está representado na figura a seguir.
y
2
C1
1
C2
1 x
Como C = C1 ∪ C2 , temos:
Z Z Z Z Z
x ds = x ds + x ds = x ds + x ds .
C C1 C2 C1− C2
64
Cálculo IV – Aula 6
Z
Cálculo de x ds
C1−
Uma parametrização de C1− é dada por σ(t) = (0, t), com 1 ≤ t ≤ 2. Logo,
σ ′ (t) = (0, 1), donde kσ ′ (t)k = 1 e, portanto, ds = kσ ′ (t)k dt = dt.
Assim,
Z Z 2
x ds = 0 dt = 0 .
C1− 1
Z
Cálculo de x ds
C2
Z Z 1 √ Z 1 1/2
x ds = 2
t 1 + 4t dt = 1 + 4t2 dt .
C2 0 0
d(1 + 4t2 )
Observe que t dt = . Logo,
8
Z Z 1
1 1/2
x ds = 1 + 4t2 d(1 + 4t2 )
C2 8 0
3/2 1
1 2
= · 1 + 4t2
8 3 0
√
1
= 5 5−1 .
12
Portanto,
Z √
1
x ds = 5 5−1 .
C 12
Exemplo 3
2 2 2
Seja a curva C obtida como interseção
Z da semi-esfera x + y + z = 4 , y ≥ 0
com o plano x + z = 2. Calcule f (x, y, z) ds, onde f (x, y, z) é dada por
C
f (x, y, z) = xy.
Solução:
O esboço de C está representado na figura que se segue.
65
Curvas Parametrizadas
z
2
2 y
2
√
Como y ≥ 0 então 2 sen t ≥ 0, donde 0 ≤ t ≤ π. Logo, uma parametrização
para C é dada por
√
σ(t) = 1 + cos t, 2 sen t, 1 − cos t , 0 ≤ t ≤ π .
Temos
′
√
σ (t) = − sen t, 2 cos t, sen t
donde
√ √
ds = kσ ′ (t)k dt = sen2 t + 2 cos2 t + sen2 t dt = 2 dt .
Então,
Z Z Z π √ √
f (x, y, z) ds = xy ds = (1 + cos t) 2 sen t 2 dt
C C 0
Z π
= 2 (sen t + sen t cos t) dt
0
sen2 t π
h i
= 2 − cos t +
2 0
= 4.
66
Cálculo IV – Aula 6
Exercı́cios
Z
1
1. Calcule 2 2 2
ds, onde C é dada por γ(t) = (cos t, sen t, t),
C x +y +z
com 0 ≤ t ≤ 2π.
Z p
−
→ −
→
2. Calcule x2 + y 2 ds ao longo da curva γ(t) = (4 cos t) i +(4 sen t) j +
→ C
−
+3t k , com −2π ≤ t ≤ 2π.
a) Parametrize C.
Z
b) Calcule (x + y + z) ds.
C
Z
5. Calcular a integral (x − y) ds, onde C é a circunferência x2 + y 2 = ax.
C
Z
6. Calcule y 2 ds, onde C é a semicircunferência x2 + y 2 = 2x, com y ≥ 0.
C
Z
7. Calcule 8x ds, onde a curva C é formada pelo arco C1 da parábola
C
y = x2 de (0, 0) a (1, 1), seguido pelo segmento de reta vertical C2 de
(1, 1) a (1, 2).
67
Curvas Parametrizadas
68
Cálculo IV – Aula 7
Aula 7
Aplicações da Integral de Linha de Campo
Escalar
Objetivos
• Apresentar uma interpretação geométrica;
• apresentar algumas aplicações à Fı́sica;
• apresentar os campos vetoriais;
• estudar alguns operadores diferenciais.
S y
(x, y)
∆s
x
C
Exemplo 1
A base de uma superfı́cie é dada por x2 + y 2 = 2 , x ≥ 0. Se a altura da
superfı́cie em (x, y) é f (x, y) = x, x ≥ 0, achar a área de um lado da superfı́cie.
69
Aplicações da Integral de Linha de Campo Escalar
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
z = f (x, y) = x
S
√ √
2 2 y
(x, y)
x
Z Z
A área de um lado de S é dada por f (x, y) ds = x ds, onde C é parametri-
√ √ C C
zada por σ(t) = 2 cos t, 2 sen t , com −π/2 ≤ t ≤ π/2 (pois x ≥ 0).
√ √ √ √
′
Se σ (t) = − 2 sen t, 2 cos t , então kσ ′ (t)k = 2 sen2 t + 2 cos2 t = 2
donde,
√
ds = kσ ′ (t)k dt = 2 dt .
Então
Z Z √
π/2 √ π/2
x ds = 2 cos t 2 dt = 2 sen t = 4 u.a.
C −π/2 −π/2
Interpretação Fı́sica
Z
M= δ(x, y) ds .
C
70
Cálculo IV – Aula 7
OBS.:
Exemplo 1
Um arame fino tem a forma de uma semicircunferência x2 + y 2 = 4, y ≥ 0. Se
a densidade linear é uma constante k, determine a massa e o centro de massa
do arame.
71
Aplicações da Integral de Linha de Campo Escalar
Solução:
Logo,
8 4
x=0 e y= = .
2π π
Portanto, (x, y) = (0, 4/π).
Exemplo 2
Calcule o momento de inércia em relação ao eixo z de um arame C cuja forma é
a interseção das superfı́cies x2 + y 2 + z 2 = 4 e y = x, sabendo que sua densidade
é uma constante.
Solução:
Como a interseção de uma esfera com um plano é uma circunferência, segue
que C é uma circunferência contida no plano y = x. Para esboçá-la procuremos
encontrar pontos de interseção das duas superfı́cies. Observe que o plano x = y
contém o eixo z. Logo, os pontos A1 = (0, 0, 2) e A2 = (0, 0, −2) estão em C.
72
Cálculo IV – Aula 7
A1 = (0, 0, 2)
C
B2
B1 2
y
2
x
A2 = (0, 0, −2)
= 8kπ .
73
Aplicações da Integral de Linha de Campo Escalar
Campos Vetoriais
Definição:
−
→
F (x, y)
D (x, y)
x
−
→
Outra notação: F (x, y) = (P, Q).
Definição:
(x, y, z)
74
Cálculo IV – Aula 7
Exemplo 1
−
→ −
→ −
→
O campo vetorial F (x, y) = (x, y) = x i + y j , (x, y) ∈ R2 , está representado
por:
y
Exemplo 2
−
→ −
→ − →
Represente geometricamente o campo vetorial F (x, y) = (−y, x) = −y i +x j ,
com (x, y) ∈ R2 .
Solução:
−
→ p −
→
Observemos que k F (x, y)k = y 2 + x2 = k(x, y)k, isto é, os vetores F (x, y)
e (x, y) têm mesmo comprimento. Além disso,
−
→
F (x, y) · (x, y) = (−y, x) · (x, y) = −yx + xy = 0 ,
−
→
donde F (x, y) ⊥ (x, y).
Então o esboço do campo está representado na figura que se segue.
75
Aplicações da Integral de Linha de Campo Escalar
Definição:
−
→
Dizemos que o campo vetorial F é contı́nuo, de classe
C k , k ∈ N∗ ou C ∞ se as funções componentes P e
Q (ou P , Q, R) são contı́nuas, de classe C k ou C ∞ ,
respectivamente.
Operadores Diferenciais
−
→
Se F = (P, Q, R) é campo vetorial diferenciável em um conjunto aberto D do
−
→
R3 , então o divergente de F é um campo escalar definido por
−
→ ∂P ∂Q ∂R
div F = + + (1)
∂x ∂y ∂z
−
→ −
→ ∂P ∂Q
Se F = (P, Q) é de classe C 1 em um aberto D do R2 , então div F = + .
∂x ∂y
−
→
O rotacional de F é um campo vetorial definido por
→ ∂R ∂Q −
− → ∂P ∂R −
→
∂Q ∂P −
→
rot F = − i + − j + − k (2)
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
76
Cálculo IV – Aula 7
−
→
Consideremos o “produto vetorial” de ∇ pelo campo vetorial F = (P, Q, R):
−→ −
→ −
→
i j k
−
→
∇ × F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z
P Q R
−
∂/∂y ∂/∂z → ∂/∂x ∂/∂z −
→ ∂/∂x ∂/∂y −
→
= i −
j +
k
Q R
P R P Q
∂R ∂Q −
→ ∂R ∂P −
→ ∂Q ∂P −
→
= − i − − j + − k
∂y ∂z ∂x ∂z ∂x ∂y
∂R ∂Q −
→ ∂P ∂R −
→ ∂Q ∂P −
→
= − i + − j + − k
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
−
→
= rot F .
Logo,
−
→ −
→
rot F = ∇ × F .
−
→
Consideremos o “produto interno” de ∇ pelo campo F :
→ ∂ ∂ ∂
− ∂P ∂Q ∂R −
→
∇· F = , , · (P, Q, R) = + + = div F .
∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
Assim,
−
→ −
→
div F = ∇ · F .
Exemplo 1
Calcule o divergente e o rotacional do campo vetorial
−
→ −
→ −
→ −
→
F (x, y, z) = xy i + yz j + zx k .
Solução:
Temos
−
→ −
→ ∂ ∂ ∂
div F = ∇ · F = (xy) + (yz) + (zx) = y + z + x .
∂x ∂y ∂z
e
−→ −
→ −
→
i j k
−
→ −
→
rot F = ∇ × F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z
xy yz zx
−
→ −
→ −
→ −
→ −
→ −
→
= (0 − y) i + (0 − z) j + (0 − x) k = −y i − z j − x k .
77
Aplicações da Integral de Linha de Campo Escalar
é dito laplaciano de f .
−→ −
→ −
→
(iv) ∇ · f F = f ∇ · F + ∇f · F .
As demonstrações de (i) e (ii) seguem das definições e do Teorema de Schwartz.
A demonstração de (iii) segue das definições. Demonstraremos a propriedade
−
→ −
→
(iv). Escrevendo F = (P, Q, R), temos f F = (f P, f Q, f R). Então
−
→ ∂ ∂ ∂
∇· fF = (f P ) + (f Q) + (f R)
∂x ∂y ∂z
∂P ∂f ∂Q ∂f ∂R ∂f
= f + ·P +f + ·Q+f + ·R
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z
∂P ∂Q ∂R ∂f ∂f ∂f
= f + + + , , · (P, Q, R)
∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
−
→ −
→
= f ∇ · F + ∇f · F .
78
Cálculo IV – Aula 7
Exercı́cios
a) Esboce a curva C.
b) Apresente uma parametrização diferenciável para C.
c) Sabendo-se que a densidade em cada ponto do arame é dada por
δ(x, y, z) = yz, calcule a massa total do arame.
6. Um pintor deseja pintar ambos os lados de uma cerca cuja base está dada
pela curva C : x2/3 + y 2/3 = (20)2/3 , para x ≥ 0 e y ≥ 0. A altura está
dada por f (x, y) = y. Se o pintor cobra R reais por metro quadrado,
quanto ele receberá?
8. Um fio delgado tem a forma do segmento de reta que une os pontos (1, 1)
a (2, 2). Determine o momento de inércia em relação ao eixo y = −1,
supondo que a densidade no ponto (x, y) é proporcional à distância do
ponto ao eixo y.
79
Aplicações da Integral de Linha de Campo Escalar
−
→ −
→ −
→ −
→
b) F (x, y, z) = yez i + xez j + xyez k
10. Quando o divergente de um campo vetorial é nulo, dizemos que o campo
é solenoidal. Quando o rotacional de um campo vetorial é nulo, dizemos
que o campo é irrotacional. Prove que, o campo − →r /r3 é solenoidal e
−
→ −
→ −
→
também irrotacional fora da origem sendo −
→
r (x, y, z) = x i + y j + z k ,
r = k− →
r k.
80
Cálculo IV – Aula 8
Aula 8
Preparação para a AP1
Queridos alunos de Cálculo IV,
Estamos na semana de preparação para a primeira prova presencial. Espero,
sinceramente, que estejam em dia com a a matéria.
Selecionei alguns exercı́cios para prepará-los para a prova.
Sucesso!!!
Exercı́cios
1. Dada a integral
ZZ Z 0 Z 1 Z 1Z 1
I= f (x, y) dxdy = f (x, y) dxdy + f (x, y) dxdy .
D −1 −y 0 y
a) Esboce a região D.
Determine
a) O centro de massa de D.
b) O momento de inércia em relação ao eixo x.
3. Calcule a integral dupla passando para coordenadas polares
ZZ p
I= a2 − x2 − y 2 dxdy
D
81
Preparação para a AP1
com 0 ≤ t ≤ 1.
82
Cálculo IV – Aula 9
Aula 9
Integral de Linha de Campo Vetorial
Objetivos
• Definir integrais de linha;
• estudar algumas propriedades;
• estudar uma classe de campos vetoriais que tem a propriedade de que a
integral de linha não depende do caminho;
• cálculo de funções potenciais.
Motivação
Ai
a = t0
Ai+1
ti−1 γ
ti
b = tn
83
Integral de Linha de Campo Vetorial
−
→
Supondo F constante ao longo do segmento [Ai−1 , Ai ], o trabalho ao longo de
Ci é aproximadamente igual ao produto escalar
−
→ −−−−→ −
→
Wi ∼
= F γ(ti ) · Ai−1 Ai = F γ(ti ) · (Ai − Ai−1 )
= P x(ti ), y(ti ) ∆x + Q x(ti ), y(ti ) ∆y
donde
n h
X i
W ∼
= P x(ti ), y(ti ) x′ t∗i + Q x(ti ), y(ti ) y ′ t∗∗
i ∆t = Sn .
i=1
Z bh
′ ′ i
W = P x(t), y(t) x (t) + Q x(t), y(t) y (t) dt .
a
Definição:
Seja C ⊂ R3 , uma curva regular, dada por uma parametrização γ : [a, b] → R3
−
→
de classe C 1 , tal que γ ′ (t) 6= 0, para todo t ∈ a, b . Seja F = (P, Q, R) um
−
→
campo vetorial contı́nuo sobre C. Então a integral de linha do campo F ao
Z
−
→ →
longo de C, denotado por F · d− r , é definida por
C
Z
−
→ −
F · d→
r =
C
Z b
−
→
= F (γ(t)) · γ ′ (t)dt
a
Z bh i
= P x(t), y(t), z(t) x′ (t) + Q x(t), y(t), z(t) y ′ (t) + R x(t), y(t), z(t) z ′ (t) dt.
a
84
Cálculo IV – Aula 9
OBS.:
−
→ Z −
→ −
2. A integral de linha de um campo vetorial F , F · d→
r , não
C
depende da parametrização de C, desde que não se inverta sua
orientação. Isto é, denotando por C − a curva C percorrida em
outro sentido, então
Z Z
−
→ − → −
→ −
F ·dr =− F · d→r
C− C
Exemplo 1
−
→ −
→ −
→ −
→ −
→
Seja F (x, y, z) = x i + y j + z k . Temos que a integral de linha F ao longo
de uma hélice C : γ(t) = (cos t, sen t, t), com 0 ≤ t ≤ 2π é dada por
Z Z b
−
→ − −
→
F · d→
r = F (γ(t)) · (γ ′ (t)) dt
C a
Z 2π
= (cos t, sen t, t) · (− sen t, cos t, 1) dt
0
Z 2π
= (− cos t sen t + sen t cos t + t) dt
0
Z 2π
= t dt
0
h 2 i2π
t
=
2 0
= 2π 2 .
85
Integral de Linha de Campo Vetorial
Exemplo 2
Z
Calcule y dx + x2 + y 2 dy, onde C é formado pelos segmentos que ligam
C
(−2, 0) a (0, 0) e (0, 0) a (0, 2).
y
Solução:
(0, 2)
O esboço de C = C1 ∪ C2 está re- C2
presentado na figura ao lado.
(−2, 0) (0, 0) x
C1
Temos
Z Z 0
2 2
y dx + x + y dy = 0 dt + t2 + 02 = 0
C1 −2
Z Z 2 Z 2 h 3 i2
2 2
2 2
t 8
y dx + x + y dy = t·0+ 0 +t dt = t2 dt = = .
C2 0 0 3 0 3
86
Cálculo IV – Aula 9
Logo,
Z
8 8
y dx + x2 + y 2 dy = 0 + = .
C 3 3
Campos Conservativos
−
→
Dizemos que F : D ⊂ Rn → Rn , (n = 2 , 3) é um campo conservativo ou um
campo gradiente se existir um campo escalar diferenciável ϕ : D ⊂ Rn → R,
−
→
tal que ∇ϕ = F em D.
−
→
O campo escalar ϕ : D ⊂ Rn → R é dito função potencial de F em D.
Exemplo
−
→ −
→ −
→ −
→
O campo vetorial F (x, y, z) = (2x + 3yz) i + 3xz j + 3xy k é um campo
conservativo em R3 , pois existe ϕ(x, y, z) = x2 + 3xyz diferenciável em R3 , tal
−
→
que ∇ϕ = F em R3 .
−
→
Teorema 1: Seja F : D ⊂ Rn → Rn , (n = 2 , 3) um campo vetorial de
−
→ −
→ − →
classe C 1 . Se F é conservativo, então rot F = 0 .
Demonstração:
−
→ −
→
Suponhamos n = 3. Então F = (P, Q, R). Se F é conservativo, então existe
−
→ −
→ −
→ −
→
ϕ : D ⊂ R3 → R tal que ∇ϕ = F . Logo, rot F = ∇ × F = ∇ × (∇ϕ) = 0
por propriedade dos operadores diferenciais.
87
Integral de Linha de Campo Vetorial
Exemplo 1
−
→ 2x − → 2y −
→
Temos que F (x, y) = i + 2 2 j é um campo conservativo em
x2 + y 2 x +y
−
→
R2 − {(0, 0)} pois existe ϕ(x, y) = ln x2 + y 2 tal que ∇ϕ = F em
R2 − {(0, 0)}.
Exemplo 2
−
→ −
→ −
→
Temos que F (x, y) = −2y i + 2x j não é um campo conservativo. Ora, temos
que
∂P −
−
→ → −
→ −
→ − →
∂Q
rot F (x, y) = − k = (2 − (−2)) k = 4 k 6= 0 .
∂x ∂y
−
→ −
→
Teorema 2: Seja F : D ⊂ Rn → Rn , (n = 2 , 3) de classe C 2 . Se F
−
→
é conservativo, isto é, F = ∇ϕ em D, e se C é qualquer curva regular
por partes com ponto inicial A e ponto final B, então
Z Z
−
→ − →
F ·dr = ∇ϕ · d−
→
r = ϕ(B) − ϕ(A) .
C C
Demonstração:
Seja γ(t) , com t ∈ [a, b] uma parametrização de C, de classe C 1 e tal que
γ ′ (t) 6= ~0 em ]a, b[ com γ(a) = A e γ(b) = B. Então
Z Z b Z b
F~ · d~r = F~ (γ(t)) · γ (t) dt =
′
∇ϕ(γ(t)) · γ ′ (t) dt .
C a a
Então:
Z Z b
b
~
F · d~r = (ϕ ◦ γ)′ (t) dt = ϕ ◦ γ(t) a = ϕ(γ(b)) − ϕ(γ(a)) = ϕ(B) − ϕ(A)
C a
88
Cálculo IV – Aula 9
Demonstração:
A demonstração segue do Teorema 2 pois C sendo um caminho fechado, tem-se
que o ponto final B coincide com o ponto inicial A, donde ϕ(B) − ϕ(A) = 0 e,
portanto a integral de linha é zero.
Exemplo 3
−
→ −Z
−
→ −
→ −
→
Calcule F · d→ r , onde F (x, y) = x i + y j e C é dada pela equação
C
γ(t) = arctg t, cos t4 , com 0 ≤ t ≤ 1.
Solução:
−
→
Observemos que F é um campo conservativo em R2 com função potencial
1
ϕ(x, y) = x2 + y 2 . Assim
2
Z
−
→ −
F · d→r = ϕ (γ(1)) − ϕ (γ(0)) = ϕ(arctg 1, cos 1) − ϕ(arctg 0, cos 0)
C
π
= ϕ , cos 1 − ϕ(0, 1)
4
1 π2 1
= + cos2 1 − 02 + 12
2 16 2
1 π2
= − 1 + cos2 1 .
2 16
−
→
A seguir exibiremos um campo vetorial não conservativo com rotacional 0 , o
que mostra que a recı́proca do Teorema 1 é falsa.
89
Integral de Linha de Campo Vetorial
Exemplo 4
−
→ −y − → x −→
Seja F (x, y) = i + 2 2 j , (x, y) ∈ D = R2 − {(0, 0)}. Como
x2 + y 2 x +y
∂Q ∂P −
→ − → I
−
→ −
= (verifique!) então rot F = 0 em D. Calculemos F · d→
r , onde C
∂x ∂y C
é a circunferência γ(t) = (a cos t, a sen t), 0 ≤ t ≤ 2π. Temos
I Z
−
→ − → −y x
F ·dr = 2 2
dx + 2 2 dy
C Cx +y x +y
Z 2π h i
−a sen t a cos t
= (−a sen t) + (a cos t) dt
0 a2 a2
Z 2π
= sen2 t + cos2 t dt
0
= 2π 6= 0 (1)
−
→
Se F fosse conservativo, terı́amos encontrado, pelo Teorema 3, que
I
−
→ − −
→
F · d→
r = 0, o que contradiz (1). Logo, F não é conservativo.
C+
Exemplo 5
−
→
Sabe-se que F (x, y) = 2xy 2 − y 3 , 2x2 y − 3xy 2 + 2 é um campo gradiente.
Determine uma função potencial.
Solução:
Para determinar uma função potencial ϕ(x, y) devemos ter
∂ϕ
= 2xy 2 − y 3 (2)
∂x
∂ϕ
= 2x2 y − 3xy 2 + 2 (3)
∂y
90
Cálculo IV – Aula 9
De (4) e (5), vemos que tomando f (y) = 2y e g(x) = 0, segue que uma função
potencial é
ϕ(x, y) = x2 y 2 − xy 3 + 2y .
Exemplo 6
−
→ −
→ −
→ −
→
Sabe-se que F (x, y, z) = 2xy i + x2 + z cos(yz) j +y cos(yz) k é um campo
conservativo. Determine uma função potencial.
Solução:
Devemos ter:
∂ϕ
= 2xy (6)
∂x
∂ϕ
= x2 + z cos(yz) (7)
∂y
∂ϕ
= y cos(yz) (8)
∂z
Integrando (6), (7) e (8) em relação a x, y e z respectivamente, temos
91
Integral de Linha de Campo Vetorial
Exercı́cios
8. .
a) Determine uma função potencial para o campo gradiente
−
→ −→ −→ −
→
F (x, y, z) = −4xe3y + zexz i + −6x2 e3y + 4y 2 j +(xexz + cos z) k .
Z
−
→ −
b) Calcule F · d→
r , se C é a curva descrita por
C
−
→ → π −
− →
γ(t) = (t − 1)(t − 2) i + t j + t5 k ,
2
com 0 ≤ t ≤ 1.
92
Cálculo IV – Aula 9
Z (1,4)
9. Mostre que 2xy dx + x2 dy é independente do caminho e calcule a
(2,−1)
integral.
Z
−
→ −
→
10. Calcule F · d~r, onde F (x, y, z) = 2x sen z, z 3 − ey , x2 cos z + 3yz 2
C
e C : γ(t) = t, t(t − 1), t2 + 1 , com 0 ≤ t ≤ 1.
93
Integral de Linha de Campo Vetorial
94
Cálculo IV – Aula 10
Aula 10
Teorema de Green
Objetivos
• Estudar um teorema que estabelece uma ligação importante entre integrais
de linha e integrais duplas;
−
→
• estudar condições sobre o domı́nio de F para que valha a recı́proca do
Teorema 1, da aula 16, isto é, em que domı́nios, campos de rotacional
nulo são conservativos?
O Teorema de Green
C1
D
C2
C3
C4
No caso, ∂D = C1 ∪ C2 ∪ C3 ∪ C4 e
I I I I I
−
→ − → −
→ − → −
→ − → −
→ − −
→ −
F ·dr = F ·dr + F ·dr + F · d→
r + F · d→
r .
∂D+ C1+ C2− C3− C4−
95
Teorema de Green
Exemplo 1
−
→ −
→ −
→
Seja F (x, y) = (2x + y) i + (3y + 4x) j . Vamos calcular as duas integrais do
enunciado do Teorema de Green, para D a região triangular de vértices (0, 0),
(1, 0) e (0, 1).
B = (0, 1)
D x+y =1
O A = (1, 0) x
Temos ∂D = OA ∪ AB ∪ BO.
Z
−
→ −
Cálculo de F · d→
r
OA
Z
−
→ −
Cálculo de F · d→
r
AB
= 2.
96
Cálculo IV – Aula 10
Z Z
−
→ − → −
→ −
Cálculo de F ·dr =− F · d→
r
BO OB
Somando, temos I
−
→ − 3 3
F · d→
r =1+2− = .
∂D+ 2 2
Por outro lado,
ZZ ZZ
∂Q ∂P 1 3
− dxdy = (4 − 1) dxdy = 3A(D) = 3 · · 1 · 1 = .
D ∂x ∂y D 2 2
Exemplo 2
−
→ −
→ −
→
Seja F (x, y) = −x2 y i +xy 2 j e D o disco de centro (0, 0) e raio 1. Calculemos
I
−
→ −
F · d→r , para ∂D orientada no sentido anti-horário.
∂D +
Solução:
Do Teorema de Green, temos
I ZZ ZZ
−
→ − → ∂Q ∂P
F ·dr = − dxdy = y 2 + x2 dxdy .
∂D+ D ∂x ∂y D
y
1
∂D
D
1 x
97
Teorema de Green
Então I Z Z
−
→ −
F · d→
r = 2
r · r drdθ = r3 drdθ
∂D+ Drθ Drθ
Z 1 Z 2π
3
= r dθdr
0 0
Z 1
= 2π r3 dr
0
h 4 i1
r
= 2π
4 0
π
= .
2
Exemplo 3
−
→ −y −→ x − →
Seja F (x, y) = 2 2 i + 2 2 j definido em D = R2 − {(0, 0)}. Calcule-
x +y x +y
mos:
I
−
→ −
a) F · d→r , sendo C1 : x2 + y 2 = a2 , a > 0;
C1+
I
−
→ −
b) F · d→
r , sendo C2 uma curva fechada, C 1 por partes, que envolve a
C2+
origem.
Solução:
a) Observemos que a região limitada por C1 não está contida em D, pois
(0, 0) ∈
/ D. Então não podemos aplicar o Teorema de Green. Sendo assim,
usaremos a definição. Parametrizando C1 , temos x = a cos t e y = a sen t, com
0 ≤ t ≤ 2π donde dx = −a sen t dt e dy = a cos t dt. Então
I I
−
→ − → −y x
F ·dr = 2 2
dx + 2 2 dy
C1+ C1+ x +y x +y
Z 2π h i
−a sen t a cos t
= 2
(−a sen t) + 2 (a cos t) dt
0 a a
Z 2π
= sen2 t + cos2 t dt
0
Z 2π
= dt
0
= 2π .
98
Cálculo IV – Aula 10
b)
C2
Aqui também não podemos aplicar o Teorema de Green, pois (0, 0) está na região
limitada por C2 e (0, 0) ∈
/ D. Usar a definição é impossı́vel pois nem conhecemos
uma equação de C2 . Então o que fazer?
y
A idéia é de isolar (0, 0)
por uma circunferência
a C2 C1 : x2 + y 2 = a2 com o
C1
raio a adequado de modo que
a x C1 esteja no interior da região
R
limitada por C2 , orientada no
sentido horário.
Exemplo 4
a) Se D é uma região plana qualquer à qual
I se aplica o Teorema de
I Green,
mostre que a área de D é dada por A(D) = − y dx ou A(D) = x dy
I ∂D+ ∂D+
1
ou A(D) = − y dx + x dy.
2 C
99
Teorema de Green
b) Aplique uma das fórmulas acima para mostrar que a área limitada pela elipse
x2 y2
2
+ 2 = 1 é πab.
a b
Solução:
a)
= A(D) .
I
Logo, A(D) = − y dx. Analogamente, prova-se as outras fórmulas.
∂D+
b
∂D
D
a x
I
A área de D é dada por A(D) = − y dx onde ∂D é parametrizada por
∂D+
(
γ(t) = (a cos t, b sen t)
, 0 ≤ t ≤ 2π .
γ ′ (t) = (−a sen t, b cos t)
100
Cálculo IV – Aula 10
Então
Z 2π Z 2π
A(D) = (−b sen t)(−a sen t) dt = ab sen2 t dt
0 0
h i2π
1 sen 2t
= ab · t−
2 2 0
1
= ab · · 2π
2
= πab u.a.
Condições sobre D
(i) D é aberto.
(ii) D é conexo (isto é, dois pontos quaisquer de D podem ser ligados por uma
curva contida em D).
(iii) D é “sem buracos” (isto é, qualquer curva fechada de D delimita uma
região inteiramente contida em D).
101
Teorema de Green
111111111111111
000000000000000
y y 111111111111111
000000000000000
y
000000000000000
111111111111111 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111 1111111111
0000000000 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111
D = R2 − {(0, 0)} 0000000000
1111111111 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111 0000000000
1111111111
D
0000000000
1111111111 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111 0000000000
1111111111 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111 0000000000
1111111111 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111x 0000000000 x
1111111111 000000000000000
111111111111111 x
000000000000000
111111111111111 0000000000
1111111111
0000000000
1111111111 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111 0000000000
1111111111 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111 000000000000000
111111111111111
000000000000000
111111111111111
D = R2 − eixo x
000000000000000
111111111111111 000000000000000
111111111111111
Exemplo
O R3 , uma bola aberta em R3 , o R3 − {(0, 0, 0)} são conjuntos simplesmente
conexos. O R3 sem uma reta não é simplesmente conexo.
−
→
Teorema 1: Seja F um campo de classe C 1 em um domı́nio D de R2 ,
−
→ − → −
→
simplesmente conexo. Se rot F = 0 então F é conservativo.
Demonstração
Z
Do Teorema de Green segue que F~ · d~r = 0, para todo caminho fechado de
C
D. Tomemos dois pontos A e B quaisquer de D e sejam C1 e C2 caminhos C 1
por partes ligando A e B.
C2 AB
A C1
Z
Seja o caminho fechado C = C1 ∪ C2− . Logo, temos que F~ · d~r = 0 ou
Z Z Z Z Z C Z
F~ ·d~r + −
F~ ·d~r = 0 ou F~ ·d~r − F~ ·d~r = 0, donde F~ ·d~r = F~ ·d~r.
C1 C2 Z C1 C2 C1 C2
102
Cálculo IV – Aula 10
−
→
d) F é conservativo.
Exemplo 1
π
Considere a curva C dada por σ(t) = − cos , et−1 , 1 ≤ t ≤ 2. Calcule
Z
−
→ − → −
→ 2
t
F · d r , onde F (x, y) = −y sen x, 2y cos x .
C
Solução:
−
→
Como F é de classe C 1 em R2 (que é um conjunto simplesmente conexo) e
∂Q ∂P
= −2y sen x = , então pelo teorema das quatro equivalências, segue que
Z∂x ∂y
−
→ −
F · d→ r não depende do caminho que liga σ(1) = (1, 1) e σ(2) = (0, e).
C
Então considere C = C1 ∪ C2 , onde C1− : y = 1, 0 ≤ x ≤ 1, donde dy = 0 e
C2 : x = 0, 1 ≤ y ≤ e, donde dx = 0.
103
Teorema de Green
(0, e)
C2
C1
(1, 1)
Temos
Z Z Z Z 1
−
→ − → −
→ − →
F ·dr =− F ·dr =− P (x, 1) dx = − (− sen x) dx
C1 C1− C1− 0
Z 1
= sen x dx
0
1
= − cos x
0
= 1 − cos 1
Z Z Z e Z e e
−
→ −
F · d→
r = Q(0, y) dy = 2y cos 0 dy = 2
2y dy = y = e2 − 1 .
C2 C2 1 1 1
Logo, Z
−
→ −
F · d→
r = 1 − cos 1 + e2 − 1 = e2 − cos 1 .
C
∂ϕ
= −y 2 sen x (1)
∂x
∂ϕ
= 2y cos x (2)
∂y
104
Cálculo IV – Aula 10
= e2 cos 0 − 12 cos 1
= e2 − cos 1 .
Exemplo 2
Z
Considere a integral de linha (kxey + y) dx + x2 ey + x − ky dy.
C
a) Determine a constante k para que esta integral seja independente do caminho.
Solução:
−
→
a) O campo F é definido em R2 que é um conjunto simplesmente conexo.
−
→ − →
Pelo teorema das quatro equivalências é necessário que rot F = 0 para que a
integral independa do caminho. Então
−
→ − → ∂Q ∂P
rot F = 0 ⇔ = em R2
∂x ∂y
⇔ 2xey + 1 = kxey + 1
⇔ 2xey = kxey
⇔ k = 2.
−
→ −
→
Portanto, para k = 2 segue que rot F = 0 , donde pelo teorema das equi-
valências temos que a integral independe do caminho.
b) Temos que
−
→ −
→ −
→
k = 2 ⇒ F (x, y) = (2xey + y) i + x2 ey + x − 2y j .
105
Teorema de Green
1 B = (1, 1)
C2
A = (0, 0) 1 x
C1
Somando temos, Z
−
→ −
F · d→
r = 1 + e − 1 = e.
C
∂ϕ
= 2xey + y (3)
∂x
∂ϕ
= x2 ey + x − 2y (4)
∂y
ϕ(x, y) = x2 ey + xy + f (y)
ϕ(x, y) = x2 ey + xy − y 2 + g(x) .
106
Cálculo IV – Aula 10
Exercı́cios
3. Calcule
Z p
I= (y − x + arctg x) dx + 2x − y + 1 + y2 dy ,
C
5. Calcule Z (0,0)
−xy(1 + x)−1 dx + ln(1 + x) dy ,
(4,0)
6. Seja
→ y−1 −x
F (x, y) = − y , ,
x2 + (y − 1)2 x2 + (y − 1)2
→
com (x, y) 6= (0, 1). Calcule a integral de linha do campo F ao longo de
C1 e C2 , orientadas no sentido anti-horário, onde
a) C1 : x2 + (y − 1)2 = 1
b) C2 : x2 + y 2 = 16
7. Calcule as integrais
Z
x y t
a) 2 2
dx+ dy, sendo C : γ(t) = e , sen t , 0≤t≤π
Cx +y x2 + y 2
Z
2
b) 7x6 y dx + x7 dy, sendo C : γ(t) = t, et −1 , 0 ≤ t ≤ 1
C
107
Teorema de Green
10. Seja C uma curva simétrica em relação ao eixo y, que vai de (4, 0) a
(−4, 0), como mostrada na figura que se segue. Sabendo-se que a área da
região delimitada por C
e2 pelo eixo
x vale 16, calcule o trabalho realizado
−
→ x −
→ −
→
pela força F (x, y) = + xy 3 i + (2x + arctg y) j .
4
y
(−4, 0) (4, 0) x
108
Cálculo IV – Aula 11
Aula 11
Superfı́cies Parametrizadas
Objetivos
Superfı́cies Parametrizadas
ϕ : D ⊂ R2 −→ R3
(u, v) 7−→ ϕ(u, v) = x(u, v), y(u, v), z(u, v)
ϕ(u, v)
(u, v) ϕ
D
u
y
109
Superfı́cies Parametrizadas
∂ϕ
∂ϕ (u0 , v0 )
(u0 , v0 ) ∂u
∂v
v z S = ϕ(D)
ϕ(u0 , v0 ) C1
D
ϕ
(u0 , v0 )
C2
u
y
Se
∂ϕ
γ ′ (u0 ) = (u0 , v0 ) = ϕu (u0 , v0 )
∂u
− →
∂x ∂y ∂z
= (u0 , v0 ) , (u0 , v0 ) , (u0 , v0 ) 6= 0
∂u ∂u ∂u
segue que ϕu (u0 , v0 ) é um vetor tangente a C1 em ϕ(u0 , v0 ).
Analogamente, se
−
→
∂ϕ ∂x ∂y ∂z
(u0 , v0 ) = ϕv (u0 , v0 ) = (u0 , v0 ) , (u0 , v0 ) , (u0 , v0 ) 6= 0
∂v ∂v ∂v ∂v
então este vetor é um vetor tangente a C2 em ϕ(u0 , v0 ).
Se o vetor
−
→ − → ∂ϕ ∂ϕ −
→
N = N (u0 , v0 ) = (u0 , v0 ) × (u0 , v0 ) = ϕu (u0 , v0 ) × ϕv (u0 , v0 ) 6= 0
∂u ∂v
−
→
−
→ N
então N é um vetor normal a S em ϕ(u0 , v0 ). O vetor −
→
→ é um vetor
n = −
kN k
normal unitário a S em ϕ(u0 , v0 ).
−
→ −
→
Dizemos que S é regular em ϕ(u0 , v0 ) se N (u0 , v0 ) 6= 0 . O plano tangente a
S em ϕ(u0 , v0 ) é dado por
−→
(x, y, z) − ϕ(u0 , v0 ) · N (u0 , v0 ) = 0 .
Apresentaremos agora, parametrizações das principais superfı́cies:
Plano S
−
→
Sejam P0 ∈ S, − →
a e b não paralelos contido no plano S. Seja P ∈ S. Então,
existem escalares u e v, tais que:
−−→ −
→ −
→
P0 P = u− →
a + v b ⇔ P = P0 + u− →a +v b .
110
Cálculo IV – Aula 11
S −
→
N
P0 −
→
b
−
→
a
−
→
N S : z = f (x, y)
y
D
111
Superfı́cies Parametrizadas
Cilindro x2 + y 2 = a2 , a > 0
Esfera x2 + y 2 + z 2 = a2 , a > 0
com (
0≤φ≤π
(φ, θ) ∈ D :
0 ≤ θ ≤ 2π .
Verifique que:
−
→ ∂ϕ ∂ϕ
N = × = a2 sen2 φ cos θ, a2 sen2 φ sen θ, a2 sen φ cos φ
∂φ ∂θ
−
→
N
= a2 sen φ .
Logo:
−
→
−
→ N ϕ(φ, θ) (x, y, z)
n =
−
→
= = ,
N
a a
(x, y, z)
isto é, −
→
n = é o vetor unitário normal exterior à esfera.
a
112
Cálculo IV – Aula 11
Superfı́cie de Revolução S
com 0 ≤ θ ≤ 2π. C
Fazendo t variar de a até b,
a circunferência começa a S
` ´
0, y(t), z(t)
de deslocar segundo a altura
(x, y, z)
z = z(t), gerando a superfı́cie
de revolução S da figura ao lado.
z
Tem-se:
x y
θ
S : ϕ(t, θ) = y(t) cos θ, y(t) sen θ, z(t) y
onde x
(
a≤t≤b
(t, θ) ∈ D :
0 ≤ θ ≤ 2π .
com a ≤ t ≤ b, então:
113
Superfı́cies Parametrizadas
com (
a≤t≤b
(t, θ) ∈ D :
0 ≤ θ ≤ 2π .
Área de Superfı́cie
Seja S uma superfı́cie parametrizada por ϕ(u, v) = (x(u, v), y(u, v), z(u, v)) ∈ D
onde D é um conjunto compacto que tem área e com ϕ de classe C 2 em um
conjunto aberto contendo D. É necessário também que ϕ seja uma função
injetora exceto possivelmente na fronteira de D e que S seja regular exceto em
um número finito de pontos.
Daqui por diante, até o final do curso, trabalharemos somente com superfı́cies
descritas acima.
Definimos a área de S por
ZZ
∂ϕ ∂ϕ
A(S) =
(u, v) × (u, v)
dudv .
D ∂u ∂v
v z
S = ϕ(D)
D ϕ
u
y
114
Cálculo IV – Aula 11
S = Gf (gráfico de S)
y
D
x
Exemplo 1
Mostre que a área da esfera S : x2 +y 2 +z 2 = a2 , a > 0 é dada por A(S) = 4πa2 .
Solução:
Usando as coordenadas esféricas com ρ = a, para parametrizar a esfera, tem-se
com
(
0≤φ≤π
(φ, θ) ∈ D : .
0 ≤ θ ≤ 2π
∂ϕ ∂ϕ
Calculemos ϕφ × ϕθ (φ, θ) = × (φ, θ) e seu módulo.
∂φ ∂θ
Tem-se
115
Superfı́cies Parametrizadas
donde
ϕφ × ϕθ =
−
→ −
→ −
→
i j k
= a cos φ cos θ a cos φ sen θ −a sen φ
−a sen φ sen θ a sen φ cos θ 0
= a2 sen2 φ cos θ, a2 sen2 φ sen θ, a2 sen φ cos φ cos2 θ + a2 sen φ cos φ sen2 θ
| {z }
=a2 sen φ cos φ
= (a sen φ) · ϕ(φ, θ) .
Esta última expressão mostra que o vetor normal em cada ponto da esfera é
radial, isto é, é um múltiplo do vetor posição ϕ (φ, θ).
Tem-se
ZZ Z πZ 2π
2 2
A(S) = a sen φ dφdθ = a sen φ dθdφ
D 0 0
Z π
2
= 2πa sen φ dφ
0
π
= 2πa2 − cos φ 0
= 4πa2 u.a.
Exemplo 2
p
Calcule a área da superfı́cie z = x2 + y 2 , 0 ≤ z ≤ 1.
Solução:
O esboço da superfı́cie S está representado na figura que se sege.
116
Cálculo IV – Aula 11
1 y
1
D
x
p
Temos que S : z = x2 + y 2 , (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1. Também temos
| {z }
f (x,y)
x y
fx = p e fy = p . Logo,
x2 + y2 x2 + y2
r r
q
2 2 x2 y2 x2 + y 2 √
1 + (fx ) + (fy ) = 1+ 2 2 + 2 2 = 1+ = 2.
x +y x +y x2 + y 2
Como ZZ q
A(S) = 1 + (fx )2 + (fy )2 dxdy
D
então ZZ √ √ ZZ
A(S) = 2 dxdy = 2 dxdy
D D
√
= 2 · A(D)
√
= 2 · π · 12
√
= π 2 u.a.
117
Superfı́cies Parametrizadas
Exercı́cios
a) S = {(x, y, z) ∈ R3 ; x2 + y 2 + z 2 = 4, z ≥ 1}.
p
b) S = {(x, y, z) ∈ R3 ; z = 3(x2 + y 2 ), x2 + y 2 + z 2 ≤ 1}.
c) S = {(x, y, z) ∈ R3 ; x + y + z = 2, x2 + y 2 ≤ 1}.
n x yo
d) S = (x, y, z) ∈ R3 ; x2 + y 2 = 4, 0 ≤ z ≤ 2 + − .
4 2
e) S = {(x, y, z) ∈ R3 ; x2 + y 2 = 2y, 0 ≤ z ≤ x2 + y 2 }.
com 0 ≤ u ≤ 2π e v ≥ 0.
a) Identifique esta superfı́cie.
b) Encontre uma equação da reta normal e a equação do plano tangente
a S em ϕ(0, 1).
3. Seja S a superfı́cie parametrizada por ϕ(u, v) = u, v, 1 − v 2 , u ≥ 0,
v ≥ 0 e u + v ≤ 1.
a) Desenhe S.
b) Determine o plano tangente a S no ponto ϕ (1/2, 1/4).
c) Determine a área de S.
4. Seja S a superfı́cie obtida girando-se a circunferência C : (x−a)2 +z 2 = b2
com 0 < b < a, em torno do eixo z. Essa superfı́cie é dita toro.
a) Parametrize-a.
b) Calcule a sua área.
5. Determine a área do parabolóide z = 2(x2 + y 2 ), abaixo do plano z = 8.
118
Cálculo IV – Aula 11
119
Superfı́cies Parametrizadas
120
Cálculo IV – Aula 12
Aula 12
Integral de Superfı́cie de um Campo Es-
calar
Objetivos
• Estudar as integrais de superfı́cie de um campo escalar;
• estudar aplicações como cálculo de massa, centro de massa e momento de
inércia.
OBS.:
121
Integral de Superfı́cie de um Campo Escalar
Exemplo 1
ZZ
Calcule xy dS, onde S é parametrizada por ϕ(u, v) = (u−v, u+v, 2u+v+1)
S
com (u, v) ∈ D : 0 ≤ u ≤ 1 e 0 ≤ v ≤ u.
Solução:
∂ϕ ∂ϕ
Temos = (1, 1, 2) e = (−1, 1, 1) donde
∂u ∂v
−
→ −→ −
→
i j k
∂ϕ ∂ϕ
× = 1 1 2 = (−1, −3, 2)
∂u ∂v
−1 1 1
e
∂ϕ ∂ϕ
√
√
×
= 1 + 9 + 4 = 14 .
∂u ∂v
√
Logo, dS = 14 dudv.
ZZ ZZ √
xy dS = (u − v)(u + v) 14 dudv
S D
√ ZZ
= 14 u2 − v 2 dudv
D
√ Z 1Z u 2
= 14 (u − v 2 ) dvdu
0 0
√ Z 1 h
v3
iu
= 14 u2 v − du
0 3 0
√ Z 1 h
u3
i
= 14 u3 − du
0 3
√ Z 1
2 14
= u3 du
3 0
√ h i1
14 4
= u
6 0
√
14
= .
6
Exemplo 2
ZZ
1
Calcule p dS, onde S é a parte da superfı́cie cilı́ndrica
S 1 + 4x2 + 4y 2
z = 1 − x2 − y 2 que se encontra dentro do cilindro x2 + y 2 ≤ 2y.
122
Cálculo IV – Aula 12
Solução:
O esboço de S é dado na figura que se segue:
1
2 y
−3
= ar (D)
= π · 12
= π.
Aplicações à Fı́sica
Seja S uma chapa delgada formando uma superfı́cie no espaço e seja δ(x, y, z)
sua densidade superficial que supomos contı́nua. Então, a massa M de S é dada
por ZZ
M= δ(x, y, z) dS .
S
123
Integral de Superfı́cie de um Campo Escalar
Exemplo 1
Calcule a massa da chapa fina S dada por ϕ(u, v) = (u, v, 2u + v), com
(u, v) ∈ D : 0 ≤ u ≤ 1 e 0 ≤ v ≤ u, sendo δ(x, y, z) = x + y + z a den-
sidade superficial.
Solução:
Temos
ZZ ZZ
∂ϕ ∂ϕ
M= (x + y + z) dS = (3u + 2v)
×
dudv ,
S D ∂u ∂v
onde
−
→ −
→ −
→
i j k
∂ϕ ∂ϕ
× = 1 0 2 = (−2, −1, 1)
∂u ∂v
0 1 1
124
Cálculo IV – Aula 12
e
∂ϕ ∂ϕ
p √
×
= (−2)2 + (−1)2 + 12 = 6 .
∂u ∂v
Logo,
√ ZZ √ Z 1Z u
M= 6 (3u + 2v) dudv = 6 (3u + 2v) dvdu
D 0 0
√ Z 1h iu
= 6 3uv + v 2 du
0 0
√ Z 1h 2 2
i
= 6 3u + u du
0
√ Z 1 2
= 6 4u du
0
√
4 6
= u.m.
3
Exemplo 2
Calcule o momento de inércia da superfı́cie homogênea de equação z = x2 + y 2 ,
com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1, em torno do eixo z.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
1 y
D
1
S : z = f (x, y) = x2 + y 2 , (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1 .
125
Integral de Superfı́cie de um Campo Escalar
Temos
q p
dS = 1 + (fx )2 + (fy )2 dxdy = 1 + 4x2 + 4y 2 dxdy .
Então: ZZ ZZ
2 2
Iz = x +y δ(x, y, z) dS = k x2 + y 2 dS .
S S
pois S é homogênea. Logo:
ZZ
p
Iz = k x2 + y 2 1 + 4x2 + 4y 2 dxdy .
D
126
Cálculo IV – Aula 12
Exercı́cios
ZZ
1. Calcule z − x2 + xy 2 − 1 dS, onde S é a superfı́cie
S
−
→ −
→ −
→
ϕ(u, v) = u i + v j + (u2 + 1) k ,
com 0 ≤ u ≤ 1 0 ≤ v ≤ 2.
ZZ
2. Calcule x dS, onde S é o triângulo com vértices (1, 0, 0), (0, 1, 0)
S
e (0, 0, 1).
ZZ
3. Calcule x2 + y 2 dS, onde S é a esfera x2 + y 2 + z 2 = a2 .
S
127
Integral de Superfı́cie de um Campo Escalar
128
Cálculo IV – Aula 13
Aula 13
Integral de Superfı́cie de um Campo Ve-
torial
Objetivos
B C B=D
A D A=C
129
Integral de Superfı́cie de um Campo Vetorial
−
→
11111111111111111111n
00000000000000000000 11111111111111111111
00000000000000000000
00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111 00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111
S
00000000000000000000
11111111111111111111 S
00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111 00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111 ou 00000000000000000000
11111111111111111111
−
→
00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111 n
00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111 00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111 00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111 00000000000000000000
11111111111111111111
00000000000000000000
11111111111111111111
Daqui para frente só consideraremos superfı́cies orientáveis (com dois lados).
Definição:
Seja S uma superfı́cie regular orientável. Seja −
→
n uma orientação de S.
−
→
Seja F um campo vetorial contı́nuo definido em um aberto contendo S.
−
→ −
→
A integral de superfı́cie de F através de S ou o fluxo φ de F através
−
→ →
de S é a integral de superfı́cie do campo escalar F · −
n:
ZZ
−
→ −
Φ= F ·→n dS .
S
OBS.:
−
→
1) Se F representa o campo de velocidades de um fluido, essa integral
fornece o volume do fluido que atravessa S em uma unidade de tempo,
na direção de −
→
n.
−
→
n
130
Cálculo IV – Aula 13
ZZ ZZ
−
→ − −
→ ϕ × ϕv
Φ= F ·→
n dS = F (ϕ(u, v)) · u · kϕu × ϕv k dudv
S D kϕu × ϕv k
ZZ
−
→
= F (ϕ(u, v)) · (ϕu × ϕv ) dudv
D
ϕ × ϕv
se −
→
n = u e
kϕu × ϕv k
ZZ ZZ
−
→ − → −
→
Φ= F · n dS = − F (ϕ(u, v)) · (ϕu × ϕv ) dudv
S D
ϕ × ϕv
se −
→
n =− u .
kϕu × ϕv k
3) Se S é o gráfico da função z = f (x, y), (x, y) ∈ D, então
ZZ ZZ
−
→ − −
→
Φ= F ·→
n dS = F (x, y, f (x, y)) · (−fx , −fy , 1) dxdy
S D
(−fx , −fy , 1)
se −
→
n =p e
1 + (fx ) + (fy )2
2
ZZ ZZ
−
→ − −
→
Φ= F ·→
n dS = F (x, y, f (x, y)) · (fx , fy , −1) dxdy
S D
(f , f , −1)
se −
→
n = p x y2 .
1 + (fx ) + (fy )2
ZZ
−
→ −
4) Queremos definir F ·→n dS, onde S = S1 ∪ S2 ∪ · · · ∪ Sm .
S
S2
S1
S = S1 ∪ S2
131
Integral de Superfı́cie de um Campo Vetorial
Definição 1:
Seja S uma superfı́cie orientada por um campo de vetores normais
unitários −
→
n . Dizemos que o bordo de S, ∂S, está orientado positi-
vamente se ao caminhar ao longo de ∂S com a cabeça no sentido de −
→
n,
tivermos S à nossa esquerda.
−
→
n
∂S ∂S
S S
ou
−
→
n
Definição 2:
Dizemos que S = S1 ∪ S2 ∪ · · · ∪ Sm está orientada se for possı́vel orientar
cada Si de forma que nos bordos comuns a duas superfı́cies, as orientações
resultem opostas.
−
→
n 2
−
→
n1
S2 S2
−
→
n2
S1 ou −
→ S1
n1
Então:
ZZ ZZ ZZ
−
→ − −
→ − −
→ −
F ·→
n dS = F ·→
n1 dS + · · · + F · n→
m dS .
S S1 Sm
132
Cálculo IV – Aula 13
Exemplo 1
−
→ −
→ −
→ −
→
Calcule o fluxo de F (x, y, z) = 2x i + (x + y) j − 2xy k através da superfı́cie
S : ϕ(u, v) = u, v, 1 − u2 − v 2 , com (u, v) ∈ D : 0 ≤ u ≤ 1, 0 ≤ v ≤ 1 e com
ϕ × ϕv
normal −→
n = u .
||ϕu × ϕv ||
Solução:
Temos ϕu = (1, 0, −2u) e ϕv = (0, 1, −2v) donde
−
→ −
→ −→
i j k
ϕu × ϕv = 1 0 −2u = (2u, 2v, 1) .
0 1 −2v
−
→
O fluxo de F é dado por
ZZ ZZ
−
→ − −
→ ϕ × ϕv
F ·→
n dS = F (ϕ(u, v)) · u · kϕu × ϕv k dudv
S D kϕu × ϕv k
ZZ
−
→
= F (ϕ(u, v)) · (ϕu × ϕv ) dudv
D
ZZ
= (2u, u + v, −2uv) · (2u, 2v, 1) dudv
S
ZZ
= 4u2 + 2uv + 2v 2 − 2uv dudv
S
ZZ
= 4u2 + 2v 2 dudv
S
Z 1Z 1
= 4u2 + 2v 2 dudv
0 0
Z 1h i1
4u3
= + 2uv dv
0 3 0
Z 1
4
= + 2v dv
0 3
h i1
4
= v + v2
3 0
4
= +1
3
7
= .
3
133
Integral de Superfı́cie de um Campo Vetorial
Exemplo 2
−
→ −
→ −
→ −
→
Calcule o fluxo do campo F (x, y, z) = x i + y j + z k através da parte da
superfı́cie esférica x2 + y 2 + z 2 = a2 , com a normal exterior.
Solução:
Lembremos que, no caso da esfera x2 + y 2 + z 2 = a2 (ver Aula 11), temos
−
→ (x, y, z)
n = . Então o fluxo é dado por
a
ZZ ZZ ZZ ZZ
−
→ − (x, y, z) x2 + y 2 + z 2 a2
F ·→
n dS = (x, y, z) · dS = dS = dS
S S a S a S a
ZZ
= a dS
S
= aA(S)
= a4πa2
= 4πa3 .
Exemplo 3
ZZ
−
→ − −
→ −
→ −
→ −
→
Calcule F ·→
n dS, sendo F (x, y, z) = x i + y j + z k e S a parte do
S
cilindro x2 + y 2 = 4 entre z = 0 e y + z = 3, com a orientação normal que
aponta para o eixo z.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
−
→
n
S
3 y
x
134
Cálculo IV – Aula 13
Exemplo 4
ZZ
−
→ − −
→ −
→ −
→ −
→
Calcule F ·→
n dS, sendo F (x, y, z) = x i + y j + z k e S a parte do plano
S
y + z = 3, limitada pelo cilindro x2 + y 2 = 4, orientada com a normal −
→
n tal que
−
→ −
→
n · k ≥ 0.
Solução:
O esboço de S é dado a seguir.
S −
→
n
3
D
2 3
y
x
135
Integral de Superfı́cie de um Campo Vetorial
−
→
Se −→n · k ≥ 0 então a componente z de − →n é maior ou igual a zero donde
−
→n aponta para cima. A superfı́cie S pode ser descrita da seguinte maneira
S : z = 3 − y = f (x, y), com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 4. Um vetor normal a S
−
→
é dado por N = (−fx , −fy , 1) = (0, 1, 1) que aponta para cima. Logo, temos
(0, 1, 1)
que −→n = √ .
2
−
→ √
Por outro lado, sabemos da Aula 19 que dS = k N k dxdy = 2 dxdy. Portanto:
ZZ ZZ
−
→ − → (0, 1, 1) √
F · n dS = (x, y, 3 − y) · √ 2 dxdy
S D 2
ZZ
= (y + 3 − y) dxdy
D
ZZ
= 3 dxdy
D
= 3 A(D)
= 3π22
= 12π .
136
Cálculo IV – Aula 13
Exercı́cios
−
→ −
→ −
→ −
→
1. Calcular o fluxo do campo rotacional de F = (x − y − 4) i + y j + z k
através da semi-esfera superior de x2 + y 2 + z 2 = 1, com campo de vetores
−
→
normais − →
n tal que −→
n · k > 0.
ZZ
−
→ − −
→ −
→ −
→ −
→
2. Calcule F ·→
n dS onde F (x, y, z) = xzey i − xzey j + z k e S é
S
a parte do plano x + y + z = 1 no primeiro octante com orientação para
baixo.
ZZ
−
→ − −
→ −
→
3. Calcule F ·→
n dS, onde F = −z k e S é a parte da esfera de equação
S
x2 + y 2 + z 2 = 4 fora do cilindro x2 + y 2 = 1, −
→
n apontando para fora.
−
→ −
→ −
→ −
→
4. Calcule o fluxo do campo F = −x i − y j + 3y 2 z k sobre o cilindro
x2 + y 2 = 16, situado no primeiro octante entre z = 0 e z = 5 − y com a
orientação normal que aponta para o eixo z.
ZZ
−
→ − −
→ −
→ −
→
5. Calcule F ·→
n dS, sendo F (x, y, z) = z i + yz j e S é a parte do
S
plano z = 2−x, limitada pelo cilindro x2 +y 2 = 9, orientada com o campo
−
→ −
→
n tal que −
→n · k ≥ 0.
−
→ −
→ −
→ −
→
6. Ache o fluxo de F (x, y, z) = x i + y j + z k através da superfı́cie S do
sólido limitado por z = 0, x2 + y 2 = 4 e x + y + z = 3, com vetor − →n
exterior.
−
→
7. Ache o fluxo de F = yz, −xz, x2 + y 2 através de S superfı́cie de re-
volução obtida girando-se o segmento de reta que liga (1, 0, 1) e (0, 0, 3)
em torno do eixo z, onde o vetor normal −→
n tem componente z não nega-
tiva.
→ −
→ −
→ −
→
8. Calcule o fluxo do campo F (x, y, z) = x i + y j + z k através de
S: superfı́cie cilı́ndrica x2 + y 2 = a2 , a > 0, limitada superiormente pela
→
superfı́cie z = x2 e inferiormente pelo plano z = 0, com n apontando para
fora de S.
ZZ
−
→ − −
→ −
→ −
→
9. Calcule F ·→n dS, onde F (x, y, z) = −x i + 2z k e S é a fronteira
S
com região limitada por z = 1 e z = x2 + y 2 , com −
→
n exterior a S.
−
→ −
→ −
→ −
→
10. Determine o fluxo de F = x i + y j + 2z k através de S porção do cone
p
z = x2 + y 2 entre os planos z = 1 e z = 2, orientada para cima por
normais unitários.
137
Integral de Superfı́cie de um Campo Vetorial
138
Cálculo IV – Aula 14
Aula 14
Teorema de Gauss
Objetivos
• Estudar um teorema famoso que permite calcular fluxos através de su-
perfı́cies fechadas: o teorema de Gauss.
O Teorema de Gauss
139
Teorema de Gauss
Exemplo 1
−
→ −
→ −
→ −
→
Verifique o teorema de Gauss para F (x, y, z) = xz i +yz j +z 2 k , calculando
as duas integrais do enunciado, e S a esfera x2 + y 2 + z 2 = a2 e ~n a normal
unitária exterior a S.
Solução:
(x, y, z)
Temos que ~n = . Logo
a
ZZ ZZ
−
→ (x, y, z)
F · ~n dS = xz, yz, z 2 · dS
S a
ZSZ
1
= x2 z + y 2 z + z 3 dS
a
Z ZS
1
= z x2 + y 2 + z 2 dS
a
2
Z ZS
a
= z dS
a S
ZZ
= a z dS .
S
Parametrizando S, temos ϕ(φ, θ) = (a sen φ cos θ, a sen φ sen θ, a cos φ), com
D : 0 ≤ φ ≤ π e 0 ≤ θ ≤ 2π. Temos também que dS = a2 sen φ dφ dθ. Então
ZZ ZZ
−
→
F · ~n dS = a (a cos φ) a2 sen φ dφ dθ
S D
Z 2πZ π
= a4 cos φ sen φ dφ dθ
0 0
Z 2π
π
4 sen2 φ
= a dθ
0 2
0
Z 2π
= a4 0 dθ
0
= 0.
−
→ ∂P ∂Q ∂R
div F = + + = z + z + 2z = 4z
∂x ∂y ∂z
140
Cálculo IV – Aula 14
e, então:
ZZZ Z 2πZ 1Z π
−
→
div F dV = 4ρ3 cos φ sen φ dφ dρ dθ
W 0 0 0
Z 2πZ 1 h iπ
sen2 φ
= 4 ρ3 dρ dθ
0 0 2 0
Z 2πZ 1
= 4 ρ3 · 0 dρ dθ
0 0
= 0.
Exemplo 2
ZZ
−
→ −
→
Calcule F · ~n dS, onde F (x, y, z) = x + yez , y + zex , z 2 + xey , S é a
S
fronteira do sólido interior ao cilindro x2 + y 2 = 1, entre os planos z = 0
e z = x + 2 e ~n a normal exterior a S.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
y
−
→
n
2 1
S
D
−
→
n
x −1 1 x
y 1
−1
−1 −
→
n
−2
141
Teorema de Gauss
π
= .
4
Logo,
ZZ
−
→ π 33π
F · ~n dS = 8π + = .
S 4 4
Exemplo 3
ZZ
−
→ −
→ −
→ −
→ −
→
Calcule F · ~n dS, sendo F (x, y, z) = x3 i + y 3 j + z 3 k , ~n a orientação
S
normal exterior a S : x2 + y 2 + z 2 = 1, com z ≥ 0.
Solução:
O esboço de S (aberta) está representado na figura que se segue.
142
Cálculo IV – Aula 14
−
→
n
1 y
1
−
→
n
S1 y
1
1
−
→
n1
x
Seja W o sólido limitado pela superfı́cie fechada S. Como estamos nas condições
do teorema de Gauss, temos
ZZ ZZ ZZZ ZZZ
−
→ −
→ −
→
F ·~n dS+ F ·~n1 dS = div F dV = 3 x2 + y 2 + z 2 dV .
S S1 W W
0≤ρ≤1
Wρφθ : 0 ≤ φ ≤ π/2 .
0 ≤ θ ≤ 2π
143
Teorema de Gauss
Então,
ZZZ ZZZ
2 2 2
3 x + y + z n dV = 3 ρ2 · ρ2 sen φ dρ dφ dθ
W Wρφθ
Z π/2Z 1Z 2π
= 3 ρ4 sen φ dθ dρ dφ
0 0 0
Z π/2Z 1
= 6π ρ4 sen φ dρ dφ
0 0
Z π/2
6π
= sen φ dφ
5 0
h iπ/2
6π
= − cos φ
5 0
6π
= .
5
ZZ
−
→
Cálculo de F · ~n1 dS
S1
Temos
ZZ ZZ ZZ
−
→ 3
3
F · ~n1 dS = x , y , 0 · (0, 0, −1) dS = 0 dS = 0 .
S1 S1 S1
Logo, ZZ
−
→ 6π
F · ~n dS = .
S 5
144
Cálculo IV – Aula 14
Exercı́cios
−
→
1. Verifique o teorema de Gauss para o campo vetorial F (x, y, z) = (x, y, z)
no sólido W limitado pelas superfı́cies z = x2 + y 2 e z = 4.
−
→ −
→ −
→
2. Considere o campo vetorial F (x, y, z) = (2x + ez ) i + (3y − zex ) j +
−
→
+ (z − 2) k , e seja S a calota esférica x2 + y 2 + z 2 = a2 , com z ≥ 0 e
−
→
raio a > 0. Sabendo que o fluxo de F na direção da normal exterior ~n é
igual a 2πa3 , calcule o raio da calota.
ZZ
−
→ −
→
3. Calcule rot F · ~n dS, sendo F (x, y, z) = x2 y + 2, x3 + y 4 , 2xz − 1 ,
S
e S a parte da esfera x2 + y 2 + z 2 − 4z = 0, com z ≤ 1, orientada com ~n
exterior.
∂f
onde = ∇f · ~n é a derivada direcional de f na direção e sentido do
∂~n
∂2f ∂2f ∂2f
vetor unitário ~n e ∇2 f = 2 + 2 + 2 é o laplaciano de f (estudado
∂x ∂y ∂z
na Aula 7).
∂f 1
5. Seja f : R3 → R de classe C 2 , tal que ∇2 f = x2 + y 2 e (x, y, 1) = ,
ZZ ∂z 3
∂f
para todo (x, y, z) ∈ R3 . Calcule dS, onde S é a lata cilı́ndrica
S ∂~
n
com fundo e sem tampa dada por x2 + y 2 = 1, 0 ≤ z ≤ 1, x2 + y 2 ≤ 1 e
z = 0, com normal ~n apontando para fora de S.
−
→ −
→ −→ −
→
6. Seja F (x, y, z) = z arctg y 2 i + z 3 ln x2 + 1 j + z k . Determine o
−
→
fluxo de F através da parte do parabolóide x2 + y 2 + z = 2 que está acima
do plano z = 1, sendo − →
n a normal com componente z não negativa.
145
Teorema de Gauss
−
→
que é chamada campo elétrico de Q. Mostre que o fluxo elétrico de E
é igual a 4πεQ, através de qualquer superfı́cie fechada S que contenha a
origem, com normal − →n apontando para fora se S. Esta é a Lei de Gauss
para uma carga simples.
ZZ
−
→−
8. Calcule F· →
n dS, onde
S
−
→ −
→ −
→ −
→
F (x, y, z) = x i + − 2y + ex cos z j + z + x2 k
e S é definida por z = 9 − x2 + y 2 , 0 ≤ z ≤ 5; z = 5, 1 ≤ x2 + y 2 ≤ 4
e z = 8 − 3 x2 + y 2 , x2 + y 2 ≤ 1.
146
Cálculo IV – Aula 15
Aula 15
Teorema de Stokes
Objetivos
• Estudar um teorema famoso que generaliza o teorema de Green para o
espaço.
Seja U um aberto conexo de R3 e
−
→ −
→
n
F = (P, Q, R) um campo vetorial de classe
C 1 em U . Seja S ⊂ U , uma superfı́cie regu-
lar por partes, orientada pelo campo normal ∂S
S
unitário −
→n . Seja ∂S o bordo de S, com a
orientação induzida pela de S. Então,
ZZ I
−
→ − → −
→ −
rot F · n dS = F · d→
r
S ∂S
| {z } | {z }
→
−
fluxo do rotacional circulação de F
−
→
n
y
S
x C = ∂S
147
Teorema de Stokes
−
→
“Se U = dom F é um conjunto simplesmente conexo, isto é, U é o R3
−
→ − →
ou U é o R3 , exceto um número finito de pontos, e se rot F = 0 então
−
→
F é conservativo”.
−
→
O teorema das quatro equivalências é dado por: Seja F = (P, Q, R) um campo
vetorial de classe C 1 em um conjunto simplesmente conexo do R3 . Então as
seguintes afirmações são equivalentes:
I
−
→ −
(1) F · d→r = 0 para toda curva fechada C;
C
Z
−
→ −
(2) F · d→r é independente do caminho;
C
−
→ −
→
(3) F é um campo gradiente, isto é, F = ∇ϕ para algum campo escalar ϕ;
−
→ − →
(4) rot F = 0 .
Exemplo 1
Verifique o teorema de Stokes, calculando as duas integrais do enunciado, para
−
→ −
→ −
→ −
→
F (x, y, z) = −y i + x j + z k
e S o parabolóide z = 1 − x2 − y 2 com z ≥ 0 e −
→
n a normal unitária exterior
a S.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
z
1
−
→
S n
1 y
1
∂S
x
148
Cálculo IV – Aula 15
= 2π .
−
→ (2x, 2y, 1) p
n =p e dS = 1 + 4x2 + 4y 2 dx dy .
21 + 4x + 4y 2
Então ZZ ZZ
−
→ →
rot F · −
n dS = (0, 0, 2) · (2x, 2y, 1) dx dy
S D
ZZ
= 2 dx dy
D
= 2 A(D)
= 2π · 12
= 2π .
149
Teorema de Stokes
Exemplo 2
Z
→ −
− →
Use o teorema de Stokes para calcular F · dr, onde
C
−
→
F (x, y, z) = (y − x + sen x, z − x + cos y, x − y + ez )
x z
e C é a interseção do cilindro x2 + y 2 = a2 com o plano + = 1, sendo
a b
a > 0, b > 0, orientada no sentido anti-horário quando vista da parte superior do
eixo z.
Solução:
O esboço de C está representado na figura a seguir.
a a y
x
−
→
n
C
S
b
a a y
x
150
Cálculo IV – Aula 15
Pela regra da mão direita, vemos que −→n aponta para cima. Logo, podemos
bx
descrever S por S : z = b − = f (x, y), com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ a2 .
a
−
→ b
Um vetor normal a S é N = (−fx , −fy , 1) = , 0, 1 que aponta para cima.
a
−
→
b
a , 0, 1
−
→
Então, n = − → e dS = k N k dxdy. Temos:
kN k
−
→ −
→ −
→
i j k
−
→
∂ ∂ ∂
rot F =
∂x ∂y ∂z
y − x + sen x z − x + cos y x − y + ez
= (−1 − 1, 0 − 1, −1 − 1)
= (−2, −1, −2) .
= −2πb(b + a) .
Exemplo 3
−
→
Seja F (x, y, z) = (3x2 z + y 3 , 3xy 2 + ez , x3 + yez ).
−
→
a) F é conservativo? Por quê?
b) Seja C a curva obtida como interseção da superfı́cie z = x2 + y 2 − 4,
Z
−
→ →
z ≤ 1 com o plano y = −1. Calcule F · d− r , especificando a orientação
C
escolhida.
Solução:
−
→ −
→ −
→
a) Temos rot F = (ez − ez , 3y 2 − 3y 2 , 3y 2 − 3y 2 ) = 0 e dom F = R3 que
é um conjunto simplesmente conexo. Então, pelo teorema das equivalências em
−
→
R3 , segue que F é um campo conservativo.
151
Teorema de Stokes
A 1
−1
y
x
−4
= (−8 + 2 − e) − (8 − 2 − e)
= −12 .
152
Cálculo IV – Aula 15
Exercı́cios
−
→
3. Seja F um campo vetorial cujo rotacional em cada ponto de R3 é dado
por
−
→
rot F (x, y, z) = (x, −2y, z) .
I
−
→ −
Calcule F · d→
r , onde C é o contorno do semifuso esférico, de ângulo
C
π/4, indicado na figura que se segue.
a C
π/4 a y
a
153
Teorema de Stokes
−
→
4. Seja F (x, y, z) = (2xz + y 2 , 2xy + 3y 2 , ez + x2 ).
−
→
a) F é um campo conservativo em R3 ? Por quê?
b) Seja C a curva obtida como interseção da superfı́cie Zde equação
−
→ −
z = 9 − x2 − y 2 , z ≥ −4 com o plano y = 2. Calcule F · d→r,
C
especificando a orientação escolhida.
ZZ
−
→ →
5. Utilizando o Teorema de Stokes, transforme a integral rot F · −
n dS
S
−
→ −
→
numa integral de linha e calcule, onde F (x, y, z) = y i , S é a superfı́cie
z = x2 + y 2 com z ≤ 1, e −
→n a normal com componente z positiva.
−
→
F (x, y, z) = e−y − ze−x , e−z − xe−y , e−x − ye−z
ln(1 + t) πt 1 − et
e C é a curva parametrizada por γ(t) = , sen , ,
ln 2 2 1−e
com 0 ≤ t ≤ 1.
Z
−
→ −
8. Determine F · d→
r , onde
C
−
→
F (x, y, z) = yz + x3 , xz + 3y 2 , xy + 4
154
Cálculo IV – Aula 16
Aula 16
Preparação para a AP2
Exercı́cios
I
−
→ −
1. Calcule F · d→
r , ao longo da circunferência x2 + y 2 = 2y, no sentido
C
horário, sendo
−
→
3x2 p
F (x, y) = 10x2 − 3y, + y4 + 1 .
2
Z
2. a) A integral I = (sen xy + xy cos xy) dx + x2 cos xy dy é indepen-
C
dente do caminho?
b) Calcule o valor I onde C é dada por σ(t) = t2 −1, t2 +1 , 0 ≤ t ≤ 1.
4. Calcule
Z 2 2
x2 2 y 2 z 2
I= e +y dx + e − z dy + e − x dz ,
5. Calcule o fluxo de
−
→ −
→ h i−
→ −
→
F = (ez arctg z) i + ez ln x2 + 1 j + z k
6. Calcule I
x2 y 2
I= − 2
+ y dx + (x + arctg x)dy ,
C 1+x
155
Preparação para a AP2
8. Seja
−
→ → x2 −
− → √ −
→
F (x, y, z) = 2y i + j + 1 + z8 k .
2
I
−
→ →
Calcule F · d−r , onde C é a curva dada pela interseção das superfı́cies
C
z = x2 +y 2 e x2 +(y −1)2 = 1 com um sentido de percuso tal que, quando
projetado no plano z = 0 produz um percurso no sentido anti-horário.
−
→
a) F é um campo conservativo? Por quê?
−
→
b) Calcule o trabalho realizado por F para mover uma partı́cula ao longo
da curva C interseção da superfı́cie z = 1−x2 com o plano y +z = 1,
orientada no sentido do crescimento de x.
ZZ
−
→ →
10. Use o teorema de Stokes para transformar a integral rot F · −
n dS em
D
−
→
uma integral de linha e calcule-a sendo F (x, y, z) = yez−1 , −xez−1 , 3ez
e S a superfı́cie x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1 com 0 ≤ z ≤ 1 e − →
n a normal
apontando para baixo.
156
Solução dos Exercı́cios
Aula 1
1.
Solução:
Temos ZZ Z 1Z
1 2
x y2
I= e ye dxdy = e yey dxdy
x
D 0 −1
Z 1 2
= yey [ex ]1−1 dy
0
Z 1
−1
2
= e−e yey dy .
0
du
Fazendo u = y 2 temos du = 2y dy, donde ydy = . Para y = 0, temos u = 0
2
e para y = 1 temos u = 1. Logo,
Z 1
e − e−1 u e − e−1 u 1 e − e−1
I= e du = e 0= (e − 1) .
2 0 2 2
2.
Solução:
ZZ
a) Observe que I = f (x, y) dxdy, onde
D
√
D = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ x ≤ 1 , x3 ≤ y ≤ x .
y
y = x3
√
y= x
1
x = y2 D
√
3
x= x
1 x
157
Descrevendo D como tipo II, temos:
√
D = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ y ≤ 1 , y 2 ≤ x ≤ 3 y .
Então √
Z 1Z 3 y
f (x, y) dxdy .
0 y2
ZZ
b) Temos que I = f (x, y) dxdy, onde
D
p √
D = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ y ≤ 1 , − 1 − y 2 ≤ x ≤ 1 − y
é do tipo II.
x2 + y 2 = 1
1
√
y = 1 − x ⇒ y = (1 − x)2 , 0 ≤ x ≤ 1
D
−1 1 x
√
y= 1 − x2
1
D1
y = (1 − x)2
D2
−1 1 x
y=0 y=0
onde
√
D1 = (x, y) ∈ R2 | −1 ≤ x ≤ 0 , 0 ≤ y ≤ 1 − x2
D2 = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 − x2 .
158
Então
ZZ ZZ
I = f (x, y) dxdy + f (x, y) dxdy
D1 D2
√
Z 0 Z 1−x2 Z 1Z (1−x)2
= f (x, y) dydx + f (x, y) dydx .
−1 0 0 0
3.
Solução:
ZZ
2
Temos que I = ex dxdy, onde
D
D = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ y ≤ 1 , y ≤ x ≤ 1
é do tipo II.
y=x
1
D x=1
1 x
Projetando D sobre o eixo x, temos o intervalo [0, 1]. Fixando x ∈ [0, 1], a
ordenada y varia de y = 0 a y = x. Então,
Z 1Z x Z 1 Z 1
x2 x2
x 2
I= e dydx = e y 0 dx = xex dx .
0 0 0 0
du
Fazendo u = x2 , temos du = 2x dx, donde xdx = . Temos:
2
x=0⇒u=0
x=1⇒u=1
Então Z 1
u du 1 1 e−1
I= e = eu = .
0 2 2 0 2
159
4.
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
y
(−4, 2) 2
2 (6, 2)
x = −y
x=4+y
x = −y 2
D
x−y =4
−4
D = (x, y) | −1 ≤ y ≤ 2 , −y 2 ≤ x ≤ 4 + y .
ZZ
Como A(D) = dxdy, então
D
Z 2 Z 4+y Z 2
A(D) = dxdy = 4 + y + y 2 dy
−1 −y 2 −1
h i2
y2 y3
= 4y + +
2 3 −1
8 1 1
= 8+2+ − −4 + −
3 2 3
38 23
= +
3 6
33
= u.a.
2
160
5.
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
y y=
√
x √
y= x
2
4 x
y=0
(
0≤x≤4
D: √ .
0≤y≤ x
Então:
ZZ Z 4Z √
x
y y
dxdy = dydx
D 1 + x2 0 0 1 + x2
Z 4 h i √x
1 y2
= dx
0 1 + x2 2 0
Z 4
1 x
= dx .
2 0 1 + x2
ZZ Z 4
y 1 1 d(1 + x2 )
2
dxdy = ·
D1+x 2 2 0 1 + x2
1 4
= ln(1 + x2 )
4 0
1
= (ln 17 − ln 1)
4
ln 17
= .
4
161
6.
Solução:
ZZ
3
Temos I = ex dxdy, onde D = D1 ∪ D2 com
D
n √
y √ o
D1 = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ y ≤ 1 , ≤x≤ y
2
n √ o
y
D2 = (x, y) ∈ R2 | 1 ≤ y ≤ 4 , ≤x≤1 .
2
Com as informações dadas acima, podemos ilustrar a nossa região D.
y
√
y x=1
x= ⇒ y = 4x2
2
D2
1 √
D1 x= y ⇒ y = x2
1 x
Então Z 1Z 4x2
3
I = ex dydx
0 x2
Z 1
3
= ex 4x2 − x2 dx
0
Z 1
3
= ex 3x2 dx
0
3 1
= ex
0
= e − 1.
7.
Solução:
De y = x2 e y = 4x − x2 , temos 2x2 − 4x = 0, donde x = 0, x = 2. Logo as
interseções são (0, 0) e (2, 4). O esboço da região D está representado na figura
que se segue.
162
y
y = 4x − x2
y = x2
D
2 x
Z 2Z 4x−x2 Z 2
Z 2
2 2
A(D) = dydx = 4x − x − x dx = 4x − 2x2 dx
0 x2 0 0
h i2
2x32
= 2x −
3 0
16
= 8−
3
8
= u.a.
3
8.
Solução:
y
2
x+y =2
1
x = y3
x = y3 x=2−y
y
D
1 2 x
163
Vamos enquadrar D como tipo II:
D = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ y ≤ 1 , y 3 ≤ x ≤ 2 − y .
ZZ
Como A(D) = dxdy, então:
D
Z 1Z 2−y Z 1
y4 1
h i
y2 5
A(D) = dxdy = (2 − y − y 3 ) dy = 2y − − = u.a.
0 y3 0 2 4 0 4
9.
Solução:
Para esboçar a superfı́cie z = 4−x2 , no primeiro octante, desenhamos a parábola
z = 4 − x2 no plano xz, com x ≥ 0 e z ≥ 0. Como a equação não contém a
variável y, então devemos traçar paralelas ao eixo y por pontos da parábola. Para
esboçar o plano x + y = 2, no primeiro octante, desenhamos a reta x + y = 2
no plano xy, com x ≥ 0 e y ≥ 0. Como a equação não contém a variável z,
então traçamos paralelas ao eixo z por pontos da reta. Observamos que a reta
x + y = 2 do plano intercepta a superfı́cie z = 4 − x2 no ponto A. Além disso a
reta do plano, paralela ao eixo z, passando por (0, 2, 0), intercepta a superfı́cie
z = 4 − x2 no ponto B. Ligando A a B, encontramos a curva interseção das
duas superfı́cies. Assim, o esboço de W é:
z
4
y
B
W 2
x+y =2
“teto”
y =2−x
D
2 x
A
2 2
y y=0
x D (“piso”)
164
Observe que a equação do “teto” é z = 4 − x2 = f (x, y) e o “piso” D é o
triângulo acima. Então:
ZZ ZZ
V (W ) = f (x, y) dxdy = (4 − x2 ) dxdy
D D
Z 2Z 2−x
= 4 − x2 dydx
0 0
Z 2
= (2 − x)(4 − x2 ) dx
0
Z 2
= 8 − 2x2 − 4x + x3 dx
0
h i2
x3 x4
= 8x − 2 − 2x2 +
3 4 0
16
= 16 − −8+4
3
20
= u.v.
3
10.
Solução:
A integral dupla de uma função positiva f (x, y) pode ser interpretada como o
volume do sólido abaixo do gráfico de f (x, y) e acima do domı́nio D de f (x, y),
contido no plano xy. Devemos esboçar o sólido para encontrar a região de
integração.
z = f (x, y) = 9 − y 2
−3
3
9
x 9
D y
165
Do esboço de W , vemos que a região de integração tem a seguinte forma:
y
9
3
D 9
x
x=9−y
x=0
−3
Então
ZZ ZZ
V (W ) = f (x, y) dxdy = 9 − y 2 dxdy .
D D
D = {(x, y) | −3 ≤ y ≤ 3 , 0 ≤ x ≤ 9 − y} .
Então:
Z 3 Z 9−y
V (W ) = 9 − y 2 dxdy
−3 0
Z 3
= 9 − y 2 (9 − y) dy
−3
Z 3
= 81 − 9y − 9y 2 + y 3 dy
−3
h i3
9y 2 y4
= 81y − − 3y 3 +
2 4 −3
= 81(3 + 3) − 0 − 3 33 − (−3)3 + 0
= 81 · 6 − 3 · 2 · 27
= 6 · 27(3 − 1)
= 324 u.v.
166
Aula 2
1.
Solução:
Temos que:
B′ 2
Du
2
′
O A′ u
O′ A′ : v = 0, 0 ≤ u ≤ 2 ⇒ OA : x = u, y = u2 , 0 ≤ u ≤ 2
⇒ OA : y = x2 , 0 ≤ x ≤ 2 .
A′ B ′ : u + v = 2, 0 ≤ u ≤ 2 ⇒ AB : x = 2, y = u2 − (2 − u) , 0 ≤ u ≤ 2
⇒ AB : x = 2, −2 ≤ y ≤ 4 .
O′ B ′ : u = 0, 0 ≤ v ≤ 2 ⇒ OB : x = v, y = −v, 0 ≤ v ≤ 2
⇒ OB : y = −x, 0 ≤ x ≤ 2 .
167
y
y = x2
Dxy
2 x
−2
y = −x
b) Temos
∂(x, y) 1 1
= = −1 − 2u .
∂(u, v) 2u −1
Usando a fórmula
ZZ ZZ
∂(x, y)
f (x, y) dxdy = f x(u, v), y(u, v) dudv ,
Dxy Duv ∂(u, v)
temos
ZZ ZZ
dxdy 1
√ = p |−1 − 2u| dudv
Dxy 1 + 4x + 4y Duv 1 + 4(u + v) + 4(u2 − v)
ZZ
1
= √ (1 + 2u) dudv
Duv 1 + 4u + 4u2
ZZ
1
= p (1 + 2u) dudv
Duv (1 + 2u)2
ZZ
= dudv
Duv
= A(Duv )
1
= ×2×2
2
= 2.
168
2.
Solução:
x−y
Considerando a mudança de variáveis u = , v = x + y temos:
x+y
(
uv = x − y
v =x+y
donde
uv + v
x=
2
y = v − uv
2
Assim,
∂x ∂x v 1
∂(x, y) ∂u
∂v
2
2 v v v
J= = =
= + = .
∂(u, v) ∂y ∂y
−v 1 4 4 2
∂u ∂v 2 2
v
Como dxdy = |J| dudv, então dxdy = dudv .
2
Passando para as coordenadas u e v as equações das curvas que limitam D,
temos:
x+y =1 ⇒ v =1
x+y =4 ⇒ v =4
x = 0 ⇒ u = −1
y=0 ⇒ u=1
−1 ≤ u ≤ 1
Duv :
1≤v≤4
169
Do Teorema da Mudança de Variáveis, temos:
ZZ ZZ
π x−y π v
cos · dxdy = cos u dudv
D 2 x+y Duv 2 2
Z 1 Z 4
1 π
= cos u v dvdu
2 −1 2 1
Z 1 h i4
1 π v2
= cos u du
2 −1 2 2 1
Z 1
15 π
= cos u du
4 −1 2
h i1
15 2 π
= · sen u
4 π 2 −1
i
h
15 π π
= sen − sen −
2π 2 2
15
= (1 − (−1))
2π
15
= .
π
3.
Solução:
Façamos x = au e y = bv. Logo,
∂x ∂x
∂(x, y) ∂u
∂v a 0
J= = = = ab .
∂(u, v) ∂y ∂y
0 b
∂u ∂v
x2 y2
O conjunto D : + ≤ 1 é transformado em Duv : u2 + v 2 ≤ 1. Como
ZZ a2 b2
A(D) = dxdy então:
D
ZZ ZZ ZZ
A(D) = |J| dudv = ab dudv = ab dudv
Duv Duv Duv
= abA(Duv )
= ab · π · 12
= πab u.a.
170
4.
Solução:
u
Façamos a mudança de variáveis u = 2x, v = y ou x = , y = v. Logo:
2
1
∂(x, y) 0
2 1
J= = = ,
∂(u, v) 2
0 1
donde,
1
dxdy = |J| dudv = dudv .
2
A região D é limitada pela semi-elipse 4x2 + y 2 = 1, com y ≥ 0 e a reta y = 0.
Passando essas equações para as novas coordenadas temos u2 + v 2 = 1, com
v ≥ 0 e v = 0. Logo, Duv é limitada pela semicircunferência u2 + v 2 = 1, com
v ≥ 0 e o eixo u.
v
1
r=1
Duv
−1 1 u
r=0
171
Logo,
ZZ Z 1 Z π
1 2
1
I= sen r r drdθ = sen r2 r dθdr
2 Drθ 2 0 0
Z 1
π
= sen r2 r dr
2 0
π 1 1
= · − cos r2 0
2 2
π
= (1 − cos 1) .
4
5.
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
2 D
B A
O x
172
O ângulo de inclinação do segmento OA é:
1 π
tg θ = √ ⇒ θ= .
3 6
ZZ Z 5π/6Z 4 sen θ
A(D) = r drdθ = r drdθ
Drθ π/6 2
Z 5π/6 h i4 sen θ
1
= r2 dθ
2 π/6 2
Z 5π/6
1
= 16 sen2 θ − 4 dθ .
2 π/6
Da trigonometria, temos:
1 − cos 2θ
sen2 θ = .
2
Logo,
Z 5π/6
1
A(D) = 16 sen2 θ − 4 dθ
2 π/6
Z 5π/6
1 1 − cos 2θ
= 16 − 4 dθ
2 π/6 2
Z 5π/6
1
= (4 − 8 cos 2θ) dθ
2 π/6
h i5π/6
1
= 4θ − 4 sen 2θ
2 π/6
h i
5π 5π π π
= 2 − sen − − sen
6 3 6 3
√√
2π 3 3
= 2 + +
3 2 2
2π √
= 2 + 3 u.a.
3
173
6.
Solução:
a) Temos
Z 4Z √4y−y2 p ZZ p
I= x2 + y2 dxdy = x2 + y 2 dxdy
0 0 D
onde n o
p
2
D = (x, y) | 0 ≤ y ≤ 4 , 0 ≤ x ≤ 4y − y .
p
De x = 4y − y 2 temos x2 + y 2 − 4y = 0, com x ≥ 0 donde x2 + (y − 2)2 = 4,
com x ≥ 0. Então o esboço de D está representado na figura que se segue.
y
r = 4 sen θ
D
2
x
r=0
Então,
ZZ √ ZZ Z π/2Z 4 sen θ
2
I= r2 r drdθ = r drdθ = r2 drdθ
Drθ Drθ 0 0
Z π/2 h 3 i4 sen θ
r
= dθ
0 3 0
Z π/2
64
= sen3 θ dθ
3 0
Z π/2
64
= 1 − cos2 θ sen θ dθ .
3 0
174
Fazendo u = cos θ temos du = − sen θ dθ. Para θ = 0 temos u = 1 e para
θ = π/2 temos u = 0. Então:
Z 0
u3 0
h i
64 64 64 2 128
I=− 1 − u2 du = − u− = · = .
3 1 3 3 1 3 3 9
b) Temos
Z 0 Z 0 ZZ
2 2
I= √
p dydx = p dxdy
−1 − 1−x2 1 + x2 + y 2 D 1 + x2 + y 2
onde n √ o
2
D = (x, y) | −1 ≤ x ≤ 0 , − 1 − x ≤ y ≤ 0 .
−1
x
D r=0
−1
r=1
Em coordenadas polares:
x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
x2 + y 2 r2
=
175
ZZ Z 1Z 3π/2
2 r
I= r drdθ = 2 dθdr
Drθ 1+r 0 π 1+r
Z 1
π r
= 2 dr
2 0 1+r
Z 1
1+r−1
= π dr
0 1+r
Z 1
1+r 1
= π − dr
0 1+r 1+r
Z 1
1
= π 1− dr
0 1+r
= π [r − ln(1 + r)]10
= π [(1 − ln 2) − (0 − ln 1)]
= π(1 − ln 2) .
c) Temos
Z 1Z √ ZZ p
1+ 1−y 2 p
I= 2 2
x + y dxdy = x2 + y 2 dxdy
0 y D
onde n o
p
2
D = (x, y) | 0 ≤ y ≤ 1 , y ≤ x ≤ 1 + 1 − y .
Da descrição de D vemos que a sua projeção sobre o eixo y é o intervalo [0, 1]
e sua fronteira lateral da esquerda é a reta x = y e a da direita é a curva
p p
x = 1 + 1 − y 2 (se, e somente se, x − 1 = 1 − y 2 , com x ≥ 1, se e somente
se (x − 1)2 + y 2 = 1, com x ≥ 1). Levando em conta essas informações temos
o esboço de D:
1
r = 2 cos θ
D
π
4
1 2 x
r=0
176
Passando para coordenadas polares, temos:
x = r cos θ
y = r sen θ
.
dxdy = rdrdθ
x + y2
2
r2
=
(
0 ≤ θ ≤ π/4
Drθ :
0 ≤ r ≤ 2 cos θ
Assim,
ZZ √ Z π/4Z 2 cos θ
I= r2 r drdθ = r2 drdθ
Drθ 0 0
Z π h 3 i2 cos θ
8 r
= 4 dθ
3 0 3 0
Z π/4
8
= cos3 θ dθ
3 0
Z π/4
8
= 1 − sen2 θ cos θ dθ
3 0
h iπ/4
8 sen3 θ
= sen θ −
3 3 0
"√ √ 3 #
8 2 1 2
= −
3 2 3 2
√
8 2 1
= · 1−
3 2 6
√
4 2 5
= ·
3 6
√
10 2
= .
9
177
7.
Solução:
Passando a circunferência x2 + y 2 − 2y = 0 y
para coordenadas polares temos 2
ρ2 = 2ρ sen θ ⇒ ρ = 2 sen θ .
10
1 B
Então: ZZ ZZ
xy dxdy = ρ cos θρ sen θρ dρdθ
B B′
ZZ
= ρ3 cos θ sen θ dρdθ
B′
Z π/2Z 2 sen θ
= ρ3 cos θ sen θ dρdθ
0 0
Z π/2 2 sen θ
ρ4
= cos θ sen θ dθ
0 4
0
Z π/2
= 4 sen4 θ cos θ sen θ dθ
0
Z π/2
= 4 sen5 θ cos θ dθ
0
π/2
sen6 θ
= 4
6
0
2
= .
3
8.
Solução:
ZZ
1
Temos I = p dxdy, onde D é dado por:
D x + y2
2
(
1≤y≤3
D:
0≤x≤y
178
e cujo esboço está representado na figura a seguir.
y
r = r2 (θ)
3
y=x
(r, θ)
1
r = r1 (θ)
x= r cos θ
y= r sen θ
dxdy = rdrdθ
2
x + y2 = r2
(
π/4 ≤ θ ≤ π/2
Drθ :
csc θ ≤ r ≤ 3 csc θ
Logo,
179
ZZ
1
I = √ · r drdθ
Drθ r2
ZZ
= drdθ
Drθ
Z π/2Z 3 csc θ
= drdθ
π/4 csc θ
Z π/2
= 2 csc θ dθ
π/4
h iπ/2
= 2 ln csc θ − cotg θ
π/4
√
= 2 ln(1 − 0) − ln( 2 − 1)
√
= −2 ln( 2 − 1)
1
= 2 ln √
2−1
√
= 2 ln( 2 + 1) .
9.
Solução:
O esboço de W está representado na figura que se segue.
z
2 “teto”
1 1
x y
D (“piso”)
180
Observemos que o “teto” do sólido W é uma porção da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4,
p
donde z = 4 − x2 − y 2 = f (x, y). O “piso” de W é o disco D : x2 + y 2 ≤ 1.
Então
ZZ ZZ p
V (W ) = f (x, y) dxdy = 4 − x2 − y 2 dxdy .
D D
x= r cos θ
y= r sen θ
dxdy = rdrdθ
2
x + y2 = r2
ZZ √ Z 1 Z 2π
2 1/2
V (W ) = 4− r2 · r drdθ = 4−r r dθdr
Drθ 0 0
Z 1 1/2
= 2π 4 − r2 r dr .
0
1
Temos d(4 − r2 ) = −2r dr, donde r dr = − d(4 − r2 ). Logo,
2
Z 1
1 1/2
V (W ) = 2π − 4 − r2 d(4 − r2 )
2 0
h 3/2 i1
2
= −π · · 4 − r2
3 0
2π 3/2
= − 3 − 43/2
3
2π
√
= 8 − 3 3 u.v.
3
10.
Solução:
Identificando as superfı́cies z = 0 (plano xy), x2 +y 2 = 2y, isto é, x2 +(y − 1)2=1
(superfı́cie cilı́ndrica circular de diretriz circunferência no plano xy e geratrizes
p
paralelas ao eixo z) e z = x2 + y 2 (superfı́cie cônica).
181
z
y
2 2
D
1
W
x
1
2 y
D
8
h 1
1
i
= − −1 + − 1−
3 3 3
8 2
= − −2 +
3 3
32
= u.v.
9
182
Aula 3
1.
Solução:
Consideremos o eixo x passando pela base e o eixo y coincidindo com a mediatriz
relativa à base do triângulo.
y
−x + y = 5 x+y =5
5
x=5−y
x = −(5 − y)
D
−5 5
x
125
= .
3
Logo,
125
3 5
y= = .
25 3
5
Assim, o centro de massa situa-se a cm da base, sobre sua mediatriz.
3
183
2.
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
y
5
y= x
3 (3, 5)
5
3 x
ZZ
Seja (x, y) ∈ D. Então x ≥ 0. Logo, δ(x, y) = x. Como M = δ(x, y) dxdy,
ZZ D
então M = x dxdy.
D
0≤x≤3
D:
0 ≤ y ≤ 5x
3
Então:
Z 3Z 5 x Z 3 Z 3 h i3
3 5x 5 5 x3
M= x dydx = x y 03 dx = x2 dx = · = 15 u.m.
0 0 0 3 0 3 3 0
ZZ ZZ
xδ(x, y) dxdy x2 dxdy
D D
x= =
M M
ZZ ZZ
yδ(x, y) dxdy xy dxdy
D D
y= = .
M M
184
Tem-se: ZZ Z 3Z 5 Z
3
x 3
2 2 5
x dxdy = x dydx = x2 · x dx
D 0 0 0 3
Z 3
5
= x3 dx
3 0
h i3
5 x4
=
3 4 0
135
=
4
e ZZ Z 3Z 5 Z
x 3 h i 35 x
3
y2
xy dxdy = xy dydx = x dx
D 0 0 0 2 0
Z 3
25
= x3 dx
18 0
h i3
25 x4
=
18 4 0
225
=
8
Logo,
135/4 9
x= =
15 4
225/8 15
y= =
15 8
9 15
donde (x, y) = , .
4 8
3.
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
y
r=2
2
D 1 r=1
θ
1 2 x
p
Como a distância de P = (x, y) à origem é x2 + y 2 , então a densidade em P
p
é dada por δ(x, y) = k x2 + y 2 , onde k é uma constante de proporcionalidade.
185
O centro de massa (x, y) é dado por:
ZZ p
k x x2 + y 2 dA
D
x=
M
ZZ p
k y x2 + y 2 dA
D
y=
M
onde M é a massa de D.
p
Como a função f (x, y) = x x2 + y 2 é ı́mpar na variável x pois temos que
p
f (−x, y) = −xZZ px2 + y 2 = −f (x, y) e como D tem simetria em relação ao
eixo y então x x2 + y 2 dA = 0. Logo, x = 0.
D
Cálculo de M
ZZ ZZ p
M= δ(x, y) dxdy = k x2 + y 2 dA .
D D
Passando para coordenadas polares, temos:
x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
2
x + y 2 = r2
e Drθ é dado por: (
1≤r≤2
Drθ :
0≤θ≤π
Então,
ZZ √ Z 2 Z π Z 2 h 3 i2
r 7kπ
M =k r · r drdθ = k r2
2 dθdr = kπ 2
r dr = kπ = .
Drθ 1 0 1 3 1 3
ZZ p
Cálculo de y x2 + y 2 dA
D
ZZ p ZZ ZZ
y x2 + y2 dA = (r sen θ)r · r drdθ = r3 sen θ drdθ
D Drθ Drθ
Z 2 Z π
3
= r sen θ dθdr
1 0
Z 2
π
= − cos θ 0
r3 dr
1
h 4 i2
r
= 2
4 1
15
= .
2
186
Logo,
15k
2 45
y= 7kπ
= .
3
14π
45
Assim, (x, y) = 0, .
14π
4.
Solução:
Inicialmente, calculemos os pontos de interseção da parábola y = x2 + 1 com a
reta y = x + 3:
(
y = x2 + 1
⇔ x2 +1 = x+3 ⇔ x2 −x−2 = 0 ⇔ x = 2 ou x = −1 .
y =x+3
Logo, os pontos de interseção são: (−1, 2) e (2, 5). Assim, o esboço de D está
representado na figura que se segue.
5 y =x+3
D
2
y = x2 + 1
1
−1 2 x
187
ZZ Z 2 Z x+3
M =k y dxdy = k y dydx
D −1 x2 +1
Z 2 h ix+3
y2
= k dx
−1 2 x2 +1
Z 2 h
k 2
2 i 2
= (x + 3) − x + 1 dx
2 −1
Z 2
k
= −x4 − x2 + 6x + 8 dx
2 −1
h i2
k x5 x3
= − − + 3x2 + 8x
2 5 3 −1
h i
k 32 8 1 1
= − − + 12 + 16 − + +3−8
2 5 3 5 3
k 32 8 1 1
= − − + 28 − − + 5
2 5 3 5 3
117k
= u.m.
10
ZZ ZZ
xδ(x, y) dxdy k xy dxdy
D D
b) Sabemos que x = = . Temos que:
M M
ZZ Z 2Z x+3
xy dxdy = xy dydx
D −1 x2 +1
Z 2 h ix+3
y2
= x dx
−1 2 x2 +1
Z 2
1
= x −x4 − x2 + 6x + 8 dx
2 −1
Z 2
1
= −x5 − x3 + 6x2 + 8x dx
2 −1
h i2
1 x6 x4
= − − + 2x3 + 4x2
2 6 4 −1
h i
1 64 1 1
= − − 4 + 16 + 16 − − − − 2 + 4
2 6 6 4
1 64 1 1
= − + 28 + + − 2
2 6 6 4
63
= .
8
Logo,
63k
8 35
x= 117k
= .
52
10
188
5.
Solução:
Considere o disco D de raio 5 cm centrado na origem como na figura a seguir.
D
5 x
ZZ ZZ
2 2
I0 = x +y f (x, y) dxdy = k x2 + y 2 dxdy .
D D
ZZ ZZ
2
I0 = k r · r drdθ = k r3 drdθ
Drθ Drθ
onde
0 ≤ θ ≤ 2π
Drθ :
0 ≤ r ≤ 5.
Então:
Z 5Z 2π Z 5 h 4 i5
3 r 625kπ
I0 = k r dθdr = 2kπ r3 dr = 2kπ = .
0 0 0 4 0 2
189
b) Considere o diâmetro contido no eixo x. Então
ZZ ZZ
2
Ix = y f (x, y) dxdy = k y 2 dxdy
D D
ZZ
= k r2 sen2 θ · r drdθ
Drθ
Z 5 Z 2π
3
= k r sen2 θ dθdr
0 0
h i2π Z 5
1 sen 2θ
= k· θ− r3 dr
2 2 0 0
h 4 i5
r
= kπ
4 0
625kπ
= .
4
6.
Solução:
O esboço da lâmina D é a figura que se segue.
D
2
1 x
( (
u=x−1 x=u+1
ou .
v =y−1 y =v+1
190
Logo,
∂x ∂x
∂(x, y) ∂u
∂v 1 0
J= = = = 1,
∂(u, v) ∂y ∂y 0 1
∂u ∂v
donde dxdy = |J| dudv = dudv.
O disco D : (x − 1)2 + (y − 2)2 ≤ 1 é transformado em Duv : u2 + v 2 ≤ 1.
Aplicando a fórmula da mudança de variáveis, temos:
ZZ √
M =k u2 + v 2 dudv .
Duv
Assim,
ZZ √ ZZ Z 2πZ 1
2
M =k r2 · r drdθ = k r drdθ = k r2 drdθ
Drθ Drθ 0 0
Z 2π h 3 i1
r
= k dθ
0 3 0
Z 2π
k
= dθ
3 0
2kπ
= u.a.
3
7.
Solução:
É conveniente considerar um sistema de coordenadas como o da figura que se
segue, com o vértice do ângulo reto na origem e os catetos sobre os eixos coor-
denados, e a hipotenusa sobre a reta x + y = a.
191
y
a
x+y =a
y =a−x
D
a x
y=0
Podemos definir D por D = (x, y) ∈ R2 | 0 ≤ x ≤ a , 0 ≤ y ≤ a − x . Calcu-
lemos o momento de inércia em relação ao cateto que está sobre o eixo y : Iy .
Temos: ZZ
Iy = x2 δ(x, y) dA
D
8.
Solução:
Primeiro vamos encontrar as interseções das curvas, isto é, as interseções de
y = x com as circunferências.
(
y = x
2 2
⇔ 2x2 = 2x ⇔ x2 − x = 0 ⇔ x = 0 ou x = 1 .
x + y = 2x
192
Logo, as interseções são (0, 0) e (2, 2).
√
y = 3x
3 x2
⇔ x2 + = 2x
x2 + y 2 = 2x
3
⇔ 4x2 = 6x
⇔ 2x(2x − 3) = 0
3
⇔ x = 0 ou x = .
2
√
3 3
Logo, as interseções são (0, 0) e 2
, 2
.
√
3
y= x x2
3 ⇔ x2 + = 4x
x2 + y 2 = 4x
3
⇔ 4x2 = 12x
⇔ 4x(x − 3) = 0
⇔ x = 0 ou x = 3 .
√
Logo, as interseções são (0, 0) e 3, 3 .
De x2 + y 2 = 2x e x2 + y 2 = 4x, temos respectivamente, (x − 1)2 + y 2 = 1
e (x − 2)2 + y 2 = 4. Levando em conta essas informações, esboçamos a região
D na figura que se segue.
y y=x
√
3
y= x
D 3
1 2 3 4 x
p
A distância de (x, y) ∈ D à origem é x2 + y 2 . Como a densidade é inver-
k
samente proporcional a distância de (x, y) à origem, então δ(x, y) = p 2 2 ,
ZZ x +y
onde k > 0 é a constante de proporcionalidade. Como M = δ(x, y) dA,
ZZ D
1
então M = k p dA.
D x2 + y 2
193
Passando para coordenadas polares, temos
x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
x2 + y 2 r2
=
Temos
r6=0
x2 + y 2 = 2x ⇒ r2 = 2r cos θ ⇒ r = 2 cos θ
r6=0
x2 + y 2 = 4x ⇒ r2 = 4r cos θ ⇒ r = 4 cos θ
π
y=x ⇒ θ=
√ 4
3x π
y= ⇒ θ=
3 6
π/6 ≤ θ ≤ π/4
Drθ :
2 cos θ ≤ r ≤ 4 cos θ
Logo,
ZZ
1
M = k √ r drdθ
Drθ r2
ZZ
= k drdθ
Drθ
Z π/4Z 4 cos θ
= k drdθ
π/6 2 cos θ
Z π/4
= 2k cos θ dθ
π/6
h iπ/4
= 2k sen θ
π/6
√
2 1
= 2k −
2 2
√
= k 2 − 1 u.m.
194
9.
Solução:
O esboço da placa D é a figura a seguir.
y
y=4
D
y =4−x
4 x
ou Z 4Z 4
Iy = k x2 dydx
0 4−x
Z 4
= k x2 (4 − 4 + x) dx
0
Z 4
= k x3 dx
0
h i4
x4
= k
4 0
= 64k
= 8(8k)
= 8M .
195
10.
Solução:
a) Completando quadrado em x2 + y 2 = 2x e x2 + y 2 = 4x, otemos a equação
(x − 1)2 + y 2 = 1 e (x − 2)2 + y 2 = 4. Logo, o esboço de D está representado
na figura que se segue.
y
y=x
B
P = (r, θ)
A
1 2 4 x
D
y = −x
1.
Solução:
O esboço de W está representado na figura que se segue.
z
y
1
1
y =1−x
z =1−x−y
W
Dxy
1
y 1 x
1
z=0 y=0
x
Podemos descrever W por W = (x, y, z) | (x, y) ∈ Dxy e 0 ≤ z ≤ 1 − x − y
(
0≤x≤1
onde Dxy = projxOy
W : . Então:
0≤y ≤1−x
ZZZ ZZ Z 1−x−y
x dxdydz = x dz dxdy
W Dxy 0
ZZ
= x(1 − x − y) dxdy
Dxy
Z 1Z 1−x
= x(1 − x − y) dydx
0 0
Z 1 1−x
y2
= x y − xy − dx
0 2 0
Z 1
(1 − x)2
= x 1 − x − x(1 − x) − dx
0 2
Z
1 1
= x 2 − 2x − 2x + 2x2 − 1 + 2x − x2 dx
2 0
Z
1 1
= x − 2x2 + x3 dx
2 0
1
1 x2 x3 x4
= −2 +
2 2 3 4 0
1 1 2 1
= − +
2 2 3 4
1
= .
24
198
2.
Solução:
a) Para esboçar a superfı́cie z + x2 = 4 (dita cilindro parabólico), traçamos no
plano y = 0, a parábola z = 4 − x2 . Como a equação não contém a variável y,
então por pontos da parábola (por exemplo A = (0, 0, 4), (2, 0, 0) e (−2, 0, 0))
traçamos paralelas ao eixo y. No plano x = 0, traçamos a reta y + z = 4, que
intercepta o cilindro em A = (0, 0, 4).
Para esboçar o plano, devemos traçar paralelas ao eixo x, por pontos da reta.
Em particular, por (0, 4, 0). Esta paralela intercepta o cilindro nos pontos B e
C. A curva que passa por B, A e C representa a curva interseção do plano com
o cilindro. Considerando os planos y = 0 e z = 0, temos o esboço de W .
z
A = (0, 0, 4)
W y =4−z
y=0
(−2, 0, 0) C
(2, 0, 0) (0, 4, 0) y
B
x
ZZZ
b) Temos V (W ) = dxdydz, onde W pode ser descrito por
W
W = (x, y, z) | (x, z) ∈ Dxz e 0 ≤ y ≤ 4 − z de onde temos
que Dxz = (x, z) ∈ R2 | −2 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ z ≤ 4 − x2 .
z
4
z = 4 − x2
−2 2 x
z=0
199
Então: ZZ Z
4−z
V (W ) = dy dxdz
Dxz 0
ZZ
= (4 − z) dxdz
Dxz
Z 2 Z 4−x2
= (4 − z) dzdx
−2 0
Z 2 h i4−x2
z2
= 4z − dx
−2 2 0
Z 2
1
= 32 − 8x2 − 16 + 8x2 − x4 dx
2 −2
Z 2
1
= 16 − x4 dx
2 −2
h i2
1 x5
= 16x −
2 5 −2
1 32
= · 2 32 −
2 5
128
= u.v.
5
3.
Solução:
O sólido W e sua projeção sobre o plano xy acham-se ilustrados nas figuras a
seguir.
z z
√
√ 2 y2 + z2 = 2
2
y2 + z2 = 2 y
√ y = 2x
2
D
W
√
2
√ x=0 x = y/2
2 D y
y y = 2x x
D
y = 2x
x x
200
n p o
Podemos descrever W como W = (x, y, z) ∈ R3 | 0 ≤ z ≤ 2 − y 2 , (x, y) ∈ D
onde D é a projeção de W sobre o plano xy. Temos:
ZZZ
M= f (x, y, z)dxdydz
W
k
= (2 − 1)
4
k
= u.m.
4
4.
Solução:
a) Para esboçar a superfı́cie y 2 + z = 4, 0 ≤ x ≤ 2 ou z = 4 − y 2 , 0 ≤ x ≤ 2,
esboçamos inicialmente a parábola z = 4 − y 2 no plano yz e em seguida, por
pontos da parábola traçamos paralelas ao eixo x (pois a variável x não está
presente na equação da parábola).
201
z
−2
2 y
2
2
y
2
x
202
z
−2
2
2 y
Resolvendo o sistema
(
z = 4 − y2
⇒ 4 − y 2 = 2 − y ⇒ y 2 − y − 2 = 0 ⇒ y = −1 ou y = 2 .
z =2−y
Portanto, projetando W sobre o plano xy, encontramos o retângulo
−1 ≤ y ≤ 2
Dxy : .
0≤x≤2
9
= e2a − 1 .
2a
203
5.
Solução:
a) Inicialmente, encontremos os pontos de interseção das duas parábolas:
(
z = y2
2
⇔ y 2 = 2 − y 2 ⇔ 2y 2 = 2 ⇔ y = ±1 .
z =2−y
Por pontos das parábolas traçamos paralelas ao eixo x (por exemplo, (0, 0, 2),
(0, 0, 0), (0, −1, 1) e (0, 1, 1)).
No plano xz, traçamos a reta x + z = 4, que intercepta as superfı́cies anteriores
em A e B. Por (0, 0, 1), traçamos uma paralela ao eixo x, que intercepta a reta
em C. Por C, traçamos uma paralela ao eixo y, que intercepta as superfı́cies
anteriores em D e E. Ligando A, E, B e D por uma curva fechada, obtemos o
sólido W na figura a seguir.
z
4
(0, 0, 2)
x=0
A
W
(0, 0, 1)
D C
E
y
B = (4, 0, 0) x=4−z
x
204
b) Projetando W sobre o plano yz encontramos Dyz na figura a seguir.
z
2
z = 2 − y2
z = y2
y
Então descrevemos W por W = (x, y, z) | (y, z) ∈ Dyz e 0 ≤ x ≤ 4 − z .
Temos,
ZZZ
V (W ) = dxdydz
W
ZZ Z 4−z
= dx dydz
Dyz 0
ZZ
= (4 − z) dydz
Dyz
Z 1 Z 2−y 2
= (4 − z) dzdy
−1 y2
Z 1 h i2−y2
z2
= 4z − dy
−1 2 y2
Z 1h i2−y2
1
= 8z − z 2 dy
2 −1 y2
Z 1h
1 i
= 16 − 8y 2 − 4 + 4y 2 − y 4 − 8y 2 − y 4 dy
2 −1
Z 1
1
= (12 − 12y 2 ) dy
2 −1
h i1
1
= 12y − 4y 3
2 −1
1
= · 2(12 − 4)
2
= 8 u.v.
205
6.
Solução:
A figura a seguir mostra o sólido dado.
z
x=2−y
x 6
2
x = 6 − 2y 3
D
D
x 6 2 y
2
206
Passando para coordenadas polares temos:
(
y = r cos θ
0≤r≤2
z = r sen θ com .
dydz = rdrdθ 0 ≤ θ ≤ π/2
Então
Z π/2Z 2 Z π/2Z 2
V (W ) = (4 − r sen θ) rdrdθ = 4r − r2 sen θ drdθ
0 0 0 0
Z π/2 h i2
r3
= 2r2 − sen θ dθ
0 3 0
Z π/2
8
= 8 − sen θ dθ
0 3
h iπ/2
8
= 8θ + cos θ
3 0
4
= (3π − 2) u.v.
3
7.
Solução:
Inicialmente encontremos as interseções das curvas z = 3x2 e z = 4 − x2 .
3x2 = 4 − x2 ⇒ 4x2 = 4 ⇒ x2 = 1 ⇒ x = ±1 e z = 3 .
4
3
W y =6−z
y=0
x 6 y
207
Projetando W sobre o plano xz encontramos a seguinte região D na figura a
seguir.
4 z = 4 − x2
z = 3x2
−1 1 x
Portanto:
ZZZ Z Z Z 6−z
V (W ) = dxdydz = dy dxdz
W D 0
ZZ
= (6 − z) dxdz
D
Z 1 Z 4−x2
= (6 − z) dzdx
−1 3x2
Z 1h i4−x2
z2
= 6z −
−1 2 3x2
Z 1
= 4 4 − 5x2 + x4 dx
−1
x5 1
h i
5x3
= 4 4x − +
3 5 −1
304
= u.v.
15
8.
Solução:
a) Inicialmente, traçamos o cilindro x2 + y 2 = 1, em seguida, traçamos no plano
yz, a reta y+z = 2, que intercepta o cilindro em A e B. Pelo ponto C = (0, 0, 2)
da reta, traçamos uma paralela ao eixo x, que intercepta o cilindro em D e E.
Ligando os pontos A, B, D e E, obtemos a curva interseção do cilindro com o
plano. Assim, temos o sólido W na figura a seguir.
208
z
E
2 z =2−y
D C
W A
−1
1 1
x 2 y
Dxy
z=0
b) Temos W = (x, y, z) | (x, y) ∈ Dxy , 0 ≤ z ≤ 2 − y onde Dxy é dado por
Dxy : x2 + y 2 ≤ 1. Temos:
ZZZ
M = δ(x, y, z) dV
W
ZZZ
= z dV
W
ZZ Z 2−y
= z dz dxdy
Dxy 0
ZZ h 2 i2−y
z
= dxdy
Dxy 2 0
ZZ
1
= (4 − 4y + y 2 ) dy .
2 Dxy
x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
e
(
0≤r≤1
Drθ : .
0 ≤ θ ≤ 2π
209
Então:
ZZ
1
M = 4 − 4r sen θ + r2 sen2 θ r drdθ
2 Drθ
Z 2πZ 1
1
= 4r − 4r2 sen θ + r3 sen2 θ drdθ
2 0 0
Z 2π h i1
1 r3 r4
= 2r2 − 4 sen θ + sen2 θ dθ
2 0 3 4 0
Z 2π h i
1 4 1
= 2− sen θ + sen2 θ dθ
2 0 3 4
h i
1 4 1 1 sen 2θ 2π
= 2θ + cos θ + · θ−
2 3 4 2 2 0
1 π
= 4π +
2 4
17π
= u.m.
8
9.
Solução:
Consideramos um sistema de coordenadas conforme a figura a seguir.
a y
a
x
210
Como a densidade em (x, y, z) é proporcional à distância z da base então
δ(x, y, z) = kz, onde k > 0 é uma constante de proporcionalidade. A massa do
sólido é
kh2
= A(D)
2
kh2 2
= πa
2
kπh2 a2
= .
2
10.
Solução:
As figuras a seguir mostram o sólido W e a sua projeção sobre o plano xz.
y = −4 4
W
y=z
−4
−2
x 2 y
211
z
z
4
4
z = 4 − x2
D
D
−4
−2
x 2 y −2 2 x
W = (x, y, z) ∈ R3 | −4 ≤ y ≤ z , (x, z) ∈ D .
onde
D = (x, z) ∈ R2 | −2 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ z ≤ 4 − x2 .
896k
= u.m.
15
212
Aula 5
1.
Solução:
O esboço de W está representado na figura que se segue.
z=4
4
z = x2 + y 2
2 y
2
D
x
213
Assim,
ZZZ ZZZ
2
2 1/2
1/2
M= x +y dxdydz = r2 r drdθdz
W Wrθz
ZZZ
= r2 drdθdz
Wrθz
Z 2 Z 4Z 2π
2
= r dθdzdr
0 r2 0
Z 2 Z 4
2
= 2π r dzdr
0 r2
Z 2
= 2π r2 4 − r2 dr
0
Z 2
= 2π 4r2 − r4 dr
0
h i2
4r3 r5
= 2π −
3 5 0
128π
= u.m.
5
2.
Solução:
p 2
Sendo f (x, y, z) a densidade em (x, y, z), então f (x, y, z) = k x2 + y 2 =
= k x2 + y 2 , onde k é a constante de proporcionalidade.
Temos que
z
ZZZ
M = f (x, y, z) dxdydz 1
W
ZZZ W
= k x2 + y 2 dxdydz ,
W
onde D
n p o −1 1 y
W = (x, y, z) ∈ R3 | x2 + y 2 ≤ z ≤ 1 , (x, y) ∈ D ,
214
Temos que W é a imagem do conjunto
Q = (r, θ, z) ∈ R3 | 0 ≤ r ≤ 1 , 0 ≤ θ ≤ 2π , r ≤ z ≤ 1 .
Então
ZZZ ZZZ
2
M =k r r drdθdz = k r3 drdθdz
Q Q
Z 1Z 2πZ 1
= k r3 dzdθdr
0 0 r
Z 1Z 2π
= k r3 (1 − r) dθdr
0 0
Z 1
= 2kπ r3 − r4 dr
0
h i1
r4 r5
= 2kπ −
4 5 0
kπ
= u.m.
10
3.
Solução:
q
De x2 + y 2 + z 2 = 4 e z = 3 x2 + y 2 , tem-se x2 + y 2 = 1 que é a projeção,
no plano xy, da curva interseção das duas superfı́cies. A projeção do sólido W
é o disco D : x2 + y 2 ≤ 1.
O sólido W e sua projeção D são mostrados a seguir:
z
2
1
W 1 π
⇒ ⇒ sen φ = ⇒φ=
φ 2 2 6
D 1 2
1
2
x
215
Passando para coordenadas esféricas, tem-se:
x = ρ sen φ cos θ
y = ρ sen φ sen θ
z = ρ cos φ
dxdydz = ρ2 sen φ dρdφdθ
x 2 + y 2 + z 2 = ρ2
4.
Solução:
a) Inicialmente, passaremos de coordenadas cilı́ndricas a coordenadas cartesianas:
x = r cos θ
y = r sen θ
.
z = z
dxdydz = r dzdrdθ
Logo,
r2 sen θ dzdrdθ = r sen θ rdzdrdθ = y dxdydz .
216
√ p
A equação z = 4 − r2 em coordenadas cartesianas é z = 4 − x2 − y 2
ou x2 + y 2 + z 2 = 4, z ≥ 0. Logo, a imagem do conjunto Q dado por
0≤θ≤π
Q: 0≤r≤2
0 ≤ z ≤ √4 − r 2
z y
2
W D
2 y −2 2 x
2
Então ZZZ
I= y dxdydz .
W
217
Então
ZZZ
I = ρ sen ϕ sen θρ2 sen ϕ dρdϕdθ
Q
ZZZ
= ρ3 sen2 ϕ sen θ dρdϕdθ
Q
Z 2Z π/2Z π
= ρ3 sen2 ϕ sen θ dθdϕdρ
0 0 0
b)
Z 2Z π/2 h iπ
I = ρ3 sen2 ϕ − cos θ dϕdρ
0 0 0
Z 2Z π/2
= 2 ρ3 sen2 ϕ dϕdρ
0 0
Z 2 h iπ/2
1 sen 2ϕ
3
= 2 ρ · ϕ− dρ
0 2 2 0
Z 2
π
= ρ3 dρ
2 0
h i2
π ρ4
=
2 4 0
= 2π .
5.
Solução:
r
2 2 2 2 2 2 1 2
a) De x + y + z = 4z, temos x + y + (z − 2) = 4. De z = (x + y 2 ) ,
3
temos x2 + y 2 = 3z 2 . Logo, substituindo em x2 + y 2 + z 2 = 4z, temos
3z 2 + z 2 − 4z = 0 ou 4z 2 − 4z = 0, donde z = 0 ou z = 1.
Se z = 1, temos x2 + y 2 = 3. Assim, o cone intercepta a esfera segundo uma
√
circunferência de raio 3 , contida no plano z = 1. Portanto, o esboço de W
está representado na figura que se segue.
218
z
4
W
2
x= ρ sen φ cos θ
y= ρ sen φ sen θ
z= ρ cos φ .
2
dxdydz = ρ sen φdρdφdθ
x + y2 + z2 =
2
ρ2
0 ≤ θ ≤ 2π
Wρφθ : 0 ≤ φ ≤ π/3 .
0 ≤ ρ ≤ 4 cos φ
ZZZ
Como V (W ) = dxdydz então:
W
219
ZZZ
V (W ) = ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
Z 2πZ π/3 Z 4 cos φ
= sen φ ρ2 dρdφdθ
0 0 0
Z 2πZ π/3 h 3 i4 cos φ
ρ
= sen φ dφdθ
0 0 3 0
Z 2πZ π/3
64
= sen φ cos3 φ dφdθ
3 0 0
Z 2π h iπ/3
64 cos4 φ
= − dθ
3 0 4 0
Z 2π
16 4
1
= − − 1 dθ
3 0 2
16 1
= 1− · 2π
3 16
= 10π u.v.
6.
Solução:
Na figura a seguir, representamos o conjunto W .
z
p
x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1 ⇒ z = 1 + 1 − x2 − y 2
1 z = x2 + y 2
−1 1 y
1
D
220
Temos ZZZ
V (W ) = dxdydz
W
onde
n p o
W = (x, y, z) ∈ R3 | x2 + y 2 ≤ z ≤ 1 + 1 − x2 − y 2 , (x, y) ∈ D ,
221
7.
Solução:
O esboço de W está representado na figura que se segue.
z
ρ=2
1 P
ρ=1
π/4
y
2 π/4
= 2π ρ 1 − cos φ 0
√
− 2
= 2π +1
2
√
= π 2− 2 .
222
8.
Solução:
Primeiramente, calculemos a interseção das duas superfı́cies.
x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1 x2 + y 2 + z 2 = 2z
z2
⇒ ⇒ + z 2 = 2z
z = p3(x2 + y 2 ) z 2 = 3(x2 + y 2 ) 3
⇒ 4z 2 − 6z = 0
3
⇒ z = 0 ou z = .
2
z
2
3/2 √
z= 3y
W 1
π/6
√
√ 3/2 y
3/2
x
√ p
Como o ângulo da reta z = 3 y (corte do cone z = 3(x2 + y 2 ) , considerando
x = 0) é o ângulo π/6, então φ varia de 0 (eixo z positivo) a π/2 − π/6 = π/3.
Transformando a equação x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1 ou x2 + y 2 + z 2 = 2z para
coordenadas esféricas temos ρ2 = 2ρ cos φ donde ρ = 0 ou ρ = 2 cos φ. Isto
significa que ρ varia de 0 a 2 cos φ. A variação de θ é encontrada na projeção de
W no plano xy. Logo, 0 ≤ θ ≤ 2π. Assim, Wρφθ é dado por:
0 ≤ θ ≤ 2π
Wρφθ : 0 ≤ φ ≤ π/3
1 ≤ ρ ≤ 2 cos φ .
223
A massa de W é:
ZZZ ZZZ
M= δ(x, y, z) dV = z 2 dV
W W
ZZZ
= (ρ cos φ)2 ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
ZZZ
= ρ4 cos2 φ sen φ dρdφdθ
Wρφθ
Z 2πZ π/3 Z 2 cos φ
2
= cos φ sen φ ρ4 dρdφdθ
0 0 0
Z 2πZ π/3 h i2 cos φ
ρ5
= cos2 φ sen φ dφdθ
0 0 5 0
Z 2πZ π/3
32
= cos7 φ sen φ dφdθ
5 0 0
h iπ/3 Z 2π
32 − cos8 φ
= dθ
5 8 0 0
8
8π 1
= 1−
5 2
8π 28 − 1
= · 8
5 2
51π
= u.m.
32
9.
Solução:
ZZZ p
a) Temos que I = z x2 + y 2 dV , onde
W
n p o
W = (x, y, z) ∈ R3 | (x, y) ∈ Dxy e 0 ≤ z ≤ 4 − x2 − y 2
224
y
Dxy
2 x
p
De z = 4 − x2 − y 2 , temos x2 + y 2 + z 2 = 4, z ≥ 0. Como Dxy é a projeção
de W sobre o plano xy, concluı́mos que o esboço de W é:
z
2
p
z= 4 − x2 − y 2
W
P = (x, y, z)
2
2 y
x
z=0
225
Assim,
ZZZ Z Z √
√ 2 π/2Z 4−r 2
2
I= z r2 · r drdθdz = r z dzdθdr
Wrθz 0 0 0
Z 2 Z π/2 h 2 i√4−r2
2 z
= r dθdr
0 0 2 0
Z 2 Z π/2
1 2 2
= r (4 − r ) dθdr
2 0 0
Z 2
π
= 4r2 − r4 dr
4 0
h i2
π 4r3 r5
= −
4 3 5 0
π 5 · 25 − 3 · 25
= ·
4 15
16π
= .
15
Como
x= ρ sen φ cos θ
y= ρ sen φ sen θ
,
z= ρ cos φ
ρ2 sen φ dρdφdθ
dV =
temos
p p
x2 + y 2 = ρ2 sen2 φ cos2 θ + ρ2 sen2 φ sen2 θ
p
= ρ2 sen2 φ
= ρ |sen φ|
= ρ sen φ
226
pois 0 ≤ φ ≤ π/2. Então,
ZZZ
I = (ρ cos φ)(ρ sen φ) ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
Z 2 Z π/2 Z π/2
4 2
= ρ cos φ sen φ dθdφdρ
0 0 0
h iπ/2 Z 2
π sen3 φ
= · ρ4 dρ
2 3 0 0
h 5 i2
π ρ
=
6 5 0
16π
= .
15
10.
Solução:
p
O esboço do sólido W , limitado superiormente pelo cone z = x2 + y 2 , in-
feriormente pelo plano z = 0 e lateralmente pelo cilindro x2 + y 2 = 2y ou
x2 + (y − 1)2 = 1 está representado na figura que se segue.
2
p
z= x2 + y 2
W
P = (x, y, z)
1 2 y
z=0
227
Passando para coordenadas cilı́ndricas, temos:
x= r cos θ
y= r sen θ
z= z .
dV = r drdθdz
x + y2 =
2
r2
y
2
(x, y) r = 2 sen θ
1
x
r=0
(
0≤θ≤π
.
0 ≤ r ≤ 2 sen θ
0≤θ≤π
Wrθz : 0 ≤ r ≤ 2 sen θ .
0≤z≤r
ZZZ
Iz = (x2 + y 2 ) · δ(x, y, z) dV ,
W
228
onde δ(x, y, z) = k. Logo,:
ZZZ ZZZ
Iz = k x2 + y 2 dV = k r2 · r drdθdz
W Wrθz
Z πZ 2 sen θ Z r
3
= k r dzdrdθ
0 0 0
Z πZ 2 sen θ
= k r4 drdθ
0 0
Z π h 5 i2 sen θ
r
= k dθ
0 5 0
Z π
32k
= sen5 θ dθ
5 0
Z π
32k 2
= 1 − cos2 θ sen θ dθ
5 0
Z π
32k
= 1 − 2 cos2 θ + cos4 θ sen θ dθ
5 0
h iπ
−32k 2 cos3 θ cos5 θ
= cos θ − +
5 3 5 0
64k 2 1
= 1− +
5 3 5
512
= k.
75
Aula 6
1.
Solução:
Se γ(t) = (cos t, sen t, t), então γ ′ (t) = (− sen t, cos t, 1), donde
√ √
kσ ′ (t)k = sen2 t + cos2 t + 1 = 2 .
√
Como ds = kσ ′ (t)k dt, então ds = 2 dt. Temos:
Z Z 2π √ √ Z 2π
1 1 1
2 2 2
ds = 2 2 2
· 2 dt = 2 dt
C x +y +z 0 cos t + sen t + t 0 1 + t2
√ 2π
= 2 arctg t
0
√
= 2 arctg 2π .
229
2.
Solução:
Por definição de integral de linha de campo escalar, temos
Z Z b
f (x, y, z) ds = f (γ(t)) kγ ′ (t)k dt .
C a
Se γ(t) = (4 cos t, 4 sen t, 3t) então γ ′ (t) = (−4 sen t, 4 cos t, 3) donde
p
kγ ′ (t)k = (−4 sen t)2 + (4 cos t)2 + 32
√
= 16 sen2 t + 16 cos2 t + 9
p
= 16 (sen2 t + cos2 t) + 9
√
= 16 + 9
√
= 25
= 5.
Logo,
Z p Z 2π p
x2 + y2 ds = (4 cos t)2 + (4 sen t)2 · 5 dt
C −2π
Z 2π p
= 5 16 (cos t2 + sen t2 ) dt
−2π
Z 2π
= 20 ds
−2π
= 20(2π + 2π)
= 80π .
3.
Solução:
a) Observe a figura a seguir.
230
y
P = (x, y)
a C
t y
−a O x Q a x
= |a|
= a.
Z Z π
Como f ds = f (σ(t)) kσ ′ (t)k dt, então:
C 0
Z Z π
2 2
x − y ds = a2 cos2 t − a2 sen2 t a dt
C 0
Z π
3
= a cos2 t − sen2 t dt
0
Z π
= a3 cos 2t dt
0
π
3 sen 2t
= a
2 0
= 0.
231
4.
Solução:
a) O segmento AB pode ser parametrizado por σ(t) = A + t(B − A), com
0 ≤ t ≤ 1, donde
σ(t) = (1, 2, 3) + t (4, 5, 6) − (1, 2, 3)
= (1, 2, 3) + t(3, 3, 3)
com, 0 ≤ t ≤ 1.
√
b) Temos que σ ′ (t) = (3, 3, 3) o que implica kσ ′ (t)k = 3 3 . Como
Z Z 1
f ds = f (σ(t)) kσ ′ (t)k dt
C 0
então
Z Z 1 √
f ds = (1 + 3t + 2 + 3t + 3 + 3t)3 3 dt
C 0
√ Z 1
= 3 3 (6 + 9t) dt
0
√ Z 1
= 9 3 (2 + 3t) dt
0
√ h 3t2 1
i
= 9 3 2t +
2 0
√
63 3
= .
2
5.
Solução:
a 2 a2
Tem-se C : x2 +y 2 = ax ou C : x − +y 2 = . Logo, uma parametrização
2 4
a a a
de C é γ(t) = + cos t , sen t , com 0 ≤ t ≤ 2π. Assim:
2 2 2
a a
γ ′ (t) = − sen t , cos t
2 2
√
γ (t) = a sen2 t + cos2 t = a .
′
2 2
232
a
Como ds = γ ′ (t) dt, então ds = dt. Assim:
2
Z Z 2π
a a a a
(x − y) ds = + cos t − sen t dt
C 0 2 2 2 2
Z 2π
a2
= (1 + cos t − sen t) dt
4 0
h i2π
a2
= t + sen t + cos t
4 0
πa2
= .
2
6.
Solução:
Parametrizando C : x2 + y 2 = 2x, com y ≥ 0 ou C : (x − 1)2 + y 2 = 1,
com y ≥ 0, temos x = 1 + cos t e y = sen t. Como y ≥ 0 então sen t ≥ 0,
donde 0 ≤ t ≤ π. Então, uma parametrização de C é γ(t) = (1 + cos t, sen t),
com 0 ≤ t ≤ π. Logo, γ ′ (t) = (− sen t, cos t), donde kγ ′ (t)k = 1 e, portanto,
ds = kγ ′ (t)k dt = dt. Então
Z Z π Z π h i
2 2 1 − cos 2t 1 sen 2t π π
y ds = sen t dt = dt = t− = .
C 0 0 2 2 2 0 2
7.
Solução:
O esboço de C está representado na figura que se segue.
y
(1, 2)
C2
(1, 1)
C1
1 x
233
Z
Cálculo de 8x ds
C1
Uma parametrização de C1 é γ1 (t) = t, t2 , com 0 ≤ t ≤ 1. Logo, temos que
√
γ1′ (t) = (1, 2t), donde ds = kγ ′ (t)k dt = 1 + 4t2 dt. Então,
Z Z 1 √
8x ds = 8t 1 + 4t2 dt .
C1 0
Z
Cálculo de 8x ds
C2
Uma parametrização de C2 é γ2 (t) = (1, t), com 1 ≤ t ≤ 2. Logo, γ2′ (t) = (0, 1),
de onde ds = kγ ′ (t)k dt = dt. Então,
Z Z 2 h i2
8x ds = 8 dt = 8t = 8 .
C2 1 1
Assim, Z √ √
10 5 − 2 10 5 + 22
8x ds = 3
+8= 3
.
C
8.
Solução:
a) A figura que se segue mostra um esboço da curva C.
z z
2 2
B C B C
1 1 2 y 1 2 y
1
2 A y=x A
2 y=x
x x
b) Seja (x, y, z) ∈ C. Então x = y e x2 +y 2 +z 2 = 4, z ≥ 0. Logo, 2y 2 +z 2 = 4
y2 z2
ou + = 1, z ≥ 0 (semi-elipse) é a equação da projeção de C sobre o
2 4
plano yz.
234
Temos
√
y = 2 cos t
z = 2 sen t
x = y = √2 cos t .
√ √ √
Se A = ( 2 , 2 , 0), então t = 0. Se B = (1, 1, 2 ) então t = π/4.
√ √
Logo, uma parametrização de C é dada por σ(t) = ( 2 cos t, 2 cos t, 2 sen t),
com 0 ≤ t ≤ π/4.
c)
√ √
σ ′ (t) = (− 2 sen t, − 2 sen t, 2 cos t) ⇒ kσ ′ (t)k
√
= 2 sen2 t + 2 sen2 t + 4 cos2 t
√
= 4 sen2 t + 4 cos2 t
= 2.
Z Z π/4 √ Z π/4
2 2
x ds = ( 2 cos t) · 2 dt = 4 cos2 t dt
C 0 0
π/4
1 sen 2t
= 4· t+
2 2 0
π 1
= 2 +
4 2
π+2
= .
2
9.
Solução:
Uma parametrização de C é dada por γ(t) = t , t2 , t , com 0 ≤ t ≤ 1. Então:
235
Logo: Z Z 1 1/2
x ds = t 2 + 4t2 dt
C 0
Z 1
1 1/2
= 2 + 4t2 d 2 + 4t2
8 0
h i1
1 2 2 3/2
= · · 2 + 4t
8 3 0
1
= 63/2 − 23/2
12
√ √
6 2
= − .
2 6
10.
Solução:
De (
x2 + y 2 + z 2 = 8 − 2(x + y)
,z≥0
x+y =2
temos x2 + (2 − x)2 + z 2 = 8 − 4, z ≥ 0 ou 2x2 − 4x + z 2 = 0, z ≥ 0 ou
z2
2(x − 1)2 + z 2 = 2, z ≥ 0 ou (x − 1)2 + = 1, z ≥ 0 que é a semi-elipse no
2
plano xz e representa a projeção de C nesse plano. Portanto,
x = 1 + cos t
y = 2 − x = 1 − cos t
z = √2 sen t
236
Aula 7
1.
Solução:
Seja (x, y) ∈ C. Então x2 + y 2 /4 = 1, com x ≥ 0 e y ≥ 0. Logo,
(
x = cos t
y = 2 sen t
com 0 ≤ t ≤ π/2. Então σ(t) = (cos t, 2 sen t), com 0 ≤ t ≤ π/2 é
uma parametrização de C. Temos σ ′ (t) = (− sen t, 2 cos t), donde temos que
√ √
kσ ′ (t)k = sen2 t + 4 cos2 t = 1 + 3 cos2 t .
√ Z Z
Logo, ds = kσ ′ (t)k dt = 1 + 3 cos2 t dt. Como M = δ(x, y) ds = xy ds,
C C
então Z π/2 √
M= 2 cos t sen t 1 + 3 cos2 t dt .
0
2
Temos d 1 + 3 cos t = −6 cos t sen t dt, donde
1
2 cos t sen t dt = − d 1 + 3 cos2 t .
3
Logo,
Z π/2
1 1/2
M = − 1 + 3 cos2 t d 1 + 3 cos2 t
3 0
π/2
1 2 3/2
= − · 1 + 3 cos2 t
3 3
0
2
= − 1 − (1 + 3)3/2
9
2
= − (1 − 8)
9
14
= u.m.
9
2.
Solução:
√
√
2 2 5/2 t4
De γ(t) = t, t , temos que γ ′ (t) = (1, 2 t3/2 , t3 ), donde obtemos
5 4
√ q
′
kγ (t)k = 1+ 2t3
+ t6
= (1 + t3 )2 = 1 + t3 . Logo, obtemos
′ 3
ds = kγ (t)k dt = 1 + t dt. A primeira coordenada do centro de massa
do fio homogêneo é dada por
Z
x ds
C
x=
L
237
onde L é o comprimento de C, isto é,
Z b Z 2
t4 2
h i
′
L= kγ (t)k dt = 1 + t3 dt = t + = 6.
a 0 4 0
Logo:
42
5 7
x= = .
6 5
3.
Solução:
O esboço de C está representado abaixo.
z z
1 1
C C
1 y 1 y
1 1
x x
z
1
C
1 y
1
x
238
2
x2 (y − 1/2)
temos x2 + 2 (y − 1/2)2 = 1/2 ou + = 1 (elipse) que representa
1/2 1/4
√
2 1 1
a projeção de C sobre o plano xy. Então x = cos t, y = + sen t. Como
√ 2 2 2
2
x ≥ 0, então cos t ≥ 0, donde −π/2 ≤ t ≤ π/2. Como z = 1 − y, então
2
1 1
z = − sen t. Assim, uma parametrização diferenciável para C é dada por
2 2
√
2 1 1 1 1 π π
γ(t) = cos t , + sen t , − sen t ,− ≤t≤ .
2 2 2 2 2 2 2
√
′ 2 1 1
c) Temos γ (t) = − sen t , cos t , − cos t , donde
2 2 2
r r √
′ 1 1 1 1 1 2
kγ (t)k = sen2 t + cos2 t + cos2 t = 2 2
sen t + cos t = .
2 4 4 2 2 2
√
′ 2
Como ds = kγ (t)k dt, então ds = dt. Temos
2
Z
M = δ(x, y, z) ds
C
Z
= yz ds
C
Z π/2 √
1 1 1 1 2
= + sen t − sen t dt
−π/2 2 2 2 2 2
√ Z π/2
2 1 1
= − sen2 t dt
2 −π/2 4 4
√ Z π/2
2
= 1 − sen2 t dt
8 −π/2
√ Z π/2
2
= cos2 t dt
8 −π/2
√ h i
2 1 sen 2t π/2
= · t+
8 2 2 −π/2
√
2 π
= ·2·
16 2
√
2π
= u.m.
16
239
4.
Solução:
z = 2 − x − y = f (x, y)
S y
2
x
C (x, y, 0) 2 C
2 y
x
π
onde C é parametrizada por σ(t) = (2 cos t, 2 sen t), ≤ π ≤ 2π.
2
Logo, σ ′ (t) = (−2 sen t, 2 cos t), donde ds = kσ ′ (t)k dt = 2 dt. Então,
Z 2π
A(S) = (2 − 2 cos t − 2 sen t)2 dt
π/2
h i2π
= 4 t − sen t + cos t
π/2
h i
π
= 4 (2π − 0 + 1) − −1+0
2
3π
= 4 +2
2
= 6π + 8 u.a.
240
5.
Solução:
Esboçando o cilindro circular x2 + y 2 = 1 e o cilindro parabólico z = 1 − x2 ,
vemos que A1 , A2 , A3 e A4 são pontos de interseção.
z z
A2
1
A4
A3
1
1
A1 y y
x x
Ligando estes pontos por uma curva fechada temos a interseção das superfı́cies.
O esboço de S é:
z
1
1
1 y
x
C
Z Z
Da teoria, temos que A(S) = f (x, y) ds = 1 − x2 ds. Uma para-
C C
metrização de C é dada por γ(t) = (cos t, sen t), com 0 ≤ t ≤ 2π, donde
γ ′ (t) = (− sen t, cos t).
p
Logo, ds = kγ ′ (t)k dt = (− sen t)2 + (cos t)2 dt = dt. Portanto:
Z 2π Z 2π h i
2
2 1 sen 2t 2π
A(S) = 1 − cos t dt = sen t dt = t− = π u.a.
0 0 2 2 0
241
6.
Solução:
O esboço da cerca S está representado na figura que se segue.
z
S
f (x, y) = y
20 (x, y) 20
x y
C
= 240 m2 .
242
7.
Solução:
y
Consideremos o fio C sobre o eixo
x com a extremidade da esquerda
na origem e da direita em x = L. C
Uma parametrização do fio C é dada por σ(t) = (t, 0), com 0 ≤ t ≤ L. Como
σ ′ (t) = (1, 0) então kσ ′ (t)k = 1. Logo, ds = kσ ′ (t)k dt = dt.
O momento de inércia em relação ao eixo y é:
Z Z
Iy = x δ(x, y) ds = k x2 ds
2
C C
pois o fio é homogêneo. Logo,
Z L
L
2 t3 kL3
Iy = k t dt = k = .
0 3 3
0
8.
Solução:
Uma parametrização de C é γ(t) = (t, t), com 1 ≤ t ≤ 2, donde γ ′ (t) = (1, 1)
√
e ds = kγ ′ (t)k dt = 2 dt. Como a distância de (x, y) ∈ C ao eixo y é |x| = x
então a densidade é δ(x, y) = kx, com k ∈ R. Como a distância de (x, y) ∈ C
ao eixo E: y = −1 é r(x, y) = y + 1, então o momento de inércia é:
Z Z
2
IE = r (x, y)δ(x, y) ds = k (y + 1)2 x ds
C C
Z 2 √
= k (t + 1)2 t 2 dt
1
√ Z 2
= k 2 t3 + 2t2 + t dt
1
√ h t4 2t3 t2 i2
= k 2 + +
4 3 2 1
√ h 16
1 2 1
i
= k 2 4+ +2 − + +
3 4 3 2
√
119 2 k
= .
12
243
9.
Solução:
a) Temos:
x
− 0−y· √
∂P x2 +y 2 xy
= =
∂x x2 + y 2 (x2 + y2 )
3/2
e y
−x · √
∂Q x2 +y 2 −xy
= =
∂y (x2 + y 2 ) (x2 + y2 )
3/2
−
→ ∂P ∂Q
Logo, div F = + = 0.
∂x ∂y
→
− ∂Q ∂P
Por outro lado, rot F = 0, 0, − , onde
∂x ∂y
p x
x2 + y 2 − x · √
∂Q x2 +y 2 x2 + y 2 − x2 y2
= = =
∂x x2 + y 2 (x2 + y 2 )3/2 (x2 + y 2 )3/2
e
p y
x2 + y 2 − y · √
∂P x2 +y 2 x2 + y 2 − y 2 x2
=− =− =−
∂y x2 + y 2 (x2 + y 2 )3/2 (x2 + y 2 )3/2
Logo,
−
→ y 2 + x2 1
rot F = 0, 0, 3/2
= 0, 0, p .
(x2 + y 2 ) x2 + y 2
b) Temos
−
→ ∂ (yez ) ∂ (xez ) ∂ (xyez )
div F = + + = 0 + 0 + xyez = xyez .
∂x ∂y ∂z
Temos
−
→ −
→ →
−
i j k
−
→
∂ ∂ ∂
rot F =
∂x ∂y ∂z
yez xez xye z
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
−→ −→ −
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y →
= i + j + k
z z
xe xyez xyez yez ye xez
−
→ −
→ −
→ − →
= (xez − xez ) i + (yez − yez ) j + (ez − ez ) k = 0 .
244
10.
Solução:
p
Se −→r = (x, y, z), então r = k−
→ 3/2
rk = x2 + y 2 + z 2 = x2 + y 2 + z 2 .
Então
−
→
r (x, y, z) x y z
3
= = , , .
r 3/2
(x2 + y 2 + z 2 )
3/2 3/2
(x2 + y 2 + z 2 )
3/2
(x2 + y 2 + z 2 ) (x2 + y 2 + z 2 )
Logo
−
→
r
div =
r3
−
→
r
=∇· 3
r
∂ x ∂ y ∂ z
= + + .
∂x (x2 + y 2 + z 2 )
3/2 ∂y (x2 + y 2 + z 2 )
3/2 ∂z (x2 + y 2 + z 2 )
3/2
Temos:
3/2 3
1/2
∂ x x2 + y 2 + z 2 −x· 2
2 x +y
2
+ z2 · 2x
= 3
∂x (x2 + y 2 + z2)
3/2
(x2 + y2 + z2 )
1/2
(x2 + y 2 + z 2 ) (x2 + y 2 + z 2 − 3x2 )
=
(x2 + y 2 + z 2 )3
−2x2 + y 2 + z 2
= .
(x2 + y 2 + z 2 )5/2
Analogamente,
∂ y −2y 2 + x2 + z 2
=
∂y (x2 + y 2 + z2)
3/2
(x2 + y 2 + z 2 )
5/2
∂ z −2z 2 + x2 + y 2
= .
∂z (x2 + y 2 + z 2 )
3/2
(x2 + y 2 + z 2 )
5/2
Logo,
−
→
r
div =0
r3
e, portanto, −
→
r /r3 é solenoidal. Por outro lado,
−
→ −
→ −
→
i j k
−
→r −
→r
∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z
rot 3 = ∇ × 3 =
r r
x y z
(x2 + y 2 + z 2 )3/2 (x2 + y 2 + z2)
3/2
(x2 + y 2 + z 2 )
3/2
245
Desenvolvendo o “determinante” em relação à primeira linha, temos:
−
→
r ∂ z ∂ y −
→
rot 3 = − i+
r ∂y (x2 + y 2 + z2)
3/2 ∂z (x2 + y 2 + z2)
3/2
∂ x ∂ z −
→
+ − j+
∂z (x2 + y2 + z2)
3/2 ∂x (x2 + y2 + z2)
3/2
∂ y ∂ x −
→
+ − k =
∂x (x2 + y2 + z2)
3/2 ∂y (x2 + y2 + z2)
3/2
−2yz 2yz −
→
= 5/2
+ 5/2
i+
(x2 + y 2 + z2) (x2 + y 2 + z2)
−2xz 2xz −
→
+ 5/2
+ 5/2
j+
(x2 + y 2 + z2) (x2 + y 2 + z2)
−2xy 2xy −
→
+ 5/2
+ 5/2
k =
(x2 + y2 + z2) (x2 + y2 + z2)
−
→
= 0 .
Logo, −
→
r /r3 é um campo irrotacional.
Aula 8
1.
Solução:
−1 ≤ y ≤ 0
0≤y≤1
a) Temos que D = D1 ∪ D2 onde D1 : e D2 : .
−y ≤ x ≤ 1
y≤x≤1
y
y
1 x 1
D1
D2
−1
1 x
246
Logo, o esboço de D está representado na figura que se segue.
y=x
D
1 x
y = −x
−1
Então Z 1Z x
I= f (x, y) dydx .
0 −x
c) Temos
Z 1Z x Z 1 Z 1
1 2x −1/2
I= √ dydx = √ dx = 2 x 1 + x2 dx
0 −x 1 + x2 0 1 + x2 0
Como d 1 + x2 = 2x dx, então
Z 1 1/2 1 √
2 −1/2 2
(1 + x2 )
I= 1+x d 1+x = =2 2 − 1 .
0 1/2
0
2.
Solução:
a) O esboço de D está representado na figura que se segue.
247
y
1
y=x
D
1 x
−1
y = −x
Temos,
ZZ ZZ ZZ
x dA = (r cos θ)r drdθ = r2 cos θ drdθ
D Drθ Drθ
Z π/4 Z 1
= cos θ r2 drdθ
−π/4 0
h 3 i1 Z π/4
r
= cos θ dθ
3 0 −π/4
h iπ/4
1
= sen θ
3 −π/4
√
2 2
= ·
3 2
√
2
= .
3
248
Logo,
√
2 √
3 4 2
x= π = ,
3π
4
√
4 2
donde o centro de massa está localizado em ,0 .
3π
b) O momento de inércia em relação ao eixo x é dado por:
ZZ ZZ
2
Ix = y δ(x, y) dA = k y 2 dA
D D
ZZ
= k r3 sen2 θ drdθ
Drθ
Z π/4 Z 1
2
= k sen θ r3 drdθ
−π/4 0
Z π/4
k
= sen2 θ dθ
4 −π/4
h iπ/4
k 1 sen 2θ
= · θ−
4 2 2 −π/4
h i
k π sen π/2 π sen(−π/2)
= − − − −
8 4 2 4 2
k π 1 π 1
= − + −
8 4 2 4 2
k π
= −1 .
8 2
3.
Solução:
a 2 a2
De x2 + y 2 = ax tem-se x − + y 2 = . O esboço de D está representado
2 4
na figura a seguir.
a/2 a x
249
Passando para coordenadas polares, tem-se:
x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
2
x + y 2 = r2
Então: ZZ √
I = a2 − r2 · r drdθ
Drθ
Z π/2Z a cos θ 1/2
= a2 − r 2 r drdθ
0 0
Z π/2Z a cos θ
1 1/2
= − a2 − r 2 d a2 − r2 dθ
2 0 0
Z π/2
a cos θ
1 2 3/2
= − · a2 − r 2 dθ
2 0 3
0
Z π/2 h
1 3/2 3/2 i
= − a2 − a2 cos2 θ − a2 dθ
3 0
Z π/2 h i
1 3/2
= − a2 sen2 θ − a3 dθ
3 0
Z π/2
1
= − a3 sen3 θ − a3 dθ
3 0
Z !
π/2
a3 π
= − sen3 θ dθ − .
3 0 2
Da trigonometria, tem-se sen3 θ = sen2 θ · sen θ = 1 − cos2 θ sen θ. Então:
Z π/2 Z π/2
cos3 θ π/2
h i
3 2
sen θ dθ = − 1 − cos θ d(cos θ) = − cos θ −
0 0 3 0
cos3 0
= cos 0 −
3
1
= 1−
3
2
=
3
a3 π 2
Logo I = − .
3 2 3
250
4.
Solução:
a) Temos que
Z 4Z √4y−y2 ZZ
I= dxdy = dxdy ,
0 0 D
n p o p
onde D = (x, y) | 0 ≤ y ≤ 4 , 0 ≤ x ≤ 4y − y2 . De x = 4y − y 2 , temos
x + y = 4y com x ≥ 0 ou x + (y − 2)2 = 4, com x ≥ 0.
2 2 2
D
2
x = r cos θ
y = r sen θ
.
dxdy = r drdθ
x2 + y 2 r2
=
(
0 ≤ θ ≤ π/2
Drθ : .
0 ≤ r ≤ 4 sen θ
251
Logo,
ZZ
I = r drdθ
Drθ
Z π/2Z 4 sen θ
= r drdθ
0 0
Z π/2 h 2 i4 sen θ
r
= dθ
0 2 0
Z π/2
= 8 sen2 θ dθ
0
Z π/2
1 − cos 2θ
= 8 dθ
0 2
h iπ/2
1 sen 2θ
= 8· θ−
2 2 0
= 2π .
b) Temos que
Z 2Z √4−y2 ZZ
2 2
I= x +y dxdy = x2 + y 2 dxdy
0 y D
n p o p
onde D = (x, y) | 0 ≤ y ≤ 2 , y ≤ x ≤ 4− y2 . De x = 4 − y 2 , temos
2 2
x + y = 4, com x ≥ 0. Da definição de D, vemos que D é limitado supe-
riormente por um arco da circunferência x2 + y 2 = 4 e inferiormente pela reta
y = x e a projeção de D sobre o eixo y é o intervalo [0, 2]. Logo, o esboço de
D está representado na figura que se segue.
π/4
2 x
252
Passando para coordenadas polares, temos:
x = r cos θ
y = r sen θ
.
dxdy = r drdθ
2
x + y 2 = r2
Então,
ZZ ZZ Z 2 Z π/2
2 3 3
I= r · r drdθ = r drdθ = r dθdr
Drθ Drθ 0 π/4
Z 2
π
= r3 dr
4 0
h 4 i2
π r
=
4 4 0
= π.
5.
Solução:
Tem-se que ZZZ p
I= x2 + y 2 + z 2 dxdydz
W
n p o
com W = (x, y, z) | 0 ≤ z ≤ 1 − x2 − y 2 , (x, y) ∈ D onde D é a projeção
de W sobre o plano xy e é dada por:
0≤x≤1
D: .
0 ≤ y ≤ √1 − x2
253
y
1 p
y= 1 − x2 ⇒ x2 + y 2 = 1
1 x
p
De z = 1 − x2 − y 2 tem-se x2 + y 2 + z 2 = 1. Logo, W é a porção da esfera
x2 + y 2 + z 2 = 1, no primeiro octante, que se projeta no plano xy, segundo a
região D. O esboço de W está na figura que se segue.
z
1
1
1 y
x
x = ρ sen φ cos θ
y = ρ sen φ sen θ
z = ρ cos φ
dxdydz = ρ2 sen φ dρdφdθ
x + y2 + z2
2
ρ2
=
0≤ρ≤1
Wρφθ : 0 ≤ θ ≤ π/2
0 ≤ φ ≤ π/2
254
Então: ZZZ
I = ρ · ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
ZZZ
= ρ3 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
Z π/2 Z 1 Z π/2
= sen φ ρ3 dθdρdφ
0 0 0
Z π/2 Z 1
π
= sen φ ρ3 dρdφ
2 0 0
h i1 Z π/2
π ρ4
= sen φ dφ
2 4 0 0
h iπ/2
π
= − cos φ
8 0
π
= .
8
6.
Solução:
O esboço do sólido W está na figura abaixo.
1 y
1
255
onde D é o disco x2 + y 2 ≤ 1. Como W é homogêneo, então o momento de
inércia em relação ao eixo z é:
ZZZ ZZZ
2 2
Iz = x + y δ(x, y, z) dV = k x2 + y 2 dV .
W W
Passando para coordenadas cilı́ndricas, temos
x = r cos θ
y = r sen θ
z = z .
dV = r drdθdz
x2 + y 2 = r 2
Então,
ZZZ ZZZ
2
Iz = k r · r drdθdz = k r3 drdθdz
Wrθz Wrθz
Z 2πZ 1Z r2
= k r3 dzdrdθ
0 0 0
Z 2πZ 1
= k r3 · r2 drdθ
0 0
Z 2πZ 1
= k r5 drdθ
0 0
Z 2π h 6 i1
r
= k dθ
0 6 0
k
= · 2π
6
kπ
= .
3
7.
Solução:
Como W é homogêneo então a densidade é constante, isto é, δ(x, y, z) = k. Da
definição de momento de inércia em relação ao eixo z, temos
ZZZ ZZZ
2 2
Iz = x + y δ(x, y, z) dV = k x2 + y 2 dV
W W
2 2 2
onde W = (x, y, z) | x + y + z ≤ 4 .
256
Passando para coordenadas esféricas, temos:
x = ρ sen φ cos θ
y = ρ sen φ sen θ
.
z = ρ cos φ
dV = ρ2 sen φ dρdφdθ
Então: ZZZ
Iz = k ρ2 sen2 φ ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
ZZZ
= k ρ4 sen3 φ dρ dφ dθ
Wρφθ
Z π Z 2 Z 2π
3 4
= k sen φ ρ dθdρdφ
0 0 0
Z π h i2
ρ5 3
= 2kπ sen φ dφ
0 5 0
Z π
64kπ
= sen2 φ sen φ dφ
5 0
Z π
64kπ
= 1 − cos2 φ sen φ dφ .
5 0
Fazendo u = cos φ temos du = − sen φ dφ. Para θ = 0, temos u = 1 e para
θ = π, temos u = −1. Então:
Z 1 Z 1
64kπ 2
64kπ
Iz = 1 − u (−du) = 1 − u2 du
5 −1 5 −1
h i1
64kπ u3
= u−
5 3 −1
256kπ
= .
15
8.
Solução:
a) Temos γ ′ (t) = (−4 sen t, 4 cos t, 3), donde
√ √ √
kγ ′ (t)k = 16 sen2 t + 16 cos2 t + 9 = 16 + 9 = 25 = 5 .
257
Como ds = kγ ′ (t)k dt então ds = 5 dt. A massa M é dada por
Z
M = δ(x, y, z)ds
C
Z
= x2 + y 2 ds
C
Z 4π
= 16 cos2 t + 16 sen2 t 5 dt
0
Z 4π
= 80 dt = 320π .
0
= 5120π
= 16M .
9.
Solução:
De x2 + y 2 + z 2 = 2(x + y) temos (x − 1)2 + (y − 1)2 + z 2 = 2 (que é
√
uma esfera de centro (1, 1, 0) e raio 2 ). Substituindo y = 2 − x em
(x−1)2 +(y−1)2 +z 2 = 2, temos (x−1)2 +(1−x)2 +z 2 = 2 ou 2(x−1)2 +z 2 = 2
donde (x − 1)2 + z 2 /2 = 1 (elipse) representa a projeção de C no plano xz.
Então, se (x, y, z) ∈ C, x e z satisfazem à equação (x − 1)2 + z 2 /2 = 1. Logo,
√
x = 1 + cos t e z = 2 sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como y = 2 − x então
y = 1 − cos t. Assim, uma parametrização de C é
√
γ(t) = (1 + cos t, 1 − cos t, 2 sen t) , 0 ≤ t ≤ 2π .
√
Temos γ ′ (t) = (− sen t, sen t, 2 cos t), donde
√ √
kγ ′ (t)k = sen2 t + sen2 t + 2 cos2 t = 2.
258
√
Logo, ds = kγ ′ (t)kdt = 2 dt. Então,
Z Z 2π √ √ Z 2π
xy ds = (1 + cos t)(1 − cos t) 2 dt = 2 1 − cos2 t dt
C 0 0
√ Z 2π
= 2 sen2 t dt
0
√ 1
h
sen 2t
i2π
= 2· t−
2 2 0
√
= 2 π.
10.
Solução:
√
2 2 3/2
De γ(t) = t cos t , t sen t , 3
t temos
′
√ 1/2
γ (t) = cos t − t sen t , sen t + t cos t , 2 t
donde
kγ ′ (t)k =
√
= cos2 t − 2t sen t cos t + t2 sen2 t + sen2 t + 2t sen t cos t + t2 cos2 t + 2t
p
= 1 + t2 (sen2 t + cos2 t) + 2t
√
= 1 + t2 + 2t
p
= (1 + t)2
= |1 + t|
=1+t
259
Aula 9
1.
Solução:
De 4x2 + 25y 2 = 100, temos x2 /25 + y 2 /4 = 1. Então, γ(t) = (5 cos t, 2 sen t),
com 0 ≤ t ≤ 2π é uma parametrização da elipse no sentido anti-horário. O
trabalho é dado por
Z Z
−
→ −
W = F · d→
r = − 3y dx + 3x dy
C C
Z 2π
= (−6 sen t)(−5 sen t) + (15 cos t)(2 cos t) dt
0
Z 2π
= 30 sen2 t + 30 cos2 t dt
0
Z 2π
= 30 dt
0
= 60π .
2.
Solução:
Z
→ →
Temos que W = F · d r . Para calcular a integral, dividimos C em quatro
C
caminhos C1 , C2 , C3 e C4 , conforme a figura a seguir.
C3
a
C4 C2
a x
C1
260
O caminho C1 tem equação vetorial (ou parametrização) σ(t) = (t, 0), com
t ∈ [0, a]. Portanto,
Z Z a Z a
→ → →
′
F · d r= F (σ(t)) · σ (t) dt = t2 , 0 · (1, 0) dt
C1 0 0
Z a
= t2 dt
0
h 3 ia
t
=
3 0
3
a
= .
3
O caminho C2 tem equação vetorial σ(t) = (a, t), com t ∈ [0, a]. Portanto,
Z Z a Z a
→ → →
′
F · d r= F (σ(t)) · σ (t) dt = a2 − t2 , 2at · (0, 1) dt
C2 0 0
Z a
= 2at dt
0
h ia
= at2
0
= a3 .
O caminho C3 tem equação vetorial σ(t) = (a − t, a), com t ∈ [0, a]. Portanto,
Z Z a
→ → →
′
F ·d r = F (σ(t)) · σ (t) dt
C3 0
Z a
= (a − t)2 − a2 , 2a(a − t) · (−1, 0) dt
0
Z a
= 2at − t2 dt
0
h ia
2t3
= at −
3 0
2a3
= .
3
O caminho C4 tem equação vetorial σ(t) = (0, a − t), com t ∈ [0, a]. Portanto,
Z Z a
→ → →
′
F · dr = F (σ(t)) · σ (t) dt
C4 0
Z a
= − (a − t)2 , 0 · (0, −1) dt
0
Z a
= 0 dt
0
= 0.
261
Logo,
Z
→ →
W = F · dr
C
Z Z Z Z
→ → → → → → → →
= F · dr + F · dr + F · dr + F · dr
C1 C2 C3 C4
a3 2a3
= + a3 −
3 3
= 2a3 u.ω.
3.
y
Solução:
C3 (1, 1)
Temos C = C1 ∪ C2 ∪ C3 . Então
I Z Z Z C2
−
→ − → −
→ − → −
→ − → −
→ −
F ·d r = F ·d r + F ·d r + F ·d→
r .
C+ C1 C2 C3
(0, 0) (1, 0) x
C1
Z
−
→ −
Cálculo de F · d→
r
C1
Z
−
→ −
Cálculo de F · d→
r
C2
Z
−
→ −
Cálculo de F · d→
r
C3
262
Z Z Z
−
→ − −
→ −
F · d→
r =− F · d→
r = − x2 dx + (x + y) dy
C3 C3− C3−
Z
= − x2 dx + (x + x) dx
C3−
Z
= − (x2 + 2x) dx
C3−
Z 1
= − (x2 + 2x) dx
0
1
x3
= − + x2
3 0
h1 i 4
= − +1 =− .
3 3
Portanto Z
−
→ − 1 3 4 1
F · d→
r = + − = .
C 3 2 3 2
4.
Solução:
A figura que se segue mostra um esboço da curva C.
z
z
C 8
8 C
(x, y, z)
(x, y, z) 4 4
8 y
x
y x
x2 + y 2 + (4 − y)2 = 16 ⇒ x2 + 2y 2 − 8y = 0
x2 + y 2 + (z − 4)2 = 16
⇔ ⇒ x2 + 2(y − 2)2 = 8
z =8−y
x2 (y − 2)2
⇒ + =1
8 4
263
√
que é uma elipse de centro (0, 2) e semi-eixos 2 2 e 2. Esta elipse é a projeção
de C sobre o plano xy.
Temos √
x = 2 2 cos t
y = 2 + 2 sen t
z = 8 − (2 + 2 sen t) = 6 − 2 sen t
Então
Z
zdx + ydy − xdz =
C
Z 2π h √ √ i
= (6 − 2 sen t)(−2 2 sen t) + (2 + 2 sen t)2 cos t − 2 2 cos t(−2 cos t) dt
0
Z 2π √ √ √
= − 12 2 sen t + 4 2 sen2 t + 4 cos t + 4 sen t cos t + 4 2 cos2 t dt
0
Z 2π √ √
= 4 2 − 12 2 sen t + 4 cos t + 4 sen t cos t dt
0
h √ √ i2π
= 4 2 t + 12 2 cos t + 4 sen t + 2 sen2 t
0
√
= 8 2π .
5.
Solução:
Ao interceptar a esfera x2 + y 2 + z 2 = 2(x + y) com o plano x + y = 2, obtém-se:
(2 − y)2 + y 2 + z 2 = 4 ⇒ 2y 2 − 4y + z 2 = 0
⇒ 2(y − 1)2 + z 2 = 2
z2
⇒ (y − 1)2 + =1
2
264
z z
C C
2 y 2 y
2 2
x x
Portanto:
−
√
C : γ(t) = 1 − cos t, 1 + cos t, 2 sen t , 0 ≤ t ≤ 2π
√
γ ′ (t) = sen t, − sen t, 2 cos t .
Tem-se:
Z
−
→ −
W = F · d→
r
C
Z
−
→ −
= − F · d→
r
C−
Z 2π
−
→
= − F (γ(t)) · γ ′ (t) dt
0
Z 2π √ √
= − 1 + cos t, 2 sen t, 1 − cos t · sen t, − sen t, 2 cos t dt
0
Z 2π √ √ √
= − sen t + sen t cos t − 2 sen2 t + 2 cos t − 2 cos2 t dt
0
√
= − − 2 · 2π
√
= 2 2π u.ω.
265
6.
Solução:
Esboçando os dois cilindros, vemos que A1 = (1, 0, 0), A2 = (−1, 0, 0)
e A3 = (0, 1/2, 1) são pontos de interseção. Ligando-os encontramos C.
z z
1 1 C
A3
1/2
−1 −1 A2
A1
1/2 1/2
x 1 y x 1 y
y Projeção de C no plano xy
1/2
x2 + 4y 2 = 1
−1 1 x
2
x2 + y = 1 com y ≥ 0
1/4
x2 + z 2 = 1 com z ≥ 0
√
então x = cos t e y = (1/2) sen t, com 0 ≤ t ≤ π. Como z = 1 − x2
√ √
então temos que z = 1 − cos2 t = sen2 t = sen t. Logo, obtemos que
γ(t) = (cos t, (1/2) sen t, sen t), com 0 ≤ t ≤ π é uma parametrização de
C, orientada de A1 para A2 . Temos dx = − sen t dt, dy = (1/2) cos t dt e
dz = cos t dt. Então
266
Z
− 2y dx + 3z dy + x dz =
C
Z π
1 1
= −2 · sen t (− sen t) + (3 sen t) · cos t + (cos t)(cos t) dt
0 2 2
Z π
2 3 2
= sen t + sen t cos t + cos t dt
0 2
Z π
3
= 1 + sen t cos t dt
0 2
3 sen2 t π
h i
= t+ ·
2 2 0
= π.
7.
Solução:
Temos
2 − x se x ≤ 2
|2 − x| =
−2 + x se x > 2
Então
2 − (2 − x) = x se 0 ≤ x ≤ 2
C: y=
2 − (−2 + x) = 4 − x se 2 < x ≤ 4 .
y
2
2 4 x
−
→
Pela expressão de F , vemos que calcular diretamente a integral é uma tarefa
−
→
penosa. Surge então uma pergunta natural: F é conservativo? Ou existirá
−
→
alguma função potencial de F ?
Observe que
∂Q ∂P
− = (sen xy − xy cos xy − 2y) − (sen xy − xy cos xy − 2y) = 0 .
∂x ∂y
→ ∂Q ∂P −
− → − → −
→
Logo, rot F = − k = 0 . Isto significa que F pode ser conservativo.
∂x ∂y
267
Então, tentemos resolver
∂ϕ
= y sen xy − y 2 − 3 (1)
∂x
∂ϕ
= x sen xy − 2xy (2)
∂y
Integrando (1) e (2) em relação a x e y respectivamente, temos
De (3) e (4), vemos que se f (y) = 0 e g(x) = −3x então temos que
−
→
ϕ(x, y) = − cos(xy) − xy 2 − 3x é uma função potencial de F . Logo, o trabalho
é dado por
Z
−
→ −
W = F · d→ r = ϕ(0, 0) − ϕ(4, 0)
C
= −1 + 13 = 12 u.w.
8.
Solução:
a) Devemos resolver
∂ϕ
= −4xe3y + zexz (1)
∂x
∂ϕ
= −6x2 e3y + 4y 2 (2)
∂y
∂ϕ
= xexz + cos(z) (3)
∂z
Integrando (1), (2) e (3) em relação a x, y e z, respectivamente, temos
268
Então temos que ϕ(x, y, z) = −2x2 e3y + exz + (4/3)y 3 + sen z é uma função
−
→
potencial de F .
b) Então
Z
−
→ −
F · d→
r = ϕ (γ(1)) − ϕ (γ(0))
C
π
= ϕ 0, 1, − ϕ(2, 0, 0)
2
4
= 0 + 1 + + 1 − (−8 + 1 + 0 + 0)
3
10
= +7
3
31
= .
3
9.
Solução:
−
→ −
→
Seja F (x, y) = 2xy, x2 , com (x, y) ∈ R2 . Se provarmos que F é um campo
−
→
conservativo, então por propriedade, temos que a integral de linha de F é in-
−
→
dependente do caminho. Para isso, basta provar que F admite uma função
−
→ −
→
ϕ(x, y), tal que ∇ϕ = F em R2 , dita função potencial de F . Então, devemos
−
→
resolver o sistema ∇ϕ = F em R2 , isto é,
∂ϕ
= 2xy (1)
∂x
∂ϕ = x2
(2)
∂y
ϕ(x, y) = x2 y + f (y)
ϕ(x, y) = x2 y + g(x)
Z
−
→
F · d~r = ϕ(1, 4) − ϕ(2, −1) = 12 · 4 − 22 (−1) = 4 + 4 = 8 .
C
269
10.
Solução:
Como é extremamente difı́cil calcular a integral via definição, procuremos saber
−
→ −
→
se o campo F é conservativo, isto é, se existe ϕ(x, y, z) tal que ∇ϕ = F em
−
→
R3 = dom F . Devemos resolver o seguinte sistema:
∂ϕ
= 2x sen z (1)
∂x
∂ϕ
= z 3 − ey (2)
∂y
∂ϕ
= x2 cos z + 3yz 2
(3)
∂z
ϕ(x, y, z) = x2 sen z + y z 3 − ey
−
→ −
→
é uma função potencial de F e, portanto F é conservativo. Logo,
Z
−
→
F · d~r = ϕ(γ(1)) − ϕ(γ(0))
C
= ϕ(1, 0, 2) − ϕ(0, 0, 1)
= 12 sen 2 + 0 − e0 − 0 + 0 − e0
= sen 2 − 1 + 1
= sen 2 .
270
Aula 10
1.
Solução:
Devemos verificar que
I ZZ
→ → ∂Q ∂P
F · dr = ∂x
−
∂y
dxdy
C+ D
onde
→ 2 2
2 3 2
F = (P, Q) = xy − x y , xy ,
3
1
y=x
C3 C2
D
C1 1 x
Z
→ →
Cálculo de F · dr
C1
Z Z 1 → Z 1 Z 1
→ → ′
F · dr = F (σ(t)) · σ (t) dt = (0, 0) · (1, 0) dt = 0 dt = 0 .
C1 0 0 0
271
Z
→ →
Cálculo de F · dr
C2
Z Z 1 →
→ → ′
F · dr = F (σ(t)) · σ (t) dt
C2 0
Z 1
2 3
= t − t , t2 · (0, 1) dt
0 3
Z 1
= t2 dt
0
h 3 i1
t
=
3 0
1
= .
3
Z
→ →
Cálculo de F · dr
C3
Z Z 1
→ → 2 2
F · dr = (1 − t)4 − (1 − t)3 , (1 − t)4 · (−1, −1) dt
C3 0 3 3
Z 1
5 2
= − (1 − t)4 − (1 − t)3 dt
0 3 3
h i1
5 (1 − t)5 2 (1 − t)4
= · − ·
3 5 3 4 0
1 1
= − +
3 6
1
= − .
6
Portanto,
I
→ → 1 1 1
F · dr = 0 + 3 − 6 = 6 (1)
C+
272
Por outro lado,
ZZ ZZ h i
∂Q ∂P 2
− dxdy = 2xy 2 − 3xy 2 − x2 dxdy
D ∂x ∂y D 3
ZZ
2
= 2xy − 2xy + x2
2 2
dxdy
D 3
ZZ
2
= x2 dxdy
3 D
Z 1Z x
2
= x2 dydx
3 0 0
Z 1
2
= x3 dx
3 0
h i1
2 x4
=
3 4 0
1
= .
6
ou ZZ
∂Q ∂P 1
− dxdy = (2)
D ∂x ∂y 6
x = y4 + 1
D C = ∂D
1 2 x
−1
273
→ y
e
Como F = (P, Q) = , ey ln x + 2x é de classe C 1 no conjunto aberto
x
U = (x, y) ∈ R2 | x > 0 contendo D e C = ∂D está orientada positivamente,
então podemos aplicar o teorema de Green. Temos, então que:
I ZZ
→ → ∂Q ∂P
F · d r = − dxdy
C+ ∂x
D ∂y
ZZ
ey ey
= +2− dxdy
D x x
ZZ
= 2 dxdy .
D
Então: I Z Z
→ 1 2
→
F · dr = 2 dxdy
C+ −1 y 4 +1
Z 1
= 2 1 − y 4 dy
−1
y5 1
h i
= 2 y−
5 −1
2
= 2 2−
5
16
= .
5
3.
Solução:
O esboço da região D está representado na figura que se segue.
2
D
−2 −1 2 x
274
Façamos a interseção das curvas y = x2 e y = x + 2:
(
y = x2
⇒ x2 = x + 2 ⇒ x2 − x − 2 = 0 ⇒ x = −1 ou x = 2 .
y =x+2
−
→ p
Como F = (P, Q) = y − x + arctg x , 2x − y + 1 + y 2 é de classe C 1
em R2 e ∂D = C está orientada positivamente, podemos aplicar o Teorema de
Green. Como
∂Q ∂P
− = 2 − 1 = 1,
∂x ∂y
então
I ZZ ZZ
∂Q ∂P
I= P dx + Q dy = − dxdy = dxdy
C+ D ∂x ∂y D
Então: Z Z Z
2 x+2 2
I= dydx = x + 2 − x2 dx
−1 x2 −1
h i2
x2 x3
= + 2x −
2 3 −1
8 1 1
= 2+4− − −2+
3 2 3
9
= .
2
4.
Solução:
O esboço de D está representado na figura que se segue.
275
y
3
1111111111111111111111111
0000000000000000000000000
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
2
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
D
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
−5 1111111111111111111111111
0000000000000000000000000
2 5 x
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
−2
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
0000000000000000000000000
1111111111111111111111111
−3
−
→ 2
Como F = (P, Q) = 2xy + ex , x2 + 2x + cos y 2 é um campo de classe C 1
em R2 e ∂D está orientada positivamente, podemos aplicar o Teorema de Green.
Tem-se
∂Q
= 2x + 2
∂x
∂P
= 2x
∂y
donde
∂Q ∂P
− = 2.
∂x ∂y
Então, pelo Teorema de Green, tem-se:
ZZ
∂Q ∂P
I = − dxdy
D ∂x ∂y
ZZ
= 2 dxdy
D
= 22π .
276
5.
Solução:
A curva C está ilustrada na figura que se segue.
y
(0, 2)
(0, 0)
C1
(4, 0) x
Não é fácil calcular a integral pela definição. Então procuremos uma alternativa
para resolvê-la. Como o teorema de Green só se aplica em curvas fechadas,
consideremos a curva fechada C = C ∪ C1 , onde C1 é o segmento de reta que
liga (0, 0) a (4, 0) parametrizada por σ(t) = (t, 0), com 0 ≤ t ≤ 4.
Seja D e região limitada por C.
y
D C
C1 4 x
= A(D)
1
= ×4×2
2
= 4.
277
Mas Z Z
→ 4 →
→ ′
F · dr = F (σ(t)) · σ (t) dt
C1 0
Z 4
= (0 , ln(1 + t)) · (1, 0) dt
0
Z 4
= 0 dt = 0 .
0
Logo: Z
→ →
F · dr = 4 .
C
6.
Solução:
→
a) Observe que F é de classe C 1 no aberto U = R2 − {(0, 0)}. Como C1 envolve
(0, 1), vemos que a região limitada por C1 não está contida um U , conforme a
figura a seguir.
(0, 2)
(0, 1)
= −π .
278
b) Como C2 também envolve (0, 1) não podemos aplicar o teorema de Green.
Calcular a integral por definição é uma tarefa difı́cil, portanto usemos o seguinte
procedimento: isolamos o ponto (0, 1) com a curva C1 do item (a) e consi-
deramos a região D que não contém (0, 1), limitada por C1 e C2 . Orientamos
positivamente ∂D = C1 ∪C2 (C2 no sentido anti-horário e C1 no sentido horário)
e, finalmente, usamos o teorema de Green.
y
4
2
C2
1 C1
D
4 x
Temos então
I I ZZ
→ → → → ∂Q ∂P
F · dr + F · dr = − dxdy
C2+ C1− D ∂x ∂y
ZZ
x2 − (y − 1)2 x2 − (y − 1)2
= 2 − 2 + 1 dxdy
D (x2 + (y − 1)2 ) (x2 + (y − 1)2 )
ZZ
= dxdy
D
= A(D)
= 16π − π
= 15π
ou I I
→ → → →
F · dr − F · d r = 15π .
C2+ C1+
donde I
→ →
F · d r = 14π .
C2+
279
7.
Solução:
a) Observe que calcular a integral por definição é complicado. Por outro lado,
tem-se:
∂Q 2xy ∂P
=− 2 = .
∂x 2
x +y 2 ∂y
−
→
Porém, o dom F = R2 − {(0, 0)} não é simplesmente conexo. Logo, não pode-
mos usar o teorema das equivalências. Então, tentemos encontrar uma função
ϕ(x, y) tal que
∂ϕ x
∂x = x2 + y 2 (1)
−
→
∇ϕ = F ⇔
∂ϕ = y
2 2
(2)
∂y x +y
∂ϕ = 1 ln x2 + y 2 + B(x)
∂y 2
1
ϕ(x, y) = ln x2 + y 2
2
−
→
é uma função potencial de F . Então,
Z
−
→ −
F · d→
r = ϕ γ(π) − ϕ γ(0)
C
= ϕ eπ , 0 − ϕ(1, 0)
1 1
= ln e2π − ln 1
2 2
2π
= ln e
2
= π.
−
→
b) Seja F = (P, Q) = 7x6 y, x7 . Então,
∂Q ∂P
= 7x6 = .
∂x ∂y
280
−
→
Como dom F = R2 é simplesmente conexo então, do teorema das equivalências,
−
→
F é conservativo com uma função potencial dada por ϕ(x, y) = x7 y (por
inspeção). Logo:
Z
7x6 y dx + x7 dy = ϕ γ(1) − ϕ γ(0)
C
= 1−0
= 1.
8.
Solução:
−
→
Pondo F (x, y) = 2y/x3 , −1/x2 , vemos que o seu domı́nio é D = R2 − eixo y.
−
→
Vemos também que ∂Q/∂x = −(−2x)/x4 = 2/x3 = ∂P/∂y, donde rot F =
−
→
0 . Mas D não é um conjunto simplesmente conexo. Logo, não podemos usar
o teorema das quatro equivalências. Então, tentemos encontrar uma função
−
→
potencial de F . Devemos ter
∂ϕ 2y
= 3 (1)
∂x x
∂ϕ 1
=− 2 (2)
∂y x
Integrando (1) e (2) em relação a x e y respectivamente, temos
y
ϕ(x, y) = − + f (y)
x2
y
ϕ(x, y) = − + g(x)
x2
9.
Solução:
−
→
Pondo F (x, y) = 3 + 2xy, x2 − 3y 2 , vemos que o seu domı́nio é o R2 , que
é um conjunto simplesmente conexo. Vemos que ∂Q/∂x = 2x = ∂P/∂y,
281
−
→ −
→
donde rot F = 0 . Logo, pelo teorema das quatro equivalências, segue que a
integral é independente do caminho. Também do teorema das equivalências
−
→
temos que F é um campo conservativo com uma função potencial
ϕ(x, y) = 3x + x2 y − y 3 (Verifique!) Logo,
I = ϕ (σ(π)) − ϕ (σ(0)) = ϕ(0, −eπ ) − ϕ(0, 1) = −e3π − (−1) = 1 − e3π .
10.
Solução:
Z
−
→ −
Sabemos que o trabalho é dado por W = F · d→
r . Mas é impossı́vel calcular
C
diretamente a integral pois não conhecemos a equação de C. Como nós temos
∂Q ∂P −
→
que − = 2 − 3xy 2 6= 0, então F não é conservativo. Assim, só nos resta
∂x ∂y
aplicar o Teorema de Green. Para isso, devemos fechar a curva por um segmento
de reta sobre o eixo x, de (−4, 0) a (4, 0).
y
C
D
(−4, 0) (4, 0) x
C1
−
→
Seja D a região limitada por C = C ∪ C1 . Como F é de classe C 1 em R2 e C é
a fronteira de D e está contida em R2 e está orientada no sentido anti-horário,
podemos aplicar o Teorema de Green. Então, temos:
I I 2
−
→ − → x 3
F ·dr = + xy dx + 2x + arctg y dy
C
+
C
+
|4 {z } | {z
Q
}
P
ZZ
∂Q ∂P
= − dxdy
D ∂x ∂y
ZZ
= 2 − 3xy 2 dxdy
D
ZZ ZZ
= 2 dxdy − 3xy 2 dxdy .
D D
282
Assim, Z Z
−
→ − −
→ −
F · d→
r + F · d→
r = 2 A(D) = 2 · 16 = 32 .
C C1
Z
−
→ −
Cálculo de F · d→
r
C1
2 · 43
=
12
32
= .
3
Logo, Z
−
→ − 32 64
W = F · d→
r = 32 − = .
C 3 3
Aula 11
1.
Solução:
a) A superfı́cie S está ilustrada na figura a seguir.
z
2
S
1
√
π/3 3
−2 2 y
2
x
283
Usando φ e θ como parâmetros, temos
com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 3.
Uma outra forma de definir S é usando as coordenadas r e θ. Temos:
√
S : ϕ(r, θ) = r cos θ, r sen θ, 4 − r2
0 ≤ r ≤ √3
com .
0 ≤ θ ≤ 2π
√
3/2
−1/2 1/2
1 y
1
x
284
Usando as coordenadas x e y para definir S, temos:
p
ϕ(x, y) = x, y, 3(x2 + y 2 )
1 2
1 y
2
x
Uma parametrização é dada por
S : ϕ(x, y) = (x, y, 2 − x − y)
com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1.
Outra parametrização:
285
z
S
2
−8 x
2
2
4
com
0 ≤ θ ≤ 2π
cos θ
0≤z ≤2+ − sen θ
2
e) A superfı́cie S está ilustrada na figura a seguir.
z
S
y
2
1
x
Seja (x, y, z) ∈ S. Então x e y satisfazem x2 + y 2 = 2y ou x2 + (y − 1)2 = 1.
Logo,
x = cos t
y = 1 + sen t
com
0 ≤ t ≤ 2π
0 ≤ z ≤ 2(1 + sen t)
2.
Solução:
a) As equações paramétricas de S são:
x = v cos u
y = v sen u
z = 1 − v2
−
→ ∂ϕ ∂ϕ
N (0, 1) = (0, 1) × (0, 1)
∂u ∂v
= (−v sen u, v cos u, 0) × (cos u, sen u, −2v)
(0,1)
= (−2, 0, −1)
⇒ −2(x − 1) − z = 0
⇒ 2x + z − 2 = 0 .
287
Equação da reta normal a S em ϕ(0, 1) = (1, 0, 0)
−
→
Da fórmula (x, y, z) − ϕ(0, 1) = λ N (0, 1), com λ ∈ R temos:
(x, y, z) − (1, 0, 0) = λ(−2, 0, −1) ,
com λ ∈ R, que é a equação vetorial da reta normal ou
x = 1 − 2λ
y=0
z = −λ
1 1
x y
D
b) Temos
∂ϕ ∂ϕ
ϕ (1/2, 1/4) = (1/2, 1/4, 15/16) , (u, v) = (1, 0, 0), (u, v) = (0, 1, −2v)
∂u ∂v
donde,
−
→ −
→ −
→
i j k
∂ϕ ∂ϕ
× = 1 0 0 = (0, 2v, 1) .
∂u ∂v
0 1 −2v
288
∂ϕ ∂ϕ
Logo, × (1/2, 1/4) = (0, 1/2, 1) é um vetor normal a S em ϕ (1/2, 1/4).
∂u ∂v
Portanto, uma equação do plano tangente a S em ϕ (1/2, 1/4) é dada por
h i
1 1 ∂ϕ 1 1 ∂ϕ 1 1
(x, y, z) − ϕ , · , × , =0
2 4 ∂u 2 4 ∂v 2 4
ou x − 21 , y − 14 , z − 15
16
· 0, 1
2
, 1 = 0 ou, y + 2z = 17
8
.
c) Temos
ZZ
ZZ √
∂ϕ ∂ϕ
A(S) =
×
dudv = 1 + 4v 2 dudv
D ∂u ∂v D
u=1−v
1 u
Logo,
Z 1Z 1−v √ Z 1 √
A(S) = 1+ 4v 2 dudv = (1 − v) 1 + 4v 2 dv
0 0 0
Z 1 √ 1 √ Z
= 1 + 4v 2 dv − v 1 + 4v 2 dv .
|0 {z } | 0
{z }
I1 I2
Cálculo de I1
289
Do Cálculo II, temos
Z
1 1
sec3 θ dθ = sec θ tg θ + ln(sec θ + tg θ) + C (Verifique!)
2 2
Logo, h iarctg 2
1 1 1
I1 = sec θ tg θ + ln(sec θ + tg θ) .
2 2 2 0
Cálculo de I2
Temos que:
Z 1 √ Z 1 1/2
I2 = v 1 + 4v 2 dv = v 1 + 4v 2 dv
0 0
Como d 1 + 4v 2 = 8v dv então
Z 1
1 1/2
I2 = 1 + 4v 2 d 1 + 4v 2
8 0
h i1
1 2 2 3/2
= · 1 + 4v
8 3 0
√
1
= 5 5−1 .
12
Assim,
A(S) = I1 − I2
√ √ √
5 1 5 5 1
= + ln 2 + 5 − +
2 4 12 12
√ √
5 1 1
= + ln 2 + 5 + u.a.
12 4 12
290
4.
Solução:
a) Parametrizando a curva C contida no plano xz, temos C : x(t) = a + b cos t,
y(t) = 0 e z(t) = b sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Sabemos que uma parametrização
de S é dada por
com (t, θ) ∈ D : 0 ≤ t ≤ 2π e 0 ≤ θ ≤ 2π ou
−
→ −
→ −
→
i j k
ϕt × ϕθ = −b sen t cos θ −b sen t sen θ b cos t =
−(a + b cos t) sen θ (a + b cos t) cos θ 0
= (−b(a + b cos t) cos θ cos t, −b(a + b cos t) sen θ cos t, −b(a + b cos t) sen t)
donde
√
kϕt × ϕθ k = b(a + b cos t) cos2 θ cos2 t + sen2 θ cos2 t + sen2 t
p
= b(a + b cos t) cos2 t (cos2 θ + sen2 θ) + sen2 t
= b(a + b cos t) .
ZZ
Como A(S) = kϕt × ϕθ k dtdθ, então:
D
291
ZZ
A(S) = b(a + b cos t) dtdθ
D
Z 2πZ 2π
= b (a + b cos t) dθdt
0 0
Z 2π
= 2πb (a + b cos t) dt
0
2π
= 2πb at + b sen t 0
= 2πb(2πa)
= 4π 2 ab u.a.
5.
Solução:
O esboço da superfı́cie S pode ser visto na figura a seguir.
z
2 y
2
D
x
S : z = 2(x2 + y 2 ) = f (x, y) ,
com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 4. Como
s 2 2
ZZ
∂f ∂f
A(S) = 1+ + dx dy
D ∂x ∂y
então
ZZ p ZZ p
A(S) = 2 2
1 + (4x) + (4y) dx dy = 1 + 16x2 + 16y 2 dx dy .
D D
292
Em coordenadas polares, temos
ZZ √
A(S) = 1 + 16r2 r dr dθ
Drθ
Z 2Z 2π 1/2
= (1 + 16r2 ) r dθdr
0 0
Z 2
2π 1/2
= (1 + 16r2 ) d 1 + 16r2
32 0
h i2
π 2 3/2
= · (1 + 16r2 )
16 3 0
π √
= (65 65 − 1) u.a.
24
6.
Solução:
Fazendo a interseção das superfı́cies temos:
(
x2 + y 2 + z 2 = 2
2 2
⇔ z 2 + z − 2 = 0 ⇔ z = 1 pois z ≥ 0 .
z =x +y
φ
√
2
1 y
1 π
tg φ = =1⇒φ= .
D 1 4
293
com
(
0 ≤ θ ≤ 2π
(φ, θ) ∈ D :
0 ≤ φ ≤ π/4
ZZ ZZ Z π Z 2π
A(S) = dS = 2 sen φ dφdθ = 2 sen φ dθdφ
S S 0 0
Z π
= 4π sen φ dφ
0
π
= 4π − cos φ 0
= 8π u.a.
7.
Solução:
O esboço da superfı́cie S está representado na figura que se segue.
1
1
2
2
y
x
D
294
p
Podemos definir S por S : z = x2 + y 2 = f (x, y), com (x, y) ∈ D onde D é
dada pela figura que se segue
2 E
1 B D
A C
O 1 2 x
Portanto:
ZZ q
A(S) = 1 + (fx )2 + (fy )2 dxdy
D
ZZ r 2 2
x y
= 1+ + dxdy
D x2 + y 2 x2 + y 2
ZZ r
x2 + y 2
= 1 + 2 2 dxdy
D x +y
ZZ √
= 2 dxdy
D
√
= 2 A(D)
√
= 2 (área ∆OCE − área ∆OAB)
√ 1 1
= 2 ·2·2− ·1·1
2 2
√
3 2
= u.a.
2
8.
Solução:
a) Adotando x e y como parâmetros, temos:
x2 + y 2
S : ϕ(x, y) = x, y, ,
2 }
| {z
f (x,y)
295
Observe a figura a seguir.
k
S
D √
2k y
b) Como
ZZ r 2 2
∂f ∂f
A(S) = 1+ + dxdy ,
D ∂x ∂y
então:
ZZ p
A(S) = 1 + x2 + y 2 dxdy
D
ZZ √
= 1 + r2 r drdθ (coordenadas polares)
Drθ
Z 2πZ √
2k
1 r/2
= 1 + r2 d 1 + r2 dθ
2 0 0
Z 2π h i√2k
1 2
2 3/2
= 1+r dθ
2 0 3 0
Z 2π
1
= (1 + 2k)3/2 − 1 dθ
3 0
2π
= (1 + 2k)3/2 − 1 .
3
14π
Como A(S) = , temos:
3
296
2π 14π
(1 + 2k)3/2 − 1 = ⇒ (1 + 2k)3/2 − 1 = 7
3 3
⇒ (1 + 2k)3/2 = 8 = 23
⇒ (1 + 2k)1/2 = 2
⇒ 1 + 2k = 4
⇒ 2k = 3
3
⇒ k= .
2
9.
Solução:
A superfı́cie S está ilustrada na figura que se segue.
z
4
C
S
2 y
2
com (
0 ≤ t ≤ 2π
(t, z) ∈ D : .
0 ≤ z ≤ 4 − 4cos2 t = 4sen2 t
Temos
−
→ −
→ →
−
i j k
∂ϕ ∂ϕ
× = −2 sen t 2 cos t 0 = (2 cos t, 2 sen t, 0)
∂t ∂z
0 0 1
donde
∂ϕ ∂ϕ
×
= 2.
∂t ∂z
297
Como ZZ
∂ϕ ∂ϕ
A(S) =
×
dt dz
D ∂t ∂z
então ZZ Z 2πZ 4sen2 t
A(S) = 2 dt dz = 2 dz dt
D 0 0
Z 2π
= 8 sen2 t dt
0
h i2π
1 sen 2t
= 8· t−
2 2 0
= 8π u.a.
10.
Solução:
O esboço de S é:
z z
S S1
1 2 y 1 2 y
x x
298
com
(
−π/2 ≤ t ≤ π/2
(t, z) ∈ D : p p .
0 ≤ z ≤ cos2 t + (1 + sen t)2 = 2(1 + sen t)
e kϕt × ϕz k = 1.
Como ZZ
A(S1 ) = kϕt × ϕz k dtdz
D
então
ZZ Z π/2 Z √2(1+sen t) Z π/2 p
A(S1 ) = dtdz = dzdt = 2(1 + sen t) dt
D −π/2 0 −π/2
√ Z π/2 √
= 2 1 + sen t dt .
−π/2
Da Trigonometria, tem-se:
t t
1 = cos2+ sen2
2 2
sen t = 2 sen t cos t
2 2
donde
t t t t t t 2
1 + sen t = cos2 + 2 sen cos + sen2 = cos + sen .
2 2 2 2 2 2
Logo:
√
t t
t t
1 + sen t = cos + sen = cos + sen ,
2 2 2 2
pois t ∈ − π/2 , π/2 . Então:
√ Z π/2 t t
√ h t
i
t π/2
A(S1 ) = 2 cos + sen dt = 2 2 sen − 2 cos
−π/2 2 2 2 2 −π/2
π/2
√
t π/2
= 2 2 sen − cos t
2 −π/2 −π/2
√
√
2
= 2 2 2· −0
2
= 4 u.a.
Portanto,
A(S) = 2 · 4 = 8 u.a.
299
Aula 12
1.
Solução:
Temos: −
→ −
→ −
→
i j k
∂ϕ ∂ϕ
× = 1 0 2u = (−2u, 0, 1) .
∂u ∂v
0 1 0
∂ϕ ∂ϕ
√
Donde
×
= 1 + 4u2 . Temos:
∂u ∂v
∂ϕ ∂ϕ
√
dS =
×
dudv = 1 + 4u2 dudv .
∂u ∂v
Então:
ZZ ZZ
p
z − x2 + xy 2 − 1 dS = u2 + 1 − u2 + uv 2 − 1 1 + 4u2 dudv
S D
ZZ p
= uv 2 1 + 4u2 dudv
D
Z 1Z 2 1/2
= u 1 + 4u2 v 2 dvdu
0 0
Z 1 2
2 1/2 v3
= u(1 + 4u ) du
0 3 0
Z 1
8 1 1/2
= · 1 + 4u2 d 1 + 4u2
3 8 0
1 2
h 3/2 i1
= · 1 + 4u2
3 3 0
2
√
= 5 5−1 .
9
2.
Solução:
A superfı́cie S e a sua projeção sobre o plano xy estão ilustradas nas figuras que
se seguem.
300
z y
1
1
S D
1 y 1 x
D
1
x
√ Z 1Z 1−x
= 3 x dydx
0 0
√ Z 1
= 3 x(1 − x) dx
0
√ Z 1
= 3 x − x2 dx
0
√ h x2 x3 i1
= 3 −
2 3 0
√
3
= .
6
3.
Solução:
Uma parametrização da esfera é
com (
0≤φ≤π
(φ, θ) ∈ D :
0 ≤ θ ≤ 2π .
301
Lembramos que (ver Aula 11, exemplo 1) kϕφ × ϕθ k = a2 sen φ. Como
dS = kϕφ × ϕθ k dφdθ então dS = a2 sen φ dφdθ (memorize este resultado).
Logo
ZZ ZZ
2 2
x + y dS = a2 sen2 φ cos2 θ + a2 sen2 φ sen2 θ a2 sen φ dφdθ
S D| {z }
= a2 sen2 φ
ZZ
4
= a sen3 φ dφdθ
D
Z π Z 2π
4 3
= a sen φ dθdφ
0 0
Z π
4
= 2πa sen3 φ dφ .
0
Da Trigonometria temos:
sen3 φ = sen2 φ · sen φ = 1 − cos2 φ sen φ .
Então:
ZZ Z π
2 2
4
x +y dS = 2πa 1 − cos2 φ sen φ dφ
S 0
Z π
4
= −2πa 1 − cos2 φ d(cos φ)
0
h iπ
4 cos3 φ
= −2πa cos φ −
3 0
2
= −2πa4 −2 +
3
8πa4
= .
3
4.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
302
z
S
2
D
1 1
2 y
x
π
= .
4
√
2π
Logo, M = u.m.
4
303
5.
Solução:
Inicialmente, encontremos a interseção:
(
z 2 = x2 + y 2
2 2
⇔ z 2 − 4z + 3 = 0 ⇔ z = 1 ou z = 3
4z = x + y + 3
Logo, o cone intercepta o parabolóide no plano z = 1, segundo uma circun-
ferência de raio 1 e também no plano z = 3, segundo uma circunferência de
raio 3. Portanto, a parte do cone que está acima do parabolóide é:
z
S
1
D 1 3 y
Neste caso, q
dS = 1 + (zx )2 + (zy )2 dxdy
onde
x y
zx = p e zy = p 2 2
x2 + y 2 x +y
donde
x2 + y 2
1 + (zx )2 + (zy )2 = 1 + 2 2 = 2 .
x +y
p √
Portanto, no caso do cone z = x2 + y 2 temos que dS = 2 dxdy. Assim:
ZZ ZZ ZZ p √
f (x, y, z) dS = z dS = x2 + y 2 · 2 dxdy
S S D
√ ZZ p
= 2 x2 + y 2 dxdy .
D
304
Para calcular a integral dupla, usamos coordenadas polares. Temos:
ZZ p ZZ Z 1Z 2π h 3 i1
r 2π
2 2
x + y dxdy = r · r drdθ = r2 dθdr = 2π = .
D Drθ 0 0 3 0 3
Logo, ZZ √
2 2π
f (x, y, z) dS = .
S 3
6.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
z
C1
S1
1 y
1
S2
C2
x
Tem-se:
ZZ ZZ p
M= ρ(x, y, z) dS = x2 + y 2 dS
S S
ZZ p ZZ p
= 2 2
x + y dS + x2 + y 2 dS .
S1 S2
ZZ p
Cálculo de x2 + y 2 dS
S1
Logo:
305
Então, uma parametrização de S1 é dada por
com
(
0≤t≤1
(t, θ) ∈ D :
0 ≤ θ ≤ 2π .
= t(cos θ, sen θ, 1) .
Logo,
√ √
kϕt × ϕθ k = |t| cos2 θ + sen2 θ + 1 = t 2 ,
pois 0 ≤ t ≤ 1 e, portanto:
√
dS = kϕt × ϕθ k dtdθ = t 2 dtdθ .
Então
ZZ p ZZ √ √
2 2
x + y dS = t2 cos2 θ + t2 sen2 θ t 2 dtdθ
S1 D
√ ZZ 2
= 2 t dtdθ
D
√ Z 1 2Z 2π
= 2 t dθdt
0 0
√ Z 12
= 2 2π t dt
0
√ t
h 3 i1
= 2 2π
3 0
√
2 2π
= .
3
306
ZZ p
Cálculo de x2 + y 2 dS
S2
2π
= .
3
√ √
2 2π 2π 2π
Assim M = + ou M = (1 + 2) u.m.
3 3 3
307
7.
Solução:
A superfı́cie S pode ser vista na figura a seguir.
z
h C
D h
y
x
p
Temos S : z = x2 + y 2 , com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ h2 , x ≥ 0 e y ≥ 0.
√
Donde dS = 2 dxdy. Como
ZZ
Iz = x2 + y 2 k dS ,
S
então
ZZ √ ZZ
2 2
√
Iz = k x +y 2 dxdy = k 2 x2 + y 2 dxdy .
D D
√ Z π/2Z h
= k 2 r3 drdθ
0 0
√ Z π/2 h 4 ih
r
= k 2 dθ
0 4 0
Z
h4 k √
π/2
= 2 dθ
4 0
√
h4 k 2π
= .
8
308
Mas
ZZ √ ZZ √ √ √
k 2 πh2 h2 k 2 π
M= k dS = k 2 dxdy = k 2 A(D) = = .
S D 4 4
M h2
Logo, Iz = .
2
8.
Solução:
Consideremos a esfera centrada em (0, 0, 0). Então tem-se S : x2 +y 2 +z 2 = R2 .
Considerando um diâmetro sobre o eixo z, devemos calcular o momento de inércia
em relação ao eixo z. Tem-se
ZZ ZZ
2 2
Iz = x + y ρ dS = ρ x2 + y 2 dS .
S S
com (
0≤φ≤π
(φ, θ) ∈ D :
0 ≤ θ ≤ 2π .
Tem-se x2 + y 2 = R2 sen2 φ e dS = R2 sen φ dφdθ. Então:
ZZ ZZ
2 2
2
4
Iz = ρ R sen φ · R sen φ dφdθ = ρR sen3 φ dφdθ
D D
Z π Z 2π
4 3
= ρR sen φ dθdφ
0 0
Z π
4
= 2ρπR sen2 φ · (sen φ) dφ
0
Z π
4
= −2ρπR 1 − cos2 φ d(cos φ)
0
h iπ
cos3 φ
= −2ρπR4 cos φ −
3 0
4 2
= −2ρπR −2 +
3
8ρπR4
= .
3
Como S é homogênea, então
309
9.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
R y
R
= 2kπR3 .
310
10.
Solução:
Sem perda de generalidade, podemos considerar a casca cilı́ndrica S conforme
figura a seguir.
z
L/2
a y
a
−L/2
com
0 ≤ t ≤ 2π
(t, z) ∈ D :
−L/2 ≤ z ≤ L/2
L2 t 2π
h i
a2 sen 2t
= kaL t+ +
2 2 12 0
a2 L2
= 2kπaL + .
2 12
311
M a2 M L2
Como M = kA(S) então M = k · 2πaL = 2kπaL. Logo, Iy = + .
2 12
Aula 13
1.
Solução:
O esboço de S está representado na figura a seguir.
−
→
n
S
1 y
1
x
−
→
Como −→
n · k > 0 então − →
n aponta para cima e, portanto, temos que
−
→ (x, y, z)
n = = (x, y, z) pois a = 1. O fluxo é dado por:
a
ZZ ZZ
−
→ − →
F · n dS = (x − y − 4, y, z) · (x, y, z) dS
S S
ZZ
= x2 − xy − 4x + y 2 + z 2 dS
S
ZZ
= x2 + y 2 + z 2 −xy − 4x dS
S
| {z }
= 1
ZZ
= (1 − xy − 4x) dS
S
ZZ ZZ
= dS − (xy − 4x) dS
S S
ZZ
= A(S) − (xy − 4x) dS
S
ZZ
1
= · 4π · 12 − (xy − 4x) dS
2 S
ZZ
= 2π − (xy − 4x) dS .
S
312
ZZ
Ora, para calcular (xy − 4x) dS devemos parametrizar S. Então temos que
S
S : ϕ(φ, θ) = (sen φ cos θ, sen φ sen θ, cos φ), com (φ, θ) ∈ D : 0 ≤ φ ≤ π/2
e 0 ≤ θ ≤ 2π. Também temos que dS = a2 sen φ dφdθ = sen φ dφdθ. Logo:
ZZ
(xy − 4x) dS =
S
ZZ
= sen2 φ sen θ cos θ − 4 sen φ cos θ sen φ dφdθ
D
ZZ ZZ
3
= sen φ sen θ cos θ dφdθ − 4 sen2 φ cos θ dφdθ
D D
Z π/2 Z 2π Z π/2 Z 2π
3 2
= sen φ sen θ cos θ dθdφ − 4 sen φ cos θ dθdφ
0 0 0 0
Z π/2 h i2π Z π/2
3 sen2 θ 2π
= sen φ dφ − 4 sen2 φ sen θ 0 dθ
0 2 0 0
= 0.
Portanto: ZZ
−
→ −
F ·→
n dS = 2π .
S
2.
Solução:
O esboço de S está representado na figura a seguir.
y
1
1
x+y =1
−
→
n S y =1−x
1 y
D
1 1 x
x y=0
313
−
→
dado por N = (−fx , −fy , 1) = (1, 1, 1) Como −
→
n aponta para baixo então
−
→ (−1, −1, −1)
n = √ .
3
q √
Temos que dS = 1 + (fx )2 + (fy )2 dxdy = 3 dxdy . Então:
ZZ ZZ
−
→ − → (−1, −1, −1)
F · n dS = xzey , −xzey , z · √ dS
S S 3
ZZ
xzey − xzey − z
= √ dS
S 3
ZZ
−z
= √ dS
S 3
ZZ
−(1 − x − y) √
= √ · 3 dxdy
D 3
ZZ
= (−1 + x + y) dxdy
D
Z 1Z 1−x
= (−1 + x + y) dydx
0 0
Z 1h i1−x
y2
= − y + xy + dx
0 2 0
−1
= .
6
3.
Solução:
A superfı́cie S está
z ilustrada na figura a seguir:
√
3 2
π/6 1
S
1 √
y 3
2 2 φ 1 π
tg φ = √ ⇒ φ =
3 6
314
Temos:
a=2
dS = a2 sen φ dφ dθ = 4 sen φ dφ dθ .
Como −
→
n é exterior a S, então
−
→ (x, y, z) a=2 (x, y, z)
n = = .
a 2
Então: ZZ ZZ
−
→ − (x, y, z)
F ·→
n dS = (0, 0, −z) · dS
S S 2
ZZ
= − z 2 dS
S
ZZ
= − 4 cos2 φ · 4 sen φ dφ dθ
D
Z 5π/6Z 2π
= −16 cos2 φ sen φ dθ dφ
π/6 0
Z 5π/6
= 32π cos2 φ d(cos φ)
π/6
h i5π/6
cos3 φ
= 32π
3 π/6
" √ √ 3 #
3
32π 3 3
= − −
3 2 2
√
32π 3 3
= − ·
3 8
√
= −4π 3 .
4.
Solução:
315
Além disso, dS = a dt dz = 4 dt dz. Como −
→
a=4
n aponta para o eixo z, então:
−
→ (−x , −y , 0) (−x , −y , 0)
n = = .
a 4
Portanto:
ZZ ZZ
−
→ − (−x , −y , 0)
F ·→
n dS = − x , −y , 3y 2 z · dS
S S 4
ZZ
1
= x2 + y 2 dS
4 S| {z }
= 16
ZZ
= 4 dS
S
ZZ
= 4 dS
S
ZZ
= 4 4 dt dz
D
Z π/2Z 5−4 sen t
= 16 dz dt
0 0
Z π/2
= 16 (5 − 4 sen t) dt
0
π/2
= 16 5t + 4 cos t 0
5π
= 16 −4
2
= 40π − 64 .
5.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
−
→
n
S
2
2
3 y
3
x
316
Como S é a porção do plano z = 2 − x que se projeta no plano xy segundo o
disco x2 + y 2 ≤ 9, definimos S por S : z = 2 − x, com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 9.
−
→
Como − →
n · k ≥ 0 então o campo − →n aponta para cima.
−
→ −
→
Sabemos que N = (−zx , −zy , 1) = (1, 0, 1). Como a última componente de N
−
→ (1, 0, 1) √
é positiva então N aponta para cima. Logo − →n = √ e dS = 2 dxdy.
2
Então:
ZZ ZZ
−
→ −
F ·→
n dS = 2 − x, y(2 − x), 0 · (1, 0, 1) dxdy
S D
ZZ
= (2 − x) dxdy .
D
= 18π .
317
6.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
−
→
n1
3 S1
S2
−
→
n2
2 2 3
−
→
n y
3 3
x
S3
ZZ ZZ ZZ ZZ
−
→ − −
→ − −
→ − −
→ −
F ·→
n dS = F ·→
n1 dS + F ·→
n2 dS + F ·→
n3 dS .
S S1 S2 S3
ZZ
−
→ −
Cálculo de F ·→
n1 dS
S1
318
ZZ ZZ
−
→ −
F ·→
n1 dS = (x, y, 3 − x − y) · (1, 1, 1) dxdy
S1 D
ZZ
= (x + y + 3 − x − y) dxdy
D
ZZ
= 3 dxdy
D
= 3A(D)
= 3 · π · 22
= 12π .
ZZ
−
→ −
Cálculo de F ·→
n2 dS
S2
ZZ ZZ
−
→ − 1
F ·→
n2 dS = (x, y, z) · (x, y, 0) dS
S2 2 S2
ZZ
1
= x2 + y 2 dS
2 S2
ZZ
1
= 4 dS
2 S2
ZZ
= 2 dS
S2
(
0 ≤ t ≤ 2π
(t, z) ∈ D :
0 ≤ z ≤ 3 − 2 cos t − 2 sen t
319
Sabemos que dS = a dtdz = 2 dtdz, conforme Aula 11. Então:
ZZ ZZ
−
→ − →
F · n2 dS = 2 2 dtdz
S2 D
Z 2πZ 3−2 cos t−2 sen t
= 4 dzdt
0 0
Z 2π
= 4 (3 − 2 cos t − 2 sen t) dt
0
h i2π
= 4 3t − 2 sen t + 2 cos t
0
= 24π .
ZZ
−
→ −
Cálculo de F ·→
n3 dS
S3
Logo ZZ
−
→ −
F ·→
n dS = 12π + 24π = 36π .
S
7.
Solução:
As figuras a seguir, mostram a curva C e a superfı́cie S.
z z
3 3
−
→
n
C S
1 1
y y
1 1
x x
320
Uma parametrização para C é dada por:
σ(t) = (1, 0, 1)+t (0, 0, 3)−(1, 0, 1) = (1, 0, 1)+t(−1, 0, 2) = (1−t , 0 , 1+2t) ,
Temos:
φ=
→
− →
ZZ
= F ·−
n dS
S
ZZ
(1 − t)(1 + 2t) sen θ , −(1 − t)(1 + 2t) cos θ) , (1 − t)2 · 2(1 − t) cos θ , 2(1 − t) sen θ , 1 − t dt
` ´ ` ´
=
D
ZZ
2(1 − t)2 (1 + 2t) sen θ cos θ − 2(1 − t)2 (1 + 2t) sen θ cos θ + (1 − t)3 dt
ˆ ˜
=
D
Z 1 Z 2π
= (1 − t)3 dt
0 0
#1
(1 − t)4
"
= −2π
4 0
1
!
= −2π 0−
4
π
= .
2
321
8.
Solução:
A superfı́cie S está ilustrada na figura a seguir.
z
−
→
n
a
x
a
y
= πa4 .
322
9.
Solução:
O esboço de S = S1 ∪ S2 está representado na figura a seguir.
z
−
→
n1
1
S1
S2
−
→
n2
D 1 y
1
ZZ
−
→ −
Cálculo de F ·→
n1 dS
S1
= 2A(S)
= 2 π · 12
= 2π .
323
ZZ
−
→ −
Cálculo de F ·→
n2 dS
S2
3π
= − .
2
10.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
324
z
−
→
n
2
S
1
D 1 2 y
1
2
x
p
Temos S : z = x2 + y 2 = f (x, y), com (x, y) ∈ D : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ 4.
−
→
Um vetor normal a S é dado por N = (−fx , −fy , 1) = p −x
2 2
, p −y
2 2
,1 .
x +y x +y
→
−
Como −
→
n aponta para cima, então temos que, −
→
n = N
→
− e também temos que
r kN k
2 2 √
dS = 1 + px 2+ y 2 dxdy = 2 dxdy. Logo:
x +y
ZZ ZZ
−
→ − p −x −y
F ·→
n dS = x, y, 2 x2 + y 2 · p , p , 1 dxdy
S D x2 + y 2 x2 + y 2
ZZ
−x2 − y 2 p
= p + 2 x2 + y 2 dxdy
D x2 + y 2
ZZ
x2 + y 2
= p dxdy
D x2 + y 2
ZZ
r2
= r drdθ
Drθ r
Z 2πZ 2
= r2 drdθ
0 1
h 3 i2 Z 2π
r
= dθ
3 1 0
14π
= .
3
325
Aula 14
1.
Solução:
O esboço do sólido W está representado na figura que se segue.
z
−
→
n1
4 S1
S2
−
→
n2
D 2 y
2
ZZ
−
→
Cálculo de F · ~n1 dS
S1
ZZ
−
→
Cálculo de F · ~n2 dS
S2
326
Então
ZZ ZZ
−
→
F · ~n2 dS = x, y, x2 + y 2 · (2x, 2y, −1) dx dy
S2 D
ZZ
= 2x2 + 2y 2 − x2 − y 2 dx dy
D
ZZ
= x2 + y 2 dx dy .
D
ZZ ZZ Z 2 Z 2π h 4 i2
−
→ 2 3 r
F · ~n2 dS = r · r dr dθ = r dθ dr = 2π = 8π .
S2 Drθ 0 0 4 0
Então:
ZZ
−
→
F · ~n dS = 16π + 8π = 24π .
S
ZZZ ZZZ ZZ Z 4
−
→
div F dV = 3 dV = 3 dz dx dy
W W D x2 +y 2
ZZ
= 3 4 − x2 − y 2 dx dy
D
ZZ
= 3 4 − r2 r dr dθ
Drθ
Z 2 Z 2π
3
= 3 4r − r dθ dr
0 0
r4 2
h i
= 6π 2r2 −
4 0
= 6π(8 − 4)
= 24π .
327
2.
Solução:
Seja S = S ∪ S1 , onde S1 : z = 0, (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ a2 com ~n1 = −~k.
z
a
−
→
n
S
S1
a y
a −
→
n1
x
= 6 V (W )
1 4 3
= 6· · πa
2 3
= 4πa3 .
ZZ
−
→
Cálculo de F · ~n1 dS
S1
q √
Temos dS = 1 + (zx )2 + (zy )2 dx dy = 1 + 0 + 0 dx dy = dx dy. Logo,
ZZ ZZ
−
→
F · ~n1 dS = 2x + e0 , 3y − 0, 0 − 2 · (0, 0, −1) dx dy
S1 D
ZZ
= 2 dx dy
D
= 2 A(D)
= 2πa2 .
328
ZZ
−
→
Como F · ~n dS = 2πa3 , então 2πa3 + 2πa2 = 4πa3 donde 2πa2 = 2πa3 .
S
Logo, a = 1
3.
Solução:
De x2 + y 2 + z 2 − 4z = 0, temos x2 + y 2 + (z − 2)2 = 4. Logo, o esboço de S
é a figura que se segue.
z
4
1
S
−
→ y
n
z
4
2 −
→
n1
S1 1
S
−
→ y
n
x
Seja W o sólido limitado por S. Como estamos nas condições do teorema de
Gauss, temos:
ZZ ZZ ZZZ
−
→ −
→ −
→
rot F · ~n dS + rot F · ~n1 dS = div rot F dV .
S S1 W
329
−
→
Da Aula 7, temos que div rot F = 0. Logo,
ZZ ZZ ZZZ
−
→ −
→
rot F · ~n dS + rot F · ~n1 dS = 0 dV = 0 .
S S1 W
ZZ
−
→
Cálculo de rot F · ~n1 dS
S1
Temos
− → −
→ −
→
i j k
−
→ ∂ ∂ ∂
rot F =
∂x ∂y ∂z
2
x y + 2 x3 + y 4 2xz − 1
= 0, −2z, 3x2 − x2
= 0, −2z, 2x2 .
Logo,
ZZ ZZ
−
→
rot F · ~n1 dS = 0, −2 · 1, 2x2 · (0, 0, 1) dS
S1 S1
ZZ
= 2x2 dS
S1
Z √ Z
3 2π
3
= 2 r cos2 θ dθ dr
0 0
Z √
3 h i2π
1 sen 2θ
= 2 r3 · θ+ dr
0 2 2 0
Z √
3
= 2π r3 dr
0
h 4 i√ 3
r
= 2π
4 0
9π
= .
2
Portanto,
ZZ
−
→ 9π
rot F · ~n dS = − .
S 2
330
4.
Solução:
Temos
ZZ ZZ
∂f
dS = ∇f · ~n dS .
S ∂~n S
Logo,
ZZ ZZZ
∂f
dS = ∇2 f dV .
S ∂~n W
5.
Solução:
Seja S = S ∪ S1 , onde S1 é a tampa da lata. Logo, S1 é dada por S1 : z = 1,
com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1 e com ~n1 = ~k e dS = dx dy.
z
−
→
n1
S1 1
S −
→
n
1 y
1 −
→
n
331
Seja W o sólido limitado por S. Pelo teorema de Gauss, temos
ZZ ZZ
∂f
dS = ∇f · ~n dS
S ∂~
n S
ZZZ
= ∇ · ∇f dV
W
ZZZ
= ∇2 f dV
W
ZZZ
= x2 + y 2 dV
W
Z 2πZ 1Z 1
= r2 · r dr dz dθ
0 0 0
Z 2πZ 1Z 1
= r3 dr dz dθ
0 0 0
h 4 i1 Z 2πZ 1
r
= dz dθ
4 0 0 0
2π
=
4
π
= .
2
Mas ZZ ZZ ZZ
∂f ∂f ∂f
dS = dS + dS .
S ∂~n S ∂~n S1 ∂~n1
ZZ
∂f
Cálculo de dS
S1 ∂~n1
Temos
ZZ ZZ
∂f
dS = ∇f · ~n1 dS
S1 ∂~n1 S1
ZZ
∂f ∂f ∂f
= (x, y, 1), (x, y, 1), (x, y, 1) · (0, 0, 1) dS
S1 ∂x ∂y ∂z
ZZ
∂f
= (x, y, 1) dS
S1 ∂z
ZZ
1
= dS
S1 3
1
= A(S1 )
3
1
= · π · 12
3
π
= .
3
332
Logo, ZZ
∂f π π π
dS = − = .
S ∂~n 2 3 6
6.
Solução:
O esboço da superfı́cie S : z = 2 − x2 − y 2 está representado abaixo.
z
2
−
→
n
S
x
ZZ
−
→ −
O cálculo direto de F ·→
n dS seria difı́cil. Então fechemos a superfı́cie S
S
com a superfı́cie S1 , o disco x2 + y 2 ≤ 1, contido no plano z = 1, orientado com
−
→ −
→
n1 = − k . Seja S = S ∪ S1 , da figura que se segue.
z
2
−
→
n
S
1 S1
−
→
n 1
333
com
W = (x, y, z) ∈ R3 | (x, y) ∈ D , 1 ≤ z ≤ 2 − x2 − y 2
Então:
ZZ ZZZ
−
→ −
F ·→
n dS = r drdθdz
S Wrθz
Z 1 Z 2−r 2Z 2π
= r dθdzdr
0 1 0
Z 1 Z 2−r 2
= 2π r dzdr
0 1
Z 1
= 2π r 2 − r2 − 1 dr
0
Z 1
= 2π r 1 − r2 dr
0
Z 1
= 2π r − r3 dr
0
h i1
r2 r4
= 2π −
2 4 0
π
=
2
ou
ZZ ZZ
−
→ − −
→ − π
F ·→
n dS + F ·→
n1 dS = .
S S1 2
334
ZZ
−
→ −
Cálculo de F ·→
n1 dS
S1
Temos S1 : z = 1, (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1, −
→
n1 = −k e dS = dxdy. Então:
ZZ ZZ
−
→ − −
→
F ·→
n1 dS = F (x, y, 1) · (0, 0, −1) dxdy
S1 D
ZZ
= arctg y 2 , ln x2 + 1 , 1 · (0, 0, −1) dxdy
D
ZZ
= − dxdy
D
= −A(D)
= −π · 12
= −π .
Logo,
ZZ
−
→ − π 3π
F ·→
n dS = + π = .
S 2 2
7.
Solução:
Seja S uma superfı́cie fechada contendo a origem.
z
−
→
n
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
S
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111 y
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
x
Seja W a região sólida limitada por S. Como W não está contida no domı́nio de
−
→ 3
E ,ZR
Z − {(0, 0, 0)}, então não podemos aplicar o Torema de Gauss no cálculo
−
→ −
de E ·→ n dS. Então consideremos uma esfera S1 : x2 + y 2 + z 2 = a2 , com
S
a > 0 tal que S1 ⊂ W .
335
z
−
→
n
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
−
→
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
n1
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
S
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111 y
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
S1
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
0000000000000000000000000000000000
1111111111111111111111111111111111
x
−
→
Seja W1 a região sólida limitada por S e S1 . Logo W1 ⊂ dom E . Temos
∂W1 = S ∪ S1 . Seja − →
n1 a normal a S1 apontando para o interior de S1 . Como
∂W1 está orientada positivamente, podemos aplicar o Teorema de Gauss. Temos
então, ZZ ZZZ
−
→ − → −
→
E · n dS = div E dxdydz
∂W1 W1
ou ZZ ZZ ZZZ
−
→ − −
→ − −
→
E ·→
n dS + E ·→
n1 dS = div E dxdydz .
S S1 W1
−
→
Verifique que div E = 0. Então:
ZZ ZZ ZZ
−
→ − → −
→ − → −
→
E · n dS = − E · n1 dS = E · (−−
→
n1 ) dS .
S S1 S1
ZZ
−
→
Cálculo de E · (−−
→
n1 ) dS
S1
Se −
→
n1 aponta para o interior de S1 então −−
→
n1 aponta para o exterior de S1 . Logo
−
→ (x, y, z)
− n1 = . Então
a
ZZ ZZ
−
→ −
→ εQ(x, y, z) (x, y, z)
E · (−n1 ) dS = · dS
S1
2 2 2 3/2
S1 (x +y +z ) a
ZZ
εQ x2 + y 2 + z 2
= dS
a 2 2
S1 (x + y + z )
2 3/2
ZZ
εQ a2
= dS
a S1 (a2 )3/2
ZZ
εQ
= dS
a2 S1
εQ
= A(S1 )
a2
εQ
= · 4πa2
a2
= 4πεQ .
336
Logo, ZZ
−
→ −
E ·→
n dS = 4πεQ .
S
8.
Solução:
A superfı́cie S não é fechada e pode ser visualizada na figura que se segue.
8
−
→
n
−
→
n
5
−
→
n
3 y
3
x
−
→ z
Como div F = 1 − 2 + 1 = 0, va-
mos usar o teorema de Gauss. Para
isso, é necessário fechar S através
S1
da superfı́cie S1 , porção do plano 3 y
z = 0 com x2 + y 2 ≤ 9, orientada 3
−
→ −
→
n1
com − →
n1 = − k .
x
ou ZZ ZZ
−
→− −
→−
F· →
n dS + F· →
n1 dS = 0 .
S S1
337
Mas,
ZZ ZZ ZZ
−
→−
F·→ x 2
n1 dS = x, −2y+e cos 0, 0+x ·(0, 0, −1) dS = − x2 dS
S1 S1 S1
−
→
onde S1 é dada por z = 0, com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 9, e, −
→
n1 = − k . Logo,
r 2
∂z ∂z 2 √
dS = 1 + + dxdy = 1 + 0 + 0 dxdy = dxdy .
∂x ∂y
Então:
ZZ ZZ
−
→−
F· →
n1 dS = − x2 dxdy (em coordenadas polares)
S1 D
Z 2π Z 3
= − r3 cos2 θ drdθ
0 0
Z 2π
34
= − cos2 θ dθ
4 0
34 1
= − · · 2π
4 2
81π
= − .
4
Logo, ZZ
−
→− 81π
F· →
n dS = .
S 4
9.
Solução:
A superfı́cie S não fechada pode ser visualizada na figura a seguir.
−
→
n
S
1
1 y
338
−
→
Como −
→
n tem a componente k não negativa, então −
→
n é exterior a S. Temos:
−
→ ∂2f ∂2f
div F = − +2=2
∂x∂y ∂y∂x
= 2V (W )
1
= 2· · π · 12 · h
3
2πh
= .
3
Mas:
ZZ ZZ
−
→− ∂f ∂f
F· →
n1 dS = (x, y, 0), − (x, y, 0), 2(0 + 1) · (0, 0, −1) dS
S1 S1 ∂y ∂x
ZZ
= (−2) dS
S1
= −2A(S1 )
= −2π .
Logo, ZZ
−
→− 2π
F· →
n dS = (h + 3) .
S 3
10.
Solução:
A figura que se segue mostra o sólido W .
339
z
4
−
→
n
W
1
−
→
n
−
→
n
y
onde
n o
π
Wρφθ = (ρ, φ, θ) ∈ R3 | 0 ≤ θ ≤ 2π , 0 ≤ φ ≤ , 1 ≤ ρ ≤ 4 cos φ .
4
Então:
340
ZZ Z 2πZ π/4Z 4 cos φ
−
→−
F· →
n dS = ρ4 sen φ dρdφdθ
S 0 0 1
Z 2πZ π/4 h 5 i4 cos φ
ρ
= sen φ dφdθ
0 0 5 1
Z 2πZ π/4
1
= 45 cos5 φ sen φ − sen φ dφdθ
5 0 0
Z 2π h iπ/4
1 45
= − cos6 φ + cos φ dθ
5 0 6 0
√ 6 √
!Z
5 5 2π
1 4 2 2 4
= − + + −1 dθ
5 6 6 2 6 0
√
2π 45 7 2
= · + −1
5 6 8 2
√
2π 43 · 7 2
= + −1
5 3 2
√
2π 445 2
= +
5 3 2
π
√
= 890 + 3 2 .
15
Aula 15
1.
Solução:
Calculemos a interseção das superfı́cies:
(
x 2 + y 2 + z 2 = a2
⇒ x2 + y 2 + (y − a)2 = a2
z = a−y
a 2 a2
⇒ x2 + 2 y − =
2 2
a 2
x2 y−
⇒ √ 2 +
a 2
2
=1
a 2
2 2
√
a a 2 a
que é uma elipse de centro 0, e semi-eixos e . Esta elipse é a projeção
2 2 2
de C sobre o plano xy. A curva C com a orientação escolhida pode ser visualizada
na figura que se segue.
341
z
a
C
a/2 a y
a
x
a
−
→
n
S
C = ∂S
a/2 a y
a
D
x
342
Do teorema de Stokes, temos:
I ZZ
−
→ − −
→ →
F · d→
r = rot F · −
n dS
C S
ZZ
(0, 1, 1) √
= (1, −1, −2) · √ 2 dxdy
D 2
ZZ
= (−3) dxdy
D
= −3 · A(D)
√
a 2 a
= −3π · ·
2 2
√
3 2 πa2
= − .
4
2.
Solução:
A curva com a orientação que escolhemos pode ser visualizada na figura a seguir.
C
1
1 y
1
x
p
Consideremos a superfı́cie S, porção do cone z = x2 + (y − 1)2 que se projeta
no plano xy segundo o disco D : x2 + y 2 ≤ 1 (veja a figura que se segue).
343
z
−
→
n
1
1 y
D 1
x
→ ∂z
−
∂z x −(y − 1)
N = − , − , 1 = −p , p , 1 .
∂x ∂y x2 + (y − 1)2 x2 + (y − 1)2
r
−
→ x2 + (y − 1)2 √
Como N = 1+ 2 2
= 2 então
x + (y − 1)
1 −x −(y − 1)
n= √ p , p , 1
2 x2 + (y − 1)2 x2 + (y − 1)2
√
e dS = 2 dxdy. Temos:
−
→ −
→ −
→
i j k
−
→ ∂ ∂ ∂
rot F =
∂x ∂y ∂z
2
2 x z
2xy (1 − y)z + x + x +e
2
= (−1 + y, −x, 1) .
344
Do teorema de Stokes, vem:
I
−
→ −
F · d→
r =
C
ZZ
−
→ →
= rot F · −
n dS
S
ZZ
−x −y + 1
= (−1 + y, −x, 1) · p , p , 1 dxdy
D x2 + (y − 1)2 x2 + (y − 1)2
ZZ
x − xy + xy − x
= p +1 dxdy
D x2 + (y − 1)2
ZZ
= dxdy
D
= A(D)
= π.
3.
Solução:
Considere a superfı́cie S, porção da esfera x2 + y 2 + z 2 = a2 , limitada por C,
que pode ser vista na figura que se segue.
z
a y
a
x
Temos que S pode ser parametrizada por:
345
Do teorema de Stokes, temos:
I ZZ
−
→ − → −
→ →
F ·dr = rot F · −
n dS
C S
ZZ
(x, y, z)
= (x, −2y, z) · dS
S a
ZZ
1
= x2 − 2y 2 + z 2 dS
a S
ZZ
1
= a2 − 3y 2 dS
a S
ZZ
1
= a2 − 3a2 sen2 φ sen2 θ a2 sen φ dφdθ
a D
ZZ
= a3 sen φ − 3 sen3 φ sen2 φ dφdθ
D
Z π/2 h iπ/4
3 3 sen 2θ
= a θ sen φ − sen3 φ θ − dφ
0 2 2 0
Z π/2 h i
3 π 3 π 1 3
= a sen φ − − sen φ dφ
0 4 2 4 2
cos3 φ π/2
h i
π 3 π 1
= a3 − cos φ − − − cos φ +
4 2 4 2 3 0
π 3 π 1 1
= a3 − − 1−
4 2 4 2 3
π π 1 a3
= a3 − + = .
4 4 2 2
4.
Solução:
−
→
a) Como dom F = R3 e
−
→ −
→ −
→
i j k
−
→ ∂ ∂ ∂ = (0, 2x − 2x, 2y − 2y) = −
→
rot F = 0 ,
∂x ∂y ∂z
2xz + y 2xy + 3y e + x2
2 2 z
−
→
então pelo teorema das equivalências, segue que F é conservativo.
b) Encontremos os pontos de interseção:
2 2
z = 9−x −y
z = −4 ⇒ −4 = 9 − x2 − 4 ⇒ x2 = 9 ⇒ x = ±3 .
y = 2
346
Então as extremidades da curva C são A = (−3, 2, −4) e B = (3, 2, −4).
Orientemos C de A para B. Também do teorema das equivalências segue que a
integral de linha não depende do caminho que liga A a B. Então consideremos
o segmento de reta AB, dado por z = −4 e y = 2, com −3 ≤ x ≤ 3 donde
dz = 0 e dy = 0. Então:
Z Z
−
→ −
F · d→
r = 2xz + y 2 dx + 2xy + 3y 2 dy + ez + x2 dz
C C
Z 3
= (−8x + 4) dx
−3
h i3
= − 4x2 + 4x
−3
= 24 .
5.
Solução:
O esboço da superfı́cie S está representado na figura que se segue.
z
C
1 −
→
n
Como − →
n tem componente z positivo, então − →
n aponta para o interior de S.
Logo, a orientação de C = ∂S é no sentido anti-horário quando vista de cima.
Use a regra da mão direita para se convencer.
Pelo Teorema de Stokes, temos
ZZ I
−
→ → −
→ −
rot F · −
n dS = F · d→
r
S C
347
dada por C : γ(t) = (cos t, sen t, 1), com 0 ≤ t ≤ 2π. Temos:
I Z 2π
−
→ − −
→
F · d→
r = F γ(t) · γ ′ (t) dt
C 0
Z 2π
= (sen t, 0, 0) · (− sen t, cos t, 0) dt
0
Z 2π
= − sen2 t dt
0
h i2π
1 sen 2t
= − t−
2 2 0
= −π .
Logo, ZZ
−
→ →
rot F · −
n dS = −π .
S
6.
Solução:
Da descrição de S, temos
x = r cos θ (1)
y = r sen θ (2)
z=r (3)
com
0 ≤ r ≤ 1 e 0 ≤ θ ≤ 2π (4)
p
De (1), (2), (3) e (4), temos que S é um cone dado por S : z = x2 + y 2 ,
com 0 ≤ z ≤ 1.
S
−
→
n
y
348
Note que o bordo de S, ∂S, é a circunferência x2 + y 2 = 1, contida no plano
z = 1. Como −→n é exterior a S então o bordo ∂S está orientado no sentido horário
quando vista de cima. Parametrizando ∂S − , temos ∂S − : γ(t) = (cos t, sen t, 1),
com 0 ≤ t ≤ 2π donde γ ′ (t) = (− sen t, cos t, 0). Pelo Teorema de Stokes, temos
ZZ I
−
→ → −
→ −
rot F · −
n dS = F · d→
r
S ∂S
Z
−
→ −
= − F · d→
r
∂S −
Z 2π
−
→
= − F γ(t) · γ ′ (t) dt
0
Z 2π
= − cos2 t sen t , 2 sen3 t , 3 · (− sen t, cos t, 0) dt
0
Z 2π
= − − cos2 t sen2 t + 2 sen3 t cos t dt
0
Z 2π Z 2π
1 2 2
= 4 cos t sen t dt − 2 sen3 t cos t dt
4 0 0
Z 2π Z 2π
1
= sen2 2t dt − 2 sen3 t cos t dt
4 0 0
Z 2π Z 2π
1 2
= sen 2t d(2t) − 2 sen3 t d(sen t)
8 0 0
1 1
h
sen 4t
i2π h sen4 t i2π
= · 2t − −2
8 2 2 0 4 0
π
= .
4
7.
Solução:
−
→
Calcular a integral diretamente é uma tarefa difı́cil. Então calculemos o rot F .
Temos:
−
→ −
→ −
→
i j k
−
→
rot F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z
−y −x −z −y −x −z
e − ze e − xe e − ye
= − e−z + e−z , −e−x + e−x , −e−y + e−y
= (0, 0, 0)
−
→
= 0 .
349
−
→ −
→
Como dom F = R3 então, pelo Teorema das Equivalências, segue que F é um
campo gradiente, isto é, existe um campo escalar ϕ(x, y, z), tal que:
∂ϕ
= e−y − ze−x (1)
∂x
−
→ 3 ∂ϕ
∇ϕ = F em R ⇔ = e−z − xe−y (2)
∂y
∂ϕ = e−x − ye−z
(3)
∂z
A(y, z) = ye−z
B(x, z) = ze−x
C(x, y) = xe−y .
Z
−
→ −
F · d→
r = ϕ γ(1) − ϕ γ(0)
C
onde:
ln 2 π 1−e
γ(1) = , sen , = (1, 1, 1)
ln 2 2 1−e
ln 1 1 − e0
γ(0) = , sen 0 , = (0, 0, 0) .
ln 2 1−e
Logo,
Z
−
→ −
F · d→
r = ϕ(1, 1, 1) − ϕ(0, 0, 0) = e−1 + e−1 + e−1 − (0 + 0 + 0) = 3e−1 .
C
350
8.
Solução:
O esboço de C está representado a seguir.
A 1
x 5
y
z = 5 − y2
Resolvendo o sistema z = 1 otemos A = (4, −2, 1) e
x+z = 5
B = (4, 2, 1). Temos:
−
→ −
→ −
→
i j k
−
→
= (x − x, y − y, z − z) = −
→
rot F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z 0 .
yz + x3 xz + 3y 2 xy + 4
−
→ −
→
Como dom F = R3 então, pelo Teorema das Equivalências, F é um campo
−
→
gradiente, isto é, existe ϕ(x, y, z) tal que ∇ϕ = F em R3 ou
∂ϕ
= yz + x3
(1)
∂x
∂ϕ
= xz + 3y 2 (2)
∂y
∂ϕ = xy + 4
(3)
∂z
351
Integrando (1), (2), (3) em relação a x, y e z, respectivamente, temos:
x4
ϕ(x, y, z) = xyz + + A(y, z)
4
ϕ(x, y, z) = xyz + y 3 + B(x, z)
ϕ(x, y, z) = xyz + 4z + C(x, y)
A(y, z) = y 3 + 4z
x4
B(x, z) = + 4z
4
x4
C(x, y) = + y3 .
4
−
→
é uma função potencial de F . Assim,
Z
−
→ −
F · d→
r = ϕ(B) − ϕ(A)
C
= (8 + 4 + 8 + 4) − (−8 + 4 − 8 + 4)
= 24 + 8
= 32 .
9.
Solução:
Esboçando o cilindro parabólico z = y 2 e o plano x+z = 1, vemos que os pontos
A1 , A2 e A3 são comuns às duas superfı́cies. Ligando-os, temos um esboço de
C na figura que se segue.
352
z
A2
1
A3
C
1
y
A1
Z
−
→ −
Observe que calcular F · d→
r pela definição é uma tarefa extremamente com-
C
plicada. Temos:
−
→ −
→ −
→
i j k
−
→ ∂ ∂ ∂ = 1, −3x2 , 2 6= −
→
rot F = 0 .
∂x ∂y ∂z
−2y + esen x −z + y x3 + esen z
−
→
Logo, F não é conservativo. Para aplicar o teorema de Stokes, devemos fechar
C utilizando o segmento de reta C1 que liga A3 a A2 .
z
A2 C1
1
A3
−
→
n
S
C
1
y
A1
353
z
z=1
1
D
z = y2
−1 1 y
Z ZZ
−
→ − −
→ →
F · d→
r = rot F · −
n dS
C S
ZZ
= (1, −3(1 − z)2 , 2) · (1, 0, 1)dydz
D
ZZ
= (1 + 2)dydz
D
ZZ
= 3 dydz
D
Z 1Z 1
= 3 dzdy
−1 y 2
Z 1
= 3 1 − y 2 dy
−1
h i1
y3
= 3 y−
3 −1
1
= 6 1−
3
= 4.
ou
Z Z
−
→ − −
→ −
F · d→
r + F · d→
r = 4.
C C1
354
Z
−
→ −
Cálculo de F · d→
r
C1
Z Z Z
−
→ − −
→ −
F · d→
r =− F · d→
r = − Q(0, y, 1)dy
C1 C1− C1−
Z 1
= − (−1 + y)dy
−1
y2 1
h i
= − −y +
2 −1
= 2.
Logo,
Z
−
→ −
F · d→
r = 4 − 2 = 2.
C
10.
Solução:
Da parametrização de C, temos x = 4 cos t, y = 4 sen t e z = 4 − 4 cos t, com
0 ≤ t ≤ 2π donde x2 + y 2 = 16 e z = 4 − x. Logo, C é a curva interseção do
cilindro x2 + y 2 = 16 com o plano z = 4 − x, orientada no sentido anti-horário
quando vista de cima.
4
x 4 y
355
Seja S a porção do plano z = 4 − x, limitada por C.
−
→
n
C
S 4
4
4 y
x
Da regra da mão direita, vemos que − →n aponta para cima. A superfı́cie S pode
ser descrita por S : z = 4 − x = f (x, y), com (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 16. Temos
−
→ (1, 0, 1) √
N = (−fx , −fy , 1) = (1, 0, 1), donde −→n = √ e dS = 2 dxdy. Temos:
2
− → −
→ −
→
i j k
−
→ ∂ ∂ ∂
rot F = = (1, 1, 1) .
∂x ∂y ∂z
z − y ln(1 + y 2 ) ln(1 + z 2 ) + y
Z ZZ ZZ
−
→ − −
→ →
F · d→
r = rot F · −
n dS = (1, 1, 1) · (1, 0, 1)dxdy
C S D
ZZ
= (1 + 1)dxdy
D
= 2 A(D)
= 2 · π · 42
= 32π .
356
Aula 16
1.
Solução:
y
Como C está orientada no sentido horário não
2
podemos aplicar o teorema de Green. Então C−
denotemos por C − a circunferência orientada
D 1
no sentido anti-horário. Seja D a região deli-
mitada pela circunferência.
x
Temos então:
I ZZ ZZ ZZ
−
→ −→ ∂Q ∂P
F·d r = − dxdy = (3x+3)dxdy = 3 (x+1) dxdy .
C− D ∂x ∂y D D
x2 + y 2 = 2y ⇒ r2 = 2r sen θ ⇒ r = 2 sen θ .
Então: I Z πZ 2 sen θ
−
→ −
F · d→
r = 3 (r cos θ + 1)r drdθ
C− 0 0
Z πZ 2 sen θ
= 3 r2 cos θ + r drdθ
0 0
Z πh 3
r2 2 sen θ
i
r
= 3 cos θ + dθ
0 3 2 0
Z π
8
= 3 sen3 θ cos θ + 2 sen2 θ dθ
0 3
h iπ
8 sen4 θ 1 sen 2θ
= 3 · +2· θ−
3 4 2 2 0
= 3(0 + π)
= 3π .
Mas, I I
−
→ − −
→ −
F · d→
r =− F · d→
r .
C C−
Logo, I
−
→ −
F · d→
r = −3π .
C
357
2.
Solução:
−
→
a) Seja F = (P, Q) = sen xy + xy cos xy, x2 cos xy , para todo (x, y) ∈ R2 .
Temos:
∂Q ∂P
− = 2x cos xy − x2 y sen xy − x cos xy + x cos xy − x2 y sen xy
∂x ∂y
= 0
Temos:
∂ϕ
= sen xy + xy cos xy (1)
∂x
∂ϕ
= x2 cos xy (2)
∂y
Integrando (2) em relação a y, temos:
ϕ(x, y) = x sen xy ,
em R2 . Logo,
I = ϕ σ(1) − ϕ σ(0)
= ϕ(0, 1) − ϕ(−1, 1)
= 0 − (−1) sen(−1)
= sen(−1)
= − sen 1 .
358
3.
Solução:
Temos que
ZZ ZZ
M= f (x, y, z) dS = x2 dS ,
S S
S
3
2
2 y
3
∂ϕ ∂ϕ
Temos que = (−2 sen t, 2 cos t, 0) e = (0, 0, 1) donde
∂t ∂z
−
→ −
→ →
−
i j k
∂ϕ ∂ϕ
× = −2 sen t 2 cos t 0 = (2 cos t, 2 sen t, 0) .
∂t ∂z
0 0 1
359
∂ϕ ∂ϕ
Como dS =
×
dtdz então dS = 2 dtdz. Logo,
∂t ∂z
ZZ
M = (2 cos t)2 · 2 dtdz
D
Z 2π Z 3−2 cos t
= 8 cos2 t dzdt
0 0
Z 2π
= 8 (3 cos2 t − 2 cos3 t) dt
0
Z 2π Z 2π
2
= 24 cos t dt − 16 cos3 t dt .
0 0
Temos: Z 2π h i2π
1 sen 2t
cos2 t dt = t+ =π
0 2 2 0
e Z Z
2π 2π
3
cos t dt = cos2 t · cos t dt
0 0
Z 2π
= (1 − sen2 t) d(sen t)
0
h i2π
sen3 t
= sen t −
3 0
= 0.
Logo,
M = 24π u.m.
4.
Solução:
A curva C é constituı́da de três partes e pode ser visualizada na figura a seguir.
1
1 y
x
360
Calcular I usando a definição é uma tarefa penosa. Calculemos então através
do teorema de Stokes. Seja S a porção do plano x + y + z = 1 delimitada pela
curva C. De acordo com a orientação de C, devemos tomar − →
n apontando para
cima. As figuras que se seguem mostram S e sua projeção sobre o plano xy.
z
y
1
−
→
n 1
C = ∂S
S x+y =1
D
1
1 y
x 1 x
Temos S : z =
1−x−y = f (x, y), com (x, y) ∈ D : 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1−x.
−
→ ∂f ∂f
Como N = − , − , 1 = (1, 1, 1) aponta para cima então temos que
∂x ∂y
−
→ √
−
→ N (1, 1, 1)
n = −
→
= √ e dS = 3 dxdy. Por outro lado
N 3
−
→ −
→ −
→
i j k
→
− ∂ ∂ ∂
rot F = = (2z, 2x, −2y) .
∂x ∂y ∂z
x2
e + y 2 ey2 − z 2 ez2 − x2
361
Do teorema de Stokes, temos:
I ZZ
−
→ − → −
→→
F· d r = rot F · −
n dS
C S
ZZ
(1, 1, 1) √
= 2(1 − x − y), 2x, −2y · √ · 3 dxdy
D 3
ZZ
= (2 − 2x − 2y + 2x − 2y) dxdy
D
ZZ
= 2 (1 − 2y) dxdy
D
Z 1Z 1−x
= 2 (1 − 2y) dydx
0 0
Z 1 h i1−x
= 2 y − y2 dx
0 0
Z 1
= 2 1 − x − 1 + 2x − x2 dx
0
Z 1
= 2 x − x2 dx
0
h i1
x2 x3
= 2 −
2 3 0
1
= .
3
5.
Solução:
Note na figura que se segue que a superfı́cie S não é fechada.
362
z
−
→
n
−
→
Da complexidade do campo F , calcular o fluxo diretamente não é uma tarefa
simples. Então tentemos usar o teorema de Gauss. Para isso, devemos fechar
a superfı́cie S com a porção S1 do plano z = 1, delimitada pela circunferência
−
→
x2 + y 2 = 3, orientada com − →
n1 = − k . A figura abaixo mostra o sólido W
delimitado por S e S1 .
−
→
n
S1 1
−
→
n1
D √
√
3
3 y
363
Como estamos nas condições do teorema de Gauss, temos:
ZZ ZZ ZZZ
−
→− → −
→− → −
→
F · n dS + F · n1 dS = div F dxdydz
S S1 W
ZZZ
= (0 + 0 + 1) dxdydz
W
ZZZ
= dxdydz
W
Z Z "Z 4−x2 −y 2
#
= dz dxdy
D 1
ZZ
= 3 − x2 − y 2 dxdy
D
Z √
2πZ 3
= 3 − r2 r drdθ
0 0
Z √
2πZ 3
= 3r − r3 drdθ
0 0
Z 2π h i√ 3
r2 r4
= 3· − dθ
0 2 4 0
9 9
= − · 2π
2 4
9π
= .
2
Mas
ZZ ZZ
−
→−
F· →
n1 dS = e arctg 1, e ln(x2 + 1), 1 · (0, 0, −1) dS
S1 S1
ZZ
= − dS
S1
= −A(S1 )
√ 2
= −π 3
= −3π .
Logo, ZZ
−
→− 9π 15π
F· →
n dS = + 3π = .
S 2 2
364
6.
Solução:
O cálculo direto da integral parece uma tarefa impossı́vel, mas o Teorema de
x2 y
Green fornece um outro método de resolução. Temos P = − + y2
1 + x2
e Q = x + arctg x donde
∂Q ∂P 1 x2
− = 1+ 2
− − 2
+ 2y
∂x ∂y 1+x 1+x
1 + x2
= 1+ − 2y
1 + x2
= 2 − 2y
= 2(1 − y) .
Então: ZZ ZZ
∂Q ∂P
I= − dxdy = 2 (1 − y)dxdy
D ∂x ∂y D
onde D é a região do plano limitada por C, conforme a figura que se segue.
2 x = 4 − 2y
x=0
D C = ∂D
4 x
Logo, Z Z
2 4−2y
I = 2 (1 − y) dxdy
0 0
Z 2
= 2 (1 − y)(4 − 2y) dy
0
Z 2
= 4 2 − 3y + y 2 dy
0
h i2
3y 2 y3
= 4 2y − +
2 3 0
8
= .
3
365
7.
Solução:
a) Considerando-se que x2 + y 2 = 2x é equivalente a (x − 1)2 + y 2 = 1, então
o esboço de S está representado na figura que se segue.
z z
4 4
S S
y y
−1 −1
2 2
x x
b) Temos
ϕt = (− sen t, cos t, 0)
ϕz = (0, 0, 1)
366
donde −
→ −
→ − →
i j k
ϕt × ϕz = − sen t cos t 0 = (cos t, sen t, 0) .
0 0 1
ZZ
Logo, kϕt × ϕz k = 1. Como A(S) = kϕt × ϕz k dtdz então
D
ZZ
A(S) = dtdz
D
Z 2π Z 2+2 cos t
= dzdt
0 −1
Z 2π
= (3 + 2 cos t) dt
0
h i2π
= 3t + 2 sen t
0
= 6π u.a.
onde −
→
n = (− cos t, − sen t, 0) pois −
→
n aponta para dentro de S.
Como dS = kϕt × ϕz k dtdz então dS = dtdz. Logo:
ZZ
−
→
Φ= F (ϕ(t, z)) · −
→
n dtdz =
D
ZZ
= (3 + 3 cos t − 3 − sen t , 3 sen t + 1 + cos t − 1 , esen z ) · (− cos t, − sen t, 0) dtdz
D
ZZ
= (3 cos t − sen t, 3 sen t + cos t, esen z ) · (− cos t, − sen t, 0) dtdz
D
ZZ
= −3 cos2 t + sen t cos t − 3 sen2 t − sen t cos t dtdz
D
ZZ
= − 3 dtdz
D
ZZ
= −3 dtdz
D
ZZ
Como dtdz = 6π (ver item (a)) então
D
Φ = −18π .
367
8.
Solução:
O esboço de C está representado na figura que se segue.
z z
4 4
C C
1 2 y 1 2 y
x x
Considerando o sistema
z = x2 + y 2
x2 + (y − 1)2 = 1 ou x2 + y 2 = 2y
temos z = 2y. Isto significa que a curva interseção C está contida no plano
z = 2y. Então, seja S a superfı́cie porção do plano z = 2y, limitada por C.
Logo, ∂S = C. Temos
S : z = 2y = f (x, y)
com
(x, y) ∈ D : x2 + (y − 1)2 ≤ 1 ou x2 + y 2 ≤ 2y .
D
1
368
q √ √
Como dS = 1 + (zx )2 + (zy )2 dxdy então dS = 1 + 0 + 22 dxdy = 5 dxdy.
De acordo com a orientação de C = ∂S, devemos tomar −
→
n apontando para cima.
Então
−
→
−
→ N (−zx , −zy , 1) (0, −2, 1)
n = −
→ = −→ = √ .
N N 5
Temos que:
−→ −
→ −
→
i j k
−
→
rot F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z = (0, 0, x − 2) .
x2 √
2y 1 + z8
2
I ZZ
−
→ − −
→ →
F · d→
r = rot F · −
n dS
C S
ZZ
(0, −2, 1) √
= (0, 0, x − 2) · √ · 5 dxdy
D 5
ZZ
= (x − 2) dxdy .
D
x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
x + y 2 = 2y ⇒ r2 = 2r sen θ ⇒ r = 0 ou r = 2 sen θ
2
0≤θ≤π
Drθ :
0 ≤ r ≤ 2 sen θ
369
Então: I ZZ
−
→ −
F · d→
r = (r cos θ − 2)r drdθ
C Drθ
ZZ
= r2 cos θ − 2r drdθ
Drθ
Z πZ 2 sen θ
= r2 cos θ − 2r drdθ
0 0
Z πh i2 sen θ
r3
= cos θ − r2 dθ
0 3 0
Z π
8
= cos θ sen3 θ − 4 sen2 θ dθ
0 3
h iπ
8 sen4 θ 4 sen 2θ
= · − θ−
3 4 2 2 0
= −2π .
9.
Solução:
a) Temos
−
→ −
→ −
→
i j k
−
→
∂ ∂ ∂
rot F =
∂x ∂y ∂z
2
3x yz + ez x3 z x3 y + xez + 3z 2
= x3 − x3 , 3x2 y + ez − ez − 3x2 y, 3x2 z − 3x2 z
−
→
= (0, 0, 0) = 0 .
−
→ −
→ −
→
Como dom F = R3 , que é um conjunto simplesmente conexo e rot F = 0 ,
−
→
então pelo teorema das equivalências, segue que F é conservativo.
370
z
A = (−1, 1, 0)
1
1
y
x B = (1, 1, 0)
−
→ −
→
Como F é conservativo, logo existe uma função ϕ(x, y, z), tal que ∇ϕ = F
em R3 , isto é,
∂ϕ
= 3x2 yz + ez (1)
∂x
∂ϕ
= x3 z (2)
∂y
∂ϕ
= x3 y + xez + 3z 2 (3)
∂z
De (4), (5) e (6) vemos que f (y, z) = z 3 , g(x, z) = xez e h(x, y) = 0. Logo
ϕ(x, y, z) = x3 yz + xez + z 3
−
→
é uma função potencial de F . Então:
W = ϕ(B) − ϕ(A) = ϕ(1, 1, 0) − ϕ(−1, 1, 0) = e0 − −e0 = 2 u.ω .
371
10.
Solução:
O esboço de S está representado na figura que se segue.
z
∂S
S
−
→
n
y
Como − →n aponta para baixo, então o bordo de S, ∂S, está orientado no sentido
horário quando visto de cima. Parametrizando ∂S, no sentido anti-horário, temos
∂S − : x cos t, y = sen t e z = 1, com 0 ≤ t ≤ 2π. Logo, dx = − sen t dt,
dy = cos t dt e dz = 0. Do teorema de Stokes, temos:
ZZ Z
−
→ − → −
→ −
rot F · n dS = F · d→r
S ∂S
Z
−
→ −
= − F · d→
r
∂S −
Z
= − P (x, y, 1) dx + Q(x, y, 1) dy + R(x, y, 1) · 0
∂S −
Z
= − ye1−1 dx − xe1−1 dy
∂S −
Z
= − y dx − x dy
∂S −
Z 2π
= − (sen t)(− sen t) − (cos t)(cos t) dt
0
Z 2π
= − − sen2 t − cos2 t dt
0
Z 2π
= dt
0
= 2π .
372