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Fı́sica I - 2o perı́odo

Roteiro para aula prática

Roteiro 3 - Estudo dos movimentos utilizando o


trilho de ar

Objetivos: Rever os conceitos básicos de movimentos unidimensionais, tais como:


posição, velocidade e aceleração.
Determinar as caracterı́sticas do MRU e MRUV por meio de gráficos.
Interpretar e extrair dados dos gráficos;
Material utilizado: trilho de ar linear, carrinho deslizante, sensores fotoelétricos,
unidade geradora de fluxo de ar, cronômetro digital, suporte para massas aferidas e
massas aferidas de 20g e 10g.
Introdução: Neste experimento investigam-se os movimentos unidimensionais
de uma partı́cula, utilizando-se o trilho de ar. Esse tipo de equipamento é projetado
para minimizar as forças de atrito, fazendo com que o corpo se desloque sobre um
jato de ar comprimido, o que elimina o contato direto entre o corpo e a superfı́cie do
trilho, no qual ele desliza. O corpo que desliza sobre o colchão de ar é chamado aqui
de carrinho. Ao longo do trilho existem pequenos orifı́cios regularmente distribuı́dos
por onde sai o ar comprimido fornecido por um gerador de fluxo de ar. Portanto o
colchão de ar manterá o carrinho “flutuando” permitindo o seu movimento com um
atrito muito reduzido. Para investigar o movimento de uma partı́cula sujeito a uma
resultante de forças nula, nivela-se o trilho de ar, situação na qual o peso do carrinho
deslizante (a partı́cula) é contrabalançado pela força normal proporcionada pelo jato
de ar. Nesta situação a resultante das forças ao longo da direção de movimento da
partı́cula, a força de atrito, é bastante minimizada. Pela primeira Lei de Newton, um
corpo com força resultante nula deve ficar parado ou seguir um movimento retilı́neo
e uniforme, ou seja, para intervalos de tempos iguais o corpo percorre distâncias
iguais.
O movimento de uma partı́cula sob ação de uma força constante é obtido acoplando-
se massas aferidas ao carrinho, de modo que ele desça pelo trilho sob a ação do peso
dessas massas.

Algumas recomendações importantes quanto à conservação e à segu-


rança no uso do trilho de ar para que o trilho ou o carrinho não fiquem
inutilizados:
(a) Para não produzir arranhões no equipamento nunca movimente o carrinho
sobre o trilho sem que o ar comprimido esteja funcionando.
(b) Devem-se evitar choques mecânicos fortes entre o carrinho e o trilho. Uma
queda de alguns centı́metros pode inutilizar o carrinho por completo.

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Para darmos uma velocidade inicial ao carrinho será utilizado um peso ligado
ao carrinho por um fio ideal. Esse peso não poderá atuar no carrinho quando ele
passar pelo primeiro sensor, ou seja, o peso deverá tocar na mesa antes do carrinho
passar no primeiro sensor. Utilize uma massa de aproximadamente 30g, já com o
porta pesos (9g) incluı́do. (1o experimento)
Para darmos uma velocidade inicial ao carrinho será utilizado um peso ligado
ao carrinho por um fio ideal. Esse peso atuará no carrinho durante o experimento
e não deverá tocar no chão nem ao final do experimento. Utilize uma massa de
aproximadamente 40g, já com o porta pesos (9g) incluı́do. (2o experimento)

1. Posicione os sensores de tal forma que fiquem a uma distância relativa de


0, 10m.

2. Verifique se os sensores estão conectados corretamente.

3. Com o eletroı́mã ligado, prenda o carrinho na sua posição inicial.

4. Ligue o gerador de fluxo de ar.

5. Faça algumas tomadas de dados testes e verifique se todos os sensores estão


funcionando adequadamente e se o cronômetro está fornecendo resultados
estáveis.

Funcionamento do cronômetro:

1. Ligue o cronômetro e verifique se ele identificou os sensores.


Bloqueando a passagem de infravermelho em um sensor, deve aparecer no
canto superior direito da tela um sinal de exclamação (!) indicando que o
sensor está identificado.

2. Ajuste a tensão na bobina (eletroimã) para 12, 0V


Ao ligar o cronômetro ele apresenta a tela de STANBY e deve mostrar:

• [STANDBY]
• Vout: 8, 5V – Tensão de saı́da para a bobina.
• Sns: 2 – Número de sensores identificados.
• Bobin: off - indicando a bobina desligada.
– Para aumentar ou diminuir a tensão, clicar SETUP (fica pronto para
variar a voltagem).
– Clicar na seta ↑ para aumentar ou ↓ para diminuir.
– Clicar em START/RESET para encerrar a alteração de tensão.

3. Configuração do cronômetro:

• Clique na tecla func para sair do modo [STANDBY] e escolher uma


função. Serão utilizadas as funções F2 (Init : Sns) na parte I, que inicia
o cronômetro a partir do primeiro sensor, e F1 (Init : Btn) na parte II,
que inicia o cronômetro a partir do desligamento da bobina.

2
4. Inı́cio da coleta de dados
Clicando em START a bobina estará energizada.
No canto superior direito da tela aparece o sinal de “stand by” (*) intermitente,
indicando que o sistema está pronto para a tomada de medidas.
Clicar novamente em START para desligar a bobina e iniciar o experimento.
A contagem de tempo se inicia quando o eletroı́mã é desligado e é interrompida
quando o móvel passa pelo 2o sensor.

5. Repetição do experimento
Caso os dados não tenham sido rolados, a repetição do experimento se obtém
clicando em RESET/START e a tela apresenta o sinal (*) intermitente pronto
para o reinicio da nova coleta.
Caso os dados tenham sido rolados selecionar FUNC e a seguir START e a
tela apresenta o sinal (*) intermitente pronto para o reinicio da nova coleta.

Parte I: MRU

1. Ajuste o trilho de forma que a massa caia na mesa antes que o carrinho dispare
o primeiro sensor. Coloque o cronômetro na função F2 (Init : Sns)

2. Anote a posição do primeiro sensor x0 :

3. Faça as medidas de tempo, movendo o segundo sensor de 10cm em 10cm após


cada cinco medidas. Anote as distâncias xi − x0 na tabela.

No de x1 − x0 x2 − x0 x3 − x0 x4 − x0 x5 − x0
medi-
das
t1 − t0 t2 − t0 t3 − t0 t4 − t0 t5 − t0
1
2
3
4
5
Valores
médios

4. Faça um gráfico da posição versus tempo e ajuste a melhor curva entre os


pontos experimentais. Determine a função que melhor descreve o movimento.

5. Faça um gráfico de velocidade média versus tempo e ajuste a melhor curva


entre os pontos experimentais

3
Questões:

1. Encontre a velocidade média para cada um dos intervalos e a sua incerteza


(erro) associada. Coloque todos os passos necessários para encontrar a fórmula
do erro da velocidade.

2. O gráfico da posição versus tempo reproduz o que é esperado teoricamente?


Discuta.

3. Determine as equações que descrevem o movimento investigado experimental-


mente.

4. Os coeficientes angular e linear correspondem a quais quantidades fı́sicas?

5. O gráfico da velocidade versus tempo reproduz o que é esperado teoricamente?


Discuta.

6. Qual é o significado fı́sico da área abaixo da curva no gráfico v=f(t)?

7. Por que foram realizadas 5 medidas?

8. O que pode contribuir para os erros de medição?

Parte II: MRUV

1. Ajuste o trilho de forma que a massa caia no ar do inı́cio ao fim do movimento.


Coloque o cronômetro na função F1 (Init : Btn)

2. Anote a posição da borda da bobina x0 :

3. Faça as medidas de tempo, movendo o segundo sensor de 10cm em 10cm após


cada cinco medidas. Anote as distâncias xi − x0 na tabela.

No de x1 − x0 x2 − x0 x3 − x0 x4 − x0 x5 − x0
medi-
das
t1 − t0 t2 − t0 t3 − t0 t4 − t0 t5 − t0
1
2
3
4
5
Valores
médios

4
4. Calcule a velocidade média e a aceleração média em cada intervalo. Preencha
esses valores na tabela.
1o Inter- 2o Inter- 3o Inter- 4o Inter- 5o Inter-
valo valo valo valo valo
Velocidade
média
Aceleração
média

5. Faça um gráfico da posição versus tempo. Determine a função que descreve o


movimento.

6. Faça um gráfico da posição versus tempo ao quadrado e ajuste a melhor curva


entre os pontos experimentais. Determine a função que melhor descreve o
movimento.

7. Faça um gráfico de velocidade média versus tempo e ajuste a melhor curva


entre os pontos experimentais.

8. Faça um gráfico da aceleração média versus tempo e ajuste a melhor curva


entre os pontos experimentais.

Questões:

1. Encontre a aceleração média para cada um dos intervalos e a sua incerteza


(erro) associada. Coloque todos os passos necessários para encontrar a fórmula
do erro da aceleração.

2. Determine as equações que descrevem o movimento investigado experimental-


mente.

3. O gráfico da posição versus tempo reproduz o que é esperado teoricamente?


Discuta.

4. Os coeficientes angular e linear no gráfico posição versus tempo ao quadrado


correspondem a quais quantidades fı́sicas?

5. O gráfico da velocidade versus tempo reproduz o que é esperado teoricamente?


Discuta.

6. Os coeficientes angular e linear no gráfico velocidade versus tempo correspon-


dem a quais quantidades fı́sicas?

7. Qual é o significado fı́sico da área abaixo da curva no gráfico v=f(t)?

8. Qual é o significado fı́sico da área abaixo da curva no gráfico a=f(t)?

9. O que pode contribuir para os erros de medição?

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