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Forças impulsivas 07/11/2022

Alunas: Ana Cristina Gonçalves Camargos,


Jéssica Melissa da Silva Marques,
Nathália Camylle Nunes de Jesus.

Introdução:

Há várias situações em que a força resultante que atua sobre um objeto varia com o tempo e, em
algumas delas, essa variação pode ocorrer em um intervalo de tempo muito curto. Isso acontece, por
exemplo, nos casos de colisões.
De acordo com a segunda lei de Newton,
F = dp/dt, o momentum de uma partícula é alterado quando uma força resultante F atua sobre ela.
Assim, o impulso da força resultante F que atua sobre uma partícula é igual à variação do momentum
da partícula, ou seja, I = p. Esse resultado é conhecido como Teorema do impulso-
momentum.

Objetivo:

Medir e analisar a força de tração sobre um fio ao ser esticado bruscamente.

Material utilizado:

● Computador;
● Interface;
● Sensor de força:
● Suporte;
● Fio de nylon;
● Fio de algodão;
● Objeto com gancho para ser preso ao fio; e
● régua.

Procedimento:

Primeiramente, o sensor de força que converte a força exercida sobre ele em um sinal elétrico, foi
pendurado em um suporte. Em sua extremidade livre foi pendurado um fio de algodão com um objeto
qualquer de peso 95,2g, em sua ponta. O objeto foi levantado até a marca de 20cm, e solto naquele
ponto. O objeto cai até o limite do fio, tendo sua queda interrompida bruscamente. Deste modo, será
obtido o gráfico da tensão no fio em função do tempo, durante esse processo. O gráfico obtido ao final
do experimento foi:

Gráfico barbante
Com esses dados obtidos, foi calculada a incerteza do gráfico, da seguinte forma:
- Primeiramente, foi calculada a área do “contorno do gráfico” (a parte em amarelo), através da
contagem de todos os quadradinhos “quebrados” que fazem tal contorno. O valor encontrado
foi 110.
- Em seguida, multiplicou-se 110 pelo valor da área de um quadradinho, que é de 0,00025u.
Como resultado, a área obtida foi de 0,0275.
- Para calcular a incerteza, dividiu-se a área calculada por 2. Como resultado, a incerteza foi de
0,01u.
- Área do gráfico: (0,19995 +- 0,01)N.

Do mesmo modo, o procedimento foi repetido utilizando um fio de nylon, com um objeto qualquer de
peso 96,8g, em sua ponta.O seguinte gráfico os seguintes resultados foram obtidos:

Gráfico nylon
- Para o cálculo da área, o processo realizado foi o mesmo do anterior, obtendo uma área de
0,038u.
- Para a incerteza, o mesmo cálculo foi realizado, obtendo como incerteza 0,02u
- Área do gráfico: (0,24098 +- 0,02)N.

Uma pequena observação a ser feita: a incerteza das massas dos dois objetos é 0,1g.

Nos dois casos, a área encontrada através do gráfico corresponde ao impulso e ao momento linear,
necessário para calcular a velocidade final do objeto.
- Um ponto importante a ser considerado é que a velocidade inicial do nosso objeto é 0.
- Para calcular o impulso, a fórmula utilizada é I = F x Δt o que é, basicamente, o que está
sendo representado o gráfico.

Dessa forma, para calcular a velocidade, utiliza-se a fórmula do momento linear, a qual é:
momento linear = mVf - mVi , onde:
- m = massa do objeto;
- Vf = Velocidade final do objeto;
- Vi = Velocidade inicial do objeto.

Para o fio de algodão, o valor da velocidade final e sua incerteza será:


- 0,19995 = 0,0952Vf - 0,0952 x 0
- 0,19995 = 0,0952Vf
- Vf = 0,19995/0,0952 = 2,10
- Para o cálculo da incerteza, foi utilizada a fórmula dos polinômios: ΔVf = 2,10
√(0,01/0,19995)² + (0,001/0,0952)²
- ΔVf = 0,1

Para o fio de nylon, o valor da velocidade final e sua incerteza será:


- 0,24098 = 0,0968Vf - 0,0968 x 0
- 0,24098 = 0,0968Vf
- Vf = 0,24098/0,0968 = 2,49
- Para o cálculo da incerteza, foi utilizada a fórmula dos polinômios: ΔVf = 2,49 x
√(0,02/0,24098)² + (0,001/0,0968)²
- ΔVf = 0,2

Em seguida, o cálculo realizado foi o da tensão do fio sobre o objeto.

Para o fio de algodão:


- T = mg
- T = 0,0952 * 9,78 = 0,931052N
- O valor da gravidade utilizado foi g = (9,78 +- 0,05)m/s².
- Incerteza: ΔT = 0,931052 x √(0,001/0,0952)² + (0,05/9,78)²
- ΔT = 0,01

Para o fio de nylon:


- T = mg
- T = 0,0968 * 9,78 = 0,946704N
- O valor da gravidade utilizado foi g = (9,78 +- 0,05)m/s².
- Incerteza: ΔT = 0,946704 x √(0,001/0,0968)² + (0,05/9,78)²
- ΔT = 0,01

Todos esses cálculos foram feitos para permitir o cálculo da energia dissipada tanto no fio de algodão,
quanto no fio e nylon. A fórmula utilizada para calcular a energia dissipada foi:
Ed = (Epi + Eci) - (Epf + Ecf), onde:
- Epi = Energia potencial inicial;
- Eci = Energia cinética inicial;
- Epf = Energia potencial final;
- Ecf = Energia cinética final;
- Ed = Energia dissipada.

Para o fio de algodão:


- Ed = (mghi + mvi²/2) - (mghf + mvf²/2)
- Ed = (0,0952 * 9,78 * 0,2) - [(0,0952 * 2,10²)/2]
- Ed = -0,0237048

Para o fio de nylon:


- Ed = (mghi + mvi²/2) - (mghf + mvf²/2)
- Ed = (0,0968 * 9,78 * 0,2) - [(0,0968 * 2,10²)/2]
- Ed = -0,0241032

OBS: todas as medidas utilizadas nos cálculos estão nas unidades do SI.

Resultados:

Como resultado os seguintes valores foram obtidos:


- Velocidade final do fio de algodão = (2,10 +- 0,1)m/s
- Velocidade final do fio e nylon = (2,49 +- 0,2)m/s
- Tensão no fio de algodão = (0,931052 +- 0,01)N
- Tensão no fio de nylon = (0,946704 +- 0,01)N
- Energia dissipada no fio de algodão = -0,0237048J
- Energia dissipada no fio de nylon = -0,0241032J

Comparando um fio com o outro, é perceptível que a diferença entre os dois é bem pequena, em que
os valores do fio de nylon são um pouco maiores que os do fio de barbante. Até mesmo os gráficos
são bem semelhantes, ao se considerar o formato das curvas.
Tais diferenças se dão por causa de diversos fatores, sendo alguns deles a diferença da massa dos
objetos colocados no final dos fios e o próprio material dos fios.
Os resultados obtidos foram bem satisfatórios, já que o objetivo inicial do experimento foi cumprido.

Conclusão:

Como conclusão, é possível afirmar que, através do experimento, foi possível realizar uma análise
bem detalhada do que acontece quando um fio, acoplado a um objeto, é esticado bruscamente. Tal
análise permitiu o cálculo da velocidade do objeto, assim como a tensão exercida sobre ele e a energia
dissipada, permitindo o acesso a dados que não foram dados explicitamente no gráfico.

QUESTÃO

Com base no gráfico, a corda escolhida foi a II porque ela aparenta ser mais “macia”, não causando
um impacto tão brusco quando a energia cinética máxima está se convertendo em energia potencial
novamente (a “puxada” depois da “quicada” é mais suave).

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