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Capítulo 4 – Sapatas associadas

Resolução Exemplo 01: Unidade I


Capítulo IV
Resolução Exemplo 01: Unidade I - Capítulo IV

Passo a Passo
Exemplo:

Consideraremos uma sapata associada, no qual descarrega sobre ela dois pilares
(P1 e P02), sendo que os dois tem as mesmas dimensões (20x40cm), o pilar P1
descarrega sobre a fundação uma carga de 1500kN, já o pilar P2 descarrega sobre a
fundação uma carga de 2000kN. A tensão admissível do solo é de 0,3MPa, sendo
que o centro de gravidade do P1 está distante 0,3 metros da divisa do terreno e do
centro de gravidade do P01 ao centro de gravidade do P02 a distância é de 2
metros. Observação: Os pilares estão alinhados.
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O primeiro passo para a resolução do exemplo é a definição da área da sapata.

As = 1,1 (N1 + N2) / σadm


= 1,1 (1500 + 2000) / 300
= 12,83m²

Após o cálculo da área da sapata, devemos achar o centro de gravidade da sapata, também
chamado de centroide.

YCG = (N2 / (N1 + N2)) s


= (2000 / (1500 + 2000)) 2
= 1,42m
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Para melhor execução, o valor do YCG deve ser múltiplo de 5, por isso
adotaremos como valor 1,45m. Sabendo o valor de YCG e a distância
entre o pilar P1 e a divisa, podemos calcular o valor da dimensão A.

A = 2 (x + YCG)
= 2 (0,30 + 1,45)
= 3,5 m

Sabendo o valor da dimensão de A e o valor da área da sapata


podemos calcular o valor de B.

B = As / A
= 12,83 / 3,5
= 3,67 m
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Para melhor execução o valor de B deve ser múltiplo de 5, logo o valor de B passa a ser
3,70 metros. Definido as dimensões geométricas da sapata, passa-se a calcular a altura da
sapata associada. O valor de x na fórmula diz respeito ao maior valor do balanço na
sapata associada.

H = (2 x) / 3
= (2 . 1,20) / 3
= 0,80 m
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Exemplo: Dada a sapata corrida submetida a ação uniformemente distribuída, calcular
as armaduras de acordo com os dados abaixo (ALVA, 2007).

• σsolo,adm = 100kN/m²;
• Concreto: C20;
• Aço: CA-50;
• Cobrimento: 4,0cm
• (g + q)k = 100kN/m
• ao = 25cm.
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Como a sapata é corrida, adota-se uma faixa de 1,0m para efetuar o dimensionamento.
Para levar em conta o peso próprio da sapata, majora-se a ação atuante em 5%. Com
base na pressão admissível do solo, calcula-se a largura necessária à sapata:

As = 1,05 (N) / σadm


=1,05 (100) / 100
= 1,05m²
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Logo, a largura da sapata deverá ser de 1,05m. A altura da sapata é determinada de acordo com a
rigidez que se pretende impor a ela. Como o solo possui resistência relativamente baixa, é
recomendável adotar sapata flexível.

H = (a - ao) / 3
= (1,05 – 0,25) / 3
= 0,267m

Portanto, a altura da sapata para que esta seja flexível deve ser no máximo de 26,7cm. Por outro
lado, a altura h0 na extremidade da base da sapata não deve ser menor que 15cm. Analisando o
intervalo em que se pode variar a altura da sapata na seção (entre 15cm e 26,7cm), pode ser
conveniente adotar no projeto uma altura constante, pois a diferença entre h e h0 não é grande.
Logo será adotado: h = h0 = 25cm.
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Após o dimensionamento geométrico da sapata corrida, segue-se para o dimensionamento das armaduras
conforme resolução abaixo:
La = ((a – ap) / 2) + 0,15 ap
= ((1,05 – 0,25) / 2) + 0,15 1,05
= 0,438m

σsolo = ((105 . 1) / (1,05 . 1))


= 100kN/m²

Qa = σsolo . b
= 100 . 1,0
= 100kN/m

Mka = (Qa La²) / 2


= (100 . 0,438²) / 2
= 9,59kN.m
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Como a sapata é corrida, a relação entre a maior e a menor dimensão em planta assume valor
superior à 2. Portanto, o caso é idêntico à das lajes armadas em uma direção.

Mda = 1,4 . 959


= 1343kN.cm

Asa = (M1a / 0,8d Fyd)


= (1343 / 0,8 20 43,48)
= 1,93 cm² (por metro)

A área mínima de armadura recomendada em lajes armadas em uma direção é igual a 0,15%
de bwh. Portanto:
Asamin = 0,0015 x bwh
= 0,0015 x 100 x 25
= 3,75cm² (por metro)
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Portanto, neste caso prevalece a armadura mínima. Adotando-se barras de 8mm
de diâmetro e um espaçamento de 13cm entre elas. A verificação do esforço
cortante é feita numa seção de referência S2, distante de d/2 da face do pilar.

L2 = ((a – ap) / 2) – (d / 2)
= ((105 – 25) / 2) – (20 / 2)
= 30cm

Bs2 = 100cm

Vsd = 1,4 . σsolo . bs2 . L2


= 1,4 . 100 . 1 . 0,3
= 42kN
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Segundo a NBR 6118, calculando a tensão resistente e essa sendo maior que a tensão
solicitante de cálculo, não se faz necessário o uso de armadura transversal para a força
cortante.

Similarmente às lajes armadas em uma direção, deve-se dispor de uma armadura de


distribuição (secundária) na direção na maior dimensão. A área dessa armadura deve ser
tomada como o maior dos seguintes valores:

As,dist / s ≥ 0,2 . (As / s) ou 0,9cm²/m ou 0,5 . Asmin / s


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Em que, As e s referem-se, respectivamente, à área e ao espaçamento das barras


longitudinais principais. Lembrando que a razão As/s indica a área de armadura por
unidade de largura (1m), tem-se:

0,2 . (As / s)
= 0,2 . 3,87
=0,77cm²/m

0,5 . (Asmin / s)
= 0,5 . 3,75
= 1,88cm²/m
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Portanto, o maior dos três valores resulta em 1,88cm2 /m. Portanto adotamos as barras de
6,3mm espaçadas em 16cm.

Agora podemos verificar as tensões de aderência:

Vsd,1 = 1,4 . qa . La
= 1,4 . 100 . 0,438
= 61,32kN

V = (61,32 / (0,9 . 20 . (7 . π . 0,8)


= 0,19kN/cm²
=1,90MPa

Fbd = 2,25 . 1 . 1 . 0,15 . 20^2/3


= 2,49MPa

Ok!
Obrigado!

prof.mateuscruz@unyleya.edu.br

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