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Física Experimental Básica - Mecânica

Aluno: José Eduardo Hooper Matrícula: 2020042031


Aluno: Marcus Vinicius de Souza Romão Matrícula: 2022098972
Aluna: Maria Eduarda Patrício Matrícula: 2022108412

Forças Impulsivas
1) Introdução
Quando dois corpos se aproximam o suficiente e interagem em um curto intervalo de tempo
muito pequeno, ocorre o que chamamos de colisão. Nessas situações, frequentemente as
forças exercidas por um corpo sobre o outro são mais significativas do que quaisquer outras
forças externas presentes.
O vetor força resultante (𝐹) que atua sobre um corpo pode variar com o tempo em
diferentes situações. Em algumas delas, tal variação ocorrerá em um intervalo de tempo
(∆𝑡) muito pequeno, da ordem de milisegundos (𝑚𝑠). Tal situação acontece em casos em
𝑎
que há colisões. Considerando-se a 2 Lei de Newton temos:
𝑑𝑉
𝐹=𝑚 𝑑𝑡

Quando uma força resultante 𝐹 atua sobre ela, altera-se o momento da partícula. Em
colisões, essa força varia com o tempo.
Então, um impulso 𝐼 de uma força sobre uma partícula em um intervalo de tempo de ∆𝑡 é:
𝑡𝑓
𝐼 = ∫ 𝐹𝑑𝑡 = ∆𝑃
𝑡𝑖

Dessa forma, o impulso causado pela força resultante 𝐹, em uma partícula, é igual a
variação do momento, causado por esta força.
Parte Experimental

2) Objetivo
Medir e analisar a força de tração sobre um fio ao ser esticado bruscamente.

3) Materiais Utilizados
Computador, interface, sensor de força, suporte, fio de nylon (30 cm), fio de algodão(30cm),
uma base com régua milimetrada e dois pesos de massa conhecida.

4) Procedimentos
No experimento, utilizou-se um sensor que foi conectado ao computador, o qual converteu a
força aplicada em um sinal elétrico. O programa utilizado foi ajustado para uma taxa de
medição de 1000 hertz, permitindo registrar a variação da força em um curto intervalo de
tempo. Para realizar esse procedimento, fixou-se uma das extremidades do fio ao
transdutor, enquanto a outra extremidade estava presa a um objeto. O objeto foi segurado
de modo a manter a tensão no fio em zero, e então o botão de tara, localizado no próprio
sensor, foi pressionado para ajustar a leitura da força.
Inicialmente, utilizou-se um fio de algodão com 30 cm de comprimento. Em seguida, o
experimento foi repetido com um fio de nylon, também com as mesmas medidas
mencionadas anteriormente. É importante destacar que, nos dois casos, um objeto de
massa "m" foi solto a uma altura aproximada de 20 cm.
Nesse processo, o programa de computador monitorou a transmissão dos dados pela
interface e registrou essas informações em um gráfico.
Observação: para o cálculo das duas áreas foi instruído que utiliza-se 4 casas decimais,
além disso, considerar as áreas sem incertezas.
5) Resultados
O impulso causado pela força resultante sobre o objeto foi calculado. Considerando que o
impulso é determinado pela área sob o gráfico da força em relação ao tempo, podemos
conclui-se que:
Área do fio de lã

Área do fio de nylon

Gráfico Barbante

Gráfico de Nylon

Consideramos as seguintes informações coletadas durante o experimento:


Altura (h) = (0, 2 ± 0, 01)𝑚
Massa do objeto = (47, 65 ± 0, 01)𝑔
2
Aceleração da gravidade (g) = (9, 78 ± 0, 05)𝑚/𝑠
Nessa etapa, calculamos a velocidade do objeto no momento em que ele foi puxado pelo
fio, com base na lei da conservação de energia.

𝑉𝑖 = 2𝑔ℎ

𝑉𝑖 = 2 × 9, 78 × 0, 2 = 1, 978 𝑚/𝑠
Realizamos o cálculo para determinar a velocidade do objeto no instante em que fio deixou
de exercer força sobre ele.
Fio de Lã
𝑖 = 0, 1661 𝑁. 𝑠
𝑉𝑓 = 𝑖/𝑚 + 𝑉𝑖, onde 𝑖 é a área e o 𝑚 é a massa
𝑉𝑓 = − 0, 1661/0, 0512 + 1, 978 = − 3, 244 + 1, 978 = − 1. 266

Fio de Nylon
𝑖 = − 0, 1729 𝑁. 𝑠

𝑉𝑖 = 2𝑔ℎ

𝑉𝑖 = 2 × 9, 78 × 0, 2 = 1, 978 𝑚/𝑠
𝑉𝑓 = 𝑖/𝑚 + 𝑉𝑖, onde 𝑖 é a área e o 𝑚 é a massa
𝑉𝑓 =− 0, 1729/0, 0513 + 1, 978 =− 1, 392

Posteriormente, a perda percentual relativa de energia neste processo foi calculado:


∆𝐸 𝑣𝑖−𝑣𝑓
𝐸
= 𝑣𝑖

Fio de Lã
2 2
∆𝐸 (1,978) −(1,266) (3,9−1,6)
𝐸
= 2 = 3,91
= 0, 59
1,978

∆𝐸 = 1 − 0, 59 = 0, 40
Fio de Nylon
2 2
∆𝐸 (1,978) −(1,392) (3,9−1,9)
𝐸
= 2 = 3,91
= 0, 50
1,978

∆𝐸 = 1 − 0, 50 = 0, 50

Para finalizar calculamos o período do contato do fio com o objeto:


𝐼
∆𝑡 = 𝐹

Onde, o 𝐼 e o 𝐹 são a tensão máxima obtida nas coletas de dados obtidos pelo software.
Fio de Lã
𝐼 −0,2
∆𝑇 = 𝐹
= −14,5
= 0, 01 𝑠

Fio de Nylon
𝐼 −0,1729
∆𝑇 = 𝐹
= −7,1062
= 0, 02𝑠

Com base na análise dos dados coletados, constatamos que a tensão máxima do fio de lã é
de 14,5 N, ocorrendo no tempo de 0,01s. Já a tensão máxima do fio de nylon é de 7,1065
N, ocorrendo no tempo de 0,02s. Conclui-se, portanto, que a utilização do fio de lã resulta
em uma tensão maior.
Resposta da questão: A curva I apresenta características semelhantes às propriedades do
fio de lã, enquanto a curva II se assemelha à curva do fio de nylon. Portanto, pular com a
corda II seria mais apropriado, pois a queda é mais suave e possui um pico de força menor.
Forças menores atuando em um curto período de tempo resultam em um impulso reduzido,
o que pode levar a menos danos ao corpo que está preso à corda durante a queda.

6) Conclusão
Com base na análise realizada e nos passos seguidos, conclui-se que as curvas
relacionadas aos fios de algodão e nylon exibem assimetria. Isso é facilmente observado no
gráfico, onde a curva do fio de nylon é mais suave do que a do fio de algodão. Essa
diferença indica que a força atuante no fio de algodão é maior, resultando em um pico maior
em comparação com o fio de nylon. Consequentemente, o fio de lã possui um impulso de
maior magnitude para intervalos de tempo semelhantes. Embora a força no fio de lã atinja
um valor maior (tensão), a área sob a curva correspondente é ligeiramente menor do que no
fio de nylon.
A magnitude do impulso é influenciada pelo intervalo de tempo da integração. Como ocorre
dissipação de energia, era esperado que as velocidades finais fossem menores do que as
iniciais, e o momento linear final fosse menor do que o inicial, como comprovado pelos
cálculos realizados. Além disso, a velocidade final e o momento linear final são menores no
fio de lã em comparação com o fio de nylon. Isso indica que o material utilizado afeta a
dissipação de energia mecânica, com uma perda maior no fio de lã. Essa diferença está
relacionada à propriedade elástica dos materiais, em que o fio de nylon, por ser mais
elástico, é favorecido pela menor perda de energia e menor pico de força em um mesmo
intervalo de tempo em comparação ao fio de lã.
Portanto, podemos inferir que as propriedades elásticas dos materiais desempenham um
papel crucial na dissipação de energia mecânica. A análise dos resultados demonstra que o
fio de nylon apresenta um comportamento mais eficiente nesse aspecto, com menor perda
de energia em comparação ao fio de lã. Essas observações são relevantes para
compreender a influência das forças impulsivas nos materiais utilizados e podem ser úteis
na seleção adequada de materiais em aplicações práticas envolvendo forças
impulsionadoras.

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