Você está na página 1de 8

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

SUL DE MINAS GERAIS


CAMPUS POUSO ALEGRE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

RELATÓRIO DA DISCIPLINA “TOPOGRAFIA I”


PRÁTICA: LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO POR IRRADIAÇÕES

INTEGRANTES DO GRUPO:

BARBARA AKEMI SHIMOKAWA DA SILVA


MARIA CLARA GRILO RIBEIRO MAGALHÃES
MARIA EDUARDA CALGARO
MARYANA PRADO ALMEIDA
TAMIRES DE CÁSSIA EUZÉBIO
TÚLIO GABRIEL PEREIRA
YASMIN YRIS CARNEIRO PEREIRA

TURMA: 2º PERÍODO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

POUSO ALEGRE
2022
2

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O levantamento topográfico por caminhamento ou também conhecido como


poligonação, é um método utilizado para a determinação das diferentes medidas lineares e
angulares de um imóvel rural ou urbano, possibilitando o cálculo da área e do perímetro do
mesmo.
Segundo Espartel (1977), é o método utilizado no levantamento de superfícies
relativamente grandes e de relevo acidentado, sendo que o mesmo requer uma quantidade maior
de medidas que os outros métodos e possui resultados com maior confiabilidade.
Já as irradiações consistem em um outro método de levantamento onde de apenas uma
estação é possível fazer várias visadas, obtendo-se as coordenadas das feições de interesse.
Ao juntar esses dois métodos é possível fazer irradiações a partir dos pontos definidos
na poligonal do caminhamento.
Assim como mostra a figura a seguir:

Figura 1: exemplo de levantamento com irradiações

1.1. OBJETIVO GERAL

Colocar em prática o que foi passado em aula sobre levantamentos por caminhamento
com irradiações, onde seria necessário fazer o levantamento do prédio administrativo e da
biblioteca do campus.
3

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Fazer a medição em campo dos ângulos Horizontais e Verticais, assim como as


Distancias Horizontais para posteriormente realizar os cálculos do levantamento feito em
campo e definir a área dos dois prédios.

2. METODOLOGIA

Primeiro passo é fazer o reconhecimento de campo, onde é possível definir onde serão
os pontos da poligonal e quais serão as irradiações e assim fazer a marcação dos mesmos.

Em seguida o aparelho é instalado no primeiro ponto, anotado o Azimute inicial e assim


iniciado o levantamento, sendo o aparelho zerado na ré e seguindo a anotação dos dados da
vante e das irradiações que seriam feitas daquele ponto. Finalizado esse processo, muda-se de
estação onde será realizado o mesmo procedimento até que seja instalado o teodolito no último
ponto definido da estação.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os dados colhidos em campo, foram organizados na tabela a seguir:

Ponto FS Ang. Ang.


Ré Estação Descrição FM(m) FI (m)
Visado (m) Zenital Horizontal
E3 E1 Vante 1,250 0,855 0,460 91º11'38'' 111º17'20''
E0 P1 Prédio Adm. 1,118 1,101 1,083 95º49'20'' 58º44'59"
P2 Prédio Adm. 0,432 0,272 0,112 92º30'41'' 22º34'38"
E0 E2 Vante 1,409 1,205 1,000 90º29'39'' 89º22'53"
E1 P3 Biblioteca 1,070 1,035 1,000 90º57'23'' 87º37'30"
P4 Prédio Adm. 0,428 0,244 0,059 91º56'59'' 07º40'38"
E1 E3 Vante 1,100 0,643 0,185 90º52'19'' 87º15'47"
P5 Biblioteca 1,000 0,947 0,893 92º14'1'' 05º28'14"
E2
P6 Biblioteca 1,900 1,750 1,600 89º40'09'' 66º58'03"
P7 Prédio Adm. 1,000 0,819 0,638 91º17'38" 79º43'59"
E2 E3 E0 Vante 1,382 1,191 1,000 69º40'43" 72º14'22"
E= 10'22"

Primeiro é feito o cálculo do erro angular, que tem como fórmula:

• Para ângulos internos:


4

𝜮𝑨𝒊 = 𝟏𝟖𝟎(𝒏 − 𝟐);


Onde n é o número de lados da poligonal
• Para ângulos externos:
𝜮𝑨𝒆 = 𝟏𝟖𝟎(𝒏 + 𝟐);

Como no trabalho foram utilizados os ângulos internos, utiliza-se:


𝛴𝐴𝑖 = 180(4 − 2)= 360º

𝛴𝐴𝑖 = 111º17'20''+ 89º22'53"+ 87º15'47"+ 72º14'22"= 360º10’22”

Sendo assim, o erro angular de 10’22”.

Para a correção, é feita a divisão do erro pelo número de lados da poligonal.

Correção= 10’22”/4= −2’35,5”

O resultado da correção foi anotado na tabela abaixo:

Ang. Ang. H
Correção
Horizontal Corrigido
111º17'20'' _-2'35,5" 111º14'44,5"
58º44'59"
22º34'38"
89º22'53" _-2'35,5" 89º20'17,5"
87º37'30"
07º40'38"
87º15'47" -2'35,5" 87º13'11,5"
05º28'14"
66º58'03"
79º43'59"
72º14'22" -2'35,5" 72º11'46,5"
E= 10'22" E=360º00'00"

Próximo passo é o cálculo do DH (Distância horizontal):

𝑫𝑯 = (𝑭𝑺 − 𝑭𝒊 ) ⋅ 𝒈 ⋅ (𝑺𝒆𝒏𝒁)𝟐

Onde:
5

𝐹𝑆 = fio superior;

𝐹𝑖 = fio inferior;

𝑔= constante do equipamento;

𝑍= ângulo zenital

𝐷ℎ𝐸𝑂−𝐸1 = (1,250− 0,460).100.(sen 91º11'38'')²= 79,966m

Em seguida é feito o cálculo dos azimutes da poligonal:

Az= Az(anterior) + Ang. Horizontal ±180−360

𝐴𝑧𝐸𝑂−𝐸1 = 285º0’0’’
𝐴𝑧𝐸1−𝐸2 = 285º0’0’’+ 89º20'17,5" – 180º= 194º20’17,5”

Com os azimutes da poligonal calculados, calcula-se os azimutes das irradiações:

AzEO−P1 = 353º45’15,5” + 58º44'59" – 180º = 232º30’14,5”


AzEO−P2 = 353º45’15,5” + 22º34’38” – 180º = 196º19’53,5”

Próximo passo é o cálculo dos ∆x e ∆y:

• ∆x= Dh . (senAz)

∆𝑥𝐸𝑂−𝐸1 = 79,966 . (sen 285º0'00") = –77,241

• ∆y= Dh . (cosAz)

∆𝑦𝐸𝑂−𝐸1 = 79,966 . (cos 285º0'00") = 20,697


∆𝑦𝐸3−𝐸0 = 33,593 . (cos 353º45’15”) = 33,394
6

Com os ∆x e ∆y calculados, faz-se a soma dos mesmos da poligonal para que seja descoberto
o erro linear.

∑∆x= −1,400m

∑∆y= −3,861m

Para a correção desses erros é utilizada a seguinte regra de três:

𝑃 𝐸𝑥
=
𝐷𝐻 𝐶
Onde:

P= perímetro da poligonal;

Dh= Distância horizontal do ponto da poligonal;

Ex= erro de X (∑∆x);

C= correção.

E0-E1:

245,935 −1,400
= = C= −0,455
79,966 𝐶

Sendo assim, é utilizado a fórmula:

∆x (corrigido)=∆x – C

∆x(corrigido)= –77,241 – (– 0,455) = – 76,786

O mesmo é feito para o erro no ∆y

E0-E1:

245,935 −3,861
= = C= – 1,255
79,966 𝐶

∆y(corrigido)= 20,697 – (– 1,255) = – 21,952

Feito todos os cálculos de correção dos ∆x e ∆y da poligonal é calculado o X e o Y absoluto.

X(absoluto) = X(estação) + ∆x(corrigido)


7

Y(absoluto) = Y(estação) + ∆y(corrigido)

E0-E1:

X(absoluto) = 1000 + (– 76,786)= 923,214m

Y(absoluto) = 1000 + 21,952= 1021,952m

Com todos os pontos devidamente corrigidos e calculados, os valores foram anotados na


planilha a seguir:

Correção Correção ∆x ∆y
DH Azimute ∆x ∆y X Y
∆x ∆y (corrigido) (corrigido)
79,966 285º0'00" -77,241 20,697 0,455 1,255 -76,786 21,952 923,214 1021,952
3,464 232º30'14,5" -2,748 -2,109 997,252 997,891
31,939 196º19'53,5" -8,981 -30,65 991,019 969,35
40,897 194º20'17,5" -10,128 -39,623 0,233 0,642 -9,895 -38,981 913,319 982,971
6,998 192º37'30" -1,53 -6,829 921,684 1015,123
36,857 112º40'38" 34,008 -14,21 957,222 1007,742
91,479 101º33'29" 89,624 -18,329 0,521 1,436 90,145 -16,893 1003,464 966,078
10,684 19º48'31,5" 3,621 10,052 916,94 993,023
29,999 81º18'20,5" 29,654 4,535 942,973 987,506
36,182 94º4'16,5" 36,091 -2,569 949,41 980,402
33,593 353º45'15,5" -3,655 33,394 0,191 0,527 -3,464 33,921 1000 1000
245,935 Ʃ= -1,400 Ʃ= -3,861
8

4. CONCLUSÕES

Tendo em vista que a prática solicitada consistia no levantamento do Prédio


Administrativo e da Biblioteca utilizando uma poligonal fechada com irradiações, com os dados
colhidos em campo foi possível realizar todos os cálculos necessários assim como foi possível
a determinação da área e a elaboração do desenho do levantamento.

REFERÊNCIAS

GIOVANINI, Adenilson. Levantamento Topográfico Por


Caminhamento? Disponível em:
https://adenilsongiovanini.com.br/blog/levantamento-topografico-por-caminhamento/.
Acesso em: 04 nov. 2022.

GIOVANINI, Adenilson. Levantamento por irradiação: O que é e como


fazer? Disponível em: https://adenilsongiovanini.com.br/blog/levantamento-por-
irradiacao/. Acesso em: 04 nov. 2022.

Você também pode gostar