Universidade Federal de Itajubá Recomendações de Segurança e EPIs:

Instituto de Física & Química - Experimento não envolve materiais e situações perigosos;
Disciplina de Física Experimental I - Jaleco de manga comprida;
- Cabelos longos presos; calça comprida e sapato fechado.

Laboratório 1 – Cinemática Materiais no Laboratório:

- Trilho de ar metálico Phywe, de 2 metros de comprimento;
Movimentos Retilíneos - Compressor-Soprador de ar Phywe ou similar;
- Carrinho metálico para o trilho (elemento de movimento);
O estudo do movimento retilíneo de partículas idealizadas é a base da - Cronômetro Multifuncional digital, com aquisição de dados;
cinemática. Galileu Galilei foi o pioneiro na análise experimental do movimento - 5 Sensores óticos de passagem com suportes;
- Calço de madeira;
retilíneo e seus trabalhos evidenciaram as equações do movimento, ou seja,
como se relacionam as grandezas deslocamento, velocidade, tempo e - Paquímetro;
- Calculadora Científica;
aceleração, frente a natureza do
- PC com programa SciDAVis instalado.
movimento. Esta é a base necessária
para compreender movimentos reais
mais complexos. PROCEDIMENTOS DE AQUISIÇÃO DE DADOS:

Uma grande dificuldade na análise do 1) Descreva de forma sucinta o aparato instrumental utilizado. Faça
movimento retilíneo é a presença uma foto da bancada (com o celular), para constar no relatório.
natural de forças dissipativas. A fim de 2) Utilizaremos o cronômetro multifuncional digital EQ228A (Cidepe), com
eliminar este problema, utilizaremos um erro de 50 s e fundo de escala 99,99995 s. O cronômetro passa a
trilho de ar, que cria uma pequena funcionar (instante t = 0 s) quando o primeiro sensor ótico é acionado pela
lâmina de ar entre o trilho e o carrinho passagem do carrinho. Os demais sensores marcarão o tempo de
de testes, permitindo-o deslizar sem dissipação. Esta é uma das poucas passagem, em relação à passagem no primeiro sensor.
formas de se obter um instrumental capaz de analisar movimentos retilíneos 3) (NÃO FAÇA MARCAÇÕES NO TRILHO!!!) Os 5 sensores óticos serão
puros. posicionados ao longo do trilho, nas posições exatas em 30, 60, 90,
120 e 150 cm da extremidade inicial, portanto, equidistantes 30 cm
Experiência Proposta entre si. Assim, quando a luz do sensor for cortada pela placa superior do
carrinho, o meio dele estará exatamente em uma dessas posições.
Devido ao tamanho físico da placa e dos sensores, iremos adotar um
Objetivos: erro padrão de 2 mm para as posições dos sensores.
4) (NUNCA ARRASTE O CARRINHO PELO TRILHO SEM O
- Efetuar medidas primárias de deslocamento e tempo; COMPRESSOR ESTAR LIGADO!!!) Nivele o trilho de ar para o
- Derivar medidas secundárias de velocidade e aceleração; primeiro ensaio. Para tanto, ligue o compressor de ar, aguardando 5
- Compreender e explicitar as equações de movimento; segundos. Coloque o carrinho bem no meio do trilho. Se ele estiver
- Construir e analisar gráficos de grandezas cinemáticas. nivelado, o carrinho não fará nenhum movimento incisivo para um dos
lados. Caso o faça, nivele o trilho nos parafusos do pé duplo. Faça este
processo sem pressa. Terminando, desligue o compressor de ar.

 
5) Ligue e prepare o cronômetro. O botão está atrás do aparelho. Escolha
“Função”, depois “F1”, seguido de “ok”, e para acionar os cinco sensores,
“5” e depois “não” na pergunta “Inserir DIST. ?”.
6) Ligue novamente o compressor de ar. O carrinho deve ser lançado
suavemente da extremidade com o impulsionador, de modo que
quando passar pelo primeiro sensor, estará com velocidade diferente de
zero.
7) Se tudo deu certo, o cronômetro marcará os tempos e indicará “Exp.
Finalizado”. Clique em “ver” e “t” para ver os tempos medidos da
passagem por cada sensor, em relação ao primeiro. Anote os valores
dos tempos de passagem pelos sensores. Desligue o compressor de
ar.
8) Para o segundo ensaio, inclinaremos o trilho, com auxílio do calço de
madeira, sob o pé unitário do trilho. O desenho abaixo está fora de
escala, para que se possa entender as medidas a serem efetuadas, a fim
de calcular depois, o seno do ângulo de inclinação do trilho, “ i ” :
9) Meça e anote, com o paquímetro, o lado menor do calço, o qual
chamaremos de “h”.
10) Meça e anote, utilizando a própria escala do trilho de ar, a distância
entre os apoios (pés duplo e unitário) do trilho de ar, a qual
chamaremos de “L”. O erro adotado nesta medida é ± 2 mm.
11) Coloque o calço embaixo do pé unitário do trilho de ar, de modo a
incliná-lo. Reposicione os sensores óticos, como feito no passo 3.
Prepare o cronômetro como feito no passo 5.
12) Ligue o compressor de ar. O carrinho deve ser largado da extremidade
elevada do trilho, descendo sob ação da gravidade, de modo que quando
passar pelo primeiro sensor, estará com velocidade diferente de zero.
13) Anote os valores dos tempos de passagem pelos sensores, conforme
feito no passo 7. Desligue o compressor de ar e o cronômetro.
 
ANÁLISE DE DADOS E DESENVOLVIMENTO:
14) Construa a Tabela 1, para resumir os dados do primeiro ensaio, com
o trilho horizontal: primeira coluna para os números do sensores (1 a 5),
segunda coluna com os tempos fornecidos pelo cronômetro (lembre-se
que o primeiro é 0,00000 s, por definição), terceira coluna com as posições
dos sensores. Não esqueça que está reportando medidas, cuidados com
os A.S. e erros. Faça a tabela conforme as regras da ABNT.
15) Calcule as medidas das diferenças de posição (P) e tempo (t), para
os pares de sensores adjacentes (2-1, 3-2, 4-3, 5-4). Determine os
tempos médios e as velocidades médias nesses intervalos (cuidado
com as operações com A.S. e propagação de erros), para o ensaio
horizontal (use a Tabela 1):
ΔP j,( j+1 ) = P j+1 −P j Δt j, ( j+1 ) = t j+1 −t j
j = 1,2,3,4
t j+1 + t j ΔP j, ( j+1)
⟨ t med ⟩ j,( j+1 ) = ⟨ v med ⟩ j, ( j+1 ) =
2 Δt j,( j+1 )
16) Crie a Tabela 2, para resumir seus cálculos: primeira coluna para os
pares de sensores; segunda coluna para os Δt (s), terceira coluna para os
ΔP (cm), terceira coluna para os tempos médios (s); quarta coluna para as
velocidades médias (cm/s).
17) Repita os mesmos procedimentos (passos 14, 15 e 16) para o ensaio
com o trilho inclinado, criando as Tabelas 3 e 4.
18) Acione o programa “SciDAVis” (ver tutorial em anexo) e faça o gráfico
1, de pontos experimentais (P×t), referente à Tabela 1. Ajuste o
polinômio mais adequado à tendência dos pontos. Anote as medidas
(com erros!) dos coeficientes deste polinômio.
19) Repita o passo 18 para os dados da Tabela 3, criando o gráfico 2.
ANÁLISE DE DADOS E DESENVOLVIMENTO: Tutorial do Programa SciDAVis
20) A partir das Tabelas 2 e 4, calcule as acelerações médias do carrinho O presente tutorial destina-se apenas às aplicações do SciDAVis
(e erros), nos ensaios com o trilho horizontal e inclinado: para este laboratório. Aqueles que desejarem conhecer melhor este
programa (gratuito e multi-plataforma) e suas funcionalidades,
⟨ v med ⟩( k+1 ) ,( k+ 2 ) −⟨ v med ⟩ k, ( k+1 ) aconselha-se os seguintes endereços:
⟨ a ⟩ k, ( k+ 2 ) = k = 1,2,3
⟨ t med ⟩ ( k+1 ) , ( k+ 2 )−⟨t med ⟩ j, ( k+ 1 )
Tutoriais mais completos:

√
1 3 https://novak.prof.ufsc.br/ensino/introducao-ao-scidavis-2/
a med = ⋅∑ a erro(amed ) = ⋅ ∑ (a k ,(k+ 2)−amed )2
3 k k ,(k+ 2) 2 k http://scidavis.sourceforge.net/manual/

22) Obtenha as acelerações do carrinho (e erros), a partir dos coeficientes Para Download:
dos polinômios ajustados aos gráficos 1 e 2. Para auxiliar, lembre-se
das equações de movimento de Galileu, que relacionam posição e tempo. http://scidavis.sourceforge.net/

23) Calcule as acelerações teóricas do carrinho (e erros), para os dois

ensaios, de acordo com a inclinação do trilho e a componente da
gravidade (adotaremos g = 9,78520 m/s2, como um valor absoluto) : 1) Execute o programa SciDAVis (procure o ícone acima no desktop do
computador);
2) Na janela aberta do programa, você iniciará os trabalhos na planilha “Table
h
√( ) ( )
2 2
h erro ( h ) erro ( L )
sen ( i )= erro [ sen ( i ) ]= ⋅ + 1”; portanto, maximize ela na tela;
L L h L 3) Crie mais duas colunas na planilha. Para tanto, arraste o mouse até a
palavra “Table” no menu superior da tela. Clique nela com o botão
esquerdo do mouse. Procure a opção “Dimensions” e clique nela. Na nova
a teo =g⋅sen ( i ) erro ( a teo ) =g⋅erro [ sen (i ) ] janelinha, ajuste a opção “Columns” para 4 e clique “Ok”;
4) Digite os valores das medidas (sem os erros) da coluna “Tempo” da
CONCLUINDO: Tabela 1, na primeira coluna da planilha, “1[X]”;
5) Digite os valores correspondentes dos erros das medidas da coluna
“Tempo” da Tabela 1, na segunda coluna da planilha, “2[Y]”;
24) Analise as acelerações determinadas para os dois ensaios. Verifique, 6) Digite os valores das medidas (sem os erros) da coluna “Posição” da
para cada ensaio, se estas acelerações concordam entre si, considerando Tabela 1, na terceira coluna da planilha, “3[Y]”;
suas margens de erro.
7) Digite os valores correspondentes dos erros das medidas da coluna
“Posição” da Tabela 1, na quarta coluna da planilha, “4[Y]”;
25) Determine o tipo de movimento, em cada um dos dois ensaios, a partir 8) Mude o tipo das colunas da planilha. A primeira coluna será mesmo os
de tudo o que foi analisado: o comportamento da velocidade, os gráficos valores do eixo X e não necessita mudança. A segunda coluna será o erro
posição contra tempo, as acelerações calculadas. Justifique! de X. Leve o mouse até o cabeçalho da coluna e clique com o botão da
direita do mouse. Na janela aberta, vá na opção “Set Column(s) As” e
26) Faça o relatório do experimento. Entregar apenas um relatório por grupo. depois na opção “X Error”. Faça o mesmo para a coluna 4, optando por “Y
Error”. A terceira coluna permanece como está;

 
9) Com o Mouse, selecione toda a planilha para fazer o gráfico. Leve o 17) Escreva a equação do polinômio ajustado, no gráfico. No menu
mouse até o canto superior esquerdo da planilha e de um toque com o superior, vá em “Graph”, depois em “Add Text”. Aparecerá uma nova
botão esquerdo; janela, questionando onde você quer escrever. Clique no botão “On Active
10) Para fazer o gráfico, leve o mouse até “Plot” no menu superior. Clique Layer”. O cursor mudará de formato, para uma barra vertical. Você pode
com o botão da esquerda e depois vá na opção “Scatter”. Clique nela com escrever apenas dentro do gráfico. Posicione no gráfico, onde você quer
o botão da esquerda do mouse; escrever e clique com o mouse. Abrirá uma janela para inserir o texto.
11) Vamos fazer pequenos ajustes para deixar o gráfico com melhor Escreva a equação do polinômio, limitando os coeficientes aos erros. Você
visual. Com o mouse vá até ao extremo esquerdo do gráfico e de um duplo pode mudar a fonte, cor e tamanho da letra. Deixe legível!!!
clique (com o botão esquerdo do mouse) em “Y Axis Title”. Escreva o título
correto do eixo Y, com o nome da grandeza e unidade que ele representa. Está pronto o seu gráfico! 
Faça o mesmo com o “X Axis Title”;
12) Caso queira alterar a faixa de variação de um dos eixos (X ou Y), para
uma melhor visualização, você poderá fazê-lo dando um duplo clique com
o botão esquerdo do mouse em cima do eixo. Na janela aberta (opção
“Scale”, você pode alterar o valor mínimo (“From”) ou máximo (“To”). As
divisões ou sub-divisões são controladas nas opções “Major Ticks” e “Minor
Ticks”;
13) Coloque o título no gráfico. Dê um duplo clique na palavra “Title” e
escreva um título adequado, circunstanciando o que o gráfico representa;
14) Para fazer um ajuste polinomial, vá com o mouse na opção “Analysis”
no menu superior. Clique com o botão da esquerda e vá na opção “Quick
Fit”. Em seguida, vá na opção “Fit Polynomial”. Uma nova janela
“Polynomial Fit Options” abrirá. Escolha a ordem do polinômio que você
quer ajustar e clique em “Fit”. O ajuste será efetuado e uma nova janela
“Results Log” abrirá, com os resultados do ajuste (coeficientes do
polinômio). Os valores fornecidos são “matemáticos” e advém do método
de ajuste de regressão linear aos pontos experimentais. Atenção que
quando for escrever a medida dos coeficientes, a representação vai até
onde o primeiro A.S. do erro aparece;
15) Note que o ajuste também é mostrado no gráfico, que passa pelos
pontos ou por suas barras de erros. Volte na janela do gráfico para acertar
este ajuste. Toda curva ou reta de ajuste deve ser pontilhada. Para
tanto, dê um duplo clique com o botão esquerdo do mouse na curva
ajustada. Na janela, clique na opção “PolyFit1”. Ao lado, clique na opção
“Style” e selecione “......” ou “-----”. A cor fica a gosto;
16) A legenda (retângulo dentro do gráfico) é opcional. Se for mantê-la,
clique duas vezes com o botão esquerdo do mouse nela e substitua
“Table1_3” por “Pontos Experimentais”. Substitua “PolyFit1” por “Ajuste”.

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