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TECNOLOGIA DA

CONSTRUÇÃO I
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR

Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não Diagramação:
vale a pena ser vivida.” Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, Revisão Textual:
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica Gabriela de Castro Pereira
e profissional, refletindo diretamente em nossa Letícia Toniete Izeppe Bisconcim
vida pessoal e em nossas relações com a socie- Luana Ramos Rocha
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente
e busca por tecnologia, informação e conheci- Produção Audiovisual:
mento advindos de profissionais que possuam Heber Acuña Berger
novas habilidades para liderança e sobrevivên- Leonardo Mateus Gusmão Lopes
cia no mercado de trabalho. Márcio Alexandre Júnior Lara

De fato, a tecnologia e a comunicação Gestão de Produção:


têm nos aproximado cada vez mais de pessoas,
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e
nos proporcionando momentos inesquecíveis.
Fotos:
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino
Shutterstock
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes
atuantes.

Que esta nova caminhada lhes traga


muita experiência, conhecimento e sucesso.

© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

01
DISCIPLINA:
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I

PRELIMINARES DO INÍCIO DE
UMA OBRA
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
1 - PRELIMINARES A EXECUÇÃO ............................................................................................................................ 7
1.1. ESTUDO DO TERRENO/SOLO ............................................................................................................................. 7
1.2. PROJETOS ............................................................................................................................................................ 9
1.3. DOCUMENTOS IMPORTANTES ......................................................................................................................... 9
2 - LAYOUT DE CANTEIRO DE OBRAS ................................................................................................................... 10
2.1. ÁREA DE VIVÊNCIA ............................................................................................................................................ 11
2.1.1. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ........................................................................................................................... 12
2.1.2. VESTIÁRIOS .................................................................................................................................................... 14
2.1.3. ALOJAMENTO ................................................................................................................................................. 14
2.1.4. REFEITÓRIO .................................................................................................................................................... 15

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2.1.5. COZINHA ......................................................................................................................................................... 16
3 - MOVIMENTAÇÃO DE SOLO ............................................................................................................................... 18
4 - IMPERMEABILIZAÇÃO E DRENAGEM DE CORTINAS CONTENÇÃO ............................................................. 19
4.1. IMPERMEABILIZAÇÃO EM CORTINAS DE CONTENÇÃO .............................................................................. 19
4.1.1. IMPERMEABILIZAÇÃO DE CORTINA DE CONTENÇÃO ............................................................................... 19
4.2. DRENAGEM EM CORTINAS DE CONTENÇÃO ................................................................................................ 21
4.2.1. DRENAGEM EM CORTINAS DE CONTENÇÃO ............................................................................................. 21

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INTRODUÇÃO
Nesta unidade, será discutido sobre a influência da escolha do terreno e alguns projetos
principais e alguns preliminares de obra, fundamentais para um bom início da obra.

Um dos livros mais completo existente nesse assunto é A Técnica de Edificar da


Editora da PINI, autor Walid Yazigi, quaisquer dúvidas utilizem esse e outros mate-
riais que serão indicados na sequência.

A escolha do terreno deverá partir em primeiro lugar do que se pretende construir. Yazigi
(1998) estabelece aqui algumas dicas para entender melhor como fazer essa escolha:

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• 1º Plano diretor do Município: Geralmente as cidades maiores e mais organizadas
possuem planos diretores mais responsáveis, no qual estabelece regiões das cidades
que podem desenvolver determinados projetos, por exemplo, áreas de prédios com 7
pavimentos, áreas de prédios com mais que 10 pavimentos, áreas de construção de casas,
áreas comerciais, industriais, enfim, a prefeitura irá definir essas áreas. Questões essas que
podem barrar o projeto por questões de leis municipais. Exemplo na cidade de Maringá/
PR cada cor no mapa da cidade, na figura 01, revela um critério para construção.

Figura 01 - Cores revelam patamares diferentes de construção. Fonte: Prefeitura de Maringá (2018)

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• 2º Condições do terreno: Verificar se o terreno encontrado atende às especificações do


projeto que se deseja executar. Pode-se citar, por exemplo, declividade/aclividade, árvores
protegidas por lei, mina d’água, largura da frente do terreno, entre outras.

• 3º Terreno legal: Deve-se avaliar questões relacionadas as dimensões do terreno se


conferem à matricula do imóvel. Há situações em que um terreno possui matrícula nas
dimensões 15x40m, porém, in loco possui dimensões diferentes, por exemplo, 14,70 x
39,50m. Agora resta saber onde está essa área faltante e se vale a pena comprar um terreno
com esse tipo de problema com vizinhos e/ou construir faltando a área.

• 4º Compra do terreno: Decidido comprar o terreno não se deve esquecer de verificar se


o imóvel tem penhora, impostos, multas, entre outros; não se deve esquecer de solicitar
ao cartório de registro de imóveis uma matricula atualizada, que possibilitará verificar
alguns dos detalhes já citados e também quem é o real proprietário do terreno, “quem
paga errado, paga duas vezes”.

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A imobiliária e o cartório irão verificar a 4ª dica, portanto nunca faça pagamentos
sem a liberação desses órgãos, nunca faça nada do tipo “contrato de gaveta”, pois
isso pode gerar problemas que inviabilize a construção do projeto.

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1 - PRELIMINARES A EXECUÇÃO
As etapas que antecedem o início de uma obra são muitas, algumas delas serão citadas,
visando que o aluno entenda esse processo de maneira simplificada.

1.1. Estudo do Terreno/Solo


Segundo Yagizi (2009), em um serviço inicial topográfico deve-se identificar alguns
elementos de referência do terreno, por exemplo, bocas-de-lobo, localização de postes, fiação e
árvores. Por mais que se tem em mente o que se pretende construir, é necessária a elaboração de
alguns estudos sobre o terreno/solo, segue cada um deles a saber:

• 1º Planimetria do terreno: é necessária a verificação, afim de saber na prática as


dimensões exatas existentes no terreno, podendo assim, executar um projeto que caiba
dentro do terreno.

• 2º Altimetria do terreno: é necessária a verificação, afim de saber na prática, a

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quantidade de corte ou aterro de solo terá que ser realizado, isso envolve custos que o
construtor terá que avaliar.

A união da Planimetria + Altimetria resulta no levantamento Planialtimétrico.

• 3º Soldagem SPT (Standard Penetration Test): Esse ensaio dará maiores garantias
para engenheiros e arquitetos, tendo uma amostra do que existe no solo. Por exemplo,
se nas camadas inferiores possuem, camadas de argila, lençol freático, rocha, etc., enfim,
camadas e suas respectivas resistências, tendo confiabilidade em apoiar a fundação da
construção.

Para iniciar um projeto de fundações, é necessário fazer o reconhecimento do solo que


abrange, quantidade de SPT, localização e profundidades. Segundo Yagizi (2009), o ensaio SPT
tem que atender alguns critérios, por exemplo, não poderá ser feito em mesmo alinhamento e
será da seguinte forma:

- Dois para planta de projeção de até 200m2.


- Três para planta de projeção de 200m2 até 400m2.
- Um a cada 200m2 em projeção de planta baixa para 1.200m2.
- Um a cada 400m2 em projeção de planta baixa de 1.200m2 até 2.400m2.

A figura 02 revela uma amostragem de um SPT, de modo que cada espaço nessas caixas
mostra um material colhido e na profundidade que está. Percebe-se que conforme a identificação
das profundidades, o solo muda de cor, chegando a aparecer rocha ou caixa vazia, no caso lençol
freático.

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Figura 02 – Perfil de Solo, Segundo Ensaio de SPT. Fonte: Geotecnia e Fundação (2018).

Deve-se ter critério para executar o ensaio SPT, assim como interpretar (ou desconfiar)
do laudo formulado, pois pode levar uma Interpretação errada da Sondagem situação real, veja
figura 03.

Figura 03 – Ensaio de SPT com Critério Falho. Fonte: Geotecnia e Fundação (2018).

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Fundações Teoria e Prática, 2ª edição, São Paulo, Editora Pini, 1998. Nesse livro,
o aluno encontrará algumas informações sobre tipos de solos, complementando
conhecimento desse estudo.

1.2. Projetos
De posse dessas informações inicia a produção dos projetos o primeiro deles é o
arquitetônico que em sua sequência ou até mesmo em paralelo o projeto estrutural, com o projeto
de fundações. Na sequência, existem outros projetos que podem variar em quantidade dependendo
do grau de acabamento da obra ou tipo, que são os conhecidos como Projetos Complementares,
são eles: Elétrico, Hidrossanitário, (água quente, água fria, esgoto, etc.) Preventivo de incêndio,
Ar condicionado, Comunicação, Dados, Gases medicinais, etc.
Outro projeto que pode surgir dependendo do grau de sofisticação de uma obra é o
Paisagístico, pois esse irá definir locais que terão jardins, quais plantas serão plantadas e sua
posição. Existem também os projetos para o canteiro de obra, atualmente, os órgãos que fiscaliza

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a segurança do trabalho exigem tais projetos, por exemplo, layout de canteiro de obras (dentro
do PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção
Civil), instalações elétricas provisórias, aterramento, entre outros.
Dos projetos apresentados até o momento, a maioria deles são muito comuns em obras,
mas a estrela de todos é o Projeto Executivo, que tem como finalidade evitar erros de execução,
pois ele já foi todo pensado, definido e melhor compatibilizado com os demais projetos. Algumas
vezes, somente o projeto executivo basta para ter a maioria das informações necessárias para se
executar a obra, sem precisar continuamente pesquisar nos projetos complementares. Todas as
informações em um único projeto compatibilizado.
Quando for executar uma obra e encontrar com o “tal” projeto executivo e se ele tiver
umas 100 pranchas, não se assuste, isso será de grande valia. O projeto executivo é uma união de
conhecimentos das áreas técnicas de arquitetura e engenharia, no qual essas irão especificar tudo
que é importante para que não haja necessidade se perguntar futuramente durante a execução,
por exemplo, “o vidro da sacada será incolor ou verde?” ou “a altura do rodapé será 14 ou 17cm?”
ou “Qual será o granito a ser utilizado nas pingadeiras?”, enfim, dúvidas de acabamento que
muitas vezes travam a obra, geram custos, perda de tempo, material, e outros.

1.3. Documentos Importantes


Para começar uma boa execução de uma obra, são necessários alguns documentos:
Memorial descritivo; Orçamento; Planejamento Físico/ Financeiro; ART (Anotação
Responsabilidade Técnica – Engenheiros) ou RRT (Registro de Responsabilidade Técnica);
Incorporação do imóvel, e caso a algumas unidades da obra seja vendida durante a construção;
Laudo de vizinhança, entre outros. De todos estes, talvez um que tem gerado muitos problemas
nas obras é a falta do laudo de vizinhança, este consiste em fazer vistorias em todas as construções
vizinhas registrando trincas, presença de mofo, azulejo soltos, trincas em pisos, portas ou janelas
que não abrem ou não fecham isso tudo pode significar que já existem patologias instaladas nessa
construção e, portanto, ao registrar essas, a obra que irá iniciar não terá responsabilidade sobre
elas

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Fazer o laudo de vizinhança é uma garantia para ambos os lados, pois ele garante que
nenhuma parte será lesada. Pode ocorrer do vizinho não aceitar a fazer o laudo de vizinhança,
futuramente, caso haja uma reclamação, e se a empresa deixou registrado que o proprietário
não autorizou a fazer o laudo, a empresa pode alegar que desconhece os problemas e que como
não foi autorizada a fazer o laudo ela não tem responsabilidade sobre os danos alegados pelo
proprietário. No caso de cair uma escora metálica na casa do vizinho, certamente independente
de laudo a responsabilidade pelos danos é da construtora.

Nunca deixe de fazer o laudo de vizinhança, pois sempre terá um vizinho que irá
se aproveitar da situação.

Parece básico, mas, muitas vezes, se programa-se iniciar uma obra e não se aten-
ta à existência da infraestrutura básica (água, energia, telefone, internet, etc.) dis-

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ponível no terreno ou se quantos dias, pode haver uma demora para tê-los à dis-
posição.

2 - LAYOUT DE CANTEIRO DE OBRAS


O projeto de layout de canteiro de obras é de grande importância, pois ele ajuda a
definir e organizar equipamentos, materiais, locais, dentro da obra. Algumas áreas devem ter
atenção por exemplo: Central de argamassa; Central de carpintaria; Central de armadura; Áreas
de vivência, conforme a NR-18; Acesso para pedestre com segurança; Acesso para entrega de
material; Almoxarifado; Escritório para empreiteiros e engenheiro/arquiteto; Elevador de obras;
Verificar as próximas atividades e as novas atualizações; Armazenamento de tijolos; Baia de
material reciclado, entre outros, figura 04.

Figura 04 – Projeto de Layout de Canteiro de Obras. Fonte: Engenharia de Projetos (2017).

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Segue algumas regras para melhor desempenho de seu projeto de layout de canteiro de
obras:

• Dica 01: Procure colocar todos os materiais de maior peso ou centrais de produção,
próximos do elevador/guincho de coluna, exemplo, central de argamassa, tijolo, aço,
carpintaria, entre outros.
• Dica 02: Faça a infraestrutura definitiva o quanto antes, pois assim a obra poderá utilizá-
la também, exemplo, água pluvial, aterramento, entre outros.
• Dica 03: Fique atento à altura do pé direito, recuo/detalhes de fachadas, para não
ocorrer surpresas, por exemplo, instalar o elevador em uma fachada que na vigésima laje
terá detalhe arquitetônico que pode impossibilite a continuação do elevador.
• Dica 04: Use a NR-18 (Norma de Segurança do Trabalho, que será estudado a seguir)
para elaboração de um projeto arquitetônico de área de vivência, que atenda à norma
evitando problemas com fiscalização, multas e embargos.

2.1. Área de Vivência


Para estudar esse assunto e entender um pouco mais sobre layout de canteiro de obras,
deverá estudar também a Norma Regulamentadora número 18, Condições e Meio Ambiente

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de Trabalho na Indústria da Construção, que trata não somente de área de vivência, mas de
todas as regras de segurança para a Engenharia e Segurança do Trabalho, atribuição dada para
Engenheiros e Arquitetos, pelos seus respectivos conselhos.
O requisito 18.4 da NR-18 trata de assuntos de dimensionamentos em áreas comuns de
ambiente de trabalho, as quais consistem em instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas
e alojamento. Atualmente, tem sido utilizado com maior frequência o uso de contêineres em
canteiros de obras, a NR-18, permite desde que atendam as seguintes exigências, que não são
muito diferentes de uma área de vivência instalada no próprio canteiro são elas:

- Ventilação natural, em duas aberturas com área de 15% do piso dispostas adequadamente
que possa permitir a ventilação paralela, possibilitando o conforto térmico;
- Tenha pé direito mínimo de 2,40m;
- Garanta requisitos mínimos estabelecidos na NR-18, de conforto e higiene;
- Deverá ter proteção contra riscos de choque elétrico e aterramento.

Leia a NR-18, requisito 18.4 – Áreas de Vivência, que dará subsídios de como mon-
tar uma área de vivência que atenda as normas e o bem-estar dos funcionários.

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2.1.1. Instalações sanitárias


É proibida que seja utilizada esse local por outra função que não seja a qual foi destinada.
Portanto, segue algumas considerações sobre as instalações sanitárias para uma boa implantação,
segundo a NR-18:

- Devem manter conservado e limpo;


- Ter portas de acesso para impedir a exposição do funcionário;
- Ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;
- O piso deverá ser impermeável, lavável e com acabamento antiderrapante;
- Não ter ligação direta com locais de refeição;
- Ser separado por sexo;
- Ter ventilação e iluminação que mantenha o local em boas condições de uso;
- Todas as instalações elétricas deverão ser adequadas e protegida por eletrodutos;
- Deverá ter pé-direito mínimo de 2,50m;
- Deverá ser construída em local de fácil acesso, seguro, com distância máxima de 150m.

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Figura 05 - Chuveiro Cabine, Módulo Metálico. Fonte: IBIMAQ (2018).

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A NR-18 estabelece algumas regras especificas para a implementação das instalações


sanitárias; lavatórios, vasos sanitários e mictório. A seguir segue o texto na íntegra da NR-18, no
qual estabelece as regras para execução dos itens mencionados.

18.4.2.5 Lavatórios

18.4.2.5.1 Os lavatórios devem:


a) ser individual ou coletivo, tipo calha;
b) possuir torneira de metal ou de plástico;
c) ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros);
d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver;
e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros),
quando coletivos;
g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados.

18.4.2.6 Vasos sanitários

18.4.2.6.1. O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve:


a) ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado);
b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo,
0,15m (quinze centímetros) de altura;

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c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);
d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório
o fornecimento de papel higiênico.

18.4.2.6.2 Os vasos sanitários devem:


a) ser do tipo bacia turca ou sifonado;
b) ter caixa de descarga ou válvula automática;
c) ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões
hidráulicos.

18.4.2.7 Mictórios

18.4.2.7.1 Os mictórios devem:


a) ser individual ou coletivo, tipo calha;
b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
c) ser providos de descarga provocada ou automática;
d) ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta centímetros) do piso;
e) ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição
de sifões hidráulicos.

Segue informações importantes para o projeto de layout, dimensionando chuveiro.

18.4.2.8 Chuveiros

18.4.2.8.1 A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de


0,80m² (oitenta decímetros quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez
centímetros) do piso.

18.4.2.8.2 Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter
caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando
houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira.
[...]
18.4.2.8.4 Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha,
correspondente a cada chuveiro.

18.4.2.8.5 Os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente.

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O requisito 18.4.2.8.5, da NR-18 reforça a ideia que em toda a norma estará sem-
pre frisando, todo equipamento elétrico deverá ter aterramento. Por essa razão
que o autor reforça a ideia também que faça o sistema de aterramento definitivo e
utilize para instalações provisórias.

Conforme Gonzalez (2017), é muito barato fazer uma área de vivência digna para seus
funcionários, as empresas construtoras sempre possuem sobras de obras que podem utilizar em
áreas de vivência, as vezes com um piso cerâmico nobre, que se não utilizarem só irá ocupar
espaço em depósito da empresa.

2.1.2. Vestiários
Destinado à troca de vestuário do funcionário, sendo proibido o local ser usado para
outro fim. Seguem algumas exigências estabelecidas pelo requisito 18.4.2.9.3:

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- As paredes deverão ser alvenaria, madeira ou material similar;
- Os pisos de concreto, cimentado, madeira ou material similar;
- Tenha uma cobertura que proteja contra as intempéries;
- A área de ventilação correspondente do ambiente deverá ser mínimo de 1/10 de área
do piso;
- Deverá ter iluminação natural e/ou artificial;
- Os armários serão individuais dotados de trancas;
- O pé-direito mínimo de 2,50m;
- Deverá ser mantido conservado, higiênico e limpo;
- Os bancos deverão ter em quantidade suficiente a todos e com largura mínima de 30 cm.

2.1.3. Alojamento
Local destinado ao repouso do funcionário, que não poderá passar de 100 pessoas. As
camas do alojamento poderão ser simples ou beliche, sendo simples, o pé direito terá 2,60m e
beliche terá 3,00m, ambas com área mínima de 2,47m2. A distância entre camas (colchão da cama
de baixo e longarina da cama de cima) será de 1,1m.
Nos alojamentos deverão ser obedecidas as seguintes regras gerais quanto ao seu uso:

- ter paredes de alvenaria, madeira ou material similar;


- ter piso de concreto, madeira ou material similar;
- É vedada a permanência de pessoas com moléstias infectocontagiosas.
- ter cobertura que proteja das intempéries;
- ter área de ventilação referente no mínimo a 1/10 da área do piso;
- ter iluminação natural e/ou artificial;
- ter área mínima de 3m2 por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação;
- ter pé-direito de 2,50m para cama simples e de 3,00m para camas duplas, não é permitido
03 camas na vertical “treliche”;

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- não pode ser instalado em subsolos ou porões das edificações;


- ter instalações elétricas adequadamente protegidas, suas fiações com eletrodutos.
- é proibida, nos alojamentos, a instalação para eletrodomésticos e o uso de fogareiro ou
similares, figura 06.

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Figura 06 - Alojamento de obra, com fogão e botijão de gás no mesmo ambiente. Fonte: o autor.

2.1.4. Refeitório
É obrigatório para todas as construtoras que seus funcionários façam as refeições nos
refeitórios. Seguem algumas exigências:

- ter isolamento durante as refeições;


- ter piso de concreto ou de outro material lavável;
- ter cobertura de modo a proteger das intempéries;
- ter capacidade para todos os trabalhadores no horário das refeições;
- ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial, veja refeitório contêiner, figura 07;
- ter lavatório em suas proximidades;
- ter mesas com tampos lisos e laváveis;
- ter lixeiras com tampa;
- não estar situado em subsolos ou porões das edificações;
- não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;
- ter pé-direito mínimo de 2,80m.

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Figura 07 - Chuveiro cabine. Fonte: IBIMAQ (2018).

2.1.5. Cozinha
Local destinado ao preparo dos alimentos que serão servidos aos funcionários. Seguem
algumas exigências:

- ter ventilação natural e/ou artificial que possa permitir boa circulação;
- ter pé-direito mínimo de 2,80m;
- ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material similares;
- ter piso de concreto ou pisos similares que facilitem a limpeza;
- ter cobertura de material resistente ao fogo;
- ter iluminação natural e/ou artificial;
- ter pia para lavar os alimentos e utensílios;
- possuir instalações sanitárias exclusivas para os encarregados da cozinha por manipular
alimentos, e que não tenha comunicação direta;
- dispor de lixeira, com tampa;
- deverá ter equipamento de refrigeração;
- ficar adjacente ao local para refeições;
- ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
- os botijões de gás devem ser instalados fora da cozinha, em área permanentemente
ventilada e coberta.

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No caso de outras empresas, as regras para montagem da área de vivência são estabelecidas
na NR-24, que pode até servir de parâmetros, caso não tenha nada especificado na NR-18.

Veja o quadro de proporções de itens importantes para dimensionamento de uma


área de vivência para funcionários de uma empresa, no caso faltando para a cons-
trução civil, poderá ser usado a NR-24 como referência em obra.

Item NR-24 (Empresa/Indústria) NR-18 (Obra)


Vaso Sanitário 1 vaso:20 funcionários 1 vaso:20 funcionários
Lavatório 1:20 1:20
Lavatório 1:10 -
Op. Insalubres
Mictório Individual 1:20 1:20
Mictório Coletivo 1:0,60m:20 funcionários 1:0,60m:20 funcionários
Bebedouro 1:50 1:25

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Chuveiro 1:10 1:10
Área Refeitório 1:1m2 -
Área cozinha 1:0,35m2 -
Área depósito cozinha 1:0,20m2 -
Área Vestiário 1:1,50m2 -
Área Alojamento 1 cama simples/beliche:2,47m2 -

• Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na


Indústria da Construção. A Norma regulamentadora 18 é muito importante para
complementar informações de segurança relacionadas a obra, portanto é de ex-
trema importância que um aluno tenha esse conhecimento através da leitura.

• YAZIGI, Walid; A técnica de Edificar. 15ª Edição – Revisada e Atualizada; Edito-


ra Pini; São Paulo; 2016. O livro trata nos capítulos iniciais informações sobre a
instalação de canteiros de obras, veja e complemente suas informações sobre o
assunto.

• GONZALEZ, Edinaldo F. Aplicando 5S na Construção Civil. 3ª Edição, Editora da


UFSC, 2017, o livro traz várias informações para organizar o canteiro de obras e
segurança do trabalho, informações de áreas de vivência, implementação de Sis-
tema de Gestão da Qualidade, entre outros.

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3 - MOVIMENTAÇÃO DE SOLO
Segundo o Yazigi (2009), o aterro só poderá ser executado com a limpeza do terreno,
evitando que a área seja aterrada com matéria orgânica, gerando problemas de patológicos por
decomposição da matéria orgânica. O aterro deve ser realizado em camadas de 30 cm e o tipo de
solo deve ser arenoso ou solo puro, sem misturas ou tipo turfa ou argila orgânica. Caso o terreno
tenha fossas sépticas, deverá ser limpa, para somente depois ser aterrado.
Construções sobre aterro tomar alguns cuidados, pois, caso ocorra deformações no solo,
poderá gerar os seguintes problemas:

- provocar danos na estrutura da edificação.


- o surgimento de trincas em paredes e pisos.
- provocar deformações e/ou ruptura nas instalações hidráulicas, água e esgoto.
- provocar trincas nas caixas de passagens de gordura, e consequentemente presença de
umidade em paredes e também colapso do solo.

Haverá situações em que a movimentação de solo, na verdade, será uma rocha, deste

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modo, tem duas maneiras para fazer o desmonte, segundo Salgado (2009):

• Desmonte a frio: será realizado via perfuratrizes ou marteletes, que rompe os blocos
maiores de rochas transformando em pedaços menores facilitando o transporte

• Desmonte a quente: é a utilização de explosivos ocorrendo o desmonte do maciço


rochoso, no qual necessita de autorização e profissional habilitado.

Os cortes em subsolos de prédios geralmente são provisórios, afinal logo na sequencia


será executado as cortinas de contenção e são verticais, para aproveitar o máximo do terreno.
Todas essas características tornam um pouco perigosa essa relação “provisório” e vertical.
Segundo a NR-18:

18.6.5 Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m


(um metro e vinte e cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por
meio de estruturas dimensionadas para este fim.

18.6.6 Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão
observadas as condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a
Céu Aberto da ABNT.

18.6.7 As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros)
de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos
postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos
trabalhadores, independentemente do previsto no subitem 18.6.5.

18.6.8 Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância


superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude.

18.6.9 Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco
centímetros) devem ter estabilidade garantida.

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4 - IMPERMEABILIZAÇÃO E DRENAGEM DE CORTINAS


CONTENÇÃO
O capítulo mostra uma continuação da atividade, corte ou aterro, que geralmente
necessitará de um muro de arrimo ou de uma cortina de contenção em concreto ou qualquer
outra estrutura de concreto para manter o aterro no lugar pré-estabelecido pelo projeto. Tendo
como objetivo evitar patologias nessa estrutura com a infiltração de umidade, há a necessidade
de fazer a impermeabilização, e com objetivo de aliviar o peso da estrutura, há a necessidade de
fazer a drenagem.

4.1. Impermeabilização em Cortinas de Contenção


A impermeabilização deve ser realizada sempre que for possível, pois há casos de
muros de arrimos ou cortinas em extrema com vizinhos que já existem construções executadas,
impossibilitando o processo de impermeabilização do lado externo. Quando é possível fazer a
impermeabilização segue o processo construtivo para uma boa prática, a saber:

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I | UNIDADE 1


4.1.1. Impermeabilização de Cortina de Contenção
• SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Cortina de contenção executada.

• MATERIAIS
✓ Produto impermeabilizante;
✓ Pincel ou brocha;
✓ Areia;
✓ Cimento;
✓ Colher de pedreiro.

• EQUIPAMENTOS
Para Execução da Impermeabilização
✓ Não se aplica.

• EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Uniforme;
✓ Capacete;
✓ Calçado de segurança;
✓ Luva de látex ou PVC.

• PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Execução da Impermeabilização


✓ Limpeza da cortina de contenção, retirando restos de madeira, arames e rebarbas de
concreto, veja figura 08.

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Figura 08 - Muro de bloco de concreto com falhas e rebarbas. Fonte: Autor (2018).

✓ Tampar algumas falhas, buracos, (figura 07) que possam existir na cortina de contenção,
que prejudiquem a planicidade (figura 08) para aplicar a impermeabilização.

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Figura 09 - Cortina de contenção impermeabilizado com falhas, terá que ser recuperado caso contrário terá vaza-
mentos. Fonte: o autor (2018).

✓ Executar a impermeabilização em 3 demãos cruzadas. Geralmente se utiliza produtos


tipo, manta líquida, ou cristalizantes.
✓ Chapiscar fazendo uma película grossa que tem como objetivo a proteção da
impermeabilização.

A impermeabilização é indicada que sempre faça do lado externo, dessa forma, possui
um isolamento melhor, no entanto, nem sempre é possível. Nesse caso, deve ser feito do lado
interno da edificação, porém, alguns tipos de impermeabilização não aceitam pressão negativa
(lado interno) na película criada, por exemplo, as mantas líquidas que se aplicado internamente
formam bolhas semelhante em paredes com pintura.

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O custo para se executar uma impermeabilização durante uma obra é muito ba-
rato, porém se tiver que executar após a obra concluída é muito elevado e causa
transtorno para todos, portanto, “Impermeabilização erre para mais, mas NUNCA
para menos”.

EXERCÍCIO 01: Uma cortina de contenção de comprimento de 10 metros e 3 metros


de altura necessita fazer o quantitativo de área para compra do impermeabilizante. Qual é a área
dessa cortina de contenção.

RESOLUÇÃO:
Área da cortina = base x altura
Área da cortina = 10 m x 3 m
Área da cortina = 30 m2

4.2. Drenagem em Cortinas de Contenção

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A drenagem deve ser realizada sempre que for possível, pois há casos de muros de arrimos
ou cortinas em extrema com vizinhos que já existem construções executadas, impossibilitando
o processo de drenagem. Quando é possível fazer a drenagem segue o processo construtivo, a
saber:

4.2.1. Drenagem em Cortinas de Contenção


• SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Cortina impermeabilizada e com chapisco.

• MATERIAIS
✓ Tubo de PVC com furos;
✓ Brita;
✓ Geotêxtil;
✓ Conexões de tubos.

• EQUIPAMENTOS - Para Execução da Drenagem


✓ Não se aplica.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Uniforme;
✓ Capacete;

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• PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Execução da Drenagem


✓ Já executado o chapisco na cortina de contenção e após ter aguardado 3 dias de cura
(processo de endurecimento do cimento) do chapisco se inicia a colocação do geotêxtil
(nome comercial “bidin”), figura 10.
✓ Função do Geotêxtil: é uma manta que broqueia a passagem de solo (argiloso, arenoso,
etc.), deixando passar somente a água, sua grande vantagem é prolongar a vida útil do
filtro, ou seja, do dreno.

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Figura 10 - Colocação do geotêxtil em cortina de concreto. Fonte: o autor (2018).

✓ Utilize a brita n. 4, (mede entre 5 a 7 centímetros) esparramando uma camada sobre o


geotêxtil. A brita “grossa” deixará dentro desse filtro espaços vazios, por onde facilitará a
passagem de água a ser drenada.
✓ Coloque uma tubulação de PVC com vários furos em cima da primeira camada de
brita que servirá para canalizar essa água para fora da cortina de contenção, geralmente
se conduz essa água para uma caixa de água pluvial.
✓ Obs.: Essa tubulação deverá ter inclinação de no mínimo de 1% para caixas de água
pluvial.
✓ Complete com uma segunda camada de brita e feche com o geotêxtil.

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A drenagem sempre será feita no terreno que ficará o aterro:

• Exemplo 01: o terreno é mais baixo do que a rua, então terá que aterrar, cortina de
contenção terá que ser executada e a drenagem em seu terreno, o problema é drenar essa
água.
• Exemplo 02: o terreno é mais alto do que a rua, então terá corte, cortina de contenção
terá que ser executada e a drenagem no terreno do vizinho, cabe ver se ele irá aceitar,
geralmente não!!

Para maior eficiência da drenagem quanto mais alto se conseguir levantar esse
filtro, mais eficiente ele será. Exemplo: Tente fazer um filtro de base 40cm por
100cm, ou 150cm, o mais alto que conseguir, para conseguir esse formato retan-
gular, terá que aterrar simultaneamente com a colocação da brita.

EXERCÍCIO 02: O mesmo muro relatado no Exercício 01, de tamanho 10m x 3m, o

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engenheiro/arquiteto, resolveu executar um filtro para a drenagem com 10 metros de comprimento
e com altura 1,8 metros, sendo sua largura de 35 centímetros. Calcule o volume de brita necessária
para executar esse filtro, desconsidere o tubo de PVC, que fica dentro do filtro.

RESOLUÇÃO:
Volume do filtro = base x altura x largura
Volume do filtro = 10m x 1,80m x 0,30m
Volume do filtro = 5,4m3
Volume de pedido comercial: 6m3

EXERCÍCIO 03: Considerando o mesmo muro que está sendo estudado, qual é a
quantidade em metro de manta geotêxtil necessária para cobrir todo o filtro, sabendo que a
manta é vendida por rolo de largura de 2,50m.

RESOLUÇÃO:
Considera-se uma parte de sobreposição da manta, como a altura é 1,8 metros, portanto
pode-se considerar.
Perímetro do retângulo formado do filtro = 1,8 + 0,30 + 1,8 + 0,30 = 4,2m

Quantidade de manta em volta do filtro = Perímetro do filtro + sobreposição


Quantidade de manta em volta do filtro = 4,20m + ( 2 x 0,30 )

Quantidade de manta em volta do filtro = 4,80m ≈ 2x 2,50m = 5,00m

Conclusão: 2 x 10 metros de comprimento do muro = 20 metros de manta geotêxtil.

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A figura 10 reflete bem a situação apresentada até o momento, porém a figura 11 não
mostra a drenagem de uma cortina de contenção, e sim, de um campo de futebol, que poderia ser
também uma drenagem de um terreno para futura construção.

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Figura 11 - Ilustração de drenagem de terreno. Fonte: Boca Santa Ofertas (2018)

As drenagens podem ser executadas em outros locais também, por exemplo, na escavação
de subsolo. Nesse caso, o mais indicado é o uso de ponteiras que farão a coleta da água por meio
de uma bomba, já que o nível está a baixo da escavação, conforme cita Grandis (1998) em livro.

Drenagem sempre deve ser feita, pois ela alivia o peso da cortina de contenção
e quando não for possível sua execução, o projeto deve prever esse adicional de
esforço.

• Fundações Teoria e Prática, 2ª edição, São Paulo, Editora Pini, 1998. O livro traz
algumas informações sobre drenagem de solo, interessante o aluno dar uma olha-
da.

• SALGADO, Julio. Técnicas e Práticas Construtivas para Edificações, trata no capi-


tulo 2, Implantação da obra informações sobre movimentação de solo, drenagem
e outros.

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02
DISCIPLINA:
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I

INÍCIO DA OBRA
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 26
1 - GABARITO E LOCAÇÃO DE OBRAS .................................................................................................................... 27
1.1. GABARITO E LOCAÇÃO DE OBRAS .................................................................................................................. 29
1.2. COTA DE ARRASAMENTO ................................................................................................................................ 32
2 - CONTROLE TECNOLOGICO DE CONCRETO .................................................................................................... 35
2.1. CUIDADOS PARA O DIA DA CONCRETAGEM .................................................................................................. 35
2.2. BAIXO FCK APÓS 28 DIAS ............................................................................................................................... 41

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INTRODUÇÃO
Após ter o terreno escolhido, os projetos elaborados, o terreno aterrado ou tendo
realizado o corte, o muro de arrimo executado, o terreno está pronto para iniciar a obra. Repare
quantas etapas tiveram que chegar até o momento, talvez terá casos que a obra não necessitará de
aterro, estruturas de contenção, e uma simples limpeza já poderá iniciar a obra. Nesse momento,
teoricamente, os projetos já devem estar todos prontos, porém, é comum iniciar a obra com um
estudo de fundação, e projetos arquitetônicos e estruturais incompletos, que é lamentável.

• YAZIGI, Walid. A técnica de Edificar. O livro trata nos capítulos iniciais informa-
ções sobre canteiros de obras, veja e complemente suas informações sobre o
assunto.

• SOUZA, Roberto. Qualidade na Aquisição de Materiais e Execução de Obras, o

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I | UNIDADE 2


livro muitos processos de execução de serviços.

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1 - GABARITO E LOCAÇÃO DE OBRAS


No primeiro momento para começar esse estudo é preciso entender dois conceitos segue
eles:
• Gabarito: quando o aluno inicia um estudo técnico arquitetura/engenharia e o assunto
é “gabarito”, ele imagina que está aprendendo uma palavra nova, na verdade, não é, pois
gabarito, aqui nesse estudo, tem o mesmo significado que o aluno sempre imaginou, que
seria, por exemplo, gabarito de prova: molde para se produzir determinados produtos
iguais, entre outros. O gabarito da engenharia se refere a uma estrutura de madeira com
certas regras, de modo que se possibilite transferir as medidas do projeto para a obra,
sendo feito um molde em escala maior.

• Locação de Obras: executado o gabarito, o molde para a obra será locado, especificado,
e marcado em alguns pontos da obra. Portanto, a locação da obra é transferir, com a ajuda
do gabarito, as medidas do projeto, marcando a localização exata das estacas e os pilares
que irão nascer na obra, conforme o projeto.

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I | UNIDADE 2


Portanto, é possível locar uma obra sem o gabarito? Fazer o gabarito é dar ga-
rantias que tudo irá sair conforme o projetado, dos tamanhos corretos e no local
escolhido no terreno, porém há uma possibilidade de locar uma obra sem usar um
gabarito, utilizando serviços topográficos.

O gabarito é um primeiro elemento do início da obra e, portanto, de grande importância


e responsabilidade, no caso de algo sair errado. Nesse momento, poderá ter um custo muito alto
para concertar.
Para entender a proposta desse estudo, veja a figura 11, em que as tábuas e pontaletes
representam o gabarito e as linhas cruzando o gabarito com suas interseções, visando mostrar a
locação de obra, ou seja, estaca locada.

Figura 1 - Gabarito tipo tábua corrida com a locação de obra. Fonte: Gabarito de Taboas Corridas (2014).

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Existem dois tipos de gabaritos possíveis de se executar em obras, tipo cavaletes (figura
2) e tábua corrida (figura 1).
• Tipo cavalete: atende o mesmo objetivo, porém com menos material e menos
confiabilidade, veja figura 2.

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I | UNIDADE 2


Figura 2 - Gabarito tipo cavalete com a locação de obra. Fonte: Eng. Carlos (2014).

Verifique sempre o nível do terreno para iniciar a execução do gabarito, evitando


que se inicie com um 1,2m de altura e finalize com 0,1m, veja figura 3.

Figura 3 - Gabarito executado sem observar o nível do terreno. Fonte: Gabarito da Obra em Terreno Declive (2018).

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Essa fase da obra é de grande importância ter um engenheiro/arquiteto presente


na obra, pois irá fiscalizar e fazer correções de modo que tudo “nasce” perfeito,
problemas de falha na locação, poderá ocorrer prejuízos na planta baixa; na loca-
ção da obra dentro do terreno; gabarito fora do esquadro, torce a obra, ocasionan-
do enchimentos em paredes; gabarito fora do nível, erra-se cota de estacas/blo-
cos/baldrames; enfim é uma etapa de grandes responsabilidade e que não pode
ser negligenciada pelo profissional.

Para entender a ideia de gabarito de tábua corrida e locação, segue um passo a passo,
estudado por Ambrozewicz (2003) para melhor entendimento de todos e perceber sua relevância.

1.1. Gabarito e Locação de Obras


SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Limpeza do terreno, e este arrasado até as cotas corretas para a execução das fundações;

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✓ Execução de aterro e compactação (se necessário).

MATERIAIS
✓ Ripas, pontaletes e piquetes de madeira;
✓ Areia ou cal;
✓ Pincel ou brocha;
✓ Prego;
✓ Lápis de carpinteiro;
✓ Tinta.

EQUIPAMENTOS - Para Execução do Gabarito


✓ Linha de nylon;
✓ Serra circular;
✓ Martelo;
✓ Marreta;
✓ Trena metálica;
✓ Prumo de centro;
✓ Pincel;
✓ Tintas – duas cores;
✓ Mangueira de nível.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Uniforme;
✓ Capacete;
✓ Calçado de segurança;
✓ Luva, caso haja necessidade.

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PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Execução do Gabarito


✓ Analisar o terreno para definição do local do ponto de partida, provavelmente o projeto
registrará um ponto de partida;
✓ Locar o referencial de nível (RN), em ponto fixo e permanente, e os piquetes de limite
do lote, se necessário;
✓ Definir o alinhamento predial e locar os cantos da edificação a partir dos piquetes de
limite do lote;
✓ Cravar pontaletes de madeira espaçados de no mínimo 1,5m, afastados do contorno da
edificação em distância fixa, se for possível, figura 4.

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Figura 4 – Espaçamento do gabarito em contorno da edificação. Fonte: Ambrozewicz (2003).

✓ Pregar as tábuas nos pontaletes cercando a obra - gabarito de tábua corrida;


✓ Executar o alinhamento e travamento do gabarito (mão francesa se necessitar) em
todos os pontaletes;
✓ Verificar o esquadro do gabarito com o método de triangulação 3, 4, 5 marcando-se os
pontos e definindo estes como alinhamentos iniciais;
✓ Executar o gabarito no nível, e quando o terreno tiver taludes, executar em nível em
degraus, solução que poderia ser dada na figura 3.

LOCAÇÃO DE ESTACAS E PILARES


✓ Locar o ponto zero no gabarito para, a partir deste, demarcar os pontos no gabarito,
geralmente estacas e pilares;
✓ Existem duas formas de se fazer, cotas acumuladas ou por uma tabela como um eixo
cartesiano X e Y.
✓ Nunca usar trenas de material elástico, plástico e outros, essas não têm precisão na
medida, podendo apresentar erros, use sempre trenas metálicas de comprimento que
pegue toda a extensão do gabarito.
✓ Marcar os eixos das estacas/pilares no gabarito anotando o número da estaca/pilar com
tinta (sugestão marcar pilares e estacas com cores diferentes) e evidenciando-o com um
prego;

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✓ Para a locação de uma estaca/pilar: cruzar linhas de nylon nos dois sentidos do eixo da
estaca/pilar, localizando-o com um prumo de centro, e cravando um piquete de madeira
destacado com areia/cal;
✓ Não tem sentido cravar um piquete de madeira para marcar os pilares, somente as
estacas, afinal o pilar “nasce” em cima de um bloco de concreto.
✓ Tendo como base a marcação dos pilares, tem-se bloco e vigas baldrames.

EXERCÍCIO 04: Quantifique a quantidade de madeira (tábua e pontaletes, não é


necessária mão francesas) necessária para fazer um gabarito com o tamanho de 20m x 30m.

RESOLUÇÃO:
Perímetro: 20m + 30m + 20m + 30m = 100m
Cálculo da quantidade de tábuas:

Cálculo de quantidade de pontaletes (caibro de 5x5cm de altura 1,5m) a cada 1,50m:

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Total = 57 unidades de pontaletes

EXERCÍCIO 05: Se considerar a situação esquemática como uma locação de obra,


apresente:

a) Use a própria situação esquemática e mostre um projeto de locação de obras por cotas
acumuladas

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RESOLUÇÃO:

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Os números apresentados na cor laranja representam a resolução do exercício,
particularmente este autor prefere cotas acumuladas do que tabela de sistema cartesiano, pois
isso facilita ao olhar o projeto já está vendo a cota e o ponto de interesse.

b) Utilizando a situação esquemática monte o quadro de sistema cartesiano.

RESOLUÇÃO:

Elementos X (cm) Y (cm)


P1 2 2
E1 2 1
E2 2 3
P2 7 4
E3 6 3
E4 6 5
E5 8 3
E6 8 5

1.2. Cota de Arrasamento


A cota de arrasamento é uma informação importantíssima que somente com o gabarito
nivelado pode fornecer, essa cota significa onde que a fundação termina e começa o bloco de
concreto, caso dê algo errado nessas medidas pode não ter uma solução trivial.
O terreno muitas vezes não está 100% nivelado figura 3, e isso pode dar uma diferença que
será crucial para sua construção, por esse motivo que o gabarito deve estar no nível, a referência
sempre será o gabarito.

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O engenheiro ou arquiteto terá que fazer uma referência de nível, por exemplo, o nível do
alinhamento predial, a partir desse ponto, verifica qual é a altura em relação ao gabarito até a cota
que deverá parar a estaca, figura 5.

Figura 5 - Gabarito e cota de arrasamento. Fonte: Faculdade de Tecnologia (2018)

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EXERCÍCIO 06: O projeto a seguir mostra uma planta de forma de uma estrutura, blocos
e baldrames. Supondo que o baldrame ficará apoiado em cima do solo e nesse mesmo ponto de
referência o gabarito ficará a 1,50m do solo, responda:

a) Qual é a cota de arrasamento das estacas E1, E2 e E3?


b) Qual é a cota de cima do bloco?
c) Qual é a cota em cima do baldrame?

RESOLUÇÃO: Primeiro passo para resolver a questão é montar um croqui de um corte


para se entender a situação.

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Feito isso fica fácil, responder as questões.

a) Cota de arrasamento da estaca E1 = 1,50m + 1,25m = 2,75m


Cota de arrasamento da estaca E2 = 1,50m + 0,00m = 1,50m
Cota de arrasamento da estaca E3 = 1,50m + 0,90m = 2,40m
b) Cota de cima do bloco = 1,50 m
c) Cota de cima do baldrame = 1,20m

Ao errar uma cota de arrasamento de uma estaca, ou por erro de cálculo, ou por erro de
nivelamento do gabarito, pode ocorrer duas situações:

1ª situação: a estaca ficar curta, não chegar até a base do bloco de fundação. A solução é
completar a estaca de concreto até a cota desejada.

2ª situação: a estaca ficar comprida e extrapolar o bloco de fundação. A solução é cortar


a estaca até a cota desejada, figura 6.

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Figura 6 - Corte de estacas que ultrapassaram a cota de arrasamento. Fonte: Google Images (2018).

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2 - CONTROLE TECNOLOGICO DE CONCRETO


Nesse capítulo, será estudado como receber na obra uns dos produtos mais importantes
e complicados de se avaliar sua qualidade, o concreto – que será recebido na obra com alguns
requisitos de controle de qualidade, porém não se terá a certeza se o que está sendo recebido
tenha a resistência necessária conforme pede o projeto. Será estudado nesse momento como
deve-se receber um concreto em obra, visando tentar evitar alguns problemas futuros.

2.1. Cuidados para o Dia da Concretagem


Segue um passo a passo o procedimento de recebimento e aplicação do concreto:

CONTROLE TECNOLOGICO DO CONCRETO

SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Verificar se a peça que irá ser concretada se a forma está travada com o aço correto;
✓ Preparar local para colocação dos Corpos de Prova de concreto;

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✓ Pedir o concreto com antecedência, para não perder a data desejada;
✓ No dia da concretagem reservar bem cedo em frente da obra para estacionar bomba de
concreto e caminhões;
✓ Ter na obra um saco de cimento para lubrificar a tubulação da bomba, caso for usar
concreto bombeável;
✓ Acionar a empresa que irá fornecer os moldes de corpo de prova, fazer a entrega;
✓ Verificar o acesso desse concreto dentro da obra e qual sequência que serão concretados
primeiro.

MATERIAIS
✓ 01 saco de cimento para lubrificar a tubulação;
✓ Concreto usinado.

EQUIPAMENTOS - Para Execução dos Ensaios de Recebimento


✓ Molde de corpo de prova;
✓ Tronco de cone para ensaio de Slump Test;
✓ Trena metálica;

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Uniforme;
✓ Capacete;
✓ Calçado de segurança;
✓ Luva de borracha.

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PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Execução do Recebimento do Concreto


✓ Assim que chegar o caminhão de concreto na obra deverá o responsável pelo recebimento
ir recepcioná-lo, pedindo a nota fiscal.
✓ A nota fiscal terá algumas informações importantes, como lacre, fck do concreto, hora
que saiu da concreteira e quantidade pedida.
✓ O número do lacre deve ser conferido com a nota fiscal e o número do lacre existente
na calha de concreto. Esse lacre conferido garante que a quantidade de concreto é a mesma
que saiu da concreteira, e caso não tenha ou se o número não seja o mesmo (figura 7),
deve ser comunicado a concreteira.

Figura 7 - Lacre não confere com a nota fiscal. Fonte: o autor TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I | UNIDADE 2

✓ O fck é uma medida que reflete a resistência do concreto dada em Mpa, quanto maior
o número, maior a resistência do concreto. A nota fiscal deve apresentar o mesmo fck
do projeto, garantindo a mesma resistência de projeto. Caso a nota fiscal apresente fck
diferente deverá ser comunicado a concreteira, e verificar se é um erro de impressão
ou de produção, caso seja de produção o concreto deve ser recusado. Exemplo: Fck do
concreto = 30 Mpa
✓ A hora que o caminhão saiu da concreteira, considera como sendo a hora que o concreto
foi finalizado a sua produção. O concreto ele tem um tempo para ser lançado na peça
(viga, pilar, laje, ...) ultrapassado esse tempo não deve ser utilizado, e deve ser devolvido
ao fornecedor. O tempo máximo exigido por norma é de 2,5horas após sua produção,
após esse tempo o concreto começa a endurecer, quimicamente falando, e precisa ficar
parado, e caso continue seu lançamento, ao mexê-lo, quebra as resistências.

WWW.UNINGA.BR 36
ENSINO A DISTÂNCIA

✓ Quantidade pedida, é clássico tudo que for comprar deve ser verificado sua quantidade,
mas como verificar a quantidade do concreto? A verificação é feita pela nota fiscal, e
confiar que a concreteira estará te vendendo a quantidade que foi solicitada. No entanto
alguns elementos estruturais podem ser verificados o volume facilmente, tipo, estacas,
blocos de fundação, vigas, pilares, etc., as lajes são mais difíceis de fazer essa conferência.
✓ Nessa primeira etapa se os dados da nota fiscal conferem, passa-se para uma segunda
etapa, ensaio de recebimentos – Slump Test.
✓ O ensaio de Slump Test tem como função “medir” a quantidade do fator água/cimento
existente no concreto, ou seja, quanto mais água, mais fluido e menos resistência terá o
concreto.
✓ O ensaio consiste em colocar 3 camadas de concreto em um troco de cone e fazer
25 golpes com uma haste lisa, a cada camada. Ao finalizar retira-se o tronco de cone,
devagarinho e se mede o quanto o concreto desceu, figura 8. Esse valor deve ser conferido
com a nota fiscal, tipo 10 ± 2, ou seja, o valor do abatimento do tronco de cone do concreto
pode ser no máximo 12cm, se ficar menor do que isso não tem problema, por exemplo,
6 cm.

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Figura 8 - Verificação do ensaio do Slump Test. Fonte: Clube do Concreto (2010)

✓ O concreto que foi utilizado nesse ensaio, volta para o caminhão para ser utilizado.
✓ Caso o abatimento do Slump Test der maior do que o limite especificado na nota fiscal,
recomenda-se misturar novamente o concreto e fazer um novo ensaio para confirmação,
após isso se confirmar o Slump Test maior do que está na nota fiscal, recuse o caminhão.
✓ Após todas essas verificações inicia-se o descarregamento do concreto, ao atingir 1/3
até 2/3 (no meio do caminhão) do concreto, se faz a moldagem do corpo de prova.
✓ Deve-se moldar no mínimo 2 corpos de prova por caminhão betoneira. Esse corpo
de prova será realizado testes de compressão, ou seja, será rompido aos 28 dias e por
norma deverá atingir a resistência de nota fiscal, que obrigatoriamente deverá ser igual
ou superior ao especificado no projeto.
✓ Deve-se moldar no mínimo 2 corpos por betoneira para garantir o resultado. O
resultado adotado sempre será o maior entre os dois corpos de prova.
✓ O corpo de prova deverá ser colocado em local com sombra ou com alguma proteção
de modo que sol ou chuva não atinja diretamente nele, deve ser colocado em um lugar
que não necessite deslocamento durante o dia da moldagem, evitando danificá-lo.
✓ O corpo de prova deve ser adicionado uma etiqueta (figura 9) identificando pelo número
da nota fiscal e data, para assim ser rompido aos 28 dias. Este autor recomenda também
que seja escrito nessa etiqueta o nome da obra, por precaução e evitar a possibilidade de
extravios durante o rompimento.

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Figura 9 - Corpo de prova de concreto com etiquetas de identificação. Fonte: Desconhecida

✓ Essa identificação será utilizada em uma planilha com todas as informações de cada

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caminhão e o mais importante relativa a estrutura que foi concretada ou parte da estrutura
que foi concretada.
✓ A rastreabilidade do concreto se resume em identificar o corpo de prova e a estrutura
que foi concretada (exemplo laje 4 pavimento tipo), veja a figura 10, que mostra cores
identificando cada caminhão e os números, seriam as notas fiscais.

Figura 10 - Rastreabilidade do concreto em uma laje. Fonte: Equipe de Obra (2011).

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✓ O controle tecnológico de concreto vai muito além do que esses passos, mas esses
são os que o engenheiro/arquiteto é obrigatório seu conhecimento para identificar
problemas que possam causar um falso laudo (uma resistência falsa, devido de um mau
procedimento) ou um concreto ruim que possa danificar a estrutura.
✓ Deve ser anotado no mapeamento do concreto, data da concretagem, número do
pavimento que será concretado (conforme o projeto arquitetônico), nome da obra
e é claro como já foi informado número da nota fiscal a cada caminhão, todas essas
informações visam facilitar a busca e compreensão.

O texto afirma que o resultado oficial do rompimento entre os dois corpos de pro-
va deve ser o de maior resistência, não o de menor resistência “a favor a seguran-
ça”. Isso ficou claro? Isso é lógico?

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O resultado adotado sempre será o maior, pois o traço (receita do concreto) em
um caminhão é o mesmo, e portanto, deve dar a mesma resistência o concreto,
porém, se aconteceu algo, foi portanto, para diminuir a resistência, nunca será
para aumentar, pois o que aumenta a resistência é maior quantidade de cimento.
Em geral não tem como aumentar a resistência do concreto a não ser se for com
adição de cimento no traço, figura 11.

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Figura 11 - Todos os fatores que prejudicam o concreto. Fonte: Téchne (2009).

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2.2. Baixo Fck Após 28 Dias


O concreto é um produto muito diferente dos demais produtos da construção civil.
Quando um produto apresenta defeito, o consumidor pode devolver ao fornecedor, e no caso
do concreto, como devolver uma estrutura de concreto que seu fck não passou na resistência
mínima exigida?
Nesse caso, deve seguir as seguintes sugestões:

1- Assim que o engenheiro/arquiteto for comunicado do laudo e esse apresentar resistência


inferior ao de projeto, informar imediatamente o projetista e a concreteira.

2- Os projetos, pelo cálculo, podem estar especificando resistência do tipo 26 Mpa, 33


Mpa, mas os pedidos de concreto são fck de 5 em 5 Mpa, ou seja, fck 25 Mpa, fck 30 Mpa,
fck 35 Mpa, apresentado aí uma pequena folga.

3- Caso na obra foi moldado 03 corpos de prova, se faz rompimento de 02 deles aos 28
dias, e último aos 61 dias para verificar se após esse período já se atingiu a resistência
desejada, resistência de projeto. Essa resistência aumenta em torno de uns 10% dos 28
dias até 61 dias. Segundo as normas de concreto se atingir, tudo certo, sem problemas,

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caso não atinja terá que fazer outros ensaios para verificar a real resistência da estrutura.

O concreto deve atingir a resistência de projeto aos 28 dias, é o que ficou combi-
nado entre concreteira x construtora; aos 61 dias é apenas para garantir se o con-
creto atingiu a resistência especificada não colocando risco a estrutura. Portanto,
se faltou aos 28 dias 5 Mpa, a concreteira te deve esse reembolso.

4- Existe um ensaio que se denomina de “não-destrutivo” e pode identificar a resistência


real da peça concretada, sem ter que romper parte da estrutura de concreto. Esse ensaio
chama-se de Esclerômetria (figura 12), que é feita por um equipamento conhecido
por Esclerômetro, que consiste em um pino de metal que dispara contra a estrutura
de concreto, e pelo princípio da “ação e reação”, a volta do pino bate no equipamento
e registra uma força, relacionada em um ábaco que revela a resistência da estrutura de
concreto.

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Figura 12 - Uso de esclerômetro. Fonte: Proceq (2018)

5- Caso a esclerometria não passe, de modo que realmente se verificou uma resistência

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menor do que ao do projeto, pode se fazer a última tentativa para ter certeza da real
situação, um ensaio destrutivo, que é a extração de testemunhos de corpos de prova. Com
um equipamento semelhante a uma serra copo, figura 13, mas que corta concreto e aço,
de modo que faz uma extração de um corpo de prova com o mesmo formato, que nesse
momento estará se chamando de testemunho.
Ele irá retratar o concreto real que está na estrutura, essa é a grande vantagem do método,
porém ele tem uma péssima vantagem, foi feito um furo na estrutura.

Figura 13 - Extração de Testemunho. Fonte: Avaliações e Perícias (2018).

6- Caso se comprove que a resistência não passou e que a estrutura ficará comprometida,
a concreteira será acionada para fazer os reforços estruturais necessários.

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03
DISCIPLINA:
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I

FUNDAÇÕES
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 44
1 - FUNDAÇÕES RASAS ........................................................................................................................................... 46
1.1. SAPATA ISOLADA ............................................................................................................................................... 46
1.1.1. SAPATA ISOLADA ............................................................................................................................................ 47
1.1.2. BULBOS DE TENSÕES .................................................................................................................................... 51
1.2. RADIER ............................................................................................................................................................... 53
1.3. SAPATA CORRIDA ............................................................................................................................................. 54
2 - FUNDAÇÕES PROFUNDAS ................................................................................................................................ 54
2.1. ESTACA CRAVADA ............................................................................................................................................. 55
2.1.1. ESTACA CRAVADA .......................................................................................................................................... 55
2.2. ESTACA ESCAVADA MOLDADA IN LOCO ........................................................................................................ 59
2.3. CONCRETAGEM DAS ESTACAS ...................................................................................................................... 60
2.4. HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA ................................................................................................................. 61

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INTRODUÇÃO
Para iniciar esse estudo, o aluno deve ter bem claro o significado de fundações ou
infraestrutura, que são elementos que têm por finalidade transmitir as cargas de uma edificação
para as camadas resistentes do solo sem provocar ruptura do terreno de fundação. A fundação
representa um valor de em torno de 5% do valor global da obra e podem ser divididas em rasas
(diretas) ou profundas (indiretas) que será o estudo dessa unidade.
O “funcionamento” de uma fundação rasa ou profunda, ocorre conforme a figura 1
retrata.

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Figura 1 - Diferenças entre fundações rasas x profundas. Fonte: ConstruFácilRj (2018).

O que faz a construção ficar “em pé” são basicamente duas forças da fundação, Resistência
de ponta/base e Resistência lateral. Em teoria, uma fundação profunda possui alta resistência
lateral e zero de resistência de ponta, já em uma fundação rasa, há zero de resistência lateral e alta
resistência de base, conforme pode se perceber na figura 1.

Existem ainda em fundações profundas, em que os tubulões possuem além da re-


sistência lateral, uma resistência de ponta devido “uma sapata”, que é executada
em sua extremidade, figura 2.

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Figura 2 - Tubulão, mostrando detalhe de sua base. Fonte: Engenharia Concreta (2017).

• YAZIGI, Walid, em seu livro A Técnica de Edificar, apresenta no capítulo 5 toda a


parte de solos, fundações rasas e profundas, é importante que o aluno faça leitura
desse texto.

• Construção Passo a Passo volume 2 trata de processos da construção para o


aluno entender como funciona cada etapa de construção.

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1 - FUNDAÇÕES RASAS
As fundações rasas podem ser de dois tipos principais, sapata (podendo ser ainda sapata
corrida, associada, isolada e alavancada) e radier.

1.1. Sapata Isolada


A sapata, por ser uma estrutura de concreto apoiada praticamente na superfície do solo
para sua execução, deve retirar uma camada do solo da superfície, que muitas vezes esse mais
fraco e com resíduos de matéria orgânica.
Em muitas situações, é escavado em torno de um metro de profundidade, para conseguir
o nível que se deseja da rua.
Para iniciar uma fundação tipo sapata deve-se tomar os seguintes cuidados:

✓ Limpeza da base da sapata, deixando nivelada, retirando solo souto na base.


✓ Distância mínima entre uma sapata e outra, as tensões que as sapatas transmitem à
estrutura, e consequentemente, ao solo pode provocar o colapso.

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✓ Caso chova e entre solo/lama na sapata, sem concreto ainda, é preciso fazer uma limpeza.
Muitas vezes terá que ser desmontada toda a armadura para poder feito a limpeza. A
armadura de uma sapata apresenta uma bitola de aço em torno de 12,50mm até 20mm
variando em dimensões quadradas de 2,5m até 4m, portanto, retirar uma armadura dessa
sem desmontar é impossível, devido seu peso.
✓ Utilizar concreto magro para regularizar a base e garantir que a armadura da sapata
não vai ter contato com solo. Concreto magro é um produto de baixa resistência (baixa
quantidade de cimento), ele tem a função somente de proteger a base da sapata, ele é
aplicado uma camada de 5 a 10cm e deverá ser nivelado.
✓ Atualmente, não se executa o concreto magro, devido às dificuldades de logística dessa
fase da obra, imagina ter que pedir dois tipos de concreto em uma obra que está na
fundação e caso venha a chover poderá encher de lama e solo a sapata que ainda não foi
concretada? Por esse motivo, na prática, se deixa no fundo da sapata uns ±7cm de folga
(que seria o concreto magro) e se coloca brita e concreta tudo com um único concreto.

A figura 3 mostra uma sapata com todos os elementos, para melhor entendimento, mostra
ainda as possibilidades de formato, no entanto, a mais comum é a quadrada e retangular.

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Figura 3 - Imagem de um perfil de sapata de modo ilustrar a situação. Fonte: Slider Player (2018).

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Para melhor entendimento, segue o procedimento passo a passo da execução de sapata
isolada.

1.1.1. Sapata Isolada


SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Locação da obra.

MATERIAIS
✓ Prego;
✓ Madeira para caixaria;
✓ Brita;
✓ Tábua de pinos;
✓ Cimento para lubrificar tubulação de bomba;
✓ Aço;
✓ Concreto.

EQUIPAMENTOS - Para execução da sapata isolada


✓ Retroescavadeira;
✓ Caminhão basculante;
✓ Prumo de centro;
✓ Martelo;
✓ Serra circular de mão;
✓ Serra circular de bancada;
✓ Linha de nylon;
✓ Enxada;
✓ Trena.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Uniforme;
✓ Capacete;
✓ Calçado de segurança;
✓ Luvas, caso haja necessidade.

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Sapatas isoladas


✓ Cava-se a dimensão da sapata no local especificado, conforme o projeto e a locação,
podendo ser uma escavação manual ou mecanizada, lembrando que terá que ser maior
do que a dimensão da sapata, tendo espaço para montar as formas e sua base deverá ser
nivelada, figura 4.

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Figura 4 - Vista em planta / Vista em corte – da execução escavação de uma sapata. Fonte: Google Images (2018).

✓ Caso se queria executar o concreto magro é o momento, lembrando que a base deverá
ser nivelada.
✓ Estica as linhas da locação, e em cada interseção da linha x caixaria, com um prumo
de centro e utilizando metade da distância da largura da sapata, será locada uma de suas
extremidades da caixaria da sapata, figura 5.

Figura 5 - Vista em planta/ Vista em corte – da execução da forma de uma sapata. Fonte: Google Images (2018).

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✓ Em algumas situações, é feito a concretagem sem as formas, utilizando o próprio


solo, porém não se recomenda, por aumentar o consumo de concreto e correr riscos durante a
concretagem desmoronar o solo dentro do concreto fresco.
✓ Monta-se a armadura, lembrando do cobrimento mínimo do concreto deve ter para
proteger o aço da sapata.
✓ Estica as linhas da locação e locar o pilar (essa armadura do pilar é conhecida como
arranque do pilar) que irá nascer no centro da sapata, figura 6.

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Figura 6 - Vista em planta / Vista em corte – da execução da armadura de uma sapata com o arranque do pilar.
Fonte: Google Images (2018).

Entende porque não tem necessidade de colocar piquete de locação dos pilares?
O Pilar irá nascer agora, dentro de uma sapata, de um radier, ou de um bloco.

✓ Muita atenção na hora de locar a sapata, pois se ela for no formato retangular, atentar
para ela não ficar rotacionada em relação ao que exige o projeto.
✓ Muita atenção nesse momento de colocar o “arranque de pilar”, deve ser re-conferido
antes da concretagem, é muito comum se colocar o pilar rotacionado ao que se pede no
projeto, tendo problemas de estrangulamento de garagens ou ambiente ou portas.
✓ Concreta-se a sapata fazendo um tronco de pirâmide, e o pilar até a interseção do
baldrame, sempre utilizando a referência da locação, centro da sapata, centro do pilar.

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Figura 7 - Vista em planta / Vista em corte – da execução de uma sapata com o pilar. Fonte: o autor.

✓ Faça a desforma e aterre a sapata, finalizando os trabalhos.

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Quando for concretar peças grandes, por exemplo, sapatas, radier, blocos de fun-
dações, pisos use um Slump Test 8±2cm para executar o tronco de pirâmide da
sapata, concreto mais firme é melhor para execução. Caso for utilizar bomba, o
Slump Test mínimo é 10±2cm.

EXERCÍCIO 07: Calcule a quantidade de concreto da sapata da figura 8, considerando:


Medida (a): 4m
Medida (ao): 40cm
Medida (b): 2m
Medida (bo) 20cm
Medida (ho): 40cm
Medida (h): 90cm

Figura 8 - Projeto de sapata. Fonte: Google Images (2018).

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RESOLUÇÃO: O cálculo do volume de concreto é dado pela fórmula do tronco de


pirâmide, segue:

Onde:
AB: Área da base Maior
Ab: Área da base menor

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V= 2,67 m3
Volume comercial = 3,0 m3
Obs.: nesse cálculo foi considerado a sapata de projeto, mas nem sempre na obra essas
medidas conferem, principalmente quando são estruturas em contado com o solo, e outro
detalhe, no cálculo não foi considerado o concreto magro, caso queira utilizar o mesmo concreto
da sapata terá que aumentar o ho e o h, 5cm conforme mostra no projeto.

1.1.2. Bulbos de tensões


Toda superfície que apoia no solo gera um esforço, uma tensão, que tem que ser estudada
para evitar problemas após obra finalizada. As grandes preocupações são basicamente duas
situações:

1- Bulbos de tensões sobrepostos: Esse caso ocorre quando uma estrutura de fundação,
no caso, duas ou mais sapatas muito próximas e elas resultam sobreposição tensões,
ocasionando sobrecarga no solo, podendo entrar em colapso, figura 9.

Figura 9 - Bulbos de tensões sobrepostos. Fonte: o autor.

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2- Bulbos de tensões em camadas de solo de baixa resistência: Pode ocorrer quando não
se faz a sondagem do terreno, e se verifica-se que pela superfície e pela região que o solo
possui resistência suficiente para se executar sapatas, no entanto o solo apresenta uma
camada muito fraca em alguns metros abaixo, figura 10.

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Figura 10 - Bulbos de tensões em solos “aparentemente” resistentes. Fonte: Autor

Existem outras situações de fundações rasas que são variações dessas que seria
a sapata alavanca e a sapata associada, figura 11.

Figura 11 - Sapata Alavancada e Sapata Associada, respectivamente. Fonte: Tudo sobre Enge-
nharia (2018).

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1.2. Radier
Radier não muda muito em relação de uma sapata, a diferença é que em uma sapata tem-
se 1 pilar nascendo, já em um radier tem-se vários pilares e ele tem formato de uma placa, figura
12.

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Figura 12 - Exemplo de radier. Fonte: A arte de engenhar (2016).

Fundação muito utilizada em casas, e podem ser utilizadas também prédios, em algumas
situações, a principal delas é a resistência do solo. A execução de um radier é muito simples, se
nivela o terreno, fazendo um corte, nunca faça aterro nesse tipo de fundação e se executa a “laje”
apoiada sobre o solo.
Quando se executa um radier de casa ou para prédios, geralmente o prédio terá
apartamento térreo (moradia popular), nesse caso terá que se passar todas as tubulações/
eletrodutos necessários como por exemplo de água pluvial, esgoto, ..., uma vez executado não é
aconselhado que se cortar o radier para passagens de tubulação, isso pode trincá-lo.
Os radier possuem espessuras mais variadas possíveis dependo da carga, em uma casa em
torno de 20 cm, porém para prédio, 40, 50cm (ou mais) de altura.
Em uma fundação pode-se ter pequenos radiers junto com as sapatas, pois caso ocorra
de duas ou mais sapatas ficarem muito próximas e for verificado que os bulbos de tensões estão
atrapalhando uma com as outras, o que se faz é unir as sapatas, ou seja, cria-se um radier.
Toda fundação rasa começa com sapatas, e caso necessário uni as sapatas, se cria radiers.

EXERCÍCIO 08: Um radier terá que ser executado para construção de uma casa, no
tamanho de 9m x 7m, e com espessura de 25cm. Qual volume de concreto deverá ser pedido
na concreteira? Considerar 3cm de concreto magro e concreto bombeável (uso de bomba para
lançamento).

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RESOLUÇÃO:
Volume de concreto = lado x lado x altura
V = 9m x 7m x 0,28m ▶ Importante: todas as medidas em metros.
V = 17,64 m3
Volume retido na bomba = 0,5 m3
Volume total: 18,14m3
Volume do pedido: 18,50m3 ▶ A concreteira só faz pedidos de 0,5m3 em 0,50m3.

1.3. Sapata Corrida


Existem outras fundações rasas menos usuais ou que são utilizadas em estrutura
específicas, por exemplo, sapata corrida.
Uma sapata corrida é um radier que umas das direções é muito maior do que as demais,
é uma “grande laje” retangular, figura 13. Uma das grandes aplicações é a realização de muros de
arrimo, no qual a base será (sapata corrida) dará sustentação ao muro.

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Figura 13 - Sapata corrida. Fonte: Desconhecida

Outra possibilidade de aplicação é em casas, mas percebe-se ser inviável, já que seria
muito mais prático e rápida a execução um radier em toda superfície.

2 - FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Existem vários tipos de execução de estacas de fundações profundas, segue algumas
dessas estacas, Escavada, Franki, Strauss, Raiz, Hélice contínua, Pré-moldada, entre outras. A
utilização de estacas poderá ser utilizada conforme determinação do projetista, ou devido ao
ensaio SPT, ou até mesmo por uma padronização da região que utiliza maciçamente um tipo de
estaca, por exemplo, em Maringá/PR praticamente predomina estaca escavada.

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É possível utilizar uma fundação profunda com uma fundação rasa no mesmo
projeto? Não, pois esses dois tipos de fundação trabalham diferentes, e isso pro-
vocará recalque na obra e consequentemente trincas.

GRANDIS, Ivan. Fundações Teoria e Prática. possui um capítulo que retrata vários
tipos de estacas para fundação é importante uma leitura para conhecimento.

É possível utilizar fundação rasa em um terreno que foi aterrado? Não, pois isso

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gerará recalque na construção, deverá em situações de aterro utilizar sempre fun-
dações profundas e o comprimento da estaca no aterro deverá ser desprezado.

2.1. Estaca Cravada


Muito bom sistema, porém, todos os tipos de estacas cravadas, seja ela de concreto, aço e
madeira, geram vibrações e por esse motivo está cada vez mais proibida nas cidades. Apesar dessa
desvantagem é muito utilizado ainda, em cidades menores, obras de infra-estrutura, entre outras.
Melhor esclarecimento segue o passo a passo do procedimento de execução, segundo
Ambrozewicz (2003).

2.1.1. Estaca Cravada


SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Locação da obra.

MATERIAIS
✓ Estacas pré-moldadas de concreto;

EQUIPAMENTOS - Para Cravação das Estacas


✓ Bate-estaca;
✓ Torre guia;
✓ Cabo de aço;
✓ Martelo hidráulico;
✓ Computador de monitoração;
✓ Capacete de estaca;
✓ Anel metálico;
✓ Cavalete metálico.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Capacete;
✓ Luva de raspa;
✓ Bota;
✓ Protetor auricular;
✓ Uniforme;
✓ Calçado de segurança.

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Cravação de Estacas Pré-Moldadas


✓ Fazer locação da estaca a ser cravada e providenciar deslocamento do bate-estacas
(com peso adequado à seção da estaca a ser cravada) até o local de cravação;
✓ Posicionar o bate-estacas no local da cravação e aprumar a torre;
✓ Colocar o coxim de madeira no local de contato entre o martelo hidráulico e à estaca
(capacete) para a absorção do impacto, figura 14;

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Figura 14 - Colocação do coxim de madeira no bate-estaca. Fonte: Ambrozewicz (2003).

✓ Içar a estaca até a torre colocando-a na posição vertical a ser cravada;


✓ Proceder ao início da cravação lançando os seguintes dados no equipamento de
monitoração eletrônica da cravação ou processo similar localizado dentro da cabine do
bate-estaca: número da estaca, comprimento, peso do martelo e seção da estaca;
✓ Fazer o controle da cravação das estacas pelas negas e repiques colocando o papel de
“controle de cravação” na estaca e marcando-o com o auxílio de um cavalete metálico,
figura 15;

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Figura 15 - Controle de cravação. Fonte: Ambrozewicz (2003).

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✓ Controlar o número de golpes a cada 0,5m e cravar a estaca até obter a nega e repiques
previsto no boletim;
✓ Repetir o mesmo processo para as demais estacas;
✓ Caso a cota de arrasamento estiver abaixo da cota do plano de cravação pode-se utilizar
um complemento adicional denominado suplemento.

O termo “nega” se aplica a seguinte situação, quando o bate estaca não consegue
dar mais profundidade, pois já chegou em seu limite de resistência do solo.

Caso não chegou na cota desejada e a estaca já atingiu a “nega”, é possível insistir
com o bate estaca? Não, pois isso poderá romper a estaca.

Como se sabe que o solo é resistente suficiente ou é apenas uma pedra no meio
do caminho da estaca? Esse que é um grande problema, não se sabe!! Por esse
motivo que é importante o ensaio de SPT.

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As vantagens da estaca cravada, seja pré-moldada, aço ou madeira são: podem trabalhar
abaixo no lençol freático; e qualidade da estaca já se conhece, diferente da moldada in loco que
a qualidade do concreto só irá ter conhecimento depois de 28 dias. As desvantagens da estaca
cravada são: vibrações; e estacas cravadas pela metade devido a impossibilidade de cravação,
transformando em um canteiro de “postes”, todas descartadas após o corte e pagas pela construtora,
figura 16.

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Figura 16 - Canteiro de “postes” de estacas. Fonte: o autor.

As estacas metálicas em sua cravação possui muito menos vibrações, podendo


ser utilizadas nas cidades, porém seu custo é mais alto que acaba inviabilizan-
do em relação as outras possibilidades de mercado e possuem uma outra gran-
de vantagem, que é a utilização em locais que existem esforços horizontais, por
exemplo, construir ao lado de um corte de solo, em viadutos, e outros.

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2.2. Estaca Escavada Moldada in loco


Esse tipo de estaca possui algumas características próprias para a execução, por exemplo,
o solo tem que ser espesso e homogêneo. Não pode apresentar pedregulho, pequenas rochas, pois
senão, não será possível sua perfuração e à estaca deve estar acima do lençol freático. Para melhor
esclarecimento segue o procedimento de execução.

ESTACA ESCAVADA MOLDADA “in loco”

SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Locação da obra.

MATERIAIS
✓ Areia;
✓ Aço;
✓ Concreto;
✓ Saco de cimento para lubrificação da bomba.

EQUIPAMENTOS - Para Escavação das Estacas

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✓ Equipamento de Escavação;
✓ Linha de nylon;
✓ Trena.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Capacete;
✓ Luva de raspa;
✓ Bota;
✓ Protetor auricular;
✓ Uniforme;
✓ Calçado de segurança.

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Escavação de Estacas Moldada “in loco”


✓ Fazer locação da estaca a ser escavada e providenciar deslocamento do equipamento
até o local de escavação;
✓ Inicia a perfuração da estaca e a cada retirada do trado de perfuração, figura 17,
funcionários retiram o solo escavado pela estaca, evitando que ela caia novamente na
escavação.

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Figura 17 - Execução de estaca escavada. Fonte: Cotral, (2008).

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✓ Alguns equipamentos já fazem a medida da profundidade que a estaca atingiu, caso
não seja possível via equipamento, terá que medido via trena.
✓ Finalizando a profundidade de projeto, inicia-se uma nova estaca.

2.3. Concretagem das Estacas


✓ Recomenda-se concretar a estaca o mais rápido possível, por motivos de chuva,
podendo encher a escavação de lama e após 3 a 5 dias a escavação devido as tensões do
solo começam a se fechar.
✓ Ao iniciar a concretagem, deverá, na obra, ter na obra uma chapa compensada ou
um “funil” para facilitar a concretagem e evitar que o concreto bata na lateral da estaca
escavada, figura 18.

Figura 18 - Utilização de suporte para. Fonte: Escavação de tubulão a céu aberto (2018).

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✓ Deve-se ficar atento em qual momento deverá ser colocado a armadura longitudinal
na estaca.
✓ Nesse momento, também deve-se ficar atendo a cota de arrasamento da estaca. Tanto
a armadura como o concreto essa cota é obtida em obra pelo gabarito, por essa razão que
o gabarito deve estar no nível.
✓ Identificado a cota do concreto, cessa a concretagem da estaca, e acrescenta uma
camada de areia sobre a estaca, afim de facilitar a limpeza quando for executar os blocos
de fundações.

Sabia que a responsabilidade, caso alguém caia em uma estaca, que foi escavada,
é do engenheiro/arquiteto executor da obra? Por esse motivo, mantenha sempre
a obra fechada, as escavações fechadas com tábuas ou chapas compensadas e
procure agendar com a concreteira entrega de concreto todos os finais de dia.

Pode-se verificar as seguintes vantagens da estaca escavada: sistema rápido, podendo ser

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executada em solos espessos e não apresenta sem vibração, e consequentemente, não causa danos
aos vizinhos. As estacas escavadas apresentam as seguintes desvantagens: pode ter mistura com
solo, caso tenha desbarrancamentos; tem que ser concretada o mais rápido possível; caso chova,
terá que fazer limpeza da estaca com o equipamento e não pode ser executada abaixo do lençol
freático.

2.4. Hélice Contínua Monitorada


Hélice contínua é um processo mais desenvolvido, talvez tipo de estaca mais novo, e o
nome de “contínua” se refere a escavação e a concretagem simultaneamente. Segue o procedimento
de execução.

HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA

SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Locação da obra.

MATERIAIS
✓ Areia;
✓ Aço;
✓ Concreto;
✓ Saco de cimento para lubrificação da bomba.

EQUIPAMENTOS - Para Escavação das Estacas


✓ Equipamento de Escavação;
✓ Linha de nylon;
✓ Trena.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Capacete;
✓ Luva de raspa;
✓ Bota;
✓ Protetor auricular;
✓ Uniforme;
✓ Calçado de segurança.

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Hélice Contínua Monitorada


✓ Fazer locação da estaca a ser escavada e providenciar deslocamento do equipamento
até o local de escavação;
✓ Inicia a perfuração da estaca e a cada retirada do trado de perfuração, figura 19,
funcionários retiram o solo escavado pela estaca, evitando que ela caia novamente na
escavação.
✓ A diferença do equipamento é que no centro do trado tem um tubo no qual irá conduzir
o concreto até a base da estaca quando finalizar a escavação.

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Figura 19 - Execução de estaca escavada. Fonte: Classificados Brasil (2017).

✓ Percebe-se, figura 19, que no local necessita de vários equipamentos dando suporte a
perfuratriz, caminhão bomba de concreto e o caminhão de concreto.
✓ Assim que a perfuratriz finalizar a escavação o trado não é retirado, já inicia a
concretagem, toda monitorada, volume de concreto x velocidade de retirada.
✓ Finalizada a concretagem na cota de arrasamento, coloca-se a armadura sendo
pressionada pela perfuratriz, até a cota especificada.

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A hélice contínua sendo um sistema muito parecido em relação ao sistema de estaca


escavada, já apresentado aqui, possui praticamente as mesmas vantagens e características, porém
o fato do seu nome aparecer a palavra contínua isso faz uma grande diferença, isso reduz muito
a possibilidade de desbarrancamento ou mistura de solo com concreto. A hélice contínua, nem
tudo são flores, para que tudo sai perfeito o engenheiro/arquiteto responsável pela obra tem que
ficar atento a três equipamentos que não pode falhar, qualquer um deles que quebre, pode parar
totalmente sua fundação.

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04
DISCIPLINA:
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO I

ESTRUTURA DE CONCRETO
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 65
1 - BLOCOS E BALDRAMES ..................................................................................................................................... 66
2 - EXECUÇÃO DE PILARES .................................................................................................................................... 70
2.1. PILAR SISTEMA SANDUÍCHE .......................................................................................................................... 70
2.2. EXECUÇÃO DE PILARES .................................................................................................................................. 71
2.3. EXECUÇÃO DE LAJES ....................................................................................................................................... 77
2.3.1. LAJE TRELIÇADA PLANA ............................................................................................................................... 78
2.3.2. LAJE NERVURADA PLANA ............................................................................................................................ 81
2.3.3. LAJE COGUMELO ........................................................................................................................................... 84
2.3.4. LAJE PROTENDIDA ........................................................................................................................................ 85
2.3.4.1. PROTENSÃO EM LAJE ................................................................................................................................ 86
2.3.5. INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................................................... 87

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INTRODUÇÃO
Nessa unidade, será vista a parte de concreto de uma obra, desde blocos de concreto,
baldrames, pilares, vigas e lajes, que é a atividade da obra de maior responsabilidade, caso algo dê
errado ou não seja fiscalizado, pode pôr em risco vidas.

• YAZIGI, Walid, em seu livro A Técnica de Edificar, apresenta no capítulo 6 toda a


parte estrutura de concreto, é importante que o aluno faça leitura desse texto.

• Construção Passo a Passo volumes 1 e 3 ele trata de processos da construção


muito bom para o aluno entender como funciona cada etapa de construção.

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1 - BLOCOS E BALDRAMES
Para iniciar esse estudo, deve-se compreender os conceitos:

• Blocos de fundação: Tem a finalidade de unir as estacas nascendo o pilar, em


contrapartida o pilar distribui a carga para as estacas.
• Viga baldrames: Tem a finalidade de unir os blocos fazendo um travamento.

A execução de blocos de concreto é muito simples, segue o processo de trabalho muito


similar ao de uma sapata isolada, que já foi descrito nesse estudo. A seguir segue algumas
recomendações:

1- Lembre-se que em muitos projetos os para-raios da edificação se inicia nesse momento,


como pode ser verificado o cabo nu passando por dentro do bloco de fundação, fixando
no aço das estacas, figura 1.

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Figura 1 - Para-raios e bloco de concreto sendo executado simultaneamente. Fonte: o autor.

2- O bloco de fundação, assim como a sapata e o radier, deve ser concretado o “arranque
de pilar” simultaneamente, portanto lembre-se de fazer esse pedido, lembre-se de executar
o pilar na posição correta.

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3- Em qualquer estrutura de concreto, principalmente as enterradas, como sapatas,


radiers, bloco de concreto, vigas baldrames, devem ter uma cobertura de concreto da
armadura no mínimo a exigida no projeto, e este autor recomenda nesses casos que estarão
enterradas, multiplicar por 2, é pouco concreto adicional para uma grande proteção da
armadura, prolongando a vida útil da estrutura.

4- Caso tenha que cavar para encontrar, a cabeça da estaca, geralmente, estará suja ou com
mistura de areia, (lembrando que foi sugerido colocar uma camada de areia na cabeça da
estaca logo após sua finalização afim de melhorar a limpeza), deve-se fazer um corte sutil,
retirando brita segregada.

Os baldrames poderão ser de duas formas, a ser explicada a seguir. Baldrames executadas
em cima do bloco de fundação, conforme a figura 2, ou dentro do bloco, conforme a figura 3.

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Figura 2 - Baldrame executado em cima do bloco. Fonte: Google Images (2018).

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Figura 3 - Baldrame executado dentro do bloco. Fonte: Habitissimo (2018).

A escolha possui vantagens e desvantagens, veja no caso de baldrame em cima do bloco,


figura 2:

✓ Vantagem
• Facilita a passagem de tubulação de água pluvial e esgoto;
• Flexibilidade na cota do piso acabado;
• Pode ser concretado separadamente o bloco e o baldrame, evitando outros problemas
gerenciais do dia da concretagem.

✓ Desvantagem
• Tem que fazer a forma do pilar e viga, afinal o pilar nasce no bloco, veja o detalhe na
figura 2;
• Cria um pescoço na base do pilar, todo o prédio está apoiado nesse “pescoço”, isso se for
mal executado poderá gerar patologias sérias, portanto este autor, sempre exige que essa
região seja muito bem executada, com uma cobertura da armadura com grande folga.

Veja no caso do baldrame a ser executado dentro do bloco (figura 3) suas vantagens e
desvantagens.

✓ Vantagens
• Ganha-se altura, afinal o piso acabado tem cota, e se puder agrupar blocos e baldrames
em uma mesma altura de cota, estará ganhando em escavação.

✓ Desvantagens
• Erro na cota do piso acabado pode ser irreparável.
• Pode dificultar a passagem das prumadas das tubulações de água pluvial e esgoto.

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✓ Veredito
• A maioria dos engenheiros e arquitetos utilizam baldrames em cima do bloco, porém
existe a ressalva, cuide da base do pilar, todo o prédio está apoiado naquele local.

Existe ainda uma possibilidade de executar blocos de baldrames sem caixaria, forma, isso
deve ser feito com muita precaução, pois isso pode gerar dois problemas sérios:

5- Consumo maior volume de concreto, devido a vala ficar toda desuniforme, figura 4.

6- Não garantia de que a armadura de aço do bloco e da viga tenha o cobrimento mínimo.

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Figura 4 - Bloco de fundação e baldrames, sendo executado sem forma. Fonte: ConstruindoDecor (2018).

Todo o baldrame deve ser impermeabilizado, existem alguns produtos no merca-


do, mas o que tem um melhor resultado é o cristalizante (bi componente, nomes
comerciais, Vedafácil, Vedajá, Via plus 1000, e outros) ou até mesmo a tinta/emul-
são asfáltica, conhecida nomes comerciais Igol, Isol, Neultron, e assim por diante.

É comum necessitar de re-aterro depois de fazer fundação, blocos e baldrames,


sendo assim, cuidado, passar por cima de elementos estruturais, principalmente
viga baldrames, pode trincá-las, e com isso dar início a um processo de corrosão
da armadura do elemento estrutural recém executado.

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Algumas dicas para uma boa execução das etapas de execução até o momento:

✓ Faça a compatibilidade de projeto, verifique possíveis falhas entre os projetos


arquitetônico, estrutural e complementares.
✓ Elabore um projeto executivo, isso irá resolver várias incompatibilidades.
✓ Deixe as passagens nos baldrames das tubulações elétricas e hidráulicas, fazer isso
depois que foi concretado pode trincar o baldrame.
✓ Ao aterrar tubulação de hidráulica utilize areia suja (muito comum em regiões
litorâneas) ou envelope de concreto, evitando que elas se deformem, com a deformação
do solo, caso ocorra.
✓ Atenção na execução dos caimentos da tubulação de água pluvial e esgoto, tem que ser
respeitado 1% no mínimo de caimento.
✓ Em tubulação aérea de água pluvial e esgoto, coloque suportes a cada 2 a 3 metros, caso
contrário, isso irá ceder, perdendo o caimento.
✓ Desforme 100% suas fundações, nunca deixe forma na estrutura, além de ser matéria
orgânica ainda pode esconder uma falha de concretagem, que em obra é conhecido com
o nome de “bicheira”.
✓ Nessas etapas iniciais, é comum os executores, engenheiros e arquitetos, esquecerem de
observar os projetos elétricos e hidráulicos, algumas vezes esses nem chegaram na obra

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ainda, então procurem observar esses projetos desde do início da obra evitando maiores
problemas durante a execução.

2 - EXECUÇÃO DE PILARES
Os pilares são elementos estruturais que sustentam toda a edificação, e descarregam suas
tensões no solo, por meio da fundação. Esses elementos podem serem em vários formatos para
atender exigências do cálculo estrutural, ou do projeto arquitetônico, podem ser em formato
de “L”, retangular, circular, entre outros. Entre as formas de se executar um pilar, que pode ser
executado em um sistema “sanduíche” ou sistema padrão, como normalmente se vê.

2.1. Pilar Sistema Sanduíche


Esse sistema muito utilizado em pequenas construções, no qual consiste em levantar
a parede de alvenaria e depois montar a forma do pilar, isso fará uma economia de forma e
agilidade na montagem, figura 5.

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Figura 5 - Sistema sanduíche de execução de pilares. Fonte: Sergio Alcala (2018)

Existem outras vantagens desse sistema, possibilita uma perfeita união entre alvenaria e
pilares, já que o concreto do pilar entra nos furos do tijolo, travando toda a estrutura. Quando
isso não se une perfeitamente, causa trincas entre esses dois elementos.

2.2. Execução de Pilares


O primeiro pavimento de execução de pilares após o baldrame é feito utilizando o gabarito,
ele dará todo o apoio necessário para montar, deste modo segue um procedimento passo a passo
de como realizar essa atividade.

EXECUÇÃO DE PILARES

SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Blocos e baldrames executados.

MATERIAIS
✓ Tábua de pinos;
✓ Aço;
✓ Concreto;
✓ Prego 17x27;
✓ Chapa compensada resinada ou plastificada, de 17mm;

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EQUIPAMENTOS - Para Montagem dos Pilares


✓ Martelo;
✓ Serra circular de mão;
✓ Prumo de centro;
✓ Prumo de face;
✓ Serra circular de bancada;
✓ Linha de nylon;
✓ Trena.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Capacete;
✓ Luva de raspa;
✓ Uniforme;
✓ Calçado de segurança.

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Montagem de pilares


✓ Com a referência do gabarito se estica a linha de nylon para encontrar o pilar desejado,
e com um prumo de centro, se verifica o ponto exato que será colocado o “colarinho” que
nada mais esse sarrafo em volta do pilar que forma um molde, facilitando a colocação da

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forma, figura 6.

Figura 6 - Transferência do ponto do gabarito para a obra. Fonte: o autor.

✓ Executado o colarinho, que deve estar no esquadro, pode colocar a armadura do pilar,
na espera conforme pode ser visto na figura 7.
✓ Deve nesse momento colocar os espaçadores ou distanciadores, conforme também é
conhecido, que visam garantir o cobrimento de concreto mantendo da armadura de aço
protegida da corrosão, figura 7.

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Figura 7 - Figura mostra, o colarinho, pilar colocado com os espaçadores circulares ou tipo roseta (parte superior
da foto). Fonte: AMC (2012).

✓ Ao montar o colarinho deve-se considerar além das dimensões dos pilares, a espessura
e travamento da forma, figura 8.

Figura 8 - Forma de pilar montada. Fonte: o autor.

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✓ Antes de colocar a forma do pilar, deve-se passar um desmoldante isso facilitará a


desforma sem estragar a forma, aumentando sua vida útil.
✓ Coloca-se a forma do pilar, figura 8, e deve-se agora colocar uma mão francesa (figura
9) ligando pilar x chão, e com um prumo de face, fazer a verificação.
✓ Coloca-se os travamentos no sentido vertical do pilar a cada 40cm a 50cm, conhecido
como gravatas, figura 9.

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Figura 9 - Pilar travado pelas mãos francesas e pelas gravadas. Fonte: Formax (2018)

✓ Verificado o prumo em duas faces do pilar, pode se concretar o pilar, mas há situações
que pode se concretar pilar e laje todos juntos, que é muito mais produtivo.
✓ Caso se decida concretar laje e pilar em uma mesma concretagem, deve-se deixar uma
boca na parte de baixo do pilar para fazer as últimas limpezas, antes da concretagem,
afinal toda sujeira da laje acabará indo para parte mais baixa, que é a base do pilar.

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O engenheiro/arquiteto deve-se estar sempre atento as verificações, por exemplo,


o prumo dos pilares, caso contrário pode ocorrer o que foi registrado na figura 10.

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Figura 10 - Pilar fora de prumo. Fonte: Construção civil teoria e prática.

As gravatas dos pilares atualmente são utilizadas peças metálicas, por dar mais
produção e agilidade, e cada gravata é constituído de duas barras de travamento
e duas barras de ancoragem ou agulhas, figura 11.

Figura 11 - A figura mostra uma barra de ancoragem travando duas barras de travamento, do ou-
tro lado do pilar, com certeza tem outra barra de ancoragem. Fonte: Barra de ancoragem (2018).

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EXERCÍCIO 09: Calcule a quantidade de forma de um pilar com dimensões 80x30cm,


com altura de 2,90m, considerando que cada chapa compensada tem uma área em torno de 3m2,
calcule a quantidade de chapas necessárias para compra.

RESOLUÇÃO:
Considerando o esbouço do pilar em questão com sua medida 80x30cm, como se fosse
uma planta baixa, identificado por cores para melhor entendimento.

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Adotando que a forma de chapa compensada passará 10cm de cada lado do pilar, tem-se:
Chapa lateral maior = 80cm + (2 x 10cm) = 100cm = 1m
No pilar tem dois lados, portanto:
Chapa lateral maior dois lados = 2 x 1m
Chapa lateral maior dois lados = 2m
Chapa lateral menor = igual a lateral menor do pilar = 30cm
Chapa lateral menor dois lados = 30cm x 2 lados = 60cm = 0,60m
Para calcular a área de forma necessita de perímetro da forma multiplicado pela altura:
Perímetro = Chapa lateral maior dois lados + Chapa lateral menor dois lados
Perímetro = 2m + 0,60m
Perímetro = 2,60m
Área de forma = Perímetro x altura do pilar
Área de forma = 2,60m x 2,90m
Área de forma = 7,54m2 de forma chapa compensada
Quantidade de chapas para compra = 2,51 chapas = 3 chapas

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EXERCÍCIO 10: O pilar do exercício 09 precisa ser travado pelas barras de ancoragem
e barras de travamento, sabendo que ele possui 2,90m de altura e irá utilizar uma gravada a cada
50cm, calcule a quantidade.

RESOLUÇÃO:

Quantidade de Gravatas= =5,8 gravatas

Essa divisão não é verdadeira para a pergunta realizada, porque o pilar começa com uma
gravata (travando o pé) e terminar com uma gravata (travando a cabeça).
Quantidade é 6,8 gravatas, porém o número deve ser inteiro, portanto a quantidade
correta é 7 gravatas.
Sabendo que cada gravata tem duas barras de ancoragem e duas barras de travamento,
portanto terá 14 barras de ancoragem + 14 barras de travamento.

2.3. Execução de lajes


Esse capítulo é muito importante, estudará alguns tipos de lajes mais utilizadas. Existem
muitos tipos de lajes no mercado, por exemplo, lajes com vigote simples, laje maciças, lajes

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treliçadas, lajes nervuradas, lajes planas, lajes protendidas, laje painel, e muitas outras, e algumas
delas associadas, por exemplo, nervuradas protendida, ou plana treliçada, entre outras.
Serão analisadas, nesse estudo, as lajes de melhor desempenho e com capacidade de obter
maiores vãos, nesse caso, lajes com vigote ou maciças, já podem ser descartadas. As lajes com
vigotes são muito usadas em pequenas construções, e por isso, baratas, de fraco desempenho, e
tendo muito comum o surgimento de trincas na lateral do vigote.
As lajes maciças de concreto (não usam treliça, e não usam qualquer tipo de enchimento)
são de baixo desempenho, alto peso e alto custo em concreto, estão em desuso, sendo utilizados
em pequenas situações, quando necessitam de uma baixa espessura para adequar a uma altura de
uma laje pré-existente, por exemplo, uma sacada que precisa ser mais fina do que a laje existente
devido ao rebaixo.
A laje painel possui bom suporte de carga, diferente das duas apresentadas, e não precisa
de acabamento em seu lado inferior e ela é utilizada em locais específicos, por exemplo, garagens,
piso de caixa d’água, entre outras opções. Não irá ser comentadas no estudo, por razões de focar
em lajes de maiores desempenhos, maiores vãos.
Enfim, restaram algumas opções de maior uso que serão o foco do estudo e somente lajes
planas, pois qualquer coisa diferente disso é um retrocesso para a construção civil e ainda mais
para a arquitetura moderna.
Laje plana significa dizer que a viga não fica aparente, e sim embutida na própria laje,
na prática talvez da viga ficar “em pé” ela ficará “deitada” (viga chata). Isso faz todo o sistema
estrutural perder desempenho, necessitando de mais aço para obter essa vantagem da planicidade.
É importante salientar que laje plana é modernidade.

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2.3.1. Laje treliçada plana


É uma laje muito interessante, devido ao fato dela apresentar dois fatores importantes que
talvez passam despercebidos no que se vê no cotidiano. Isso traz alguns benefícios – Vantagens
de ser uma laje treliçada:

1- Não precisa usar forma (assoalhar a laje) de chapa compensada no lado inferior,
figura 12.

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Figura 12 - Laje treliçada dispensa uso de forma. Fonte: EME (2018).

2- Uso muito baixo de madeira, consequentemente obra mais limpa, será utilizado chapa
compensada em pilares e vigas planas.
3- Os vãos moderados, mas atendem uns 7 a 8 metros.
4- Por ser plana a viga fica embutida dentro da laje, ela fica mais rápida sua execução.
5- Pode ser usado como enchimento EPS ou tijolo, atualmente EPS, pois esse reduz o
peso da estrutura ficando mais barato e compensando o preço entre o EPS e o tijolo.

Para melhor entendimento segue o procedimento passo a passo:

LAJE TRELIÇADA PLANA

SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Pilares executados, não necessariamente concretados.

MATERIAIS
✓ Tábua de pinos;
✓ Aço;
✓ Espaçadores;
✓ Concreto;
✓ Prego 17x27;
✓ Prego duas cabeças 17x27;
✓ Chapa compensada resinada ou plastificada, de 17mm;
✓ Saco de cimento para lubrificação da bomba.

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EQUIPAMENTOS - Para Montagem da laje


✓ Martelo;
✓ Serra circular de mão;
✓ Prumo de face;
✓ Vibrador;
✓ Enxadas;
✓ Guincho de coluna;
✓ Pá;
✓ Serra circular de bancada;
✓ Linha de nylon;
✓ Trena.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Capacete;
✓ Luva de raspa;
✓ Cinto de segurança;
✓ Uniforme;
✓ Calçado de segurança.

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PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Montagem de laje
✓ Inicia-se o escoramento na proporção aproximada de 1 escora/m2 e os travamentos de
suporte na horizontal com vigas de madeira.
✓ Na sequência faça a montagem da laje pelas formas das vigas chatas, isso é simplesmente
uma chapa compensada, ou parte dela, executando tipo um assoalho onde irá ser colocada
as armaduras das vigas, figura 13.

Figura 13 - Montagem da forma das vigas em uma laje plana treliçada. Fonte: o autor.

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✓ Faça a forma da lateral da laje, que irá definir a espessura da laje.


✓ É necessário o nivelamento de laje pelo lado inferior, muitas vezes o projetista especifica
no projeto uma leve levantada no centro da laje, que se chama de contra-flecha.
✓ Atenção use espaçadores, não deixe a armadura tocar em forma.
✓ A próxima etapa a colocar as treliças, atenção na verificação da posição delas, siga o
projeto, figura 14.

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Figura 14 - A execução na laje mostra a sequência da atividade. Fonte: o autor.

✓ Colocação do enchimento, na figura 14, foi utilizado EPS.


✓ Montagem dos capitéis em volta dos pilares e as nervuras (sentido contrário ao da
treliça).
✓ Passagem de tubulações, elétrica, hidráulica e outras passagens que forem necessárias.
✓ Coloca a armadura superior da laje, conhecida como armadura negativa, ela irá ser
colocada na parte da laje que é tracionada, geralmente em balanços de laje e na transversal
as vigas chatas.
✓ Por último coloca-se a malha de distribuição. É uma camada de aço fina que pode ser
tela soldada ou barra reta, que tem como função evitar retração do concreto.
✓ No dia da concretagem a laje deve ser enchida nivelada, caso aumente a espessura, isso
causará sobrecarga e aumento de custos.
✓ A laje deverá manter úmida (molhada) por 7 dias, afim de realizar a cura do concreto
e atingir a resistência máxima de estabelecida pelo traço.

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2.3.2. Laje nervurada plana


O fato dessa laje ser nervurada isso produz um efeito que proporciona a possibilidade
de maior vão, no entanto, essa laje necessita de forma em sua parte inferior para ser concretada,
aumentando custos com a mão de obra e material.

1- É uma laje que possui um bom desempenho de carga ficando mais leve se utilizando
como enchimento EPS, existe a possibilidade de maiores vãos do que a treliça. Devido sua
capacidade de carregar as nervuras com bitolas de aço maiores.

2- Baixo consumo de concreto, devido ao enchimento, figura 15.

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Figura 15 - Observa-se nervuras de concreto e o enchimento de EPS, bem definidos. Fonte: Impermeabiliza Brasil.
com (2018).

Para melhor entendimento segue o procedimento de montagem da laje.

LAJE NERVURADA PLANA

SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Pilares executados, não necessariamente concretados.

MATERIAIS
✓ Tábua de pinos;
✓ Aço;
✓ Espaçadores;
✓ Concreto;
✓ EPS ou tijolo furado;
✓ Prego 17x27;
✓ Prego duas cabeças 17x27;
✓ Chapa compensada resinada ou plastificada, de 17mm;
✓ Saco de cimento para lubrificação da bomba.

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EQUIPAMENTOS - Para Montagem da laje


✓ Martelo;
✓ Serra circular de mão;
✓ Prumo de face;
✓ Vibrador;
✓ Enxadas;
✓ Guincho de coluna;
✓ Pá;
✓ Serra circular de bancada;
✓ Linha de nylon;
✓ Trena.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)


✓ Capacete;
✓ Luva de raspa;
✓ Cinto de segurança;
✓ Uniforme;
✓ Calçado de segurança.

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PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Montagem de laje
✓ Inicia-se a montagem do escoramento da laje e as vigas de madeira na horizontal para
dar suporte na laje que será montada.
✓ Escoramento na proporção aproximada de 1 escora/m2.
✓ É necessário o nivelamento de laje pelo lado inferior, muitas vezes o projetista especifica
no projeto um levante no centro da laje (1 ou 2 cm), que se chama de contra-flecha.
✓ Na sequência inicia-se com a montagem das formas em toda laje, figura 16.

Figura 16 - Montagem da forma de uma laje nervurada. Fonte: o autor

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✓ É importante numerar as chapas evitando ter que cortar novamente a cada laje.
✓ A seguir monta a armadura positiva (também conhecida como armadura inferior
da laje) juntamente com a armadura das vigas. A armadura positiva terá que ser no
espaçamento que possibilite a colocação do enchimento, figura 17.

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Figura 17 - Colocação da malha de aço nas nervuras e as vigas chatas. Fonte: o autor.

✓ Inicia a colocação do enchimento, que pode ser EPS ou tijolo furado, atualmente mais
usado EPS.
✓ Montagem dos capitéis em volta dos pilares.
✓ Passagem de tubulações, elétrica, hidráulica e outras passagens que forem necessárias.
✓ Coloca a armadura negativa (também conhecida como armadura superior da laje), ela
irá ser colocada na parte da laje que é tracionada, geralmente em balanços de laje e na
transversal as vigas chatas.
✓ Por último coloca-se a malha de distribuição. É uma camada de aço fina que pode ser
tela soldada ou barra reta, que tem como função evitar retração do concreto.
✓ No dia da concretagem a laje deve ser enchida nivelada, caso aumente a espessura, isso
causará sobrecarga e aumento de custos.
✓ A laje deverá manter úmida (molhada) por 7 dias, afim de realizar a cura do concreto
e atingir a resistência máxima de estabelecida pelo traço.

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2.3.3. Laje cogumelo


Laje cogumelo é uma laje nervurada, o que muda é apenas o enchimento que ao invés
de usar tijolo ou EPS, estará utilizando “ar”, através de umas “bacias” que irá ser concretadas de
boca para baixo chamadas de cubetas, essas quando forem desformadas irá ficar com um aspecto
muito interessante, figura 18.

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Figura 18 - Laje cogumelo e em volta dos pilares, capitéis. Fonte: O Pótico.com (2016).

Capitéis são estruturas de concreto maciços executas em lajes planas, com o


intuito de enrijecer essa região. Talvez a grande desvantagem dessa laje é o custo
inicial elevado para a compra das cubetas e ainda deve-se tomar cuidado com a
desforma delas e como colocar no chão, pois elas podem quebrar os cantos pro-
vocando vazamentos nesses pontos, figura 19.

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Figura 19 - Laje cogumelo, a foto mostra o maciço de concreto em volta do pilar - capitel. Fonte:
ESO (2013).

Quanto às vantagens da laje cogumelo, que são bastante atrativas:

1- É uma laje nervurada, e por ser uma dessas possuem possibilidade de vãos maiores.

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2- Ela possui a vantagem da laje treliça, não precisa de forma, figura 19, porém é uma laje
nervurada podendo maiores vãos.

3- É uma laje de poucas, que não necessita fazer revestimento no teto (reboco, gesso, etc.),
pois após a desforma ela já está acabada.

A laje tipo cogumelo não será formalizado procedimento pois é muito parecido com as
demais apresentadas,

2.3.4. Laje protendida


Essa é uma laje de grande desempenho, pois utiliza todas as vantagens das outras e
se acrescenta a protensão. Os arquitetos vão conseguir fazer aqui seus projetos mais ousados.
Necessita de projeto à parte, mas possui ganhos de desempenho que vale a pena investimento
para projetos mais arrojados.
A protensão consegue esse desempenho ao colocar uma cordoalha (um cabo de aço)
dentro da viga ou de laje que estrategicamente colocada, nos pontos de tração da viga, faz o
elemento estrutural equilibrar as tensões, veja a figura 20.

Figura 20 - Posição da cordoalha, nos pontos de tração da laje. Fonte: Slideshare (2018).

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A figura 20 mostra a cordoalha passando exatamente nos pontos de tração da viga e ao


ser esticada essa cordoalha (cabo de aço) com macaco hidráulico após ser concretada a laje. Ele
faz com que diminui a tração no concreto, equilibrando as cargas.

2.3.4.1. Protensão em Laje


SERVIÇOS ANTERIORES
✓ Pilares executados, não necessariamente concretados;
✓ Laje parcialmente executada.

MATERIAIS
✓ Cordoalha engraxada;
✓ Espaçadores;

EQUIPAMENTOS - Para Montagem da laje


✓ Macaco hidráulico;
✓ Linha de nylon;
✓ Trena.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)
✓ Capacete;
✓ Luva de raspa;
✓ Cinto de segurança;
✓ Uniforme;
✓ Calçado de segurança.

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO - Protensão da laje


✓ Inicia-se durante a montagem da laje, com as cordoalhas engraxadas, na posição correta
da laje, pontos onde o concreto está sendo tracionado.
✓ Fixe a ancoragem ativa da cordoalha e a outra extremidade deixar para fora da laje uns
30cm para o macaco hidráulico poder fixar.
✓ Na extremidade ativa são colocadas cunhas, e quando o macaco for fazer a protensão
as cunhas travarão o cabo.

Figura 21 - par de cunhas nas placas de ancoragem ativa. Fonte: Equipe de Obra (2013).

✓ Cabo colocado na posição correta e laje finalizada, é liberado a concretagem. Cuidado


durante a concretagem mover a posição dos cabos, figura 22.

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Figura 22 - Concretando laje com protensão. Fonte: Equipe de Obra (2013).

✓ A protensão poderá ser realizada após atingida a resistência mínima do concreto que
suporte a protensão.
✓ Após feita a protensão corta a sobra de cabo e se finaliza a atividade.

2.3.5. Informações gerais


A seguir, algumas dicas, sugestões para serem seguidas para o bom andamento de uma
execução de uma laje.
Toda peça concretada precisa de água após umas 2 a 3hs, sua concretagem irá se prolongar
por uns 7 dias, isso se chama a “cura do concreto”. Esse processo visa manter o concreto molhado
para que algumas reações químicas continuem reagindo, fazendo com que ele atinja a resistência
especificada. Uma concretagem realizada em um dia quente de sol, faz com que a água existente
nele evapore, e isso faz o concreto secar rapidamente, formando fissuras, deixando o concreto
mais fraco. Um dos grandes problemas é o surgimento de trincas, que são com certeza mais fracas
do que o concreto e ainda por cima deixa entrar oxigênio possibilitando corrosão na armadura.
Os elementos estruturais devem estar sempre ligados, pode ocorrem que na montagem
uma viga fique curta, e passe despercebido pela fiscalização.
Armadura de aço encostada em caixaria, deve ser rigorosamente combatido, pois isso
provoca falta de cobrimento da armadura e futuramente corrosão.

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A chapa compensada é muito prática, fácil de ser usada e necessita de algumas regras para
prolongar sua vida útil, segue algumas:

✓ Disco da serra circular bancada apropriado, quanto maior o disco, maior a quantidade
de dentes, melhor; menos esmaga as fibras da chapa durante o corte.
✓ Uso de prego com duas cabeças, facilita a retirada para a desforma, uma das cabeças
fica para fora da chapa facilitando retirar com um martelo ou pé de cabra.
✓ Pintar o corte da chapa, evitando a entrada de água.
✓ Uso de desmoldante na chapa, evitando que o concreto grande aderência na chapa.

Outro cuidado que se deve tomar é com escoras de eucalipto emendadas, isso pode
provocar um acidente muito sério, colocando a laje no chão. No que diz respeito à segurança do
trabalho NR-18, segue algumas recomendações.

18.7.2 A serra circular deve atender às disposições a seguir:


a) ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior
e posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, material
metálico ou similar de resistência equivalente, sem irregularidades, com
dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;
b) ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;

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c) o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando
apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos;
d) as transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente
por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese
alguma, durante a execução dos trabalhos;
e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do
fabricante e ainda coletor de serragem.

Seguindo as normas de segurança as bordas das lajes devem ter a linha de vida, que
consiste basicamente em um cabo de aço ao redor da laje no qual todos os cintos de segurança
deverão estarem ligados a esse cabo, figura 23.

Figura 23 - Uso de linha de vida nas bordas de laje. Fonte: RF Engenharia (2018).

Todo equipamento elétrico existente na obra deve ter aterramento, um guincho de coluna,
um elevador de obras, bebedouro, etc.

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