Você está na página 1de 43

WBA0840_v1.

APRENDIZAGEM EM FOCO

FUNDAÇÕES RASAS
E PROFUNDAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Eduarda Pereira Barbosa
Leitura crítica: Hudson Goto

A engenharia de fundações é uma ciência que faz parte da subárea


da geotecnia, que cada vez mais tem ganhado espaço e mercado,
sendo fundamental ao engenheiro possuir domínio teórico e
prático sobre essa ciência. Para elaborar e executar projeto de
fundações é indispensável conhecer os critérios de projeto, levando
em consideração aspectos técnicos, construtivos e de segurança
durante a prática profissional.

Nessa disciplina de Fundações rasas e profundas, você entenderá


sobre o desempenho e o controle de qualidade das fundações,
por meio da contextualização de normas e literatura existente,
bem como aprenderá a interpretar os parâmetros obtidos pelas
investigações geotécnicas. Além disso, abordaremos também
sobre os tipos de fundações e suas características, bem como
compreenderemos como estimar os recalques absolutos e
diferenciais e dimensionar as fundações rasas e profundas em
termos de determinação da capacidade de carga dos elementos.

Para tanto, durante a disciplina você terá oportunidade de: conhecer


e saber interpretar as normas relacionadas as fundações; aprender
a identificar o tipo de fundação adequada de acordo com cada obra/
terreno; saber realizar o dimensionamento das fundações de acordo
com as características geotécnicas do local; e conhecer os critérios
executivos para elaborar, acompanhar e executar projetos de
fundações de diversos tipos.

Assim, ao final da disciplina, espera-se que o engenheiro tenha


conhecimento para tomar decisões quanto a elaboração e execução

2
de projetos de fundações de maneira mais eficiente, segura e
econômica.

INTRODUÇÃO

Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira


direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática
profissional. Vem conosco!

3
TEMA 1

Normas e controle de qualidade


das fundações
______________________________________________________________
Autoria: Eduarda Pereira Barbosa
Leitura crítica: Hudson Goto
DIRETO AO PONTO

As fundações são elementos estruturais normalizados pela NBR


6122 (ABNT, 2019), que tem como objetivo especificar os critérios
a serem seguidos durante a elaboração de projeto e execução das
fundações de quaisquer estruturas da engenharia civil.

Em função da conta de assentamento e da maneira como


transmite o carregamento para o solo, as fundações são
classificadas em rasas e profundas, conforme ilustra a Figura 1.

Figura 1 – Critérios de classificação as fundações

Fonte: elaborada pela autora.

As investigações do subsolo para determinação de parâmetros


geológicos e geotécnicos a serem utilizados nos projetos de
fundações depende, primeiramente, de uma programação de
sondagens e, posteriormente, da realização de ensaios para
determinar, no mínimo, a resistência e a estratigrafia do solo, bem
como a presença do lençol freático (Figura 2).

5
Figura 2 – Etapas da investigação do subsolo

Fonte: elaborada pela autora.

A partir dos parâmetros de resistência obtidos por meio dos ensaios


é fundamental determinar a tensão admissível do solo, que, por
sua vez, deve levar em consideração os coeficientes de segurança
e ponderação das ações. Dessa forma, a norma NBR 6122 (ABNT,
2019) determina que a tensão admissível do solo pode ser estimada
de duas formas: direta ou indireta (Figura 3).

Figura 3 – Métodos para obtenção da tensão admissível do solo

Fonte: elaborada pela autora.


6
A determinação da tensão admissível do solo ocorre de forma
direta, por meio da realização de ensaio de ruptura do solo com
um modelo-protótipo de fundação. Em contrapartida, as formas
indiretas de determinação da resistência admissível do solo levam
em consideração parâmetros geológicos e geotécnicos.

Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6122: projeto e
execução de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

PARA SABER MAIS

A NBR 6122 (ABNT, 2019) determina que, no mínimo, deve ser


realizada a sondagens para percussão com SPT para investigação
do subsolo, tal que no Brasil, a maioria das obras de pequeno e
médio porte utilizam apenas o boletim de sondagem a percussão
(SPT) para avaliar e determinar os parâmetros geotécnicos e,
consequentemente, para elaboração do projeto e execução das
fundações.

Nesse sentido, é necessário saber interpretar um boletim de


sondagem SPT, para tanto, deve-se identificar a posição do nível
da água, os tipos de solos e os índices de resistência a penetração,
pois, esses fatores influenciam diretamente na escolha da cota de
assentamento e tipo de fundação a ser projetada.

Vale ressaltar, todavia, que o ensaio de SPT não determina a


resistência do solo, mas os índices de resistência a penetração
de cada camada de solo. Portanto, é preciso determinar a tensão
admissível do solo de forma indireta, baseando-se nesse parâmetro
e na tipologia do solo, conforme se procede nos métodos
semiempíricos.

7
Atualmente, existem diversos métodos semiempíricos que utilizam
fórmulas relativamente simples para determinar a tensão admissível
do solo. Alguns métodos se baseiam apenas no valor do NSPT,
enquanto outros se baseiam no valor do NSPT e na tipologia do
solo, como o método desenvolvido por Dickran Berberian, em
1972, durante seu doutorado, desde então, o método tem sido
aprimorado pelo autor.

Dickran Berberian é um engenheiro geotecnista brasileiro, com


mais de 50 anos de experiência e que, nos últimos anos, tem
aperfeiçoado um modelo semiempírico fundamentado nos valores
de NSPT e em experimentos de prova de carga, tal que seu método
apresenta resultados satisfatórios que se equiparam ao método de
modelo-protótipo. Para tanto, a fórmula semiempírica de Berberian
(Equação 1) para determinar a resistência admissível do solo se
baseia na média dos valores dos índices de resistência a penetração
das camadas de solos envolvidas na cunha de ruptura (zona de
plastificação do solo).
N SPT
 adm  (Equação 1)
K Berb

A profundidade da zona de plastificação do solo depende


diretamente da menor dimensão da fundação (h=1.5.B ) e o valor de
KBeTb é tabelado e depende da tipologia do solo encontrado durante
a sondagem.

Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6122: projeto e
execução de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

8
TEORIA EM PRÁTICA

Considere que você é o engenheiro responsável pelo projeto de


fundação de uma construção. Você está validando os cálculos feitos
por outro colega e, segundo os cálculos dele, nesse projeto, uma
fundação superficial do tipo sapata será assentada na cota -2,0 m e
estima-se que a menor dimensão terá 1,2 m (Figura 4). No entanto,
você percebe que faltou uma parte. Para isso, avalie o laudo de
sondagem e calcule a tensão admissível do solo por meio do método
semiempírico desenvolvido por Dickran Berberian.

Figura 4 - Boletim de sondagem com fundação


assentada na cota de -2,0

Fonte: elaborada pela autora.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

9
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O capítulo 3, intitulado Investigação do subsolo, do livro indicado aborda


sobre investigação do subsolo. Para tanto, os autores apresentam os
principais processos de investigação do subsolo para fins elaboração de
projeto de fundação, tal que a obra discute as informações que podem
ser obtidas por cada método.

VELLOSO, Dirceu A.; LOPES, Francisco R. Fundações: critério de projeto,


investigação do subsolo, fundações superficiais, fundações profundas.
São Paulo: Oficina de Textos, 2010. Cap. 3.

10
Indicação 2

No capítulo 4, Fundações rasas: capacidade de suporte, do livro


indicado é abordada a capacidade de carga do solo, tal que o autor
apresentar o método teórico de Terzaghi e discute os parâmetros
geotécnicos envolvidos para determinação da tensão admissível do
solo.

DAS, Braja M. Princípios de engenharia de fundações. São Paulo:


Cengage Learning, 2016. Cap. 4. p. 117-143.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. A NBR 6122 (ABNT, 2019) divide as fundações em dois tipos:


rasas e profundas. Sobre os tipos de fundações, avalie as
asserções e assinale a opção correta.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6.122:


projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

11
a. As fundações rasas transmitem o carregamento para o solo por
meio do fuste.
b. As fundações rasas devem ser assentadas em cota superior a 3,0
metros.
c. As fundações profundas devem ser assentadas em cota inferior a
3,0 metros.
d. As fundações profundas transmitem o carregamento para o solo
por meio da base e fuste.
e. A cota de assentamento não influencia na classificação dos tipos
de fundações.

2. A tensão admissível do solo pode ser determinada por meio


de diferentes métodos. Avalie as asserções e assinale a
opção correta.

a. O método teórico é uma forma direta de calcular a tensão


admissível do solo baseando-se na Teoria de Terzaghi.
b. O método da prova de carga é uma forma indireta de calcular
a tensão admissível do solo se baseando no modelo-protótipo.
c. Os métodos semiempíricos são formas diretas de calcular a
tensão admissível do solo.
d. O método teórico leva em consideração parâmetros
geológicos e geotécnicos, como a tipologia e o peso específico
do solo.
e. O método semiempírico desenvolvido por Dickran Berberian
se baseia apenas no valor do NSPT.

GABARITO

Questão 1 - Resposta D
Resolução: As fundações rasas são assentadas em cota
inferior a duas vezes a menor dimensão, tal que não podem
ser assentadas em cota superior a 3,0 metros e transmitem o
12
carregamento para o solo por meio da base. Já as fundações
profundas são assentadas em cota superior a oito vezes a menor
dimensão, tal que devem ser assentadas em conta superior a 3,0
metros, e transmitem o carregamento para o solo por meio da
base ou pelo fuste ou combinação deles.
Questão 2 - Resposta D
Resolução: O método teórico é uma forma indireta de
determinar a tensão admissível do solo e se baseia na Teoria de
Terzaghi, que leva em consideração em parâmetros geológicos
e geotécnicos. O método de prova de carga é uma forma
direta de estimar a tensão admissível do solo e se fundamenta
na construção de um modelo-protótipo. Já os métodos
semiempíricos permitem estimar de forma indireta a tensão
admissível do solo, tal que alguns, como o método desenvolvido
por Dickran Berberian, se baseiam em parâmetros como a
tipologia do solo e o valor do NSPT..

13
TEMA 2

Tipos de fundações
______________________________________________________________
Autoria: Eduarda Pereira Barbosa
Leitura crítica: Hudson Goto
DIRETO AO PONTO

As fundações rasas podem ser subdividas em seis grandes grupos,


conforme disposto na Figura 1.

Figura 1 – Tipos de fundações rasas e suas


respectivas características

Fonte: elaborado pela autora.

15
As fundações profundas podem ser subdividas em dois grupos,
conforme disposto na Figura 2.

Figura 2 – Tipos de fundações profundas e suas


respectivas características

Fonte: elaborado pela autora.

As estacas pré-moldadas são cravadas no terreno com


deslocamento do solo e podem ser pré-fabricadas de concreto,
madeira ou aço. Já as estacas moldadas in loco apresentam
características específicas que estão descritas no Quadro 1.

Quadro 1 – Principais tipos de estacas moldadas in


loco e suas características

Tipos de estacas Características


Broca Escavada com trado de pequeno
diâmetro e deve ser executada
preferencialmente acima do lençol
freático.

Strauss Escava com sonda ou piteira,


no qual utiliza-se revestimento
metálico recuperável durante a
concretagem.
16
Hélice monitorada Escavada com trado helicoidal
vazado, que permite a
concretagem por injeção do
concreto pela própria haste.

Escavada com lama Escavada com trado espiral e


utilizando um fluido estabilizante
do solo a base de lama bentonítica,
polímero ou água.

Franki Escavada com a cravação


de revestimento metálico e
a concretagem é feita pelo
apiloamento do concreto.

Raiz Escavada com uma perfuratriz


rotativa ou rotopercussiva e,
posteriormente, é realizada a
injeção de pasta de cimento.

Fonte: elaborado pela autora.

PARA SABER MAIS

A sapata de divisas é uma solução técnica que deve ser utilizada


quando se tem limitações de espaço do subsolo, a fim de evitar
invadir o terreno vizinho. Nesse sentido, devido ao menor custo,
recomenda-se utilizar preferencialmente a sapata de divisa
excêntrica.

Ao utilizar de sapata de divisa excêntrica, deve-se observar dois


aspectos: o bulbo de tensão e a excentricidade do pilar. O bulbo
de tensão invade o terreno vizinho e, caso o solo seja cortado
por parte uma obra no terreno vizinho, pode ocorrer recalques
que comprometam a integridade da estrutura. Devido ao
17
desalinhamento entre o eixo de aplicação do carregamento no pilar
e o centro de gravidade da fundação surge o momento fletor, que
pode promover tensão de tração na base da fundação.

Figura 3 – Aspectos da fundação de sapata excêntrica: (a) bulbo


de tensão e (b) excentricidade do pilar

Fonte: elaborada pela autora.

A tensão de compressão que surge na base da fundação da


sapata excêntrica deve ocupar uma área de no mínimo 70% da
área da sapata e ser menor que a tensão admissível do solo, para
tanto, deve-se controlar a geometria da base da sapata. Para isso,
normalmente, aumenta-se a área da sapata preferencialmente
a dimensão paralela à divisa, todavia, pode ocorrer que a área
comprimida da base da sapata ainda seja menor que 70%.

Quando não for possível atingir algum desses parâmetros é


recomendável utilizar uma viga de equilíbrio ou viga de transição.
Tanto a viga de equilíbrio quanto a viga de transição são utilizadas,
portanto, para resistir ao esforço de momento fletor oriundo da

18
excentricidade do pilar de divisa, bem como auxiliar na distribuição
das cargas entre as fundações.

Dessa maneira, a viga de equilíbrio e a viga de transição são


dimensionadas estruturalmente para combater o momento fletor,
no entanto, é necessário sempre verificar as deformações excessivas
principalmente em razão da magnitude das cargas dos pilares.

TEORIA EM PRÁTICA

Almejou-se construir um edifício de 8 pavimentos com uma carga


média de 110 tf por pilar (seção 20x50 cm e armadura longitudinal
é 6∅20.0) sobre um terreno, cujo perfil geotécnico apresenta as
camadas superficiais com baixa resistência e nível do lençol freático
elevado.

Durante a investigação inicial das edificações vizinhas, constatou-se


que o terreno tem como vizinhos, de um lado, um galpão de oficina
com estrutura precária em fundação rasa e, de outro lado, um
edifício histórico do século 18 também em fundação superficial.

Diante dessa situação, optou-se em utilizar uma fundação profunda


do tipo hélice contínua monitorada. Para tanto, foi realizado o
dimensionamento da estaca, de modo que foi projetada uma estaca
por pilar com 80 cm de diâmetro e 12 metros de comprimento.

Dadas essas condições, dimensione e detalhe a armadura


longitudinal necessária para a estaca hélice contínua com 80 cm de
diâmetro e 12 metros de comprimento.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

19
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

Na unidade 2, Tipos de fundações e metodologias executivas, do


livro indicado é abordado os tipos de fundações rasas e as suas
metodologias construtivas. Esta unidade ainda salienta as principais
indicações para cada tipo de fundação.

MELO, Bárbara Nardi. Fundações. Londrina: Editora e Distribuidora


Educacional S.A., 2019. Unidade 2, p. 53-94.

20
Indicação 2

O capítulo 11, Principais tipos de fundações profundas, do livro indicado


apresenta os principais tipos de fundações profundas, bem como
o processo executivo de cada tipo. São destacados aspectos como
método construtivo e catálogos de carga com respectivos diâmetros e
capacidade de cada estaca.

VELLOSO, Dirceu A.; LOPES, Francisco R. Fundações: critério de


projeto, investigação do subsolo, fundações superficiais, fundações
profundas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. Cap. 11, p. 189-238.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. A escolha do tipo de fundação deve ser avaliada em função


de critérios técnicos, como tipologia e resistência do solo,
disponibilidade de equipamento, tempo para concluir o serviço,
entre outros. Todavia, as fundações rasas são as mais utilizadas
em obras de pequeno e médio porte. Avalie asserções sobre
fundações rasas e assinale a opção correta.

21
a. O bloco não necessita de armadura, pois os esforços de tração
são resistidos pela elevada altura do elemento.
b. A sapata corrida deve ter uma viga de rigidez para redistribuir os
esforços de tração que surgem na base.
c. A sapata associada é utilizada para atender carregamentos de
pilares no mesmo alinhamento.
d. Em radier, o carregamento é oriundo apenas dos pilares, não
sendo permitido utilizar cargas distribuídas de alvenarias.
e. A sapata isolada é a solução mais econômica, pois nem sempre
necessita de armadura para combater os esforços de tração.

2. Em função de imposição arquitetônica e limitações de espaço


no terreno é necessário projetar uma sapata de divisa. Avalie
asserções e assinale a opção correta.

a. A viga de equilíbrio deve ser utilizada como solução mais


econômica.
b. Na sapata excêntrica a região comprimida da base da sapata
pode ser menor 60% do que área da base.
c. Neste tipo de fundação não é necessário atender a tensão
admissível do solo.
d. Para diminuir a tensão sobre o solo é recomendável
aumentar, preferencialmente, a dimensão paralela à divisa.
e. A viga alavanca tem a função de resistir e transferir o
carregamento dos pilares para o solo.

GABARITO

Questão 1 - Resposta A
Resolução: O dimensionamento de bloco é feito de modo que
tenha altura suficiente para combater os esforços de tração
sem a necessidade de ter armadura. Geralmente, a sapata

22
isolada é a solução mais econômica a ser utilizada e necessita
de armadura para combater os esforços de tração. A sapata
corrida não necessita de viga de rigidez. Já a sapata associada
necessita de viga de rigidez para redistribuir os esforços de
carregamentos de pilares não alinhados. O radier pode receber
carregamento concentrado (de pilares) e/ou carregamentos
distribuídos (de alvenarias).
Questão 2 - Resposta D
Resolução: Para fundações de divisa deve optar pelas
sapatas excêntricas de divisa, pois representam uma solução
imediatamente mais econômica a ser escolhida em comparação
com outros tipos de sapata de divisa. As sapatas excêntricas
devem atender dois critérios: a região comprimida deve ser
maior que 70% da área da base e atender a resistência mínima
do solo (tensão admissível). Para isso, recomenda-se que
aumentar a área da sapata preferencialmente a dimensão
paralela à divisa. No entanto, quando esses critérios não são
atendidos, deve-se utilizar uma viga de equilíbrio ou viga
alavanca que possuem a função de resistir ao momento fletor e
redistribuir o carregamento entre as sapatas.

23
TEMA 3

Recalque em fundações
______________________________________________________________
Autoria: Eduarda Pereira Barbosa
Leitura crítica: Hudson Goto
DIRETO AO PONTO

O recalque (p) é um fenômeno natural que ocorre devido a interação


da fundação com o solo e caracterizado como um deslocamento
vertical para baixo, devido a aplicação de um carregamento (Q)
(Figura 1).

Figura 1 – Representação conceitual do recalque

Fonte: elaborada pela autora.

Nesse sentido, diversos fatores podem influenciar na ocorrência


do recalque, desde o rebaixamento do lençol freático e a
heterogeneidade do subsolo linearmente, passando por escavações
em áreas adjacentes à fundação e vibrações excessivas oriundas de
equipamentos e, até mesmo, variações nas cargas previstas para a
fundação e imprecisão dos métodos de cálculo.

Desse modo, é necessário estimar e avaliar o recalque, bem como a


influência dele principalmente sobre a estrutura, a fim de evitar que
a edificação seja comprometida por danos arquitetônicos, funcionais
e estruturais que possam causar seu colapso.

25
Ao avaliar o comportamento do solo, pode-se ocorrer basicamente
três tipos de recalques: imediato, primário e secundário. O recalque
imediato ocorre devido a compressão do solo e pode ser obtido
a partir da Teoria da Elasticidade. O recalque primário ocorre
devido ao adensamento do solo com a saída de água dos vazios.
Já o recalque secundário ocorre em razão da fluência do solo
com a redução dos vazios e característico em solos orgânicos e
betuminosos.

Sob a perspectiva da estrutura, o recalque se divide em três tipos


dependendo da rigidez da edificação: absoluto (pt), diferencial ( ) e
g
distorcional angular ( b ), conforme disposto na Figura 2.

Figura 2 – Representação conceitual dos recalques (a) absoluto,


(b) diferencial e (c) distorcional angular

Fonte: elaborada pela autora.

A partir do recalque que a fundação sofreu deve ser avaliada: a


estabilidade da estrutura, por meio de parâmetros de recalques
admissíveis dispostos na literatura, em especial o fator de risco
desenvolvido por Berberian (2017), que apresenta uma escala de
risco de colapso da edificação em função do recalque distorcional
angular.

26
Para estimar o recalque em fundações existe diversos métodos,
baseados nas mais diversas teorias e ensaios de campo e
laboratório, conforme disposto na Figura 3.

Figura 3 – Métodos para estimar o recalque em fundações

Fonte: elaborada pela autora.

Referências
BERBERIAN, Dickran. Engenharia de fundações. 3. ed. Brasília: Infrasolo, 2017.

PARA SABER MAIS

O recalque de estacas ocorre devido a dois tipos de deformações:

• Encurtamento elástico da própria estaca (pg ). A peça estrutural


submetida a compressão sofre deformação, cuja magnitude
pode ser estimada pela Lei de Hooke.

• Recalque do solo representado pelas deformações verticais


de compressão dos estratos de solos adjacente à base da
estaca (pz). Nesse caso, a base da estaca se desloca para baixo
27
promovendo a redução da distância entre a base da estaca e o
referencial indeslocável.

Dessa maneira, considerando os dois efeitos, o recalque absoluto


em estaca isolada (p) é obtido por meio da Equação 1.

p = pg + pz

Para calcular o encurtamento elástico, pode-se utilizar a


metodologia adaptada por Aoki (1979), tal que deve ser encontrado
a reação mobilizada pela ponta descontando da carga vertical todo
o carregamento gerado pelo atrito lateral na estaca. Em função da
reação mobilizada pela ponta , da área transversal do fuste
da estaca ( A ) e módulo de elasticidade do concreto ( ) é possível
estimar o encurtamento elástico da estaca por meio da lei de Hooke,
conforme disposto na Equação 2.

p =

Devido a deformação do solo, a parcela de recalque da estaca


ocorre em função duas partes: uma própria da reação da ponta e
outra devido a parcela relativa à reação das cargas laterais. Para
determinar esse recalque pode ser utilizado o método adaptado de
Aoki, que leva em consideração o comportamento elástico do solo
(Teoria da Elasticidade).

Outro aspecto que deve ser observado no recalque de estacas é


o efeito de grupo, uma vez que os grupos de estacas apresentam
recalques superiores quando comparado com o recalque de uma
estaca isolada, submetida ao mesmo carregamento. Na prática
de projeto de fundações de estacas é considerado recalques
admissíveis maiores para grupo de estaca, enquanto para estacas
isoladas, o recalque admissível é menor.

28
TEORIA EM PRÁTICA

Considere que você é o engenheiro responsável por avaliar a


influência do recalque sobre uma edificação. Em campo, você
avaliou que duas fundações apresentaram recalques consideráveis
e conseguiu mensurar os valores a partir de um referencial
indeslocável. A primeira fundação sofreu um recalque absoluto de 23
mm, enquanto a segunda fundação, distante 5,0 metros entre eixos,
recalcou 48 mm.

Diante dessa situação, calcule o recalque distorcional angular e avalie


o risco de colapso da estrutura em função do recalque.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

29
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

A unidade 3, Recalques, do livro indicado, apresenta os principais


aspectos da influência do recalque em fundações rasas sobre a
estrutura. Este capítulo ainda mostra os principais tipos e métodos
de cálculo de recalques.

CINTRA, José Carlos A.; AOKI, Nelson. Fundações diretas: projeto


geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. Cap. 3, p. 61-106.

Indicação 2

O capítulo 3, Recalques, do livro indicado, apresenta os principais


aspectos relacionado ao recalque em fundações por estacas, bem
como discute os métodos de cálculo e traz exemplos numéricos.

CINTRA, José Carlos A.; AOKI, Nelson. Fundações por estacas: projeto
geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. Cap. 3, p. 53-66.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco

30
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. O recalque é um fenômeno inevitável, todavia previsível.


Portanto, cabe ao profissional de engenharia identificar e
avaliar a influência do recalque sobre a estrutura. Avalie
asserções sobre recalques e assinale a opção incorreta.

a. Em solos homogêneos, os recalques das fundações são


desprezíveis.
b. O recalque pode comprometer aspectos arquitetônicos,
funcionais e estruturais da edificação.
c. Intervenção no bulbo de tensão de uma fundação por meio de
escavação pode causar recalque.
d. A Teoria da Elasticidade pode ser usada para estimar o
recalque de fundações.
e. A lei de Hooke pode ser utilizada para estimar o recalque de
fundações, especialmente em fundações profundas.

2. A literatura aponta que existem diferentes métodos para


calcular o recalque em fundações. Avalie asserções sobre
esses métodos e assinale a opção correta.

a. O método de ensaio de placa se utiliza de modelos teóricos


para estimar o recalque de fundações.
b. Os métodos racionais são baseados em parâmetros
de deformabilidade do solo para estimar o recalque de
fundações.
c. Os métodos semiempíricos utilizam cálculos exatos para
estimar o recalque de fundações.
d. Os métodos empíricos utilizam resultados de ensaios de
penetração para estimar o recalque de fundações.

31
e. Os métodos semiempíricos se baseiam no modelo de
protótipo para estimar o recalque de fundações.

GABARITO

Questão 1 - Resposta A
Resolução: Em qualquer tipo de solo, a fundação está sujeita
a sofrer recalque, desde solos homogêneo, passando por
solos heterogêneos, até quando a fundação é assentada em
maciços rochoso. Em solos homogêneos é mais comum ocorrer
recalques uniformes, principalmente se a edificação for rígida.
Questão 2 - Resposta B
Resolução: O método de ensaio de placa se utiliza de ensaio de
modelo protótipo para estimar o recalque de fundação, enquanto
os modelos racionais são baseados em modelos teóricos que
utilizam em parâmetros de deformabilidade do solo para estimar
o recalque de fundações. Os métodos semiempíricos utilizam
modelos matemáticos baseados nos resultados de ensaio de
penetração para estimar o recalque de fundações. Já os métodos
empíricos se utilizam de tabelas.

32
TEMA 4

Dimensionamento de fundações
e critérios de projeto
______________________________________________________________
Autoria: Eduarda Pereira Barbosa
Leitura crítica: Hudson Goto
DIRETO AO PONTO

O dimensionamento da área da base de bloco e sapatas isoladas é


fundamentada em razão do carregamento do pilar (Q ) acrescido da
estimativa do peso próprio e da tensão admissível do solo ( ),
conforme mostra a Equação 1.

(Equação 1)

Quanto a seção da base, pode-se assumir a seção quadrada ou


retangular, conforme ilustra a Figura 1.

Figura 1 – Representação em planta das possibilidades de seções


da base de bloco e sapata isolada com seção (a) quadrada e
seção retangular pelo (b) método da proporcionalidade e (c)
método dos balanços iguais

Fonte: elaborada pela autora.

Ainda, deve-se destacar que a NBR 6.122 (ABNT, 2019) estabelece que
os lados da base do bloco e da sapata devem ter no mínimo 60 cm.

34
O dimensionamento da altura do bloco deve ser feito de modo que o
elemento não necessite de armadura.

Já a altura da sapata isolada pode ser estimada pelo método das bielas
comprimidas para obter uma estrutura flexível, no qual é considerado
as dimensões da base da sapata e do pilar acrescido do lastro de
concreto (5 cm), conforme disposto na Equação 2.

(Equação 2)

A altura da fundação deve ter no mínimo 20 cm, tal que rodapé deve
atender a esse critério em sapata de geometria piramidal.

O dimensionamento geométrico de tubulões é feito em duas etapas:


i) determinação diâmetro do fuste e ii) determinação da área da
base. A área da seção do fuste do tubulão é feita em função da
tensão resistente do concreto e do carregamento oriundo do pilar,
enquanto a base do tubulão leva em consideração peso próprio do
fuste, carregamento oriundo do pilar e da tensão admissível do solo.
O dimensionamento da altura do tubulão é feito de maneira análoga
ao do bloco, uma vez que não necessita de armadura na base do
tubulão.

O dimensionamento das estacas é feito em duas etapas básicas: i)


pré-dimensionamento da geometria da estaca e ii) determinação
capacidade de carga do solo. O pré-dimensionamento da estava
visa determinar a cota de assentamento e a geometria do elemento
estrutural, para tanto é usual a utilização de catálogos de estacas e
deve-se levar em consideração como características do subsolo e
disponibilidade de mão de obra e equipamento.

35
A capacidade de carga admissível do solo para estaca é
calculado em função de capacidade de carga do atrito lateral
da resistência de ponta e do fator de segurança (FS ), conforme
mostra a Equação 3.

(Equação 3)

Já a soma aritmética das parcelas da capacidade de carga do atrito


lateral e da resistência de ponta é a denominado
de capacidade de carga na ruptura do solo Essa carga
de ruptura do solo pode ser calculada por diferentes métodos
semiempíricos, como método de Aoki-Velloso, método de Décourt-
Quaresma, método de Antunes & Cabral, Método de Berberian,
entre outros.

Todavia, cabe ao projetista escolher o método mais adequado


para seu projeto de fundação, tal que leve em consideração
informações obtidas na investigação do subsolo e aspectos técnicos
e econômicos. Além disso, a norma NBR 6.122 (ABNT, 2019)
recomenda que o projeto de fundações seja avaliado tecnicamente
por um segundo profissional, que tenha experiência em fundações e
emita parecer técnico.

Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6.122: projeto e
execução de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

PARA SABER MAIS

O dimensionamento da capacidade de cargas de estacas pode


ser realizado por diversos métodos, tanto teóricos quanto
36
semiempíricos. Um dos métodos semiempíricos mais utilizados
no Brasil é de Aoki-Velloso, principalmente pela simplicidade, no
qual o autor utiliza um modelo matemático que correlaciona a
resistência do solo com o tipo de estaca. O método de Aoki-Velloso
leva em consideração duas das parcelas de capacidade de carga:
resistência de ponta ( Rp ) e resistência lateral ( RL ), que são obtidas
respectivamente pelas Equações 4 e 5.

(Equação 4)

(Equação 5)

Para cálculos das resistências lateral e de ponta, Aoki-Velloso


estabelecem coeficientes de resistência em função do tipo do solo
( K ) e fatores em função do tipo de estaca para resistência de ponta
( F1 ) e para resistência lateral ( F2 ). Os valores dos coeficientes e
fatores estão dispostos nas Tabelas 1 e 2.

Além disso, a resistência de ponta depende do valor do médio do


índice de penetração do solo ( NSPT ) na cota de assentamento da
estaca e área de ponta da estaca ( Ap ). Enquanto a resistência lateral
leva em consideração o valor do índice de penetração do solo ( NSPT )
e a área lateral da estaca ( AL).

Tabela 1 – Coeficientes de resistência em função do tipo de solo


Tipo de solo K (kgf/cm²) α (%)
Areia 10 1,4
Areia siltosa 8,0 2,0
Areia argilosa 6,0 3,0
Silte 4,0 3,0
Silte arenoso 5,5 2,2
Silte areno-argiloso 4,5 2,8
37 Fonte: adaptada de Velloso e Lopes (2020).
Tabela 2 – Fatores em função do tipo de estaca
Tipo de solo F1 F2
Metálica 1,75 3,5
Pré-moldada de 1,75 3,5
concreto D<60cm
Pré-moldada de 2,5 1,4
concreto D>60cm
Escavada D<60cm 3,0 6,0
Franki 2,5 5,0
Strauss 4,2 3,8
Fonte: adaptada de Velloso e Lopes (2020).

Referências
VELLOSO, Dirceu A.; LOPES, Francisco R. Fundações: critério de projeto,
investigação do subsolo, fundações superficiais, fundações profundas. São
Paulo: Oficina de Textos, 2010.

TEORIA EM PRÁTICA

Considere que você é o engenheiro que foi contratado para


elaborar um projeto de fundações e de avaliar o laudo de sondagem
constatou ausência de lençol freático e solo resistente a 8 metros
de profundidade, com tensão admissível de 4,88 kgf/cm², portanto,
optou em utilizar tubulões a céu aberto.

Durante o dimensionamento das fundações, você se deparou com a


seguinte situação: a planta de locação mostra um pilar próximo da
divisa (P01), cujo eixo está afastado 65 cm, conforme ilustra a Figura
2. Sabendo que os carregamentos do pilar P01 é 90 tf, dimensione e
detalhe os tubulões, tal que atenda dos critérios normativos da NBR
6122.

38
Figura 2 – Croqui com a locação do pilar

Fonte: elaborada pela autora.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições

39
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O capítulo 4, Capacidade de carga das fundações em estacas, do


livro indicado abordada os principais aspectos que influenciam
na determinação da capacidade de carga. Para isso, os autores
apresentam diversos métodos que explicam o comportamento do solo.

DANZIGER, Bernadete Ragoni; LOPES, Francisco de Rezende.


Fundações em estacas. Rio de Janeiro: LTC, 2021. Cap. 4.

Indicação 2

O capítulo 9, Radiers, do livro indicado apresenta os principais


aspectos relacionado ao dimensionamento de fundações do tipo
radier, no qual são apresentados diferentes tipos radiers e métodos
de cálculo.

VELLOSO, Dirceu A.; LOPES, Francisco R. Fundações: critério de


projeto, investigação do subsolo, fundações superficiais, fundações
profundas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. Cap. 9.

40
QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. A determinação da geometria das fundações superficiais pode


ser calculada por diversos métodos, todavia, a NBR 6122 (ABNT,
2019) estabelece critérios para geometria de blocos e sapatas
isoladas. Avalie asserções sobre geometria das fundações e
assinale a opção correta.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6.122:


projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

a. Blocos e sapatas isoladas devem ter no mínimo 60 cm de lado.


b. Blocos e sapatas isoladas devem ter no mínimo 100 cm de lado.
c. Blocos e sapatas isoladas devem ter no máximo 200 cm de lado.
d. Blocos e sapatas isoladas devem ter no máximo 300 cm de lado.
e. Não são estabelecidas dimensões mínimas e máximas para os
lados dos blocos e sapatas.

2. A determinação da capacidade de carga das estacas pode ser


obtida por diversos métodos, como o desenvolvido do Aoki-
Velloso. Avalie alternativas sobre método de Aloki-Velloso

41
e assinale a opção incorreta a respeito dos fatores que
influenciam na determinação da capacidade de carga da estaca.

a. A área lateral da estaca.


b. A área da ponta da estaca.
c. O tipo de solo.
d. O tipo de estaca.
e. O nível do lençol freático.

GABARITO

Questão 1 - Resposta A
Resolução: A NBR 6122 (ABNT, 2019) estabelece que os blocos e
as sapatas isoladas não podem ter dimensões inferiores a 60 cm.
Questão 2 - Resposta E
Resolução: O método de Aoki-Velloso para determinação
capacidade de carga da estaca não leva em consideração o nível
do lençol freático.

42
BONS ESTUDOS!

Você também pode gostar