Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA GERAL I - 3057

ESTUDO DO MOVIMENTO DINÂMICO

ACADÊMICO: GUILHERME ALCARÁZ MICHELINE


RA: 137277
TURMA: 33
PROFESSOR: MAURÍCIO ANTONIO CUSTODIO DE MELO
Resumo:

O intuito desse experimento visa evidenciar que a aceleração de um móvel


calculada através da equação da força/tensão é a mesa aceleração calculada
através da equação da função horária do espaço no MRUV. Nosso
experimento se trata de um fenômeno dinâmico, envolvendo ação de forças no
sistema, onde as forças são diretamente proporcionais a massa dos corpos
envolvidos. Temos no experimento um trilho de ar com um móvel interligado a
um suporte de pesos suspensos no ar, com um cronômetro digital acoplado ao
circuito.

Introdução teórica:

A Mecânica é a área da Física responsável pelo estudo do movimento e


repouso dos corpos. Dentro da Mecânica, nós temos três subáreas, são elas: a
Cinemática, que estuda o movimento dos corpos como algo isolado; a
Dinâmica, que estuda o movimento dos corpos considerando as forças
envolvidas; e a Estática, que estuda o equilíbrio dos corpos. Nosso
experimento é pertencente a área da Dinâmica, pois temos a ação de forças
envolvidas no movimento que dependem da massa do sistema, onde podemos
classificar nosso experimento dentro da área da Cinemática como um
movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV). Para realizar o
experimento, nos baseamos de acordo com as noções físicas expostas em
(Helerbrock, s.d.), (Melo, s.d.) e (Leis de Newton, s.d.).

Materiais utilizados:

Um trilho de suspensão de ar;

Um cronômetro digital;

Um compressor de ar;

Um móvel;

Um eletroímã;
Três sensores de tempo;

Uma trena de 100 cm;

Uma roldana;

Um fio de 120 cm;

Quatro pesinhos;

Um suporte para os pesinhos;

Uma balança de precisão.

Procedimentos:

Com o trilho de ar posicionado em um lugar estático, conectamos ao trilho a


bomba de compressão de ar para alimentar o sistema, depois, fixamos o
eletroímã ao início do trilho de ar, depois posicionamos a roldana, a fixando, no
término do trilho de ar e enfim posicionamos a trena com seu marco 0 cm no
início do trilho ar. Após isso, fixamos os sensores de tempo ligados ao
cronômetro no trilho de ar e os separamos para que fiquem equidistantes no
sistema. Dessa forma, colocamos o móvel em cima do trilho de ar, no início, e
após isso, com ajuda do fio, amarramos o suporte dos pesinhos e o
interligamos amarrando na frente do móvel, assim, colocamos o suporte dos
pesos em suspensão na roldana.

Feito isso, para se realizar o experimento, medimos a massa total do


sistema, pesando o móvel junto dos pesinhos e o suporte dos pesinhos. Depois
adicionamos ao móvel três pesinhos e medimos a massa do pesinho restante e
colocamos no suporte, e depois desligamos o eletroímã e o móvel entra em
MRUV, e assim obtemos as medições do tempo do móvel no cronômetro digital
com a massa de um peso no suporte. Subsequentemente, a cada nova
medição de tempo, é diminuída a quantidade de pesos sobre o móvel e é
colocada proporcionalmente sobre o suporte dos pesos, medindo a massa dos
pesinhos colocados no suporte, e assim é feito o processo da medição todo
novamente.

Dados obtidos:

Quantidade de Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo médio


massa no (sensor 1) (sensor 2) (sensor 3) calculado
suporte (pesos)
1 peso = 26,5 g 1,254 s 1,258 s 1,254 s 1,255 s
2 pesos = 46,6 g 0,963 s 0,939 s 0,958 s 0,953 s
3 pesos = 66,1 g 0,78 s 0,772 s 0,779 s 0,777 s
4 pesos = 86,2 g 0,688 s 0,692 s 0,685 s 0,688 s

Quantidade total de massa no sistema (móvel, suporte e pesos)


mₜ = 301,7 g

Cálculos experimentais:

Para realizarmos os cálculos experimentais, vamos utilizar duas equações


distintas que visam determinar a mesma grandeza (aceleração).

Teremos então a equação da função horária do espaço no MRUV, que


utilizaremos para determinar a aceleração com base no tempo que o móvel
levou para chegar até o último sensor e a variação de espaço percorrida até
chegar no último sensor. A função horária do espaço no MRUV é dada por:
S = S₀+ V×∆t + a×∆t²/2.

A segunda equação utilizada é equação da força/tensão, que utilizaremos


para determinar a aceleração com base na força aplicada – calculada com
base na massa dos pesos no suporte e a aceleração da gravidade –
juntamente com a massa total do sistema. A equação da força/tensão é dada
por: F = a×m.
Desenvolvendo a equação da função horária do espaço no MRUV, isolando a
aceleração, considerando as posições inicial e final sendo 0 m e 0,7 m,
respectivamente, e a velocidade inicial sendo nula, temos:

S = S₀+ V₀×∆t + a×∆t²/2

S = 0 + 0 + a×∆t²/2

2S = a×∆t²

a = 2S/∆t²

Aplicando agora os dados obtidos na equação, temos:

2 ×0,7 m 1,4 m
1 peso = a ₘ₁= a ₘ₁= a ₘ₁=0,889m/ s
2
(1,255 s)2 1,575 s 2

2 × 0,7 m 1,4 m
2 pesos = a ₘ₂= 2
a ₘ₂= 2 a ₘ₂=1,542 m/s
2
(0,953 s) 0,908 s

2× 0,7 m 1,4 m
3 pesos = a ₘ₃= 2
a ₘ₃= a ₘ₃=2,319 m/s
2
(0,777 s) 0,604 s2

2 × 0,7 m 1,4 m
4 pesos = a ₘ₄= a ₘ₄= a ₘ₄=2,958 m/s 2
(0,688 s)2 0,473 s
2

Desenvolvendo a equação da força/tensão, isolando a aceleração, temos:

F = a×mₜ

(g×mₚₛ) = a×mₜ

a = g×mₚₛ/mₜ

Aplicando agora os dados obtidos na equação, temos:

2 2
0,0265 kg × 9,8 m/s 0,2597 kg . m/s 2
1 peso = a ₘ₁= a ₘ₁= a ₘ₁=0,861m/s
0,3017 kg 0,3017 kg
2 2
0,0466 kg × 9,8 m/s 0,457 kg . m/s
2 pesos = a ₘ₂= a ₘ₂= a ₘ₂=1,514 m/ s2
0,3017 kg 0,3017 kg
2 2
0,0661 kg × 9,8 m/ s 0,648 kg . m/s
3 pesos = a ₘ₃= a ₘ₃= a ₘ₃=2,147 m/ s2
0,3017 kg 0,3017 kg
2 2
0,0862 kg × 9,8 m/ s 0,845 kg . m/s
4 pesos = a ₘ₄= a ₘ₄= a ₘ₄=2,8 m/ s2
0,3017 kg 0,3017 kg

Plotagem dos resultados no gráfico:

Aceleração em função da massa


3.5

2.5

1.5

0.5

0
26,5 g 46,6 g 66,1 g 86,2 g

Função do espaço em MRUV Força peso

Desvio padrão do tempo calculado (resultados dados em segundos):

Desvio padrão do tempo com 1 peso:

Desvio padrão do tempo com 2 pesos:

Desvio padrão do tempo com 3 pesos:


Desvio padrão do tempo com 4 pesos:

Desvio padrão da aceleração pela função horária do espaço calculado


(resultado dado em metro por segundo ao quadrado):

Desvio padrão da aceleração pela equação da força/tensão calculado


(resultado dado em metro por segundo ao quadrado):

Conclusão final:

Podemos concluir no fim do experimento que de maneira analítica e


estatística obtivemos êxito no propósito do experimento, de provar que a
aceleração é a mesma calculada pela função horária do espaço no MRU
quanto pela força/tensão, isso porque os desvios padrões calculados tanto para
função horária da posição e para equação da força/tensão estão dentro da
margem de erro um do outro. Portanto, estatisticamente, são iguais e
obtivemos sucesso nesse quesito.

Entretanto, nosso experimento não obteve os resultados muito similares


entre as equações utilizadas nos cálculos, então nesse quesito de evidenciar
os resultados iguais, não obtivemos êxito. Isso ocorre devido as marcas e
modelos dos equipamentos envolvidos nas nossas medições não serem de
primeira linha e totalmente calibrados, juntamente com a quantidade pequena
de vezes que repetimos o experimento, fazendo assim termos um erro
sistemático e previsto para nosso experimento. Se nossos equipamentos
fossem mais atualizados e realizássemos as medições com uma quantidade de
vezes consideravelmente maior, obteríamos melhores resultados e nosso erro
sistemático seria amenizado.

Referências
Helerbrock, R. (s.d.). Movimento uniformemente variado: conceito, questões. Fonte: Brasil
Escola: https://brasilescola.uol.com.br/amp/fisica/movimento-uniformemente-
variado.htm
Leis de Newton. (s.d.). Fonte: https://propg.ufabc.edu.br/mnpef-sites/leis-de-conservacao/leis-
de-newton/

Melo, P. R. (s.d.). Segunda lei de Newton: o que é, fórmula, exemplos. Fonte: Brasil Escola:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/segunda-lei-newton.htm

Você também pode gostar