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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICEX


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
BELO HORIZONTE, MG, BRASIL

Física Experimental Básica – Mecânica – PU9A

RELATÓRIO No 002

Constante Elástica de Molas

PROFESSOR: Ricardo W. Nunes

AUTORES: Laura S. Duarte

Maria L. R. Silva

Belo Horizonte

08 de Julho de 2021
OBJETIVO:
O objetivo do experimento é determinar a constante elástica de uma mola, de
duas molas em série e de duas molas em paralelo.

MATERIAIS UTILIZADOS:

 Duas molas
 Objetos de massas conhecidas
 Suporte para as molas e objetos
 Régua milimetrada

PROCEDIMENTOS:

Inicialmente pendura-se uma mola de massa desprezível por uma de suas


extremidades a um suporte, o final será à estaca inicial e a partir dele, será possível
calcular a deformação da mola. Dessa forma, adicionam-se objetos com massa definida
a um suporte na outra extremidade livre e assim a mola sofre uma deformação x em
relação à estaca inicial. Em seguida, pendurou-se a segunda mola sob a primeira mola,
realizando uma associação em série e com um novo suporte, associou-se as molas em
paralelo (uma do lado da outra).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

 Para cumprir com o objetivo proposto pelo experimento, transformou-se a massa dos
objetos em kilos, multiplicando pela quantidade de objetos pendurados ao suporte.
Após obter esses valores, é necessário multiplicar pelo valor da gravidade para obter o
valor das forças “F” aplicada sobre à mola. Todos esses dados foram fornecidos pelo
professor.

Dados:

g = (9,78 ± 0,05) m/s2

m = (60,0 ± 0,1) g

Número de objetos pendurados: 7

F = mg = kx

F = kx (lei do hooke)

Onde, F é a força que age sob a mola, k é a constante elástica da mola, e x é a


deformação da mola devido à força aplicada.
Tabela 1: resultados experimentais de força e deformação referentes à mola simples.
Força (Newtons) Deformação (m) (±0,05cm)
0,00 0,00
0,586 ± 0,013 2,15
1,173 ± 0,010 5,15
1,76 ± 0,01 7,35
2,35 ± 0,06 10,15
2,93 ± 0,07 12,60
3,52 ± 0,08 14,60
4,11 ± 0,08 17,00

Gráfico 1: Força (F), medida em Newtons, em função do alongamento (x), medido em


metros, produzido por uma mola simples, utilizando o software SciDavi’s.

Dessa forma, conclui-se que a constante elástica da mola é obtida graficamente


pela inclinação da função linear. Sendo assim, a partir dos dados expressos, a constante
k da mola simples apresentada pelo gráfico foi de:
K1 = (2,39 ± 0,05) N/m

A partir dos dados expressos no gráfico1, tem-se que a função linear que
expressa o comportamento da mola intercepta a coordenada y, em:

Intercept = (0,05 ± 0,56)

O valor dessa constante deveria ser Intercept = (0 ± α), Onde, “α” expressaria o
valor da incerteza desse valor.
As funções expressas pela equação F = mg = kx interceptam o eixo das
coordenadas quando se tem uma deformação nula, resultante de uma força nula aplicada
à mola. Embora o erro não seja consideravelmente alto, uma vez que o valor
apresentado, considerando sua incerteza, se aproxima muito do valor esperado, trata-se
de um bom resultado experimental.

 Para a associação em série, pendurou-se a segunda mola sob a primeira mola, e com o
auxílio de uma régua, mensurou-se cada um dos prolongamentos produzidos devido à
variações da força. Resultados a seguir:

Tabela 2: Resultados experimentais de força e deformação referentes à associação em série.


Força (Newtons) Deformação (m) (±0,05cm)
0,00 0,00
0,586 ± 0,013 4,65
1,173 ± 0,010 9,75
1,76 ± 0,01 14,35
2,35 ± 0,06 19,10
2,93 ± 0,07 24,20
3,52 ± 0,08 29,00
4,11 ± 0,08 33,75

 Obtidos os resultados necessários para cada uma das molas, com um novo suporte,
associou-se as molas em paralelo, ou seja, uma ao lado da outra. De maneira semelhante,
com o auxílio de uma régua, mensurou-se cada um dos prolongamentos produzidos
devido à variações da força. Resultados a seguir:

Tabela 3: Resultados experimentais de força e deformação referentes à associação em paralelo.


Força (Newtons) Deformação (m) (±0,05cm)
0,00 0,00
0,586 ± 0,013 1,15
1,173 ± 0,010 2,20
1,76 ± 0,01 3,55
2,35 ± 0,06 4,75
2,93 ± 0,07 5,80
3,52 ± 0,08 6,90
4,11 ± 0,08 8,30

Para os cálculos de propagação das incertezas, dispostas nas tabelas já apresentadas, foi
necessário utilizar a fórmula abaixo:

𝑷𝟏 ∆𝒂 𝟐 𝑷𝟐 ∆𝒃 𝟐
√( ) +( )
𝒂 𝒃
Gráfico 2: Força (F), medida em Newtons, em função do alongamento (x), medido em
metros, produzido por uma associação de molas em série.

O gráfico apresentado, também é uma função linear que expressa a relação entre
força e a constante elástica das molas associadas em série. Mais uma vez, tem-se que a
constante elástica é obtida graficamente pela inclinação da função linear apresentada no
gráfico acima. Sendo assim:
Onde, Ks é a constante elástica resultante das molas associadas em série.

Ks= (8,24± 0,03) N/m

Como já foi observado em análises anteriores, verifica-se um resultado experimental


que diverge do valor ideal. A partir dos dados do gráfico 2:
Intercepts = (0,07 ± 0,08)

Mas, deveria ser Intercept = (0 ± α), Onde, “α” expressaria o valor da incerteza
desse valor. A pequena divergência obtida, deve-se decorrer de erros experimentais,
mas que caracteriza bons resultados.
Gráfico 3: Força (F), medida em Newtons, em função do alongamento (x), medido em
metros, produzido por uma associação de molas em paralelo.

De modo semelhante, tem-se que a constante elastica das molas associadas em paralelo
Kp , é obtida graficamente pela inclinação da função linear apresentada nos dados do
gráfico 3. Logo, tem-se que :
KP = (4,98 ± 0,06) N/m

Um deslocamento nulo, resultaria de uma força nula aplicada à mola. Assim, a


interceptação da função linear apresentada, Intercept= (0,20 ± 0,30), no eixo das
coordenadas, deveria ser dado por:

Intercept = (0 ± α), Onde, “α” expressaria o valor da incerteza.

Como parte do objetivo da prática é de promover a obtenção dos valores de K1 e


K2, usando o resultado da constante elástica da associação de molas, iremos usar as
relações entre as constantes.
Observa-se que nesse experimento, para uma força aplicada sob a mola, tem-se
deformação igual para as duas molas, com constantes elásticas iguais. Sendo assim:

K1 = K2 = K

Experimentalmente, o valor da constante elástica da associação em paralelo obtido


graficamente foi de:
KP = (4,98 ± 0,06) N/m

Aplicando a relação para associação em paralelo, considerando duas molas iguais:

KP = K1 + K2
4,98
KP = Nmolas . K K= = 2,49 K= (2,49 ± 0,04) N/m
2
Experimentalmente, o valor da constante elástica da associação em série obtido graficamente foi
de:

Ks = (8,24± 0,03) N/m

Aplicando a relação para associação em série, considerando duas molas iguais:

1 1 1
= +
𝐾𝑆 𝐾1 𝐾2
𝐾
KS = 8,24. 2 = 16,48 K = (16,48 ± 0,02) N/m
2

É possível observer que pela relação da associação em paralelo, o valor calculado da constante
elástica da mola, não divergiu tanto, pois experimentalmente, o valor de K é (2,39 ± 0,05) N/m,
mas pela relação de associção em série, a divergência é consideravelmente grande.

O conjunto de molas em série ficou “mais macio” pois, as molas estão sujeitas à mesma
força e sofrem deformações diferentes, e assim, a constante dessa associação é maior que a
constante da mola simples, tornando-as mais deformáveis. No caso da associação em paralelo, a
mola é menos deformável, de forma que a rigidez torna-se maior que o da constant de mola
simples.

Visto que a constante elástica mede a rigidez da mola, isto é, a força que é necessária
para fazer com que a mola sofra uma deformação, e que 1 N/m corresponde ao torque resultante
de uma força de 1N aplicada a uma distância de 1 metro do ponto de equilíbrio, Newton/metro é
a unidade SI dessa constante.

CONCLUSÃO

Conforme a lei de hooke, as molas realmente se comportam como o esperado, sendo


que a força empregada é diretamente proporcional à deformação da mola, ressaltando o
conjunto das molas em série serem mais macias do que as molas em parelelo, devido a
distribuição de forces aplicadas no sistema serem diferenciadas.

Os resultados dos cálculos no caso da associação em paralelo, não divergem tanto como os
valores obtidos na análise anterior (associação em série). Ou seja, o valor obtido
experimentalmente para constante elástica associada em paralelo, está mais próximo do valor
esperado Keq. Essa divergência ocorre, provavelmente, devido a erros de medição. Em todas as
análises gráficas feitas, foi destacado desvios de parâmetros quanto ao resultado físico ideal, no
caso do valor da interceptação da função linear, da força em função da deformação da mola,
com o eixo y.

BIBLIOGRAFIA

- Roteiro Constante Elastica de Molas; Departamento de Física- UFM; Disponível em:


<https://www.fisica.ufmg.br/ciclobasico/wpcontent/uploads/sites/4/2020/05/Constante_
Elastica_de_Molas.pdf > . Acesso em 06 de Julho de 2021-07-06.

-Vídeo Constante Elastica de Molas; Laboratório de Física Experimental Básica


UFMG;Disponívelem:<https://www.youtube.com/watch?v=t3PRFItFGsE&feature=em
b_title> . Acesso em 06 de Julho de 2021.

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