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Universidade Federal do Ceará – UFC

Centro de Ciências
Departamento de Física
Disciplina de Física Experimental para Engenharia
Semestre 2019.1

PRÁTICA 04
SEGUNDA LEI DE NEWTON

Aluno (A): Gislany Queiroz Sales


Curso: Engenharia de Energias Renováveis
Matricula: 472357
Turma: 25
Professor: Jennyffer Martinez
Data de realização da prática: 09 de maio de 2019
Horário de realização da prática: De 08:00 às 10:00 horas

quinta-feira, 23 de maio de 2019


1. Objetivos
-Estudar a variação da aceleração versus força resultante aplicada;
-Estudar a variação da aceleração em função da massa para uma dada força
resultante.
2. Material
-Trilho de ar com eletroímã.
-Cronômetro eletrônico digital.
-Unidade geradora de fluxo de ar.
-Balança digital.
-Carrinho com três pinos (pino preto, pino ferromagnético e um pino com gancho).
-Chave liga/desliga.
-Y de final de curso com roldana.
-Suporte para massas aferidas.
-Massas aferidas(3 de 10g;6 de 20g;2 de 50g).
-Cabos.
-Fotossensor.
-Fita métrica.

3. Introdução
A Segunda lei de Newton é conhecida como o Princípio Fundamental da
Dinâmica e mostra que a força resultante(Fr) que atua sobre um corpo é resultado
da multiplicação da massa do corpo(m) por sua aceleração(a). [1] Regida pela
fórmula:
Imagem 1:

Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/segunda-lei-newton.htm

O vetor aceleração assume a mesma direção e sentido do vetor força resultante,


como também, é diretamente proporcional a intensidade da força e inversamente
proporcional a massa. Quando a força Fr é constante, o corpo assume uma
aceleração também constante e fará um Movimento Retilínio Uniformemente
Variado(MRUV). Nessa prática utilizamos um trilho de ar para produzir um MRUV
e desprezamos o atrito do movimento do carrinho que vai percorrer o trilho de ar,
como mostra a imagem a seguir:
Imagem 2: Trilho de ar

Fonte: www.ebah.com.br
Colocamos o fotossensor a 50cm do carrinho azul e montamos o equipamento de
acordo com a imagem 3 a seguir, utilizando apenas um sensor, ligado no s1:

Imagem 3:

Fonte: www.ebah.com.br

2x
Considerando que o carrinho partiu do repouso usaremos a fórmula 1: a=

para descobrir o módulo da aceleração. Onde x é o espaço que o carrinho percorre
até o fotossensor e t o tempo em que ocorre o movimento. O arranjo dessa
experiência pode ser representada pela Imagem 4:

Imagem 4:

Fonte: http://fsicafascinante.blogspot.com/p/1-ano.html

Pois, conforme mostra a imagem 2, consideramos que o carrinho A se desloca sem


atrito pelo trilho e está ligado por um fio inextensível e sem massa ao peso morto B
que aplicará a força peso ao sistema, e que a roldana não tem atrito. Ademais,
calculamos a força peso através da Fórmula 2: P = (Mt)*a, visto que, como
desprezamos a tração, a força peso considera a massa total Mt = M + m, onde M é a
massa do carrinho e m a massa do peso morto. Nesta prática, ligamos o gerador de
fluxo de ar, depois verificamos se o trilho estava nivelado, colocando o carrinho no
centro e vendo se ele movimentava-se em algum sentido e se necessário
ajustariamos nos pés do trilho. Em seguida colocamos o pino lateral superior que
faria a conexão com o eletroímã no carrinho, e do lado oposto o gancho pra colocar
o fio que o ligaria ao peso morto.
4. Procedimento

Antes de iniciarmos as medidas de tempo para a realização do cálculo da


aceleração, nós determinamos a massa do peso morto e do carrinho com os pinos.
De acordo com o que o procedimento pedia íamos acrescentando ou reduzindo
massas ao carrinho e fixando ele no eletroímã ligando a chave liga-desliga. Fazendo
três medidas de tempo para cada peso e calculando a aceleração.
Tabela 1: Massas utilizadas

Mc(massa carrinho com pinos)=218,5g


mp(massa peso morto)=8,3g
Fonte: Produzida pelo autor

Tabela 2: Resultados para massa constante

M(g) m(g) Mt(g) t1(s) t2(s) t3(s) Média de a(cm/s²)


t(s)

Mc +80 mp+20 326,8 1,225 1,147 1,160 1,177 72,20

Mc +60 mp+40 326,8 0,842 0,845 0,844 0,844 140,4

Mc +40 mp+60 326,8 0,708 0,712 0,710 0,710 198,4


Fonte: Produzida pelo autor

Utilizando a fórmula 1 e a média do tempo, calculamos a aceleração. Apesar de Mt


ser constante, podemos observar que a aceleração está aumentando, pois ao diminuir
massa de M e adicionar em m a força que puxa o carrinho vai ser maior, logo a
aceleração também será maior.

Tabela 3: Força aplicada constante

M(g) m(g) Mt(g) t1(s) t2(s) t3(s) Média de a(cm/s²)


t(s)

Mc+20 mp+40 286,8 0,655 0,795 0,773 0,741 182,1

Mc+40 mp+40 306,8 0,823 0,826 0,827 0,825 146,9

Mc+60 mp+40 326,8 0,862 0,855 0,888 0,868 132,7

Mc+80 mp+40 346,8 0,877 0,880 0,872 0,876 130,3

Mc+100 mp+40 366,8 0,901 0,906 0,902 0,906 122,6


Fonte: Produzida pelo autor

Dessa vez aumentando a Mt podemos perceber que a aceleração tende a diminuir,


haja vista que a aceleração é inversamente proporcional a massa.
5. Questionário
-Valor da gravidade utilizado nas questões: 9,8m/s²
1- Baseado nos dados da tabela 2, e adotando a massa em Kg e a aceleração em
m/s², descobrimos a força aplicada em (P=mg) em Newtons:

Tabela 4:

Mt(Kg) a(m/s²) Mt*a(N) F=P=mg

0,3268 0,7220 0,2359 0,2773

0,3268 1,404 0,4588 0,4733

0,3268 1,984 0,6484 0,6693


Fonte: Produzida pelo autor

Pode-se perceber que ao calcular o peso por essas duas formas, Mt x a e m x g, os


valores são diferentes, porém próximos.

2- Baseado nos dados da tabela 3, e adotando a massa em Kg e a aceleração em


m/s², descobrimos a força aplicada em (P=mg) em Newtons:

Tabela 5:

Mt(Kg) a(m/s²) Mt*a(N) F=P=mg

0,2868 1,821 0,5222 0,08795

0,3068 1,469 0,4506 0,07095

0,3268 1,327 0,4336 0,06409

0,3468 1,303 0,4518 0,06293

0,3668 1,226 0,4496 0,05921


Fonte: Produzida pelo autor

Já neste caso os valores foram bem diferentes.


3- Baseado nos valores da tabela 3:
Tabela 6:

a(m/s²) 1,821 1,469 1,327 1,303 1,226

1/Mt(Kg-¹) 3,487 3,259 3,059 2,883 2,726


Fonte: Produzida pelo autor
4-Gráfico da aceleração em função de 1/Mt (Tabela 6):

Gráfico 1: a(m/s²) x 1/Mt(Kg-¹)

Fonte: Produzido pelo autor

5- De acordo com a teoria deveria ser uma reta, pois o coeficiente angular deveria
ser igual a força resultante, mas mesmo tentando alinhar o gráfico percebe-se que há
uma discrepância muito grande entre os valores, o que pode ter sido causado por
erros na realização da experiência.

6. Conclusão
Através dessas análises é possível compreender a relação entre a força e a
aceleração, como também entre a aceleração e a massa, logo que, se uma diminui a
outra tende a aumentar, conforme a teoria da Segunda Lei de Newton. Como
também, comprovar qua quanto maior a força aplicada maior a aceleração adquirida
pelo corpo, independente da massa do mesmo. Porém, quanto maior a massa,
quando aplicada a uma mesma força, a aceleração propende a diminuir.
Entretanto, a discrepância dos valores da aceleração e da força resultante obtidos
nas tabelas e no gráfico leva a crer que houve erros durante a realização da prática,
pelo manuseio errado dos objetos ou por erros matemáticos.
7. Bibliografia
1. JÚNIOR, JOAB SILAS DA SILVA. Mundo Educação: Segunda Lei de Newton.
Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/segunda-lei-newton.htm.
Acesso em: 18/05/2019 às 16:23.

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