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Licenciatura em Engenharia biomédica

Unidade curricular: Física Geral

Trabalho 3- Estudo do pêndulo simples

Ana Guimarães 1221327


Luana Rocha 1220987
Ana Mafalda Faria 1221237

Data de realização:
27/04/2023

1. Objetivos
1
 Observação da periodicidade do movimento;
 Verificação da relação entre o período de oscilação e a amplitude, para o caso
de pequenas oscilações;
 Verificação da relação entre o período de oscilação e a massa oscilante;
 Verificação da relação entre o período de oscilação e o comprimento do
pêndulo

2. Introdução teórica

Um pêndulo simples corresponde á ligação de uma massa, m, a


uma das extremidades de um fio de comprimento l, sendo que o
sistema é suspenso pela outra extremidade do fio (a extremidade
que se encontra livre). Este sistema tem como posição de equilíbrio a
posição vertical, e quando este é afastado desta posição, oscila em
torno desta, obtendo-se um movimento oscilatório que geralmente
não corresponde a um movimento harmónico simples.
O movimento do pêndulo simples deve-se á existência de duas
forças que obrigam a massa colocada na extremidade do fio a
percorrer um arco de circunferência de raio l, sendo estas o peso e a
tensão do fio.
Utilizando a segunda lei de Newton para analisar este movimento, e
usando coordenadas angulares, isto porque o movimento se
desenvolve num arco de circunferência, levando-nos a:

Figura 1, Forças aplicadas no pêndulo


simples

Mas dado que assim obtemos para a componente tangencial:

Mas isto pode ser reescrito de forma diferente aquando de pequenas oscilações, assim
obtemos:

Quando nos encontrámos nesta posição temos

E sabendo que a equação anterior corresponde à equação de um movimento


harmónico simples com uma frequência angular que é dada por:

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3. Material necessário

 Conjunto de barras e ligações para montagem do suporte do pêndulo;


 Fio;
 Conjunto de massas e respetivo suporte;
 Cronómetro:
 Balança;
 Régua ou fita métrica.

4. Procedimentos experimental

Parte I – Variação da amplitude de oscilação


1. Escolha um comprimento para o pêndulo e selecione uma massa;
2. Use a balança para determinar o valor da massa selecionada e meça o comprimento
do pêndulo (desde o ponto de suspensão ao centro de massa da massa suspensa);
3. Afaste o pêndulo da sua posição de equilíbrio cerca de 5 vezes;
4. Liberte o pêndulo dessa posição e meça o tempo que demora a fazer um número
adequado de oscilações (~20 a 50 oscilações);
5. Repita o procedimento anterior para amplitudes de oscilação de 10 e 15 vezes.

Parte II – Variação da massa


1. Escolha outra massa, com um valor consideravelmente diferente do anterior;
2. Usando a balança, determine o valor da massa que irá usar;
3. Suspenda a massa do fio e meça o comprimento do pêndulo;
4. Afaste o pêndulo assim obtido da sua posição de equilíbrio;
5. Liberte o pêndulo dessa posição e meça o tempo que demora a fazer um número
adequado de oscilações (~20 a 50 oscilações);
6. Repita o procedimento anterior para o mesmo comprimento, e para mais duas
massas.

Parte III – Variação do comprimento do pêndulo


1. Usando uma das massas já usadas anteriormente, determine o tempo de um
número adequado de oscilações, para, pelo menos, 5 comprimentos diferentes do
pêndulo.

3
5. Tratamento dos dados

1.

Tabela 1, Dados parte 1

2. Dependência do período na amplitude de oscilação do pêndulo:


O período vai depender do comprimento da corda e da aceleração gravítica, já a
amplitude vai estar relacionada com a energia inicial com que o pêndulo vai ser
lançado, logo estas duas grandezas não vão estar relacionadas diretamente.
Analisando os dados obtidos, concluímos que apesar do período aumentar
ligeiramente com o aumento da amplitude, esta variação é muito reduzida, o que nos
leva a concluir que, em situações ideais onde não existissem erros experimentais, este
permanecia constante para qualquer valor de amplitude, não dependendo uma
grandeza da outra.

3. Dependência do período do pêndulo na massa oscilante:


Tal como a amplitude, a variação do período com o aumento da massa é muito
reduzida, permanecendo aproximadamente constante, logo, estas duas grandezas não
dependem uma da outra.

Tabela 2, Dados parte 2


4
4.

Tabela 3, Dados parte 3

Gráfico 1, Regressão linear- dados parte 3

5. ꞷ =

T
=
g
L√
g
L= 2 T
2

 g = 0,2487 x 4 π 2 = 9,8183 m/s2

6. Comente, com base no gráfico, a validade da expressão obtida para o período de


oscilação do pêndulo:
9,8183−9,8066
Erro (%) = = 0,1 %
9,8066
O erro obtido para o cálculo da aceleração gravítica é muito reduzido, o que valida a
expressão do período de oscilação do pêndulo.

5
6. Conclusão

Esta atividade laboratorial tinha como objetivo verificar a dependência do


período de oscilação de um pêndulo simples quanto à amplitude, à massa e ao
comprimento do fio. Apesar de na nossa recolha de dados este aumentar
ligeiramente quando alteramos a amplitude e a massa, esta variação não é
significativa nem se encontra relacionada com o período. Estes erros podem ter
origem na forma como fizemos a medição da posição do pêndulo que não foi a
mais precisa. Contudo, concluímos que o período depende apenas do
comprimento do fio, validando a expressão acima proposta.

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