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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ISADORA DORNELAS (2023061053)


MARIA EDUARDA ANTUNES (2022105596)
MARIA LUIZA ANDRADE (2023061096)

CONSTANTE ELÁSTICA DE MOLAS


Relatório do Experimento

Belo Horizonte - MG
16/10/23
1. INTRODUÇÃO

1.1 Um sistema de massa-mola simples é constituído por um corpo de massa M unido


a uma mola com constante de deformação k, que corresponde ao fator restaurador. Na
outra extremidade, a mola fica ligada a um ponto fixo. Sempre que a massa é
deslocada em relação a um ponto de referência (x = 0), surge uma força restauradora.
Como a mola retorna ao estado original após a retirada da força que a deforma, se trata
de uma deformação elástica.

1.2 Lei de Hooke

A lei de Hooke estabelece que, caso uma mola seja deformada por uma força F
externa, uma força elástica restauradora passa a ser exercida na mesma direção e no
sentido oposto a F. Essa força elástica, por sua vez, é variável e depende do tamanho
da deformação x que é sofrida pela mola. A equação a seguir é utilizada para o
demonstração do cálculo de força elástica:

𝐹 = 𝑚𝑔 = 𝑘𝑥

F – módulo da força elástica (N)


k – constante elástica (N/m)
x – deformação da mola (m)
m - massa
g - aceleração da gravidade

1.3 Sistema das molas

Duas molas, 1 e 2, de constantes elásticas k1 e k2, respectivamente, podem ser


associadas em série ou em paralelo. A constante elástica do conjunto pode ter outro
valor dependendo de como for feita a associação.

No caso da associação em paralelo, para encontrar o valor de sua constante, basta


somar as constantes de cada mola utilizada. Como usamos apenas duas molas no
experimento, o valor de 𝑘𝑝 = 𝑘1 + 𝑘2.

Já para a associação em série, as molas estão sujeitas a mesma força F porém com
deformações diferentes. Então para encontrar o valor de ks, utilizamos a fórmula:
1 1 1
𝑘𝑠
= 𝑘1 + 𝑘2

Na associação em série, k tende a ser reduzido, de modo que a mola equivalente


é menos rígida e mais deformável do que no sistema em paralelo.

2. PARTE EXPERIMENTAL

2.1 OBJETIVOS

O experimento tem como objetivo determinar a constante elástica de duas molas, k1 e


k2, e a constante elástica das molas quando estão em série (ks) e em paralelo (kp).
2.2 MATERIAL

Os materiais utilizados foram:


● Duas molas;
● Sete objetos de massa (50,0 +- 0,5) g cada;
● Suporte;
● Régua milimetrada;

2.3 PROCEDIMENTO E RESULTADOS

Para o primeiro procedimento, colocaremos apenas uma mola no suporte e medimos


um ponto para seu alongamento inicial (20 mm). A partir disso, começamos a
adicionar os pesos, sendo sete ao todo, cada um pesando 50,0 +- 0,5 g e medimos
cada alongamento à medida que eles foram colocados no suporte. Para descobrir a
força, utilizamos a fórmula 𝐹 = 𝑚 × 𝑔, sendo g a aceleração da gravidade que é
igual a (9,78 +- 0,05) m/s^2 e o m = n° de pesos × 50,0 +- 0,5 g. Com todos os valores
obtidos, formamos a Tabela 1.

Tabela 1 - Mola 1

Tabela 1
Massa dos pesos (g) Alongamento (X) mm Força (N)
0 (Suporte) 20 0
50 40 0,489
100 65 0,978
150 85 1,467
200 105 1,956
250 130 2,445
300 155 2,934
350 175 3,423

Fizemos o mesmo processo com as molas em paralelo e as molas em série, e


montamos a Tabela 2 e a Tabela 3.
Tabela 2 -Molas em paralelo

Tabela 2
Massa dos pesos (g) Alongamento (X) mm Força (N)
0 (Suporte) 35 0
50 45 0,489
100 55 0,978
150 65 1,467
200 75 1,956
250 85 2,445
300 100 2,934
350 110 3,423

Tabela 3 - Molas em série

Tabela 3
Massa dos pesos (g) Alongamento (X) mm Força (N)
0 (Suporte) 20 0
50 60 0,489
100 210 0,978
150 255 1,467
200 300 1,956
250 345 2,445
300 390 2,934

Com as três tabelas em mãos, montamos os gráficos F versus x, e com isso


conseguimos observar que existe uma relação linear entre F e x, em que: F = A + Bx,
sendo A e B os coeficientes que definem a reta.
Gráfico 1 - Uma mola (F versus x)

Gráfico 2 - Molas em paralelo (F versus x)

Gráfico 3 - Molas em série (F versus x)


Então com isso, temos:
F = A + Bx. Em que A representa a constante elástica da mola

Então no primeiro gráfico temos:


A = k = 21,89 +/- 0,28 N/m

Para o segundo gráfico:


A = k = 45,5 +/- 1,1 N/m

E para o terceiro:
A = k = 10,87 +/- 1,09e-15 N/m
Porém para a incerteza, consideramos 0 devido ao número, então ficaria:
A = k = 10,87 N/m

Calculo de k1, k2, kp e ks:


O valor do k1, nós já temos, que é o mesmo valor de A do Gráfico 1.
k1= 21,89 +/- 0,28 N/m

Para achar o ks, seguiremos a mesma linha do k1, porém, identificando o valor de A
do Gráfico 3 (molas em série).
ks= 10,87 N/m

Já na metade do caminho, restou achar o valor do k2 e kp. Para o k2, iremos utilizar a
seguinte fórmula:
1 1 1 1 1 1
𝑘𝑠
= 𝑘1 + 𝑘2 Substituindo: 10,87 = 21,89 + 𝑘2

k2= 21,59 N/m

Cálculo da incerteza de k2:


∆𝑘2 ∆𝑘1 2 ∆𝑘𝑠 2
𝑘2
= ( 𝑘1
) − ( 𝑘𝑠
)

∆𝑘2 ∆𝑘1
Como a incerteza de ks é 0, temos que; 𝑘2
= 𝑘1
, substituindo os valores temos:
∆𝑘2 0,28
21,59
= 21,89
, resolvendo essa equação, encontramos que a incerteza de k2 = 0,276
N/m, o que arredondando chegamos a um resultado de 0,28 N/m. a mesma incerteza
de k1. Sabemos que o valor de k1 e k2 deveriam ser o mesmo, entretanto com a
incerteza de +/- 0,28 N/m de k1 e k2, o valor de ambos ficará proporcional.

Para finalizarmos, agora achamos o valor de kp utilizando a fórmula:


𝑘𝑝 = 𝑘1 + 𝑘2

Substituindo:
kp = 21,89 + 21,59
kp = 43,48 N/m

Cálculo da incerteza de kp:


∆𝑘𝑝 ∆𝑘1 2 ∆𝑘2 2
𝑘𝑝
= ( 𝑘1
) + ( 𝑘2
)
∆𝑘𝑝 0,28 2 0,28 2
Substituindo os valores, temos que: 43,48
= ( 21,89 ) + ( 21,59 ) , com isso
encontramos que a incerteza de kp = 0,79 N/m.

Agora, finalmente temos todos os valores de “k”, que são os valores das constantes
elásticas. Resumindo:

k1 (constante elástica mola 1) = 21,89 +/- 0,28 N/m


ks (constante elástica molas em série) = 10,87 N/m
k2 (constante elástica mola 2) = 21,59 +/- 0,28 N/m
kp (constante elástica molas em paralelo) = 43,48 +/- 0,79 N/m

Após, avaliarmos todos os valores e etapas do experimento, percebemos que na


associação em série, a redução da constante elástica equivalente torna o sistema "mais
macio", pois as molas estão conectadas uma após a outra, o que significa que o
sistema deve suportar a força aplicada esticando cada mola individualmente antes de
passar para a próxima mola. Enquanto na associação em paralelo, o aumento da
constante elástica equivalente torna o sistema "mais duro", já que as molas estão
conectadas lado a lado, de modo que ambas são esticadas simultaneamente quando
uma força é aplicada. A percepção de "macio" e "duro" está relacionada à capacidade
do sistema de resistir à deformação quando uma força é aplicada.

N/m que utilizamos nos resultados é a unidade de medida da densidade de energia


mecânica. Representa a quantidade de energia por unidade de comprimento em um
campo ou sistema. O Newton é a unidade de medida da força, e o metro é a unidade de
medida de comprimento. Portanto, 1 N/m descreve a quantidade de força por unidade
de comprimento. Por exemplo, a mola 1 (kp) faz 21,89 +/- 0,28 newton por metro.

3. CONCLUSÕES

Depois de analisar os dados e informações que conseguimos através desse


experimento, pudemos encontrar a constante elástica da mola das duas associações, e
das molas sozinhas. Nos gráficos que fizemos, já conseguimos obter os valores de k1 e
ks, que seriam respectivamente, 21,89 +/- 0,28 N/m e 10,87 N/m, já para k2 e kp
utilizamos as equações para relacionar os valores, e chegamos a um resultado de 21,59
+/- 0,28 N/m e 43,48 +/- 0,79 N/m, respectivamente. Podemos considerar o resultado
como bem sucedido, devido ao k em série ser muito menor que o k em paralelo.
Também podemos perceber a relação linear entre a constante elástica e a força.

Por fim, concluímos que as forças deformantes são proporcionais às deformações


elásticas produzidas. E também que ela é maior para a associação em série, pois
podemos observar que foi a que mais ouve deformação, a segunda com maior
deformação foi a mola única e por fim as molas em paralelo. Assim, podemos dizer
que os resultados que obtivemos com o experimento foram conforme o esperado.

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