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Deformação elástica de uma haste

Data:07/12/2021
Alunos: Marco Stálin Jardim Sena e Vitória de Paula Braga
Turma: PS4

Introdução:
Existe na natureza o fenômeno da deformação de um corpo quando este sofre a
ação de uma força externa, seja de distensão ou compressão. A partir de uma força
restauradora, é possível que esse corpo deformado volte ao seu estado normal (é assim
que ocorre em uma mola, por exemplo). Entretanto, há um limite para o valor da força
aplicada no objeto que, a partir deste limite, a distensão ou deformação passa a ser
permanente (a ação da força restauradora não é capaz de fazer o objeto voltar a seu
estado normal).
No caso de uma haste, que pode se deformar por meio de uma força externa
(dentro do limite elástico), ao ponto que, quando a força para de ser aplicada, a haste
volta a seu estado normal. Nesse sentido, é possível fazer a análise da deformação da
haste por meio da relação linear entre a força aplicada e o quanto deformou, segundo a
seguinte equação:

𝐹 = 𝑘𝑦 𝑦
Onde F é a força aplicada, 𝑘𝑦 é a constante de flexão e y é a flexão provocada na haste.

O 𝑘𝑦 se trata de uma característica da haste, e pode ser encontrada por meio da


seguinte equação:

𝐸 ⋅ 𝑙 ⋅ ⅇ3
𝑘𝑦 =
4 ⋅ 𝑥3
onde ’"𝑙" é a largura da haste, "ⅇ" é a espessura, "𝑥" o comprimento e "𝐸" é o chamado
módulo de Young (propriedade mecânica que mede a rigidez de determinado material
sólido).

Objetivos:
● Determinar a constante de flexão de uma haste metálica.
● Determinar o Módulo e Young.

Material:
● Haste;
● Prendedor;
● Suporte;
● Objeto de massa (5,0 ±0,1) g;
● Régua milimetrada;
● Paquímetro.

Procedimentos e resultados:
Inicialmente, foi disponibilizado aos alunos uma tabela com a quantidade de massas
colocadas na ponta da haste (N), bem como os respectivos valores de flexão da haste
(Y), inicialmente dado em cm e presentes na figura 1. Entretanto, para calcular a força
exercida (F) sobre a haste foi necessário calcular F= M*g*N, onde, “M” é o valor da massa
de um objeto (5,0 ± 0,1) g, “g” é o valor da aceleração da gravidade (9,78±0,05) m/s² e
“N” é a quantidade de objetos de massa determinada que foram colocados na ponta da
haste.
Calculando os valores descritos anteriormente e passando os valores da flexão para
metros foi obtido uma tabela de novos valores, figura 2, e foi possível elaborar o gráfico
da função F x Y, figura 3.

Figura 1 - Quantidade de massas X Flexão da haste

Figura 2 - Dados da força recaída sobre a haste X


Flexão da haste.
Figura 3 - Gráfico da função F (N) x Y(m).

Obtendo os valores mostrados no gráfico pode-se determinar a constante de flexão de


uma haste metálica, por meio do processo de regressão linear.

𝐸𝑙𝑒³
Utilizando a fórmula ; onde "𝑘𝒚 " representa a constante de flexão da haste,
𝑘𝒚 =
4𝑥³
“E” representa a propriedade do material que a haste é fabricada e pode ser chamada
de módulo de Young, “l” representa a largura da haste, “x” representa o comprimento da
haste e “e” representa a sua espessura. Os valores de “l”,” x”, “e”(características físicas
da haste) podem ser encontrados na figura 1 e o valor de “ 𝑘𝒚 ” é representado pelo
slope (A) do gráfico e pode ser encontrado na figura 3.

Temos que:

𝐸𝑙𝑒³ 𝐸 ∗ 0,0121 ∗ 0,0005³ 𝐸 ∗ 1,5125 ∗ 10−12


𝑘𝑓 = ⇒ 8,79 = ⇒ 8,79 =
4𝑥³ 4 ∗ 0,253³ 0,064777108

⇒ E = 0,376 * 1012 ⇒ E = 3,76 * 1011 N/m²

Calculando a incerteza, temos:


𝛥𝑥 𝛥𝑘 𝛥𝑒 𝛥𝑙
𝛥𝐸 = 𝐸 √(3
𝑥
) ² + ( 𝑘 ) ² + (3 𝑒
)² + ( 𝑙 )² ⇒

0,00005 0,12 0,00005 0,00005


𝛥𝐸 = 3,76 ∗ 1011 √(3 0,02530) ² + (8,79) ² + (3 0,00050) ² + ( 0,0121 ) ² ⇒

𝛥𝐸 = 3,76 ∗ 1011 √0,0000351 + 0,0001864 + 0,09 + 0,0000171 ⇒

𝛥𝐸 = 3,76 ∗ 1011 √0,0902386 ⇒ 𝛥𝐸 = ± 1,12 ∗ 1011

Logo:

E = (3,8 * 1011 ± 1,1 ∗ 1011 ) N/m²

Calculando o valor da qualidade da incerteza, temos:


𝛥𝐸 1,1∗1011
= = 0,33 = 33%
𝐸 3,8∗1011

Partindo do pressuposto de que uma boa qualidade de incerteza está em até 5%


do valor da medida, fica nítido (segundo os resultados obtidos), que a incerteza
encontrada está demasiadamente grande.
Nesse caso, o que mais contribui para essa incerteza alta é o erro relativo da
𝛥𝑒
espessura da haste, o “e”. O (3
𝑒
) ² sozinho vai apresentar um erro relativo de 9%,
isso provavelmente se deve ao fato de que o instrumento usado para fazer as medições
nesse experimento foi um paquímetro com precisão de 0,05mm. Pelo fato de que a
espessura ser um valor muito pequeno (em mm também) e estar elevada ao cubo, o erro
relativo de “e” acaba sendo muito grande em relação aos outros.

Conclusões:
Com base nos resultados obtidos, foi possível encontrar a constante de flexão de
uma haste metálica por meio de uma relação linear entre força aplicada e a flexão da
haste, e, a partir desse resultado, foi possível determinar o módulo de Young, que
apresentou uma incerteza bastante grande, provavelmente devido à precisão do
instrumento usado para a medição da espessura da haste.
Diante do exposto, pode-se concluir que os resultados obtidos são satisfatórios e
estão dentro dos objetivos do experimento.

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