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Unidade IV

Resolução de Exercícios

Apresentação

Guilherme Pereira dos Reis

Engenheiro Civil formado na Universidade Católica de Brasília (UCB), em graduação sanduíche pela
California State University, Los Angeles (CSULA)

Mestre em Integridade Estrutural pela Universidade de Brasília (UnB)


Resolução de Exercícios

Resolução de Exercícios

Exercício Laje Protendida

(Emerick, 2006)
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Dados:

• Armadura ativa: Monocordoalhas engraxadas – CP 190 RB – ∅ 12,7mm

• Armadura passiva: CA-50 e CA-60

• Concreto: 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐 = 30 MPa

• Idade da protensão: 5 dias

• Resistência do concreto na idade de protensão:

• 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐,5 = 30 exp{0,25[1−(28/5)1/2]} ≅ 21 MPa


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• Módulo de elasticidade:

• Inicial – 𝐸𝐸𝑐𝑐28 = 5600 (30)1/2 = 30.672 MPa

• Secante – 𝐸𝐸𝑐𝑐𝑐𝑐 = 0,85 𝐸𝐸𝑐𝑐28 = 26.071 MPa

• Na idade de protensão – 𝐸𝐸𝑐𝑐5 = 5600 (21)1/2 = 25.662 MPa

• Resistência característica à tração:

• 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 0,21(30)2/3 = 2,03 MPa

• 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐,5 = 0,21(21)2/3 = 1,60 MPa

• Resistência média à tração:

• 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐,𝑚𝑚 = 0,30(30)2/3 = 2,90 MPa


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CARREGAMENTOS ATUANTES NA LAJE

É considerado a utilização do pavimento seja para escritórios e ainda que as divisões internas dos
ambientes sejam feitas com divisórias, existindo alvenaria somente ao longo do contorno da laje.
Considera-se os seguintes carregamentos atuantes:

Peso próprio: 500 kgf/m2 (5 kN/m2)

Sobrecarga: 200 kgf/m2 (2 kN/m2)

Revestimento: 100 kgf/m2 (1 kN/m2)

Divisórias: 100 kgf/m2 (1 kN/m2)

Alvenaria no contorno da laje (espessura 15 cm): 540 kgf/m.


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DEFINIÇÃO DO CARREGAMENTO A SER EQUILIBRADO COM A PROTENSÃO

Em geral, adota-se para o carregamento a ser equilibrado o peso próprio acrescido de uma parcela
do carregamento total. O ACI 423 recomenda que quando sejam previstas paredes divisórias leves e
sobrecarga total entre 200 e 300 kgf/m2, se equilibre o peso próprio mais 50 kgf/m².

Caso seja adotado esse critério, a carga distribuída a se equilibrar seria de 550 kgf/m2 (5,5 kN/m2).

Outro critério bastante usual é equilibrar o peso próprio mais 10% do carregamento total, o que
resulta numa carga distribuída a ser equilibrada de 590 kgf/m2 (5,9 kN/m2), que será o valor adotado
nesse exemplo.
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DETERMINAÇÃO DA EXCENTRICIDADE DOS CABOS

Conforme discutido, em geral busca-se assumir os maiores valores possíveis para a excentricidade
dos cabos, buscando um melhor aproveitamento do material. Para o exemplo em questão a
excentricidade dos cabos foi fixada nos limites superior e inferior da laje respeitando um cobrimento
mínimo de 2,5 cm. Dessa forma, tem-se o seguinte perfil para o cabo:

Com relação o ponto de inflexão dos cabos, eles foram posicionados a uma distância de 10% do vão.
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DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE PROTENSÃO NECESSÁRIA E CÁLCULO DA QUANTIDADE DE


CABOS

Para o cálculo da protensão será utilizado o método das cargas equilibrantes. Um procedimento
prático é ignorar o efeito da mudança de curvatura dos cabos sobre os pilares e usar as equações
para obter uma estimativa da força de protensão necessária e assim a quantidade de cabos.

Depois de obtida a força de protensão utiliza-se a formulação apresentada nas referências,


considerando o efeito da mudança de curvatura dos cabos sobre os pilares, para a análise das
tensões em serviço na laje.
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Considerando uma faixa de largura unitária, a força de protensão necessária para equilibrar os
carregamentos indicados será:

𝑞𝑞𝑙𝑙12 𝑄𝑄𝑙𝑙1 590 . 22 540 . 2


𝑃𝑃 = + = + = 34.769𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚
2𝑓𝑓1 𝑓𝑓1 2 . 0,065 0,065

𝑞𝑞𝑙𝑙32 590 . 82
𝑃𝑃 = = = 36.308𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚
8𝑓𝑓3 8 . 0,13

Adotando um sistema de protensão com monocordoalhas engraxadas em aço CP 190 RB e ∅12,7


mm tem-se:

Protensão aplicada: 14 tf/cordoalha

Admitindo que as perdas finais fiquem em torno de 12%, tem-se:


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CÁLCULO DA CARGA BALANCEADA COM A PROTENSÃO ADOTADA

Para efeito de cálculo serão admitidos os seguintes valores para as perdas médias de protensão:

• Perdas imediatas = 6%

• Perdas finais = 12%.

Dessa forma, considerando a existência de 24 cordoalhas sendo protendidas com 14 tf cada, usando
as equações obtém-se as seguintes cargas balanceadas:
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VÃOS INTERNOS:
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−4 . 0,94 . 24 . 14000 . 0,13


𝑞𝑞𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 = = −25.662𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚
0,1 . 8²

−4 . 0,88 . 24 . 14000 . 0,13


𝑞𝑞𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 = = −24.024𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚
0,1 . 8²

−4 . 0,94 . 24 . 14000 . 0,13


𝑞𝑞𝐵𝐵2𝑖𝑖 = = 6.415𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚
(0,5 − 0,1) . 8²

−4 . 0,88 . 24 . 14000 . 0,13


𝑞𝑞𝐵𝐵2𝑓𝑓 = = 6.006𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚
(0,5 − 0,1) . 8²
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BALANÇOS:

No caso dos balanços, para o cálculo da carga equilibrada com a protensão será ignorada a
curvatura dos cabos sobre a região do pilar.
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−4 . 0,94 . 24 . 14000 . 0,065


𝑞𝑞𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 = = −10.265𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚

−4 . 0,88 . 24 . 14000 . 0,065


𝑞𝑞𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 = = −9.610𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚

CÁLCULO DOS ESFORÇOS NA LAJE

COMBINAÇÕES DE CARREGAMENTO

Conforme mencionado no início do exemplo, será usado o processo do pórtico equivalente para o
cálculo dos esforços para as diversas combinações de carregamento.
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• COMB. 1: G1 + 1,1qBi – verificação da ruptura no ato da protensão.

• COMB. 2: G1 + G2 + PAR + Q1 + Q2 + qBf – verificação das tensões do ACI 423 [2].

• COMB. 3: G1 + G2 + PAR + 0,2(Q1 + Q2) + qBf − combinação quase permanente.

• COMB. 4: G1 + G2 + PAR + 0,3Q2 + 0,2Q1 + qBf − combinação freqüente.

• COMB. 5: verificação quanto ao estado limite último (flexão e cisalhamento)

5.1: 1,4 (G1 + G2 + PAR + Q1 + Q2) + 1,2 FHIP

5.2: 1,4 (G1 + G2 + PAR + Q1 + Q2) + 0,9 FHIP


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onde:

G1 – peso próprio = 500 kgf/m² × 8m = 4.000 kgf/m (40 kN/m)

G2 – revestimento = 100 kgf/m² × 8m = 800 kgf/m (8 kN/m)

PAR – peso da alvenaria na extremidade do balanço = 540 kgf/m × 8m = 4.320 kgf (43,2 kN)

Q1 – divisórias = 100 kgf/m² × 8m = 800 kgf/m (8 kN/m)

Q2 – sobrecarga = 200 kgf/m² × 8m = 1.600 kgf/m (16 kN/m)

qBi – carga uniforme distribuída balanceada com a protensão inicial

qBf – carga uniforme distribuída balanceada com a protensão final

FHIP – efeito hiperestático de protensão (γp = 1,2 se desfavorável e γp = 0,9 se favorável)


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PÓRTICO EQUIVALENTE SEGUNDO O ACI 318

Para a análise dos esforços na laje foi utilizado o método do pórtico equivalente segundo o ACI318. A
Tabela abaixo apresenta o cálculo do comprimento equivalente dos pilares.

c1 c2 L Σkc L2 x Y C kT kec Leq


(cm)
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm4) (cm³ x Ec) (cm³ x Ec)
40 40 300 6.770 800 20 40 73.067 1.917 1.494 571

𝐼𝐼𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙
𝐼𝐼𝑒𝑒𝑒𝑒 =
𝑐𝑐2 2
1−
O momento de inércia 𝑙𝑙2 A altura equivalente da
da laje na região do 203 . 800 3 12 . 590951
12 laje é de: ℎ𝑒𝑒𝑒𝑒 = = 20,7𝑐𝑐𝑚𝑚4
= 800
pilar é dado por: 40 2
1−
800
= 590.951𝑐𝑐𝑚𝑚4
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Momentos em kgf
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AVALIAÇÃO DA RETENÇÃO DE PROTENSÃO NOS PILARES

Devido sua rigidez, os pilares acabam retendo uma parcela da força de protensão. Para avaliar se
essa parcela é de fato significativa é feito o cálculo do pórtico equivalente conforme indica a figura

Como se pode observar na figura a máxima perda de protensão devido à rigidez dos pilares é inferior
a 0,27% podendo ser desconsiderada no cálculo.
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VERIFICAÇÕES - DISTRIBUIÇÃO DOS MOMENTOS NA LAJE - COMBINAÇÃO 1

Momento Negativo Máximo (no vão): M = 7.738 kgf.m

7738
𝑀𝑀3 = 0,275 = 1064 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 . 𝑚𝑚/𝑚𝑚
2,0
7738
𝑀𝑀4 = 0,45 = 870,5 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 . 𝑚𝑚/𝑚𝑚
4,0
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Momento Positivo Máximo (no apoio): M = 12.800 kgf.m

12800
𝑀𝑀1 = 0,375 = 2400 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 . 𝑚𝑚/𝑚𝑚
2,0
12800
𝑀𝑀2 = 0,25 = 800 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 . 𝑚𝑚/𝑚𝑚
4,0

O mesmo procedimento deve ser feito para as combinações 2, 3, e 5.


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TENSÕES EM SERVIÇO – RECOMENDAÇÕES DO ACI 423

Considerando as recomendações do ACI 423 para laje com protensão não aderente tem-se:

Tensão média de compressão na laje:

0,86𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 ≤ 𝜎𝜎𝑐𝑐 ≤ 3,5𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀


24 . 14000 . 0,94 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
𝜎𝜎𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = = 19,7 = 1,97 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
20 . 800 𝑐𝑐𝑚𝑚2
24 . 14000 . 0,88 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
𝜎𝜎𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = = 18,5 = 1,85 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
20 . 800 𝑐𝑐𝑚𝑚2
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Tensões no concreto imediatamente após a aplicação da protensão, em MPa:

Limites:

- compressão na zona de momento negativo = 0,40⋅ 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐′ = 0,4⋅ 21= 8,4 MPa

- compressão na zona de momento positivo = 0,60⋅ 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐′ = 0,6⋅ 21= 12,6 MPa

- tração (com armadura passiva) = 0,50 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐′ = 0,5 . 21 = 2,3𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀


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Tensões atuantes – considerando a combinação 2 de carregamentos:


compressão na zona de momento negativo:
39480 106400
+ = 35,7 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (3,57 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
2000 6666,67
compressão na zona de momento positivo:
39480 240000
+ = 55,7 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (5,57 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
2000 6666,67
tração (com armadura passiva)
39480 240000
− = −16,26 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (1,62 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
2000 6666,67
(o sinal negativo indica que existe tração na seção)
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Tensões no concreto em serviço (após as perdas no tempo), em MPa:

Limites:

(a) compressão na zona de momento negativo = 0,30⋅ 30 = 9,0 MPa

(b) compressão na zona de momento positivo = 0,45⋅ 30 = 13,5 MPa

(c) tração (com armadura passiva) = 0,50 30 = 2,74 MPa


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24 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
𝑃𝑃∞ = . 14000 . 0,88 = 36960 (369,6 𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑚𝑚)
8 𝑚𝑚
- compressão na zona de momento negativo:
36960 325500 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
+ = 67,3
2000 6666,67 𝑐𝑐𝑚𝑚2 6,7 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
- compressão na zona de momento positivo:
36960 888,25
+ = 31,8 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (3,2 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
2000 6666,67
- tração (com armadura passiva)
36960 888,25
− = 5,15 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (0,52 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
2000 6666,67
(o sinal positivo indica compressão na seção)
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ESTADO LIMITE ÚLTIMO NO ATO DA PROTENSÃO

Para a combinação 1 de carregamentos deve-se atender:

(a) Tensão máxima de compressão = 0,70 ⋅ 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐 , 𝑗𝑗 = 0,70 ⋅ 21 = 14,7 MPa

𝜎𝜎𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 5,57 MPa

(b) Tensão máxima de tração = 1,20 ⋅ 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 , 𝑗𝑗 = 1,20 ⋅1,60 = 1,92 MPa

𝜎𝜎𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 = 1,63 MPa

Portanto, atende ao E.L.U. no ato da protensão, segundo o critério simplificado da NBR 7197.
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TENSÃO DE TRAÇÃO PARA A COMBINAÇÃO QUASE PERMANENTE DAS AÇÕES

Para a combinação quase permanente das ações (combinação 3) o máximo momento fletor

obtido, em módulo, foi MMÁX,COM.3 = 6.134 kgf.m (61,34 kN.m)

Distribuindo na faixa dos apoios e na faixa interna obtém-se:

6134
𝑀𝑀1 = 0,375 = 1150 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚/𝑚𝑚
2,0

6134
𝑀𝑀2 = 0,25 = 384 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚/𝑚𝑚
4,0
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A máxima tensão de tração na seção será dada por:

36960 115000 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘


− = 1,23 = 0,12 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
2000 6666,67 𝑐𝑐𝑚𝑚2

(o sinal positivo indica que não existe tração na seção transversal)


Portanto, atende ao Estado Limite de Descompressão, segundo a NBR 7197.

VERIFICAÇÃO QUANTO AO ESTADO LIMITE DE ABERTURA DE FISSURAS

Para a combinação quase permanente das ações (combinação 3) o máximo momento fletor obtido, em
módulo, foi:

𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀,𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶.3 = 7.069 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚 (70,69 𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚)


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Distribuindo na faixa dos apoios e na faixa interna obtém-se:

7069
𝑀𝑀1 = 0,375 = 1325,4 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚/𝑚𝑚
2,0

7069
𝑀𝑀2 = 0,25 = 441,8 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚/𝑚𝑚
4,0
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Admitindo que a seção esteja no Estádio I para a combinação freqüente das ações, a máxima tensão de tração
será dada por:

36960 132540 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘


− = −1,40 = −0,14 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
2000 6666,67 𝑐𝑐𝑚𝑚2

(o sinal negativo indica que tração)

Apesar de existir tração na seção transversal para a combinação freqüente das ações, ela é muito inferior a
resistência à tração do concreto:

𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐,inf = 0,21(30)2/3 = 2,03 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 > |𝜎𝜎𝑡𝑡,𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 |

Portanto, a hipótese de que a seção esteja no Estádio I é verdadeira e, dessa forma, o Estado Limite de
Fissuração está atendido automaticamente.
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CÁLCULO DO EFEITO HIPERESTÁTICO DE PROTENSÃO
A Figura apresenta o diagrama de momentos fletores obtido para o carregamento total equilibrado com a
protensão.

Para a obtenção do diagrama foram considerados 24 ∅ 12,7, que equivale a uma força de protensão final de
295.680 kgf (2.956,8 kN).
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Simplificadamente pode-se adotar o diagrama de momentos considerando apenas 1 ∅ 12,7 que equivale a uma
força de protensão final de 12.320 kgf (123,2 kN).
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ARMADURA PASSIVA MÍNIMA

ARMADURA POSITIVA - De acordo com a NBR 7197:

𝜌𝜌𝑠𝑠 = 0,15 − 0,5𝜌𝜌𝑝𝑝 ≥ 0,05%

Faixa dos pilares


𝜌𝜌𝑝𝑝 = 0,2394%
𝜌𝜌𝑠𝑠 = 0,15 − 0,5 . 0,2394 = 0,03% → 0,05% → 𝐴𝐴𝑠𝑠 = 1,00𝑐𝑐𝑚𝑚2 /𝑚𝑚(∅5,0 𝑐𝑐/20)

Faixa interna
𝜌𝜌𝑝𝑝 = 0,12%
𝜌𝜌𝑠𝑠 = 0,15 − 0,5 . 0,11 = 0,03% → 0,095% → 𝐴𝐴𝑠𝑠 = 1,80𝑐𝑐𝑚𝑚2 /𝑚𝑚(∅6,3 𝑐𝑐/17)
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Embora a NBR 7197 não exija, será adotado como armadura mínima a taxa de 0,1%, que equivale a As = 2,0 cm2/m
(∅6,3 c/15)

ARMADURA NEGATIVA
De acordo com a NBR 7197:

- Faixa dos pilares: 𝜌𝜌𝑠𝑠 = 0,30% → 𝑨𝑨𝒔𝒔 = 𝟔𝟔, 𝟎𝟎 𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒎𝒎 (∅𝟏𝟏𝟏𝟏, 𝟎𝟎 𝒄𝒄/𝟏𝟏𝟏𝟏)

- Faixa interna: 𝜌𝜌𝑠𝑠 = 0,15% → 𝑨𝑨𝒔𝒔 = 𝟑𝟑, 𝟎𝟎 𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄/𝒎𝒎 (∅𝟏𝟏𝟏𝟏, 𝟎𝟎 𝒄𝒄/𝟐𝟐𝟐𝟐)


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VERIFICAÇÃO QUANTO AO E.L.U. DE RUPTURA POR FLEXÃO

As Tabelas abaixo apresentam os momentos fletores negativos distribuídos nas faixas para a
verificação ao E.L.U. por flexão.
Apoio Mtotal M1 M2
1 -43654 -8185 -2728
2 -57067 -10700 -3709
3 -57067 -10700 -3709
4 -43654 -8185 -2728

Vão Mtotal M3 M4
1 30280 4164 3407
2 25778 3545 2900
3 30280 4164 3407
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A esses momentos, que já estão fatorados com os coeficientes de cálculo, falta ainda adicionar os
momentos devido ao efeito hiperestático.

No detalhamento, 65% dos cabos serão concentrados nas faixas dos pilares e o restante nas

faixas internas. Dessa forma, a área de armadura ativa será:

𝐴𝐴𝑝𝑝 = 3,95 cm²/m – nas faixas dos apoios

𝐴𝐴𝑝𝑝 = 1,98 cm²/m – nas faixas internas


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CÁLCULO DA TENSÃO NA ARMADURA ATIVA

VALOR DE CÁLCULO DA PROTENSÃO

𝑃𝑃𝑑𝑑 = 𝛾𝛾𝑝𝑝 . 𝑃𝑃∞ = 1,0 . 0,88 . 14000 = 12320𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 (123,2 𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐)


PRÉ-ALONGAMENTO
196
𝛼𝛼𝑝𝑝 = = 7,1
27,6
12320 12320 .6,52
𝜎𝜎𝑐𝑐𝑐𝑐 = + 12 100.203 = 13,96 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 / 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 (1,4 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐)
100 .20

𝑃𝑃𝑛𝑛 = 12320 + 7,1 . 0,987 . 13,96 = 14481 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 (144,8 𝑘𝑘𝑘𝑘 / 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐)
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TENSÃO NA ARMADURA ATIVA NÃO ADERENTE
L/h = 800/20 = 40 > 35, portanto

𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐
𝜎𝜎𝑝𝑝 = 𝜎𝜎𝑝𝑝𝑝𝑝 + 70 + ≤ 𝜎𝜎𝑝𝑝𝑝𝑝 + 200 ≤ 𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 (𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
300𝜌𝜌𝑝𝑝
Onde:
𝑃𝑃𝑛𝑛 12418
𝜎𝜎𝑝𝑝𝑝𝑝 = = = 12581 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 / 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 (125,8 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 / 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐)
𝐴𝐴𝑝𝑝 0,987

3,95
𝐴𝐴𝑝𝑝 = 0,2394%
100 .16,5
𝜌𝜌𝑝𝑝 = 𝑏𝑏𝑏𝑏 = � 1,98
= 0,11%
100 .18
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Faixa dos pilares:


300
𝜎𝜎𝑝𝑝 = 12581 . 4 + 700 + = 51467,2 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (5146,7 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
300 . 0,002394

14000
𝜎𝜎𝑝𝑝𝑝𝑝 + 2000 = 4 . 0,88 + 2000 = 51280 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (5128 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
0,987

Logo:
𝜎𝜎𝑝𝑝 = 51280 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (5128 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)

51280
𝜎𝜎𝑝𝑝 = = 44591,3 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (4459,3 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
1,15
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Faixa interna  Considerando a largura de 1 metro, tem-se 4 ∅ 12,7:

300
𝜎𝜎𝑝𝑝 = 12581 . 2 + 700 + = 26771,1 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (2677,1 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
300 . 0,0011

14000
𝜎𝜎𝑝𝑝𝑝𝑝 + 2000 = 2 . 0,88 + 2000 = 26964,5 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (2696 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
0,987

26964,5
𝜎𝜎𝑝𝑝 = = 23280 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (2328 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀)
1,15
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CÁLCULO DA ARMADURA PASSIVA

MOMENTO NEGATIVO – APOIO 2: O momento de cálculo será o valor indicado na tabela que
contem M1 e M2 somado com o efeito hiperestático. No caso, considerando uma faixa de 1 metro de
largura:
𝑀𝑀𝑑𝑑 = −10700 + 0,9 . 174,3 . 4 = −10072,5 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚 (100,7 𝑘𝑘𝑘𝑘 . 𝑚𝑚)
𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑀𝑀𝑑𝑑 = 𝑅𝑅𝑐𝑐𝑐𝑐 . 𝑍𝑍 = 0,85 𝑏𝑏 . 0,8 𝑥𝑥 . (𝑑𝑑𝑝𝑝 − 0,4𝑥𝑥)
1,4
300
−10072,5 = 0,85 . . 100 . 0,8𝑥𝑥 . (16,5 − 0,4 𝑥𝑥)
1,4
Resolução de Exercícios

Resolução de Exercícios
𝑥𝑥 2 − 41,25𝑥𝑥 + 172,8 = 0 → 𝑥𝑥 = 4,73 𝑐𝑐𝑐𝑐
300
𝑅𝑅𝑐𝑐𝑐𝑐 = 0,85 . . 100 0,8 4,73 = 68922,9 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 (689,2 𝑘𝑘𝑘𝑘)
1,4
𝑅𝑅𝑠𝑠𝑠𝑠 = 𝑅𝑅𝑐𝑐𝑐𝑐 − 𝑅𝑅𝑝𝑝𝑝𝑝 = 68922,9 − 44011,6 = 24911,3 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
A armadura passiva necessária será:

𝑅𝑅𝑠𝑠𝑠𝑠 24991,3 5,73𝑐𝑐𝑚𝑚2


𝐴𝐴𝑠𝑠 = = = < 𝐴𝐴𝑠𝑠,𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 6,0 𝑐𝑐𝑚𝑚2 /𝑚𝑚
𝑓𝑓𝑦𝑦𝑦𝑦 4348 𝑚𝑚

Portanto, sobre todos os apoios será colocada a armadura passiva mínima.


Resolução de Exercícios

Resolução de Exercícios
MOMENTO NEGATIVO – FAIXA INTERNA

O momento de cálculo será o valor indicado nas tabelas anteriores somado com o efeito
hiperestático. No caso, considerando uma faixa de 1 metro de largura:
𝑀𝑀𝑑𝑑 = −3709 + 0,9 . 174,3 . 4 = −3395 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚 (−33,95 𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚)
Repetindo o procedimento anterior obtém-se:
𝑥𝑥 = 1,55 𝑐𝑐𝑐𝑐 → 𝑅𝑅𝑐𝑐𝑐𝑐 = 22585,7 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 < 𝑅𝑅𝑝𝑝𝑝𝑝 = 26771,8 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
Portanto, a armadura ativa existente é suficiente para equilibrar a seção, sendo necessário adicionar
apenas a armadura mínima.
Resolução de Exercícios

Resolução de Exercícios
MOMENTO POSITIVO – FAIXA DOS APOIOS – VÃO 1  O momento de cálculo será o valor deste
somado com o efeito hiperestático. No caso, considerando uma faixa de 1 metro de largura:

171,4 + 174,3
𝑀𝑀𝑑𝑑 = 4164 + 1,2 . . 4 = 4994 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚 (49,94 𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚)
2

𝑥𝑥 = 2,19 𝑐𝑐𝑐𝑐 → 𝑅𝑅𝑐𝑐𝑐𝑐 = 31911,4 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 < 𝑅𝑅𝑝𝑝𝑝𝑝 = 44011,6 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘

Portanto, a armadura ativa existente é suficiente para equilibrar a seção, sendo necessário
adicionar apenas a armadura mínima para todos os vãos da faixa dos apoios.
Resolução de Exercícios

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MOMENTO POSITIVO – FAIXA INTERNA – VÃO 1
171,4+174,3
𝑀𝑀𝑑𝑑 = 3407 + 1,2 . . 2 = 3822 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚 (38,82 𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝑚𝑚)
2

𝑥𝑥 = 166𝑚𝑚 → 𝑅𝑅𝑐𝑐𝑐𝑐 = 24188,6 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 < 𝑅𝑅𝑝𝑝𝑝𝑝 = 26771,8 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘

Resolvendo a equação do segundo grau resultante da equação de equilíbrio da seção, obtém-se:


𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 𝑘𝑘𝑘𝑘
𝑃𝑃∞ = 0,88 . 14000 = 12320 123,2
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
0,8 . ∑ 𝑃𝑃∞ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝛼𝛼 = 0,8 . 10 . 12320 . 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 2,8° = 4815 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘

Portanto, a armadura ativa existente é suficiente para equilibrar a seção, sendo necessário adicionar
apenas a armadura mínima para todos os vãos da faixa interna.
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VERIFICAÇÃO QUANTO AO E.L.U. DE RUPTURA POR CISALHAMENTO

Na verificação quanto ao puncionamento a NBR 7197 permite considerar o efeito da componente da


força de protensão atuante no perímetro critico da laje, devendo-se aplicar o coeficiente 0,8 para a
força de protensão no tempo infinito.

As reações nos pilares considerando o carregamento externo majorado combinado com o efeito
hiperestático (combinação 5) são apresentadas na tabela abaixo.
Resolução de Exercícios

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Apoio Nd (kgf) Nd (kgf)
1 64850 648,5
2 82320 823,2
3 82320 823,2
4 64850 648,5

Considerando que deverão passar 5 cordoalhas dentro do perímetro critico em cada direção, com
inclinação de acordo com a figura abaixo:
Resolução de Exercícios

Resolução de Exercícios
• Protensão final:

P∞ = 0,88 × 14.000 =12.320 kgf/cabo (123,2 kN/cabo)

• Redução devido ao efeito da protensão:

0,8 Σ P∞ sen α = 0,8 × 10 × 12.320 × sen 2,8º = 4.815 kgf

De acordo com a NB-1:

• Perímetro crítico:

u = 2 ⋅ (a + b)+ πd = 2 ⋅ (40 + 40) + 3,14 ⋅16,5 = 211,8 cm


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Tensão de cisalhamento última:

0,63 . 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐 0,63 . 30


𝜏𝜏𝑤𝑤𝑤𝑤 = = = 2,46𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 = 24,6 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
𝛾𝛾𝑐𝑐 1,4
Tensão máxima atuante:
𝑁𝑁 82316−4815
𝜏𝜏𝑤𝑤𝑤𝑤 = 𝑢𝑢𝑢𝑢𝑑𝑑 = = 22,2 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (2,22 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀) – para os apoios 2 e 3
211,8 .16,5
𝑁𝑁 64850−4815
𝜏𝜏𝑤𝑤𝑤𝑤 = 𝑢𝑢𝑢𝑢𝑑𝑑 = = 17,2 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑚𝑚2 (1,72 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀) - para os apoios 1 e 4
211,8 .16,5

𝜏𝜏𝑤𝑤𝑤𝑤
Como < 𝜏𝜏𝑤𝑤𝑤𝑤 < 𝜏𝜏𝑤𝑤𝑤𝑤  passa com armadura de cisalhamento
2
Resolução de Exercícios

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Armadura de cisalhamento
0,75 .𝑁𝑁𝑑𝑑
𝐴𝐴𝑠𝑠𝑠𝑠 = , com 𝑓𝑓𝑦𝑦𝑦𝑦 ≤ 300𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
𝑓𝑓𝑦𝑦𝑦𝑦

𝐴𝐴𝑠𝑠𝑠𝑠 = 19,38 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 (12 estribos ∅12,5 mm) - para os apoios 2 e 3


𝐴𝐴𝑠𝑠𝑠𝑠 = 15,00 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 (12 estribos ∅10 mm) - para os apoios 1 e 4
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VERIFICAÇÃO QUANTO AO ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA

A flecha elástica da laje foi calculada a partir dos deslocamentos obtidos para o pórtico, considerando
a combinação 2 de carregamentos. Devido à simetria da laje nas duas direções a flecha do painel
será duas vezes o valor da flecha para o pórtico em uma direção. A figura apresenta a forma
deformada obtida a partir da análise linear elástica para o pórtico.
Resolução de Exercícios

Resolução de Exercícios
Para a laje em questão, os efeitos da perda de rigidez devido à fissuração podem ser considerados
desprezíveis, uma vez que os níveis de tração que atuam em serviço são de pequena magnitude.
Para os efeitos da deformação lenta de forma bastante simplificada se pode admitir que as flechas
finais sejam o dobro das iniciais. Dessa forma:

Flecha inicial máxima = 2 × 0,6 = 1,2 cm


Flecha final máxima = 2 × 1,2 = 2,4 cm
𝑙𝑙 800
Limite = = = 2,66 𝑐𝑐𝑐𝑐
300 300

No cálculo da laje ao cisalhamento foi ignorado o efeito dos momentos que atuam nos pilares.
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ALONGAMENTO TEÓRICO DOS CABOS
O alongamento teórico máximo dos cabos é um apara
Cálculo da força de protensão média – perdas por atrito
Observando que os cabos serão protendidos apenas por uma extremidade com a outra fixa, tem-se:

� 𝛼𝛼 = 2 . 2,80 + 2 + 13,90 + 3 . 5,00 + 2 . 5,60 = 59,60 = 1,04 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟

𝜇𝜇 = 0,05 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑑𝑑 −1 – cordoalhas engraxadas


𝑘𝑘 = 0,001𝑚𝑚−1
X = 28 m – perda máxima
𝑃𝑃0 = 14𝑡𝑡𝑡𝑡/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
Resolução de Exercícios

Resolução de Exercícios

𝑃𝑃 𝑥𝑥 = 28 = 14𝑒𝑒 −0,05. 1,04+0,001.28 = 13,29 𝑡𝑡𝑡𝑡/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 → (132,7 𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐)

Perda máxima ≅ 6%
14,00 + 13,27 𝑡𝑡𝑡𝑡
𝑃𝑃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = = 13,64 → (136,4 𝑘𝑘𝑘𝑘/𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐)
2 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
Resolução de Exercícios

Resolução de Exercícios
Cálculo do alongamento teórico

Para tensões que estejam dentro do limite de proporcionalidade do aço, o alongamento dos cabos
obedece a Lei de Hooke:

𝑃𝑃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 . ℓ 13,64 . 2800


∆ℓ = = = 19,8 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝐸𝐸𝑝𝑝 . 𝐴𝐴𝑝𝑝 1960 . 0,987

Portanto, o alongamento teórico previsto antes da cravação da ancoragem é de 19,8 cm.

Considerando uma acomodação de 5 mm para as cunhas, o alongamento previsto após a


cravação será e 19,3 mm.
Obrigado!

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