Você está na página 1de 9

1

I – Objetivos

- Determinar os pesos para cinco moedas (somando-os um a um) por meio de uma
polia fixa e calcular suas vantagens mecânicas.

- Calcular as vantagens mecânicas para o sistema de uma polia móvel e para o


sistema com três polias móveis com as mesmas cincos moedas somando seus pesos.

- Calcular a vantagem mecânica para o sistema cadernal com o peso das mesmas
cinco moedas.

II – Resumo

No seguinte trabalho descrevemos o experimento de sistemas de polias, o qual


foi utilizado para medir a força peso, determinar a tração em uma corda, calcular a
força resultante e demonstrar como a polia altera o sentido de uma força. Para calcular
a intensidade da força peso, valor teórico, medimos a massa do corpo utilizado e
tomamos a aceleração da gravidade como 9,8 m/s². Comparamos o resultado obtido
com a tração do barbante dada no dinamômetro em diversas montagens, para
comprovar a eficiência da metodologia utilizada para cálculo de tração. Tivemos por
objetivo a fundamentação teórica e a comprovação prática do uso de associação de
polias. Com a montagem dos aparatos experimentais determinamos as forças
resistentes, calculamos a força motriz, comparamos com os valores teóricos,
podemos também determinar a força de tração. Através da determinação de todos
estes valores podemos calcular para. Polias fixas e móveis. Calculando as forças
exercidas num momento e logo após com o uso de mais polias podemos relacionar e
descobrir as mudanças nas forças e em suas medidas com o acréscimo ou redução
de polias, podendo confirmar ou não a validade do experimento.

Palavras-chave: Polias, força resistente, força motriz, tração, polias fixas, polias
móveis.

III – Introdução Teórica


Arquimedes que foi físico, matemático e um grande inventor no século III a.C,
se viu num grande problema em certo dia em que o rei da cidade de Siracusa lhe
2

propôs um desafio, levantar um enorme e muito pesado navio com o objetivo de


colocá-lo no mar. Diante da situação, Arquimedes com sua enorme genialidade
informou ao rei que além de erguer o navio, ele iria usar apenas uma mão. Perplexo
pelo o que o inventor falou, o rei desacreditou que tal façanha seria possível.

De fato, o Arquimedes cumpriu com sua palavra, e ergueu o enorme navio com
todos os tripulantes dentro com apenas uma mão. O notável gênio utilizou um sistema
de polias (também conhecido como roldana), que possibilitou que o navio fosse
colocado no mar com uma certa tranquilidade.

Uma polia consiste num dispositivo mecânico que tem o objetivo de facilitar e
reduzir a força necessária para deslocar um corpo com grande peso, a exemplo do
navio do rei de Siracusa.

Imagem 1: Representação de uma polia fixa.

A polia é composta por uma roda que gira em torno de um eixo central e possui
um sulco por onde passa uma corda ou um fio como foi representado na imagem 1.

O primeiro sistema apresentado foi um onde uma polia fixa tinha o objetivo de
facilitar a locomoção de um corpo. É de suma importância ressaltar que a polia fixa
altera apenas a direção e sentido da força, sua intensidade continua a mesma, o que
deixa claro que seu objetivo é facilitar a locomoção do corpo.

No entanto, outros sistemas que apresentam polias móveis são até mais
eficazes para levantar corpos muitos pesados.
3

- Polias móveis:

Imagem 2 – Representação de uma polia móvel.

Nesse sistema que apresenta polia móvel verificamos que na situação de


equilíbrio das forças a relação entre as forças é a seguinte:

F = R/2

Onde F é a força necessária para manter o equilíbrio no sistema.

De outro modo, podemos ter mais de uma polia móvel.

Imagem 3: Representação de três polias móveis, também conhecido como talha exponencial.
4

O sistema talha exponencial se mostra mais eficaz quando precisamos diminuir


a intensidade da força necessária para erguer o corpo. Porém em indústrias o sistema
chamado de cadernal é mais utilizado, devido a comodidade

Esse outro sistema apresenta a seguinte relação entre as forças no equilíbrio:

F = R/8

Generalizando esta relação temos que:

F = R/ 2n

Onde n é o número de polias do sistema.do sistema.

Imagem 4: Representação de um cadernal.

Neste sistema a relação entre forças será:

F = R/6

Que generalizando será:

F = R/2n

IV – Procedimento experimental

Durante o experimento, foram utilizados: um suporte vertical, 5 pesos de metal,


um suporte para os pesos, dois dinamômetros - um na cor azul, com resolução de
0,02 N e um preto, com resolução de 0,05 N -, linha branca e um conjuntos de polias
que podiam ser posicionadas de acordo com as configurações desejadas, que foram
5

as quatro seguintes: polia fixa, polia móvel, talha exponencial e o cadernal, conforme
pode ser visto nas imagens 1, 2, 3 e 4..

A fim de se obter as medidas, uma das pontas da linha branca foi amarrada na
extremidade do suporte dos pesos e a outra, no dinamômetro. Primeiramente o peso
dos 5 pesos - numerados de 1 a 5 - foi medido sem o uso de polias (Imagem 5). O
peso 1 foi colocado no suporte e o seu peso foi obtido com o dinamômetro azul; depois
o peso 2 foi adicionado ao 1, no suporte, e o peso dessa configuração foi medido, e
assim sucessivamente, até que a última medida foi realizada com os 5 pesos juntos.
(Durante o processo de obtenção dessas medidas iniciais de referência, houve a troca
do dinamômetro azul para o preto, a partir de quando foi colocado o 4º peso no
suporte. O motivo é que o primeiro instrumento não conseguiria mais fazer as
medidas, por causa do fundo de escala, que era de 2 N. Por isso, para a 4° e a 5°
configuração, com 4 e 5 pesos, respectivamente, foi utilizado o dinamômetro preto, de
resolução igual a 0,05 N.)

Imagem 5: diagrama da montagem em laboratório para a medida do peso de cada


configuração dos 5 pesos utilizados.

Após realizadas as medidas de referência, a primeira configuração de polias foi


montada (imagem 1) e a força medida no dinamômetro foi lida (para as medidas dos
pesos com as polias, apenas o dinamômetro azul foi usado, pois tinha fundo de escala
suficiente para as medidas e contava com uma resolução melhor); assim também para
6

cada uma das 5 configurações de pesos. Esse procedimento foi repetido para a polia
móvel, a talha exponencial e o cadernal.

V – Resultados e discussão

Primeiramente, foram medidas a força resistente associada a cada combinação


de pesos usadas durante o experimento. E, como não havia como confirmar de que
os pesos possuíam de farto a mesma massa, cada um destes foi marcado como I, II,
III, IV e V para que fosse sempre usada a mesma combinação de pesos nas medidas
subsequentes. Segue o resultado destas medições:

Imagem 6 – Dados experimentais da força resistente para os corpos utilizados.

Força Resistente (N)


0,54 (Peso I)
1,04 (Peso I+II)
1,54 (Peso I+II+III)
2,00 (Peso I+II+III+IV)
2,50 (Peso I+II+III+IV+V)

Seguem nas seguintes tabelas os resultados obtidos, segundo cada configuração


de polias, para a força mediada no dinamômetro e a consequente vantagem mecânica
do sistema:
7

I) Polia fixa:

Imagem 7 – Dados experimentais para a polia fixa.

Força Resistente (N) Força Potente (N) Vantagem Mecânica


0,54 0,54 1
1,04 1,02 1,02
1,54 1,52 1,01
2,00 2,1 0,95
2,50 2,65 0,94

II) Polia móvel:

Imagem 8 – Dados experimentais para a polia móvel.

Força Resistente (N) Força Potente (N) Vantagem Mecânica


0,54 0,3 1,8
1,04 0,54 1,93
1,54 0,78 1,97
2,00 1 2
2,50 1,3 1,92

III) Montagem com 3 polias móveis:

Imagem 9 – Dados experimentais para a associação de 3 polias móveis.

Força Resistente (N) Força Potente (N) Vantagem Mecânica


0,54 0,12 4,5
1,04 0,18 5,77
1,54 0,26 5,92
2,00 0,32 6,25
2,50 0,40 6,25
8

IV) Cadernal:

Imagem 10 – Dados obtidos no uso do cadernal.

Força Resistente (N) Força Potente (N) Vantagem Mecânica


2,50 0,44 5,68

Para as duas primeiras configurações e para o cadernal, os valores obtidos


para a vantagem mecânica se aproximam de seu valor ideal, isto é, 1; 2; 6,
respectivamente. A diferença entre o valor ideal e o valor obtido e pequena para ser
apenas erro de medida.

Porém, para o sistema com 3 polias móveis, a diferença entre a vantagem


mecânica ideal e a obtida e grande demais para ser considerada erro de medida.
Provavelmente, deve-se ao efeito do atrito no sistema, que se torna menos intenso
quando as tensões aumentam, como é evidenciado com a aproximação do valor real
ao valor ideal com o aumento de carga. Possivelmente, uma redução neste efeito
poderia ser notada lubrificando-se as cordas em contato com as polias, uma vez que
as condições do experimento original fossem reproduzidas.

VI – Conclusão

Sumarizando, o experimento consistiu em associar polias fixas e móveis em


um mesmo sistema. Apreendeu-se o método de redução do esforço físico através da
diminuição da força associada as polias móveis e/ou a mudança de direção e sentido
da aplicação para uma posição mais confortável, o que proporciona a produção de
trabalho de forma mais eficiente. Os resultados foram obtidos de forma satisfatória, já
que estes se encontram dentro da margem mínima de erro de (±10%), garantindo a
eficiência da teoria e do experimento.
9

VII – Bibliografia

[1] NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica: Mecânica (vol. 1).
Editora Blucher, 2013.
[2] RESNICK, Robert; HALLIDAY, David; KRANE, Kenneth. Física Vol. I. I, 2004.
[3] YOUNG, Hugh D. et al.Sears e Zemansky física I: mecânica. Pearson Addison
Wesley, 2003.

Você também pode gostar