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O que são Pêndulos Cônicos e como funcionam

What are conical pendulums and how do they work

Casagrande, Vitória
Estudante do Ensino Médio, Colégio Adventista São José dos Pinhais

RESUMO
Este trabalho apresenta o que são pêndulos cônicos, bem como explicar o
funcionamento do mesmo e apresentar suas propriedades.

Palavras-chave: Pêndulos Cônicos, Movimento circular.

ABSTRACT
This paper presents what are conical pendulums, as well as explaining its
functioning and present its properties.

Keywords: Conical Pendulums, circular movement.

1. Introdução –

Assim como os pêndulos simples, um pendulo cônico é constituído por


um objeto suspenso em um fio leve inextensível, porém enquanto um pendulo
simples descreve um movimento oscilatório, um pendulo cônico descreve um
movimento circular, girando em torno do ponto de fixação do fio de forma que
descreve um cone.
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Robert Hooke foi o primeiro a estudar o pendulo cônico, por volta de


1660, onde enviou uma carta para Isaac Newton explicando o movimento
celeste, utilizando de pêndulos cônicos para apresentar sua tese. Newton
então utilizou do pendulo cônico para calcular a aceleração gravitacional que
ele utilizaria no calculo da força no movimento circular.

2. Analise do movimento e do sistema.


Pode-se analisar, pelas Leis de Newton, o movimento circular do objeto,
e com isso é possível calcular o valor da aceleração gravitacional.

2.1 Propriedades

Tendo-se em mente a equação da Segunda Lei de Newton, que se da por “Fr


= m.a”, onde “m” é a massa do objeto, e “a” é sua aceleração, podemos igualar
as forças que atuam sobre o mesmo, na imagem acima essas forças são a
tração do fio (T), e o peso do próprio objeto (P), que consiste na multiplicação
de sua massa por sua velocidade de movimento, assim podemos formar a
Força Resultante dele, onde “Fr = P+T”, portanto, “P+T = m.a”, e ao
decompormos essas forças entre os eixos cartesianos X e Y, teremos a
equação em X “-P+T.cos(θ) = 0”, e a equação em Y “T.sen(θ) = m.w².r”, sendo
essas as 2 primeiras equações necessárias para o calculo da aceleração
gravitacional.

Ao isolarmos a tração na equação “T = m.g/cos(θ)”, teremos a terceira


equação, assim podendo a substituir na segunda equação, logo obteremos
“m.g/cos(θ) .sen(θ) = m.w².r” que pode ser simplificado como “g =
w².r.cos(θ)/sen(θ)”. Com isso, levamos em conta que “r = L.sen(θ)”, e então
obteremos “g = w².L.sen(θ).cos(θ)/sen(θ)”, que pode ser simplificado como
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“g = w².L.cos(θ)”, e ao simplificarmos “w² = (2π/t)²” e também “L.cos(θ) = h”,


iremos obter a formula que possibilita o calculo da Aceleração da gravidade,
que se da por “g = 4π²/t² . h”

Por meio dessas formulas, é possível analisar as propriedades de um pendulo


cônico, assim como os efeitos que a gravidade exerce no mesmo.

2.2. Exercícios resolvidos


2.2.1 Um corpo de massa m está preso a um fio inextensível, de peso
desprezível e gira num plano horizontal constituindo um pêndulo cônico.
Sendo L o comprimento do fio, θ o ângulo que o fio forma com a vertical e g a
aceleração local da gravidade, determine:
a) A tensão T no fio;
b) A velocidade angular ω de rotação;
c) O período τ das oscilações.

Esquema do problema
A massa m está sob a ação da força peso (P) e da tração (T) no fio. Como o
corpo realiza um movimento circular ele está sob a ação da aceleração
centrípeta (a), apontada radialmente para centro da trajetória. O ângulo entre a
tração no fio e a vertical passando pelo corpo será θ, mesmo ângulo que temos
entre o fio L e a vertical, pois estes ângulos são alternos internos.

Dados:

massa do corpo: m

comprimento do fio: L

ângulo entre o fio e a vertical: θ

aceleração local da gravidade: g


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Solução

a) Desenhando as forças que agem no corpo num sistema de eixos


coordenados, como se vê na figura 2 ao lado, temos que a componente
y da tração (Ty) é equilibrada pela força peso (P), já que não existe
movimento ao longo deste eixo a aceleração nessa direção é nula,
portanto aplicando a 2ª Lei de Newton F=m.a em módulos temos

Ty –P=m.a
Ty –P=m.0
Ty –P=0
Ty = P (I)

Sendo o ângulo θ medido entre o vetor T e o eixo y (ao contrário do que


se faz usualmente, em que se mede um ângulo a partir do eixo x), temos
que o módulo da componente da tração na direção de y será Ty = T
cosθ (II) e o módulo da força peso será igual a P = m.g (III) substituindo
(II) e (III) em (I) obteremos T cosθ = m.g  T= m.g/cosθ.

Resultado:
T = m.g/cosθ

b) Pela figura 2 escrevemos a 2.ª Lei de Newton para um corpo em


movimento circular (onde atua a aceleração centrípeta) Fcp = m.acp
temos que a componente do vetor T ao longo do eixo x (Tx), é a única
força responsável pela força centrípeta Fcp, ou seja em módulo
Tx = m.acp (IV)
o módulo de Tx será dado por
Tx = T.senθ (V)
substituindo T pelo valor encontrado no item anterior temos
Tx = m.g/cosθ .senθ (VI).
A aceleração centrípeta será dada por acp = v²/R (VII)
substituindo (VI) e (VII) em (IV)
m.g/cosθ .senθ = m. v²/R
simplificando a massa de ambos os lados da igualdade
g/cosθ .senθ = v²/R (VIII)

A velocidade será dada por


v= ω.R (IX)
substituindo (IX) em (VIII)
g/cosθ .senθ = (ω.R)²/R
g/cosθ .senθ = ω².R²/R
g/cosθ .senθ = ω².R (X)
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O valor do raio (R) da trajetória não é fornecido pelo problema, é preciso


encontrar esse valor em função dos dados do problema, pela figura 3
vemos que

Senθ = CO/hip = R/L


R = L.senθ (XI)

Substituindo (XI) em (X)

g/cosθ .senθ = ω².L.senθ

simplificando o seno de ambos os lados da igualdade

g/cosθ = ω².L
ω².L = g/cosθ
ω² = g/L.cosθ
ω = √g/L.cosθ

Resultado:
ω = √g/L.cosθ

c) O período τ pode ser calculado lembrando que

ω = 2 π/ τ

usando o valor da velocidade angular ω obtido no item anterior,


escrevemos

√g/L.cosθ = 2 π/ τ
τ = 2 π√ Lcosθ/g

Resposta:
τ = 2 π√ Lcosθ/g

2.2.2 (UNICAMP-SP) Um pêndulo cônico é formado por um fio de massa


desprezível e comprimento L = 1,25 m, que suporta uma massa m = 0,5 kg na
sua extremidade inferior.
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A extremidade superior do fio é presa ao teto, conforme ilustra a figura a seguir.


Quando o pêndulo oscila, a massa m executa um movimento circular uniforme
num plano horizontal, e o ângulo que o fio forma com a vertical é φ = 60°.Qual
é a tensão no fio?

Solução

O valor da tensão pode ser encontrado a partir do valor do peso


P=m.g
P=0,5.10
P=5N

P+T.cosφ=0
cosφ=P/T
0,5=5/T
T=10N

Resposta:
T=10N

3. Conclusões finais
Devido os estudos de Newton e Hooke, o estudo da gravidade teve um grande
avanço, capaz de auxiliar na compreensão do sistema solar em si.

Por meio de simples experimentos com uma pequena esfera e um fio, foi
possível criar uma maneira de calcular as propriedades de algo muito maior.
Tais experimentos permitiram o estudo da  força centrípeta com que o Sol
puxava os planetas, que revelou variar-se com o inverso do quadrado da
distancia do sol, e tal analogia foi feita com um simples pendulo cônico.
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4. Referencias
http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/forcas-no-movimento-circular-
em-trajetorias-curvas/exercicios-de-vestibulares-com-resolucao-comentada-sobre-
forcas-no-movimento-circular/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pêndulo_cônico

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/rotor-pendulo-conico.htm

http://www.fisicaexe.com.br/fisica1/oscilacoes/pendulos/exependulos.html

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