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COLISÃO INELÁSTICA - 21/11/2022

Alunas: Ana Cristina Gonçalves Camargos,


Jéssica Melissa da Silva Marques e
Nathália Camylle Nunes de Jesus.

Introdução

Uma colisão entre dois objetos pode ser classificada considerando-se a energia cinética do
sistema antes e depois da colisão. Quando a energia cinética se conserva, a colisão é elástica;
caso contrário, ela é inelástica. Quando os dois objetos permanecem unidos após a colisão,
esta é perfeitamente inelástica.
Considere uma bola de borracha que, ao ser solta de uma altura hi, chega ao chão com
velocidade vi. Durante o contato com o chão, a bola comprime-se e perde parte de sua
energia cinética; em seguida, salta, com velocidade vj, atingindo uma altura hj.

Objetivo

Determinar o coeficiente de restituição na colisão de uma bola de borracha com o chão.

Material utilizado

● Fita métrica fixada na parede da sala; e


● Duas bolas de borracha com alto coeficiente de restituição.

Procedimento

Serão utilizados para este experimento uma bola de borracha do tamanho de uma bola de
tênis e outra com cerca de ⅓ do tamanho da primeira. A fita métrica, fixada na parede, tem
uma altura máxima de cerca de 2 metros.
A primeira bola será posicionada, inicialmente, na altura de 2m - a qual foi chamada de h0 -, e
solta naquele ponto. Em seguida, através de uma filmagem do experimento, foi registrado o
momento em que a bola bateu no chão e a altura máxima após sua primeira colisão (o quão
alto ela pulou). Essa altura foi denominada h1. Este procedimento foi realizado cinco vezes,
então foi feita uma média em que foram obtidos os seguintes resultados:

Valores de h1 medidos, valor médio de h1 e sua incerteza


h1(m) h1’(m) h1’’(m) h1’’’(m) h1’’’’(m) hnmédio(m) Δh1(m)

1,23 1,235 1,14 1,18 1,22 1,201 0,001


Então, a bola foi posicionada na altura de h 1médio, ou seja, 1,201m, e o processo foi refeito,
tendo como resultado a altura h2médio = 0,745m.
Seguindo essa mesma lógica, o processo foi realizado mais duas vezes, tendo como resultado
os seguintes valores:

Tabela dos valores das alturas obtidas a cada colisão - Bolinha maior
n hn1(m) hn2(m) hn3(m) hn4(m) hn5(m) hnmédio(m)

0 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000

1 1,230 1,235 1,140 1,180 1,220 1,201

2 0,740 0,755 0,715 0,780 0,735 0,745

3 0,460 0,480 0,445 0,515 0,480 0,476

4 0,340 0,325 0,330 0,330 0,345 0,334

- Uma pequena observação: a incerteza de todas as alturas é 0,001m.

O procedimento foi feito novamente, do mesmo modo, porém, utilizando a bola menor. Os
seguintes resultados foram obtidos:

Tabela dos valores das alturas obtidas a cada colisão - Bolinha menor
n hn1(m) hn2(m) hn3(m) hn4(m) hn5(m) hnmédio(m)

0 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000

1 1,580 1,560 1,545 1,510 1,530 1,545

2 1,130 1,135 1,12 1,095 1,11 1,118

3 0,855 0,850 0,845 0,810 0,870 0,846

4 0,660 0,690 0,680 0,665 0,675 0,674

5 0,530 0,535 0,540 0,535 0,54 0,536

6 0,430 0,440 0,420 0,445 0,430 0,433

- A incerteza de todas as alturas também é 0,001m.

Em seguida, foi feita a plotagem dos gráficos de hn,(altura) em função de n(n° de arremessos)
para os dois casos, utilizando os valores médios de hn.
- No entanto, antes de realizar a plotagem em si, foi necessário realizar a linearização
da equação que relaciona essas duas variáveis, ou seja, da seguinte equação: hn = h0 *
r2n.
- Como resultado, a linearização será: ln(hn) = ln(h0) + (2lnr) . n
- Com isso, antes de plotar o gráfico foi necessário calcular o ln das alturas médias.
Após a linearização e os cálculos necessários, os seguintes gráficos foram obtidos:

Altura(m) x número de arremessos - Bolinha maior

Altura(m) x número de arremessos - Bolinha menor

Após a plotagem dos gráficos e sua linearização, é obtida uma função do tipo y= A∗x + B.
Comparando tal função com a fórmula ln(hn) = ln(h0) + (2lnr) . n , chega-se à conclusão que:
- y = ln(hn) ;
- x = n;
- A = 2lnr;
- B = ln(h0),
Utilizando esses dados, torna-se possível o cálculo do coeficiente de restituição r para os dois
casos.

Para a bolinha maior:


- Ao isolar a variável r, chegamos ao valor r = eA/2.
- Substituindo o valor de A por -0,4505 (valor obtido pelo gráfico), obteve-se r como
sendo, aproximadamente, 0,7983.
Para calcular a incerteza de r, utilizou-se a fórmula da incerteza por polinômios, ficando: Δr
= r . √(ΔA/A)².
- Fazendo a substituição:
Δr = 0,7983 . √(0,02/- 0,4505)² = 0,04.
- De acordo com o gráfico, o valor de h0 é, aproximadamente, 1,9148(m).

Para a bolinha menor:


- Ao isolar a variável r, chegamos ao valor r = eA/2.
- Substituindo o valor de A por -0,2577 (valor obtido pelo gráfico), obteve-se r como
sendo, aproximadamente, 0,9791.
Para calcular a incerteza de r, utilizou-se a fórmula da incerteza por polinômios, ficando: Δr
= r . √(ΔA/A)²
- Fazendo a substituição:
Δr = 0,9791 . √(0,008/- 0,2577)² = 0,03.
- De acordo com o gráfico, o valor de h0 é, aproximadamente, 1,9371(m).

Após o cálculo coeficientes de restituição das duas situações, foi realizado o cálculo da
energia cinética dissipada em cada cada lançamento. A fórmula utilizada foi: ΔE = 1/2 * v12 *
(1 - r2). Como a gravidade e a massa são fixas nesse experimento e v12 = h1/h0, ΔE = 100 -
(100*h1/ho), resultando em um valor em porcentagem.

Para a bolinha maior:

- ΔE1 = 100 - (100*1,201/2) = 39,35%


- ΔE2 = 100 - (100*0,745/1,201) = 37,95%
- ΔE3 = 100 - (100*0,476/0,745) = 36,10%
- ΔE4 = 100 - (100*0,334/0,476) = 29,83%

Para a bolinha menor:

- ΔE1 = 100 - (100*1,545/2) = 22,75%


- ΔE2 = 100 - (100*1,118/1,545) = 27,64%
- ΔE3 = 100 - (100*0,846/1,118) = 24,33%
- ΔE4 = 100 - (100*0,674/0,846) = 20,33%
- ΔE5 = 100 - (100*0,536/0,674) = 20,47%
- ΔE6 = 100 - (100*0,433/0,536) = 19,22%

OBS: Para o cálculo da energia cinética dissipada, foram usados os valores médios das alturas
e todas as unidades estão no SI.

Resultados
Como resultados, foram obtidos os dois coeficientes de restituição - um para cada situação:
- Bolinha maior: (0,7983 +- 0,04);
- Bolinha menor: (0,9791 +- 0,03);

Também foram obtidos os valores da energia cinética dissipada em cada lançamento. Dessa
forma, é possível dizer que os resultados foram satisfatórios, já que o objetivo foi concluído,
e condizentes com a realidade.

Conclusão:

Como conclusão, o objetivo do trabalho foi concluído com êxito, onde, através de dados
coletados experimentalmente, foi possível calcular o coeficiente de restituição de duas
bolinhas diferentes. Além disso, graças aos valores encontrados, foi possível realizar o
cálculo da energia cinética dissipada. Dessa forma, mesmo com as incertezas durante as
medições, foram obtidos resultados satisfatórios.

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