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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS – CCET


PROFESSOR: ALAN SILVA DE MENEZES
DISCIPLINA: FÍSICA II EXPERIMENTAL
CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA

MARISTELLA DOS SANTOS MONTELES


NATHÁLIA KETTLLEY SOARES DIAS
RENATA QUARESMA DE SOUSA LOPES

RELATÓRIO II

PÊNDULO SIMPLES

SÃO LUÍS - MA
04/2023
SUMÁRIO
1. RESUMO ......................................................................................................... 2
2. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
3. TEORIA ........................................................................................................... 4
4. OBJETIVOS ..................................................................................................... 7
5. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 7
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 8
7. CONCLUSÃO ................................................................................................ 12
8. REFERÊNCIAS ............................................................................................. 13

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1. RESUMO
Esta prática teve o objetivo de encontrar a lei do pêndulo simples para
pequenas oscilações. O Pêndulo simples é um sistema formado por um fio
inextensível acoplado a um objeto que possui dimensões insignificantes, no qual se
movimenta de forma livre. A partir da utilização de um pêndulo simples no
laboratório, foi possível observar um corpo, ligado à fio de massa desprezível,
oscilando lentamente sobre um ponto fixo.

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2. INTRODUÇÃO
O pêndulo simples é caracterizado por um movimento oscilatório em torno
de um ponto fixo que é realizado por um fio fixado em um corpo, no qual esse fio
despreza a ação de forças dissipativas, ou seja, forças de atrito ou de arraste.
Ademais este corpo possui dimensões insignificantes, uma vez, que consiste em
uma massa puntiforme. Logo, o pêndulo simples é muito utilizado no estudo do
Movimento Harmônico Simples devido a essa simplicidade que ele apresenta
(HELERBROCK, s.d).
O movimento oscilatório do pêndulo simples, ocorre por conta da força peso
e tração que o fio exerce, uma vez que estas não estão em equilíbrio, logo não se
cancelam. Desse modo, age sobre esse sistema uma força resultante de natureza
centrípeta, causando a oscilação do pêndulo em volta de um ponto de equilíbrio
(HELERBROCK, s.d).
A movimentação do pêndulo, é realizada com a mesma velocidade e
aceleração, a partir do momento que o corpo percorre a posição na trajetória de
execução. O pêndulo simples é usado em diversos experimentos para determinação
da aceleração gravitacional (ASTH, 2021).
A primeira pessoa a identificar a periodicidade de um movimento pendular e
propor a teoria oscilatória do pêndulo foi Galileu Galilei. Ademais, também são
existentes outros tipos de pêndulos, como o pêndulo de Kater, que mede a
gravidade da terra, e o pêndulo de Foucault, usado para estudar a rotação da Terra.
O movimento realizado pelo pêndulo é um MHS e os cálculos principais que se faz
com o objeto referem-se ao período e a força de restauração (ASTH, 2021).
Logo, este experimento realizado em laboratório sobre o pêndulo simples é
muito importante, pois, possibilita medir o valor da aceleração gravitacional de forma
ágil e é amplamente utilizado para o estudo de movimentos oscilatórios e periódicos.
Por isso é necessário que haja o estudo do pêndulo, juntando a teoria com a prática,
uma vez, que é possível encontrar exemplos de pêndulo simples no cotidiano, como
em relógios ou em balanços de parques. Assim, o objetivo dessa prática é a
observação do movimento oscilatório de um pêndulo simples.

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3. TEORIA
Para iniciar o estudo sobre o pêndulo simples, é necessário entender seu
conceito. O pêndulo simples consiste em uma massa pontual (m) suspensa por uma
corda/fio de comprimento L e massa desprezível, que oscila em torno de um ponto
fixo.

O movimento realizado pelo objeto em pêndulo, não é exatamente um


movimento harmônico simples (MHS), entretanto, para ângulos de oscilação
menores que 15° (θmax ≤ 15°), essa trajetória se assemelha muito ao MHS.
Adicionando o fato de que entre os ângulos de 0° a 15°, o valor do senθ é
aproximadamente igual ao valor de θ.

Após afastar-se o corpo pendular de sua posição de equilíbrio e posto em


oscilação, duas forças passam a atuar sobre ele, Força Peso (P = mg) e a Tração no
fio (FT). Tendo como resultante, a força restauradora (Pt = -Psenθ) – que fornece o
torque de restauração.
A força restauradora (Pt) – componente tangencial da força peso – se opõe
ao deslocamento realizado ao puxar-se o corpo para cima, iniciando a oscilação. O

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torque de restauração é igual ao produto do comprimento da corda do pêndulo pela
força restauradora, (L. Pt = -L.Psenθ), o sinal negativo indica que a direção do torque
é contrária ao ângulo de oscilação.

Para se calcular o valor de θ em radianos, faz-se a relação entre o


deslocamento (x) e o comprimento do fio utilizado (L).

Obtendo a força restauradora,

Com essa relação entre Pt e o deslocamento (x), observou-se que


rigorosamente esse movimento não é um MHS, pois a componente da força peso
não é diretamente proporcional ao deslocamento e sim, ao seno dessa trajetória
(senX). Porém, como dito anteriormente, em ângulos pequenos e menores ou iguais
à 15°, senθ ≈ θ, pode-se substituir o valor do senθ pelo valor de θ em radianos.

Se os valores de massa (m), aceleração da gravidade (g) e comprimento do


fio (L) forem considerados constantes, obtêm-se,

Sendo K uma constante, o módulo de Pt pode ser expresso por,

Após essa relação matemática, pôde-se obter a proporcionalidade direta de


Pt ao deslocamento (x), aproximando o movimento de um Movimento Harmônico
Simples (MHS).

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Agora, para se obter a equação do período para o pêndulo oscilante, inicia-
se pela equação de período do MHS.
Em MHS,

Substituindo K encontrado anteriormente,

√ √

Obteve-se a equação do período para pêndulo,

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4. OBJETIVOS
Essa prática teve como objetivos preparar o aluno para reconhecer e
determinar as duas constantes analisadas, k e a, ou seja, encontrar a lei do pêndulo
simples para pequenas oscilações.

5. MATERIAIS E MÉTODOS
Para análise do movimento harmônico simples (MHS) em um Pêndulo
Simples foram utilizados fio de nylon, peso de chumbo, suporte do pêndulo,
transferidor, régua de 1 metro e cronômetro inteligente com foto-gate. Teve-se como
meta realizar 10 aferições de período em cada 6 distâncias distintas.

Figura 1 – Procedimento experimental

Amarrou-se o peso de chumbo na extremidade inferior do fio de nylon e a


outra extremidade ligou-se ao suporte. Em seguida, aferiu-se – com auxílio de um
transferidor – o ângulo de oscilação igual à 15°, após feito, soltou-se o peso e
realizou-se 10 aferições de período (T) para cada distância analisada.

Tabela 1 – Distâncias analisadas em metros


Distâncias (m)
0,50m 0,80m
0,60m 0,90m
0,70m 1,00m

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6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante o experimento do pêndulo simples, os dados experimentais
encontrados estão expostos nas tabelas abaixo:

Tabela 2 - Períodos em distância Tabela 4 - Períodos em distância


0,50m 0,70m
Distância (X1) 0,5 m Distância (X3) 0,7 m
T1 1,360 s T1 1,710 s
T2 1,300 s T2 1,750 s
T3 1,440 s T3 1,700 s
T4 1,610 s T4 1,840 s
T5 1,540 s T5 1,590 s
T6 1,440 s T6 1,700 s
T7 1,250 s T7 1,680 s
T8 1,280 s T8 1,620 s
T9 1,500 s T9 1,700 s
T10 1,430 s T10 1,780 s
Tempo médio 1,415 s Tempo médio 1,707 s
Desvio Padrão 0,1114 Desvio Padrão 0,0686
Tempo ± Desvio 1,415 ± 0,111 Tempo ± Desvio 1,707 ± 0,069

Tabela 3 - Períodos em distância Tabela 5 - Períodos em distância


0,60m 0,80m
Distância (X2) 0,6 m Distância (X4) 0,8 m
T1 1,960 s T1 1,780 s
T2 1,700 s T2 1,770 s
T3 1,510 s T3 1,770 s
T4 1,610 s T4 1,870 s
T5 1,490 s T5 1,750 s
T6 1,550 s T6 1,930 s
T7 1,570 s T7 1,700 s
T8 1,680 s T8 1,870 s
T9 1,550 s T9 1,710 s
T10 1,550 s T10 1,840 s
Tempo médio 1,617 s Tempo médio 1,799 s
Desvio Padrão 0,1311 Desvio Padrão 0,0715
Tempo ± Desvio 1,617 ± 0,131 Tempo ± Desvio 1,799 ± 0,072

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Tabela 6 - Períodos em distância Tabela 7 - Períodos em distância

0,90m 1,00m

Distância (X5) 0,90 m Distância (X6) 1,00 m


T1 1,830 s T1 1,970 s
T2 1,940 s T2 2,260 s
T3 2,020 s T3 2,030 s
T4 1,910 s T4 1,890 s
T5 1,880 s T5 2,280 s
T6 1,950 s T6 1,920 s
T7 1,800 s T7 1,910 s
T8 2,070 s T8 2,100 s
T9 1,800 s T9 2,040 s
T10 1,990 s T10 2,040 s
Tempo médio 1,919 Tempo médio 2,044 s
Desvio Padrão 0,0880 Desvio Padrão 0,1297
Tempo ± Desvio 1,919 ± 0,088 Tempo ± Desvio 2,044 ± 0,129

A partir desses dados, pode-se plotar um gráfico que relaciona o


comprimento log(L) em metros e o período do movimento. Para encontrar o período
log(T) faz-se a relação entre as formulas abaixo:
𝑛 𝑑𝑒 𝑜𝑠𝑐𝑖𝑙𝑎 𝑒𝑠
𝑓
∆𝑡
1
𝑓
𝑇

Por meio dessa relação, pode-se concluir que o , em outras

palavras, o período é o tempo médio das dez oscilações. Usou esse dado para a
elaboração do gráfico.

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log T x log L y = 1,1837x + 0,8624
R² = 0,9841
2,1

1,9

1,8

1,7
log T

1,6

1,5

1,4

1,3

1,2
0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
log L

A partir do gráfico acima, depreende-se que há um desvio nos pontos


marcados, a equação do gráfico plotado é de primeiro grau, dessa forma faz-se uma
comparação para encontrar os valores do coeficiente angular e o coeficiente linear
que correspondem, respectivamente, ao valor de “a” e “log(K)”.
( ) ( ) ( )

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Os valores encontrados para a “Log(k)” e “a” são: Log(K)= 0,8624 e a=


1,1837, no entanto para verificar o valor de “K” aplica-se a exponencial:
( )
( )

Encontrado os valores, compara-se com um da literatura, sugerido pela fórmula


abaixo:
→2,0070 e 0,5

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A linha de tendência já sugeria um erro nos valores, e isso foi ratificado pela
fórmula de “K” e “a” presente na literatura, esse desvio é influenciado pelo mau
manuseio do cronometro e até mesmo a presença de forças dissipativas no sistema
o que acarretou na alteração do período.

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7. CONCLUSÃO
Dessa forma, essa experiência propôs ao aluno encontrar o valor de K, o
resultado encontrado no presente relatório está próximo do esperado. Assim, pode-
se concluir que a medição correta do tempo de oscilação de cada tamanho de corda
é importante para determinar o valor correto, uma vez que, o período e o
comprimento da corda são variáveis dependentes.

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8. REFERÊNCIAS

ASTH, Rafael C. Pêndulo simples: período, energia potencial e força restauradora. [S. l.], 2021.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/pendulo-simples/. Acesso em: 16 abr. 2023.

HELERBROCK, Rafael. Pêndulo simples. [S. D]. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm. Acesso em: 16 abr. 2023.

MARQUES, Gil. Movimento harmônico simples (MHS). [S. l.], 5 jun. 2013. Disponível em:
https://midia.atp.usp.br/plc/plc0002/impressos/plc0002_11.pdf. Acesso em: 8 abr. 2023.

Nilton Villas; Ricardo Helou; Ronaldo Fogo. Movimento Harmônico Simples. In: TÓPICOS de Física.
3. ed. [S. l.]: Conecte Live, 2018. v. 2, cap. Ondulatória, p. 254-257.

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