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MACEIÓ/AL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS A.C. SIMÕES
INSTITUTO DE FÍSICA
CENTRO DE TECNOLOGIA
MACEIÓ/AL
1- INTRODUÇÃO TEÓRICA
Para entender o Movimento Retilíneo Uniforme é necessário estar ciente de alguns
conceitos básicos da física. Como por exemplo a definição de deslocamento, que é uma
grandeza vetorial (possui módulo, direção e sentido), e nada mais é do que uma mudança de
posição, como mostrado na equação 1, mas para calcular essa variação é importante determinar
um ponto de referência e só então é possível concluir se o deslocamento é positivo ou não, de
acordo com o movimento no eixo definido, que deve estar marcado em unidades de
comprimento (HALLIDAY, 2006).
(1)
Já a velocidade média (Vmédia) é a razão entre a distância percorrida no deslocamento e
o instante de tempo em que isso ocorreu, como mostrado na equação 2. Por fim, a aceleração
(Amédia) é a variação da velocidade em um intervalo de tempo, como mostrado na equação 3.
(2)
(3)
Entretanto, no caso do Movimento Retilíneo Uniforme, a aceleração é nula já que a
velocidade permanece constante durante o percurso, por isso, o chamamos de uniforme. Com
isso, a equação horária do espaço pode ser demonstrada conforme a equação 4.
(4)
O movimento uniforme pode ser classificado de acordo com o seu sentido, podendo ser
classificado em progressivo, que ocorre quando um corpo se move no mesmo sentido da
orientação da trajetória, e em retrógrado quando o sentido segue a orientação contrária da
trajetória, conforme exemplificado nos gráficos da figura 1 (HALLIDAY, 2006).
O movimento uniforme não é muito comum na natureza, sendo a luz um dos melhores
exemplos. O que impede de um objeto se continuar em velocidade constante são as forças
atuantes sobre ele, como a gravidade, atrito, resistência do ar, entre outros. Apesar da sua baixa
frequência é um movimento muito simples (HALLIDAY, 2006).
2- OBJETIVOS
Examinar o movimento descrito pelo corpo livre de aceleração através de medidas de
tempo. Além de constatar que o Movimento Retilíneo Uniforme de fato acontece quando se
tem as devidas condições de espaço e tempo.
3- MATERIAIS UTILIZADOS
A tabela 1 apresenta os materiais e suas respectivas quantidades necessárias para
execução do experimento.
Material Quantidade
Trilho 120 cm 1
Cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V 1
Sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2) 2
Eletroímã com bornes e haste 1
Fixador de eletroímã com manípulo 1
Chave liga-desliga 1
Y de final de curso com roldana raiada 1
Suporte para massas aferidas – 9 g 1
Massa aferida de 20 g com furo central de 2,5 mm diâmetro 2
Cabo de ligação conjugado 1
Unidade de fluxo de ar 1
Cabo de força tripolar 1,5 m 1
Mangueira aspirador 1,5 m 1
Pino para carrinho para fixa-lo no eletroímã 1
Carrinho para trilho de ar 1
Pino para carrinho interrupção de sensor 3
Porcas borboletas 7
Arruelas lisas 4
Manípulo de latão 13 mm 1
Pino para carrinho com gancho 1
4- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
• Após a separação dos materiais a serem utilizados, montou-se o trilho conforme a
5- RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela 2 apresenta os dados coletados no experimento M.R.U. com 29g de massa
aferidas cinco vezes, com as respectivas posições iniciais e finais, deslocamento, tempos t1 e
t2, tempo médio e velocidade média.
Tabela 1. Dados do experimento M.R.U. com 29g de massa.
Com base nos dados obtidos para as duas massas, construíram-se os gráficos de Posição
VS. Tempo, exibidos a seguir:
A partir da equação abaixo (Eq.7), conhecida como equação da reta, é possível calcular
o coeficiente angular do gráfico Posição VS. Tempo:
(𝑦 − 𝑦o) = 𝑚 (𝑥 − 𝑥o) (Eq.7)
Simplificando a equação, temos:
∆𝑌
𝑚=
∆𝑡
Onde “m”, que representa o coeficiente angular, é dado pela razão entre a variação da
posição e a variação do tempo. Assim, tomando como referência os dados relativos à massa de
29 g, temos:
0,7 − 0,3
𝑚=
1,25 − 0,25
0,4
𝑚=
1
𝑚 = 0,4
Comparando-se o valor obtido para o coeficiente angular com a velocidade média do
corpo em estudo, vemos que os valores são equivalentes (considerando-se a margem de erro),
ou seja, o coeficiente angular do gráfico representa a velocidade média do móvel:
𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 (Eq.8)
Onde m é o coeficiente angular, já conhecido, e b o coeficiente linear. Ao comparar as
duas equações, vemos que o coeficiente linear procurado é 𝑏 = 0,2.
Ao se fazer outra comparação, desta vez com a equação horária do espaço (Eq.2),
percebe-se que o coeficiente encontrado representa a posição inicial do móvel (levando-se em
conta a margem de erro):
𝑋 = 𝑋o + 𝑉𝑡 (Eq.2)
𝑦 = 0,2 + 0,4𝑥
Onde: 𝑋o = 0,2 𝑚.
𝑋 = 𝑋o + 𝑉𝑡 (Eq.2)
Assim, já se conhecendo os coeficientes angular (𝑚) e linear (𝑏) do (Gráfico 1), e
sabendo que 𝑚 = 𝑣 e 𝑏 = 𝑋o, foi possível determinar as equações horárias do espaço do
carrinho. Logo:
Para a massa de 29 g:
𝑋 = 0,2 + 0,4𝑡
E para a massa de 49 g, utilizando cálculos semelhantes aos utilizados para a massa de
29 g, temos:
𝑋 = 0,2 + 0,5𝑡
6- CONCLUSÕES
Deste modo, as equações exibidas acima, representam as equações horárias do espaço
dos corpos analisados. Como se tratam de equações lineares, os gráficos POSIÇÃO VS.
TEMPO correspondentes (Gráfico 1 e Gráfico 2), têm a forma característica de reta.
Comparando tais equações com os gráficos (PxT) das massas correspondentes, vemos que a
velocidade corresponde ao coeficiente angular ou a inclinação do gráfico e a posição inicial,
equivale ao coeficiente linear do gráfico.
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS