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Relatório - Aula 8 - Forças Impulsivas

Título: Forças Impulsivas

Data: 08/06/2023

Nome: Rafael Felix dos Anjos e Antônio Vitarelli Lima Costa

Turma: PU3

1. Introdução

Há várias situações em que a força resultante que atua sobre um objeto varia com
o tempo e, em algumas delas, essa variação pode ocorrer em um intervalo de tempo
muito curto. Isso acontece, por exemplo, nos casos de colisões.
O experimento realizado trata-se de uma colisão no qual será medido a força que
atua quando a tensão que atua na esfera faz com que ela seja freada bruscamente,
ocasionando em alguns “picos” de força, que serão medidos com o auxílio de um
computador e um software ideal para a realização dessa medição.

2. Objetivos

O relatório tem como objetivo definir a área de cada um dos diferentes materiais
(nylon e barbante) e fazer uma comparação entre os dois, evidenciando qual possui a
maior a área e, consequentemente, o que possui a menor tendência de danificar a esfera
devido à essa frenagem brusca que ocorre pela força de tração.

3. Parte Experimental

Materiais Utilizados:
1 Computador
1 Barbante
1 Fio de Nylon
1 Transdutor de Força

O experimento consiste em segurar a esfera a uma certa altura, de modo que,


quando o software no computador é ativado, a esfera é solta. Desse modo, o transdutor
mede a força que é gerada a partir do momento em que a bola sofre um “impacto”,
causado pela ação da tração que atua no fio.
Primeiramente foi medido a força com o barbante e obtido um gráfico de Força x
Tempo, de modo que o experimento foi realizado mais 4 vezes para se obter um
resultado mais exato.
Após isso, trocou-se o barbante pelo fio de nylon e repetiu-se a primeira parte do
experimento, obtendo também resultados em um gráfico Força x Tempo, com a
utilização dos equipamentos do laboratório de Física.

Exemplo de realização do experimento

4. Resultados
Sendo assim, foram obtidos resultados para cada um dos materiais utilizados e,
diante disso, pode-se observar uma pequena diferença entre os dois valores.

Valor Incerteza Unidade


Área Nylon 0,181 ± 0,0026 N*s

Área Algodão 0,176 ± 0,0035 N*s

v final-Nylon 2,22 ± 0,47 m/s

v final-Algodão 2,122 ± 0,45 m/s

Valor Incerteza Unidade


Massa 50 ± 0,1 g

Tensão Nylon -9,429 ± 0 N

Tensão Algodão -19,179 ± 0 N

Vi Nylon 1,398 ± 0,069 m/s

Vi Algodão 1,398 ± 0,069 m/s

A incerteza das áreas foi calculado a partir do desvio padrão dos 4 valores encontrados:
(0, 1811125 − 0, 18006)² + (0, 1811125 − 0, 18052)² + (0, 1811125 − 0, 18338)²
(0, 1811125 − 0, 18049)² = 0,0026

(0, 1759275 − 0, 17403)² + (0, 1759275 − 0, 17647)² + (0, 1759275 − 0, 17472)²


(0, 1759275-0,17849)² = 0,0035

A incerteza das velocidades foi calculada a partir da fórmula:

∆ℎ ∆𝑔 0,5
∆𝑣𝑖 = 𝑣𝑖 ( ℎ
)² + ( 𝑔
)² = [(0, 01 ÷ 0, 02)² + (0, 01 ÷ 9, 78)²] x 1,398= 0,069
∆𝑣𝑖 ∆𝐼 ∆𝑚
∆vf= 𝑣𝑓 ( 𝑣𝑖
)² + ( 𝐼
)² + ( 𝑚
)² =
0,5
[(0, 069 ÷ 1, 398)² + (0, 0026 ÷ 0, 181)² + (0, 01 ÷ 0, 05)²] 𝑥 2, 22 = 0,47
0,5
[(0, 069 ÷ 1, 398)² + (0, 0035 ÷ 0, 176)² + (0, 01 ÷ 0, 05)²] 𝑥 2, 122 = 0,45

Fio de Nylon- Dados Obtidos


Barbante - Dados Obtidos

5. Questões do Roteiro

A velocidade no instante que o objeto passar a ser puxado pelo fio será dado pela
0,5
fórmula: Vi = 2𝑔ℎ = (2𝑥9, 78𝑥0, 2) = 1,398

A velocidade do objeto no instante em que o fio deixa de exercer força sobre ele,
|𝐼|
é dado por: 𝑣𝑓 = 𝑚 − 𝑣𝑖 = 0, 181 ÷ 0, 05 − 1, 398 = 2, 22 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑛𝑦𝑙𝑜𝑛,
𝑗á 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑎𝑙𝑔𝑜𝑑ã𝑜 𝑠𝑒𝑟á = 0,176 ÷ 0,05 - 1,398 = 2,122
𝑚𝑣𝑖2

A perda percentual de energia nesse processo será dada por : 1 − 2


𝑚𝑣𝑓² =
2
𝑣𝑖
1 − ( 𝑣𝑓 )² = 0, 60 para o nylon, já para o algodão o valor foi de 0,56

Ao se comparar todos os valores, percebe-se que o fio de nylon possui menor


tensão, maior perda de energia e maior tempo de interação se comparado ao barbante, o
que era esperado, pois nylon é conhecido por ser um material mais resistente, durável e
elástico do que o algodão. Isso significa que o fio de nylon é capaz de absorver mais
energia durante o salto e retornar parte dessa energia elástica, reduzindo assim a perda de
energia. Por outro lado, o algodão é um material menos elástico e menos resistente do
que o nylon. Ele pode sofrer deformações mais permanentes e apresentar maior perda de
energia devido à dissipação de calor e vibrações internas causadas pelo salto.

Além disso, há diferença nas curvas de Força x Tempo, apesar de parecidas, a


curva do fio de nylon é mais regular e previsível. E elas não são simétricas, isso porque
além de possuir um ponto de tensão máximo inferior, o fio de nylon leva mais tempo
para chegar a esse valor máximo, diferenciando assim as curvas de ambos.

Quanto às duas curvas apresentadas no gráfico, nós acharemos mais conveniente


saltar com a 2ª corda, já que em analogia ao demonstrado no experimento, essa corda
seria a correspondente ao fio de nylon, sendo assim mais elástica, perdendo mais energia
ao longo do processo e apresentando uma tensão máxima inferior e menos brusca.
6. Conclusão

Diante do experimento, é possível concluir que a partir das medidas obtidas é


possível obter resultados com certa exatidão sobre o experimento realizado.
Naturalmente, o material que apresentar uma maior flexibilidade possuirá uma
“montanha” maior. Quanto menor a área do gráfico, menor a capacidade de deformação
do material e, tecnicamente, maior a capacidade de fazer com que a esfera se deforme.
Um exemplo dessa aplicação na prática é o “bungee jump”, no qual caso fosse utilizado
um material com uma área menor, poderia causar danos graves em uma pessoa, visto que
ela sofreria uma espécie de “rebote”, podendo quebrar algum osso no processo.

Considerando o valor obtido no gráfico como um valor verdadeiro e calculando o erro


percentual entre o valor do gráfico e o da razão entre velocidades, obtemos:

𝑒 = 0, 181𝑥 (∆m/m)² + (∆vf/vf)² + (∆vi/vi)² = 0,053

Esse erro é considerado aceitável, dado que alguns fatores externos, como por
exemplo um número significativo de forças atuando sobre a esfera (além das
consideradas), que fizeram com que o experimento perdesse uma parte de sua precisão.

Por fim, através do experimento foi possível evidenciar o que foi falado acima,
visto que o nylon é relativamente mais “flexível” que o barbante, o que faz com que ele
tenha uma dispersão de forças mais gradual em relação ao barbante.

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