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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ISADORA DORNELAS (2023061053)


MARIA EDUARDA ANTUNES (2022105596)
MARIA LUIZA ANDRADE

DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE UMA HASTE


Relatório do Experimento

Belo Horizonte - MG
09/10/23
INTRODUÇÃO

Neste experimento uma haste atua como uma mola, na medida em que se flexiona a
partir de uma força aplicada em uma de seus extremos Nesse caso, a constante de
flexão kf corresponde ao fator restaurador. Na outra extremidade, a mola fica ligada a
um ponto fixo. Sempre que a massa é deslocada em relação a um ponto de referência
(x = 0), surge uma força restauradora.
Na deformação elástica, a haste volta ao estado inicial após a retirada da força que a
deforma. Na deformação plástica, após cessar o efeito de tensão, a mola não retorna ao
seu estado original, permanecendo deformada definitivamente.

Ao analisarmos A lei de Hooke que estabelece que, caso uma haste seja deformada por
uma força F externa, uma força elástica restauradora passa a ser exercida na mesma
direção e no sentido oposto a F. Mais especificamente, ao aplicar-se uma força F na
extremidade livre de uma haste, esta será flexionada em y unidades, em uma
proporção direta à força aplicada. É necessário destacar que a lei de Hooke só pode ser
aplicada no caso de deformações elásticas. Essa força elástica é variável e depende da
flexão Y na haste. A Equação 1 é utilizada para o cálculo da força elástica:

F – força aplicada (N)


kf – constante de flexão (N/m)
y – flexão na haste (m)

Constante de Young ou de Flexão


A constante de Young ou de flexão (kf) consiste na grandeza que mede a rigidez da
haste. A constante de flexão depende das características físicas da mola, tais como
material, maleabilidade e maciez. Quanto maior k, maior a rigidez da haste. Depende
de sua largura (l), de sua espessura (e) e de seu comprimento (x). No caso de uma
haste, é possível mostrar que,5 abaixo de um valor limite para a flexão, a constante de
Young (kf) e o módulo de flexão (E) se relacionam pela equação:

O módulo de Young é o coeficiente de proporcionalidade. Isso significa que quanto


mais alto o módulo, maior o estresse necessário para criar uma deformação. Logo, um
corpo rígido idealizado teria um módulo de Young infinito.
OBJETIVOS

O experimento realizado obteve como objetivo determinar a flexão elástica de uma


haste, e a partir dos dados achados no experimento encontrar o módulo de Young para
a flexão da haste.

MATERIAL

O material utilizado foi:


● Haste;
● Prendedor;
● Suporte;
● Régua milimetrada de 30 cm;
● Paquímetro;
● Objetos de massa (0,01 +- 0,5 g);

PROCEDIMENTO E RESULTADOS

Primeiramente, a haste foi colocada no suporte e em uma de suas extremidades, foi


colocado o recipiente para os objetos, mantendo a outra extremidade fixa ao suporte.
Em seguida, adicionamos os pesos um por um dentro do recipiente, e montamos uma
tabela com os valores obtidos. A massa do recipiente não foi considerada nos cálculos.
Foram analisados e documentados a flexão (y) que correspondia a cada força aplicada:

Y (m); F (N);
0 0
0,015 0,0978
0,028 0,1956
0,041 0,2934
0,054 0,3912
0,066 0,489
0,077 0,5868
0,085 0,6846

Tabela 1 - Valores das flexões e suas forças correspondentes

Para o cálculo das forças, multiplicamos a massa que estava dentro do recipiente pelo
2
valor da gravidade. Exemplo do balde com 1 objeto: 0,01 g × 9,78 𝑚/𝑠 = 0,0978 N.

Com tais valores obtidos, calculamos as incertezas das flexões e das forças. Para a
incerteza das flexões estimamos um valor de aproximadamente +- 0,05 m. Já para as
∆𝐹 ∆𝑚 ∆𝑔
forças, utilizamos a fórmula 𝐹
= 𝑚
+ 𝑔
e foi feito o cálculo para cada uma das
forças. Com isso, obtivemos os seguintes resultados das incertezas:

Y +- ∆𝑌 (m) F +- ∆𝐹 (N)
0 0
0,015 +- 0,05 0,0918 +- 0,0200
0,028 +- 0,05 0,1956 +- 0,0792
0,041 +- 0,05 0,2934 +- 0,1775
0,054 +- 0,05 0,3912 +- 3150
0,066 +- 0,05 0,489 +- 0,492
0,077 +- 0,05 0,5868 +- 0,7072
0,085 +- 0,05 0,6846 +- 0,9619

Tabela 2 - Valores das flexões X forças com suas incertezas

Com os valores da Tabela 1, montamos o gráfico Y (m) versus F (N), e obtivemos o


valor da constante de flexão da haste (Kf), como sendo o nosso A da função, ou seja,
Kf = 7,92 +- 0,23 N/m.

Gráfico 1 - Y(m) versus F(N)


Após isso, medimos a espessura, largura e comprimento da haste e obtivemos os seguintes
valores:

e = 0, 00007 m
l = 0,12 m
x = 0,3 m

Agora, com todos os valores em mão, calculamos o módulo de flexão (E) através da seguinte
3 3
𝐸×𝑙×𝑒 4×0,3 ×7,92
fórmula: 𝐾𝑓 = 3 . Isolamos o E, então temos 𝐸 = 3 , resolvendo essa
4𝑥 0,12×0,00007
9
conta obtemos que E = 2,07813411 × 10 N/m^2, ou seja, 207 GPa.

Agora, para o cálculo da incerteza utilizamos a fórmula:


∆𝐸 3∆𝑋 2 ∆𝐾𝑓 2 ∆𝑙 2 ∆𝑒 2
𝐸
= ( 𝑋
) + ( 𝐾𝑓
) +( 𝑙
) +( 𝑒
)

10
Substituímos os valores, e chegamos a um resultado de 4,591837735 ×10 N/m^2.

9 10
Então, E = 2,07813411 × 10 +- 4,59183774 ×10 N/m^2.

CONCLUSÕES
Após compreender como a magnitude F pode ser obtida e traçar o gráfico da relação
linear entre F(N) e y(m), foi viável determinar a constante de flexão Kf = (7,92 + -
0,23) N/m por meio de uma análise de regressão linear. Essa relação se estabeleceu ao
comparar a expressão da constante de flexão F = Kf"y com a equação da reta Y = Ax
+ B, permitindo relacionar o coeficiente angular com o valor de Kf. Além disso, ao
encontrar o valor de Kf, foi possível obter informações sobre as propriedades do
material da haste, uma vez que a relação estava definida por E = 4×^3 • kf/ l • e^3.
Seguindo essa linha de raciocínio, calculamos o valor da incerteza, chegando no valor
10
4,59183774 ×10 N/m^2 e também o valor do módulo de Young, que foi
9
determinado como E = 2,07813411 × 10 N/m^2.

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