Você está na página 1de 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO 5: COLISÃO INELÁSTICA

Data: 02 de junho de 2023

Turma: PX5 – Professor Rodrigo Lacerda

Nome: Wallace Gabriel Nogueira Fonseca

___________________________________________________________________

1) INTRODUÇÃO:
Ao analisar a colisão entre dois corpos, duas situações podem ser observadas
situações distintas:
a) Conservação da energia cinética: colisão elástica.
b) Perda parcial da energia cinética: colisão inelástica.
c) Perda total da energia cinética: colisão perfeitamente inelástica.
Considerando a colisão de uma bola de borracha solta de uma altura h com o
chão:

Em que ΔE é a variação da energia cinética em Joules, m é a massa do corpo


em kg, vi e hi são a velocidade com que a bola atinge o chão (m/s) e a altura antes
dessa colisão (m), vj e hj são a velocidade com que a bola salta após atingir o chão
(m/s) e a altura que esta atinge após a colisão (m), e, por fim, r é o coeficiente de
restituição.
2) OBJETIVO:
Determinar o coeficiente de restituição de uma bola de borracha na colisão
com o chão.

3) PARTE EXPERIMENTAL:

No experimento, foram utilizadas uma bola de borracha e uma régua de 2


metros, com incerteza de ±0,005 m, fixada em uma parede.
Quanto à parte prática, a bola de borracha foi jogada de uma altura de 2 m
(h0) e após sua colisão com o chão e a volta desta, foi parada manualmente a uma
altura h1. Esse procedimento foi repetido 5 vezes, a fim de obter uma medida mais
precisa, por meio do cálculo da média das alturas h1 obtidas e da dispersão padrão
desta. Após isso, a bola foi jogada da altura h1 e parada em uma nova altura h2.
Repetiu-se, sucessivamente, os mesmos passos até obter uma altura h5. Com os
dados obtidos, construiu-se, por meio de uma linearização e de uma regressão
linear, um gráfico utilizando o software SciDavis.

4) RESULTADOS:
Primeiramente, a relação a seguir:

Será utilizada para gerar a fórmula necessária para a construção do gráfico:


Em que h denota a altura, r é o coeficiente de restituição e n o índice.
A fim de realizar uma regressão linear, a fórmula encontrada será linearizada:

Logo, o coeficiente de restituição r e sua incerteza serão dados por:

Deduzidas as fórmulas, a seguir encontra-se reproduzida uma tabela com as


alturas para dado índice e a média destas:

ÍNDICE ALTURAS ENCONTRADAS ALTURA


(m) (m)

0 - - - - - 2

1 1,24 1,28 1,27 1,23 1,25 1,254

2 0,73 0,78 0,81 0,81 0,78 0,782

3 0,465 0,51 0,54 0,54 0,52 0,515

4 0,30 0,345 0,31 0,355 0,33 0,328

5 0,20 0,22 0,215 0,22 0,23 0,217


Abaixo está demonstrado o cálculo do desvio padrão para o índice 1:

Utilizando o mesmo raciocínio para as demais alturas, foram encontrados os


demais desvios, reproduzidos, juntamente com as alturas, na tabela a seguir:

ÍNDICE ALTURA
(± ∆)m

0 2,000 ±0,005 *

1 1,254±0,009

2 0,782±0,015

3 0,515±0,014

4 0,328±0,010

5 0,217±0,004

* A incerteza da altura inicial (h0) foi considerada como a incerteza da régua


milimetrada.
A partir dos dados da tabela e da linearização, utilizando a regressão linear, o
seguinte gráfico foi construído:
Por meio deste gráfico, a inclinação encontrada foi A = (-0,222 ± 0,002), e o
coeficiente linear foi B = (0,67 ± 0,01) m.
Assim, da fórmula encontrada por meio da regressão linear do gráfico, é
possível calcular o coeficiente de restituição r e sua incerteza.

Conclui-se que o coeficiente de restituição é r = 0,801 ± 0,002. Ressalta-se


que r é uma medida adimensional, já que é dado por uma razão entre velocidades
(ou alturas, como é o caso).
Ademais, faz-se necessário analisar o coeficiente linear B, o qual representa
a altura inicial:
Assim, a altura inicial dada pelo gráfico foi de h0 = (1,95 ± 0,02)m.
Percebe-se que é um valor bem próximo da altura utilizada
experimentalmente.
Por fim, calcula-se a dissipação percentual de energia cinética:

Logo, a cada colisão com o chão, a bola de borracha perde 36% de sua
energia inicial.

5) CONCLUSÃO:
Por meio do experimento realizado em laboratório, no dia 02/06/2023, foi
observado o coeficiente de restituição, onde r = (0,801 ± 0,002).
Observou-se que, à medida que a bola de borracha colidia com o chão, ela
voltava e atingia uma altura menor que a em que foi jogada, o que indica uma
colisão inelástica. Isso se deve à perda de energia cinética como demonstrado.
Caso, ela voltasse na mesma altura, não haveria dissipação de energia, logo o
coeficiente de restituição seria igual a 1, caracterizando uma colisão elástica. Já se
houvesse total dissipação de energia, a bola não retornaria e o coeficiente seria
igual a zero, representando uma colisão perfeitamente inelástica.
Por fim, quanto à aplicabilidade deste conceito, podem ser citados os estudos
necessários para equipar automóveis com equipamentos de proteção, a fim de
reduzir danos em possíveis acidentes.

Você também pode gostar