Você está na página 1de 11

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ÁREA1

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

GALPÃO TRELIÇADO

FRANCISCO MONTEIRO DOS SANTOS


LUÍS FELIPE VARJÃO MORAIS

SALVADOR-BA
1. PROJETO DO GALPÃO

Dados do Projeto

• Usar perfis laminados de aço ASTM A36.

• Sistema estrutural adotado: pórtico treliçado, sendo os banzos inferior e superior


estruturados com perfis "U" simples e as diagonais estruturadas com dois perfis
"L", paralelos, afastamento igual à largura dos banzos.
• O galpão se localiza na região periférica da cidade de São Paulo e é usado
como depósito.
• O galpão suportará as cargas indicadas:

❖ Telhas metálicas 0,1 kN/m2

❖ Instalações na cobertura 0,4 kN/m2

❖ Carga de vento* *de acordo com a NBR 6123/1988

❖ Peso próprio da estrutura 0,2 kN/m2

Dados Geométricos

• b = 20,00 m
• a = 60,00 m
• h = 6,00 m
• h1 = 1,76 m
• ß = 10,00 °
• d = 6,00 m (distância entre os pórticos)
• Vo = 45,00 m/s
Figura 1. Perspectiva do galpão

Figura 2. Perspectiva frontal do galpão

• Pressão dinâmica do vento

A determinação da pressão dinâmica, levará em consideração as condições


normais de pressão de 1 atm (101320MPa) e temperatura de 15°. Com esses dados
é possível fazer o cálculo da pressão dinâmica apartir da seguinte expressão:

Onde o valor de Vk é encontrado pela expressão:


sendo:

V0: velocidade básica.

S1: fator topográfico, figura 1.

S2: fator de rugosidade e dimensões da edificação, Tabelas 1 e 2.

S3: fator estatístico, Tabela 3.

Figura 1. Definição do Fator Topográfico (S1)

Tabela 1. Definição de categorias de terreno (S2)


Tabela 2. Fator de rugosidade e dimensão da edificação (S2)

Tabela 3. Fator estatístico (S3)

Fator Topográfico (S1)


Terreno plano ou fracamente acidentado

S1 = 1,00

Fator de Rugosidade (S2)


Categoria III - Classe C

b = 0,93

Fr = 0,95

p = 0,12
𝒛 𝒑
𝑺𝟐 = 𝒃 . 𝑭𝒓 . ( )
𝟏𝟎
S2 = 0,86
Fator Estático (S3)

Grupo 3

S3 = 0,95

Velocidade Característica de Vento

𝑽𝒌 = 𝑽𝟎 . 𝑺𝟏 . 𝑺𝟐 . 𝑺𝟑

𝑽𝒌 = 𝟑𝟔, 𝟔𝟗 𝒎/𝒔

Pressão Dinâmica

𝒒 = 𝟎, 𝟔𝟏𝟑 . 𝑽𝒌²

𝒒 = 𝟎, 𝟖𝟑 𝒌𝑵/𝒎²

Combinações de Esforços

Para as cargas aplicadas nos nós das treliças da cobertura:

𝐹1𝑑 = [1,25. (𝑝𝑝) + 1,35. (𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎 ) + 1,50. (𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑐𝑜𝑒𝑠)]. 6𝑚 . 2𝑚

𝐹1𝑑 = [1,25. (0,2) + 1,35. (0,1 ) + 1,50. (0,4)]. 6 . 2

𝑭𝟏𝒅 = [𝟏, 𝟎𝟓]. 𝟔 . 𝟐 = 𝟏𝟐, 𝟔 𝒌𝑵

𝑭𝟐𝒅 = [𝟏, 𝟎𝟓]. 𝟔 . 𝟏 = 𝟔, 𝟑𝟎 𝒌𝑵

Para as cargas aplicadas nos nós dos pilares (fechamentos laterais):

• Verticais (Peso próprio + telhas):

𝑭𝒗𝟏𝒅 = [1,25 . (0,20) + 1,35 . (0,10)]. 6 . 2

𝑭𝒗𝟏𝒅 = [0,39]. 6 . 2 = 𝟒, 𝟔𝟐 𝒌𝑵

𝑭𝒗𝟐𝒅 = [0,39]. 6 . 1 = 𝟐, 𝟑𝟏 𝒌𝑵

Com os esforços, foi possível fazer o detalhamento de cargas no pórtico.


Resolvendo o pórtico, foi possível encontrar a força axial de tração máxima no banzo
inferior da treliça de 85 kN, e no banzo superior foi encontrado o valor de
compressão máxima de 101 kN.

Figura 3. Cargas no Pórtico sem as cargas do vento

Figura 4. Esforços no banzo inferior

Figura 5. Esforços no banzo superior


2. DIMENSIONAMENTO

Propriedades Geométricas

Utilizando um perfil em "U" - Laminado

Ag = 7,78 cm2

d = 7,62 cm

bf = 3,58 cm

tw = 0,43 cm

Ix = 68,9 cm4

Iy = 8,2 cm4

rx = 2,98 cm

ry = 1,03 cm

ɣa1 = 1,10

ɣa2 = 1,35

h = d - 2 . tf = 7,62 - 2 . 0,69= 6,24 cm

CÁLCULO DO BANZO INFERIOR

Para escoamento da seção bruta

𝐴𝑔 . 𝑓𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
7,78 . 25
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 176,8 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 85 𝑘𝑁
1,10

Para ruptura da seção líquida

𝐴𝑒 . 𝑓𝑢𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2

𝐴𝑒 = 𝐶𝑡 . 𝐴𝑛 = 1 . 7,78 = 7,78 𝑐𝑚²

Onde:
- Perfil sem furos

- Força transmitida diretamente por solda ou parafuso

Então:
7,78 . 40
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 230 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 85 𝑘𝑁
1,35

Verificação da esbeltez máxima

𝐿 200
= = 194,2 < 300
𝑟 1,03

Sendo que ry=1,03 prevalece na verificação por ser o menor raio de giração
da peça, portanto situação mais propícia à instabilidade.

CÁLCULO DO BANZO SUPERIOR

Verificação da flambagem local da Alma

Elementos AA

ℎ 𝐸
( ) = 1,49 . √
𝑇𝑤 𝑙𝑖𝑚 𝑓𝑦

ℎ 6,24 𝐸 20000
= = 14,5 < 1,49 . √ = 1,49 . √ = 42,14
𝑡𝑤 0,43 𝑓𝑦 25

Verificação da flambagem local das mesas

Elemento AL

𝑏𝑓 𝐸
( ) = 0,56 . √
𝑡𝑓 𝑓𝑦
𝑙𝑖𝑚

ℎ 3,58 𝐸 20000
= = 5,19 < 0,56 . √ = 0,56 . √ = 15,84
𝑡𝑤 0,69 𝑓𝑦 25
Já que alma e mesa têm relação largura/espessura dentro dos limites, .

Condições dos vínculos

Valor do índice de esbeltez reduzido em relação aos dois eixos centrais de


inércia.

𝑄 . 𝐴𝑔 . 𝑓𝑦 1,0 . 7,78 . 25
𝝀𝟎 = √ =√ = 𝟐, 𝟐𝟐
𝑁𝑒 39,3

Verificação quanto à flambagem global

𝑘𝑥 . 𝐿𝑥 1,0 . 203
𝝀𝒙 = = = 𝟔𝟖, 𝟏𝟐 → 𝒆𝒊𝒙𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 𝒊𝒏é𝒓𝒄𝒊𝒂, 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑟í𝑔𝑖𝑑𝑜.
𝑟𝑥 2,98

𝑘𝑦 . 𝐿𝑦 1,0 . 203
𝝀𝒚 = = = 𝟏𝟗𝟕, 𝟏 → 𝒆𝒊𝒙𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒆𝒏𝒐𝒓 𝒊𝒏é𝒓𝒄𝒊𝒂, 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑟í𝑔𝑖𝑑𝑜.
𝑟𝑦 1,03

Força resistente

Adotando o valor de X = 0,597,

𝑋 . 𝑄 . 𝐴𝑔 . 𝑓𝑦 0,597 . 1,0 . 7,78 . 25


𝑵𝒄,𝑹𝒅 = = = 𝟏𝟎𝟓, 𝟔 𝒌𝑵
1,10 1,10

𝑵𝒄,𝑹𝒅 = 105,6 𝑘𝑁 > 𝑵𝒄,𝑺𝒅 = 101 𝑘𝑁

O PERFIL ATENDE AS
ESPECIFICAÇÕES,
OK!!!!

CONTRAVENTAMENTOS HORIZONTAIS

Como o galpão tem dimensões em planta = 20x60 m, faremos o seguinte:

• Contraventaremos a cada 3 pórticos, satisfazendo o espaçamento máximo


recomendado de 20 metros entre os travamentos e criando simetria.
• Contraventaremos também todas as bordas para garantir a eficiente
propagação das cargas de vento.

• O contraventamento será feito em "X", portanto cada peça será a diagonal do


retângulo (4,0 x 6,0m), resultando em 7,2m de comprimento total e 3,6m
(metade) de comprimento destravado na figura abaixo.

Figura 6. Modelo de Contraventamento

Você também pode gostar