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ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR

NÚCLEO DE APROFUDAMENTO EM CIÊNCIAS DA NATUREZA


Atividade Avaliativa – Laboratório de Física

Aluno (a)
Aluno (a)
Aluno (a) Turma: __________
Aluno (a)
Aluno (a)
Aluno (a)

POLIAS E ASSOCIAÇÃO DE POLIAS

INTRODUÇÃO

A humanidade sempre buscou criar técnicas e ferramentas que facilitem seu trabalho, ou que
permitem a realizar ações de força na construção de estruturas grandes e complexas. Uma das
máquinas simples mais antigas a serem utilizadas são as roldanas ou polias. Existe um conto que
afirma que Arquimedes foi o primeiro a construir e usar o sistema de roldanas. Para demonstrar sua
invenção, ele preparou uma apresentação. Estando um navio ancorado, ele deu a missão para os
soldados do Rei Hieron que o retirassem da água e eles com muito esforço conseguiram tirar o navio,
após isso Arquimedes fez um sistema de roldanas, acoplou ao navio e deu a extremidade livre da
corda ao rei, para que ele mesmo puxasse. O rei sozinho, sem muito esforço, conseguiu tirar o navio
da água.
Uma roldana é composta por uma roda leve, capaz de girar em torno do seu eixo central, e
com um fio passando por suas bordas. As roldanas podem ser fixas, com seu eixo preso a um suporte
rígido. Nesta configuração, a roldana tem apenas o movimento de rotação em torno do seu eixo, o
que permite apenas a mudança da direção das forças envolvidas nos objetos presos ao fio. As roldanas
móveis são utilizadas geralmente para deslocar cargas maiores, em conjunto com um sistema de
roldanas fixas, pois podem se descolar juntamente com a carga e exigem uma força menor que as
roldanas fixas, são caracterizadas por dividir a carga do objeto pela metade, se usadas corretamente.

Polia fixa

A imagem a seguir mostra uma pessoa levantando um objeto por meio de uma única polia
presa ao teto, denominada de polia fixa.
A força feita possui direção oposta à direção do movimento do objeto e é exatamente igual à
força que deveria ser feita caso o objeto fosse erguido diretamente com as mãos. As polias fixas não
diminuem a força aplicada. O benefício é a facilidade de posicionar um objeto no local desejado.

Polia móvel

Observe a figura a seguir. A polia de número 1 é fixa e apenas muda a direção de aplicação
da força, mas não gera diminuição do esforço necessário para levantar o objeto.

A polia 2 está presa ao objeto erguido e não há contato direto entre ela e o teto, por isso, ela é
denominada de polia móvel. A partir da aplicação da força 𝐹⃗ , tanto o objeto quanto a polia assumem
posições superiores, mas a força aplicada não é igual ao peso real do objeto.
Cada polia móvel diminui pela metade a força necessária para levantar um objeto.
Quanto maior for o número de polias móveis, menor será a força aplicada sobre o sistema para mudar
a posição vertical do objeto.
A força 𝐹⃗ necessária para levantar um objeto de peso 𝑃⃗⃗ é definida a partir do número de polias
móveis (n), configurando a seguinte equação:
𝑷
𝑭=
𝟐𝒏
As polias 2, 3 e 4 do sistema a seguir são móveis.
A aplicação da equação anterior mostra que a força necessária para elevar o objeto preso à polia 4 é
igual à oitava parte do peso real do objeto, conforme pode ser observado no diagrama abaixo.

OBJETIVOS

1) Entender para que servem roldanas fixas e móveis;


2) Analisar a associação de roldanas;
3) Interpretar as situações em que um sistema de roldanas é utilizado no dia a dia;
4) Calcular a vantagem mecânica de um sistema de roldanas.

MATERIAIS UTILIZADOS

1) 01 sistema de sustentação principal com tripé, haste principal e sapatas niveladoras e mesa suporte
Arete;
2) Régua;
3) barbante.
4) 06 massas acopláveis com peso de 50 gf (aproximadamente 0,5 N cada uma).
5) 02 ganchos lastro.
6) 01 roldana móveis com gancho.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1- Primeiramente execute a montagem conforme indicado na figura 01 abaixo.


A

Fig. 01: Montagem experimental com as massas e a polia fixa utilizadas na experiência.

2- Meça o valor da força resistente 𝐹⃗𝑅 (carga ou peso do conjunto formado pelas 2 massas acopláveis,
massas A’s).
FR = _____ N.

2.a) Verifique o valor da força equilibrante (motriz) 𝐹⃗𝑀 , massas B’s, capaz de equilibrar 𝐹⃗𝑅 .
Obs.: A força equilibrante ⃗𝑭⃗𝑴 seria a força exercida por um agente externo para equilibrar a
força resistente ⃗𝑭⃗𝑹 .

FM = _____ N.

2.b) Chamamos de vantagem mecânica estática real à razão entre a força resistente e a menor força
motriz FM que equilibra o sistema.

Determine a vantagem mecânica estática real da roldana fixa utilizada.

VM = ______

2.c) Com a escala milimetrada meça a distância dM percorrida pela força motriz, para elevar a carga
de uma distância qualquer dR.

dM = ____ dR

3- Agora, execute a montagem conforme indicado na figura 02 abaixo.


Fig. 02: Montagem experimental com as massas e uma polia móvel utilizadas na experiência.

3.a) Repita os procedimentos 2, 2.a, 2.b e 2.c para calcular a força resistente 𝐹⃗𝑅 , a força equilibrante
(motriz) 𝐹⃗𝑀 , a vantagem mecânica e a distância dM percorrida pela força motriz, para elevar a carga
de uma distância qualquer dR.
FR = _____ N.

FM = _____ N.

VM = ______

dM = _______ dR

4- Finalmente, execute a montagem conforme indicado na figura 03 abaixo.

Fig. 03: Montagem experimental com as massas e duas polias móveis utilizadas na experiência.
4.a) Repita os procedimentos 2, 2.a, 2.b e 2.c para calcular a força resistente 𝐹⃗𝑅 , a força equilibrante
(motriz) 𝐹⃗𝑀 , a vantagem mecânica e a distância dM percorrida pela força motriz, para elevar a carga
de uma distância qualquer dR.
FR = _____ N.

FM = _____ N.

VM = ______

dM = _______ dR

4.b) Verifique que cada roldana móvel reduz à metade o módulo da 𝐹⃗𝑅 que recebe, por este motivo é
que denominamos a este conjunto de talha exponencial.
Para um caso geral qual é a equação que relaciona o módulo de 𝐹⃗𝑅 em função de 𝐹⃗𝑀 , em relação do
número n de roldanas móveis utilizadas na talha exponencial.

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4.c) Analise a assertiva abaixo e justifique se ela está correta ou falsa.


As polias móveis reduzem a intensidade da força e, consequentemente, reduzem o trabalho realizado
pela força motora 𝐹⃗𝑀 .

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FISÍCA E VESTIGULAR. Polias e roldanas. 2008 - 2018. Disponível em:


<http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/polias-e-roldanas/>. Acesso em 13 maio
2023.

SILVA, P.F; TRINDADE, T.; CORREIA, C.F. Física Experimental I. 1.ª Edição. Universidade
Federal do Vale do São Francisco. Campus Serra da Capivara. Junho de 2018. 18 p.
MOMENTO ANGULAR

INTRODUÇÃO

Segundo a Primeira Lei de Newton, sabemos que um corpo permanece em seu estado de
repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que seja obrigado e mudar aquele estado por
forças atuando sobre ele. Da mesma forma a inércia se aplica a um corpo que roda em torno de um
eixo. A propriedade que um corpo tem de resistir a alterações em seu estado de movimento de rotação
é chamada de inércia rotacional, ou momento de inércia.
Da mesma forma que na inércia para o movimento linear, a inércia rotacional também depende
da massa do corpo. Mas diferentemente do movimento linear, a inércia rotacional depende da
distribuição da massa em relação ao eixo de rotação. Quanto maior for a distância entre a maior parte
da massa e eixo de rotação maior será sua inércia rotacional.
Considerando dois possíveis eixos de rotação sobre um objeto, em torno do primeiro eixo
(Figura A) a inércia rotacional é menor, pois a maior parte da massa está situada muito próxima dele.
É fácil rodar o objeto para um lado e para o outro em torno desse eixo. Já em torno do segundo eixo
(Figura B), a inércia rotacional é maior.

Figura A: Barra de comprimento L e massa m, com eixo de rotação passando pelo centro.

Figura B: Barra de comprimento L e massa m, com eixo de rotação passando pela extremidade.

Torque, ou momento de uma força, consiste na ação de girar ou torcer um corpo em torno do
seu eixo de rotação (polo) por meio da aplicação de uma força. Para aplicarmos um torque sobre um
corpo, é necessário que a força aplicada sobre ele não coincida com o seu eixo de rotação. A distância
entre o ponto de aplicação da força e o polo é chamada de braço de alavanca.
. O torque é análogo à força para o movimento rotacional. Da mesma maneira que a inércia
rotacional difere da inércia ordinária, o torque difere da força, pois ambos casos envolvem a distância
ao eixo rotacional. No caso do torque esta distância é chamada de braço de alavanca. Ela é a distância
mais curta entre a força aplicada e o eixo de rotação. Definimos torque como o produto do braço de
alavanca pela força que tende a produzir a rotação.
Analogamente ao momento linear (produto da massa pela velocidade), a inércia rotacional de
um objeto em rotação chama-se momento angular (produto da inércia rotacional pela velocidade
angular). Como o momento linear, o momento angular é uma quantidade vetorial e possui uma
direção, um sentido e um valor. Da mesma maneira que é necessária a existência de uma força externa
resultante atuante para alterar o momento linear de um corpo, é necessário haver um torque externo
resultante para alterar o momento angular de um objeto.
Assumindo que a velocidade do corpo seja um vetor perpendicular ao vetor raio de rotação, a fórmula
é:
L = mrv = I
 L: momento angular (kg.m2/s);
 m: massa (kg);
 r: raio de rotação (m);
 v: velocidade (m/s);
 I: momento de inércia (kg.m2);
 : velocidade angular (rad/s).

Caso o vetor velocidade não seja perpendicular ao vetor raio, deve-se multiplicar a fórmula
anterior pelo seno do ângulo formado entre os dois vetores.

OBJETIVO

Analisar o comportamento de um sistema aplicando conceitos da conservação do momento


angular

MATERIAIS UTILIZADOS

Equipamento para análise da dinâmica do movimento rotacional (plataforma giratória).

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Coloca-se uma pessoa em pé ou sentada numa plataforma giratória, isenta de atrito, com os
dois braços abertos, completamente na horizontal (Figura C). Com o auxílio de outra pessoa, dê um
leve impulso para que se adquira uma velocidade inicial não muito elevada para que se possa manter
o equilíbrio sobre a plataforma. Em seguida, a pessoa que está sobre a plataforma fecha os braços e
junta-os ao tronco (Figura D).

Figura C: Uma pessoa em pé com os Figura D: A mesma pessoa em pé com


braços abertos, sobre a plataforma os braços próximos ao tronco, sobre a
giratória de baixo atrito. plataforma giratória de baixo atrito.
ANÁLISE DA OBSERVAÇÃO

Neste experimento observa-se uma das mais importantes leis da física, relacionada a dinâmica
de rotações, a Conservação de Momentum Angular.
Num primeiro momento com seus braços completamente estendidos horizontalmente, a
pessoa (juntamente com a plataforma) girava com uma determinada velocidade. Quando ela fecha os
braços o momento de inércia diminui, para conservar o momento angular, ou seja, para que
(Iω)inicial = (I’ω’)final

Como o momento de inércia no final diminuiu (I’< I) a velocidade angular deve aumentar
(ω’ > ω) para manter a igualdade acima. Assim percebesse-se que quando o homem fecha os braços
sua velocidade aumenta e quando abre os braços sua velocidade diminuiu novamente conservando,
assim, o momento angular.

Figura E: Alteração da velocidade angular em função da posição dos braços em relação ao corpo.

Este fenômeno é um bom exemplo para mostrar que, se num sistema (pessoa e plataforma)
nenhum agente externo interagir com este, não irá alterar o seu estado inicial (tomando como base o
momento inicial como logo após o impulso do ajudante). Se a pessoa voltar a abrir os braços, pode-
se notar que ela retornará à sua velocidade inicial, aquela logo após o impulso.

CONTEXTUALIZAÇÃO

O princípio descrito também é utilizado pelos patinadores, bailarinos, saltadores ornamentais,


etc. Para aumentar a velocidade de rotação, tenta-se aproximar a maior quantidade possível de massa
próximo ao eixo de rotação, por exemplo, fechando os braços ou encolhendo o corpo. Para diminuir
a velocidade de rotação tenta-se espalhar a maior quantidade de massa possível longe do eixo de
rotação, por exemplo abrindo os braços ou alinhando o corpo.

Figura F: Uma bailarina gira em torno de seu eixo vertical1de rotação r com os braços estendidos e com velocidade
angular ω1. Fechando os braços sua velocidade angular passa a ser ω2 maior do que ω1.
Com essa mesma intenção, os equilibristas de circo caminham sobre cordas esticadas levando
consigo um bastão comprido para ajudar a se equilibrarem. A maior parte da massa do bastão está
distante do eixo de rotação, que se encontra no seu ponto médio, o que faz com que o bastão tenha
um momento de inércia considerável. Quanto mais comprido for o bastão, melhor. Quando o
equilibrista começa a tombar para um dos lados ele aperta o bastão para forçá-lo a tombar também.
Como a inércia rotacional do bastão resiste, o equilibrista consegue tempo suficiente para se
reequilibrar. Caso o equilibrista não possua um bastão, o simples fato de abrir os braços aumenta a
inércia rotacional do seu próprio corpo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Magia da Física e do Universo. Disponível em: < http://magiadafisica.blogspot.com/2009/06/


plataforma-giratoria_19.html/>. Acesso em 13 maio 2023.

GOMES, A.H. Forças internas e a conservação do momento angular. Revista Brasileira de Ensino de
Física, vol. 40, nº 3, e3701 (2018).

Os Fundamentos da física. Como se explica. Disponível em: <http://osfundamentosdafisica.


blogspot.com/2013/01/leituras-do-blog_23.html/>. Acesso em 13 maio 2023.

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