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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Ciências e Tecnologia


Departamento de Engenharia Mecânica – DEM

Projeto de volante de inércia

Gabriel Medeiros de Mendonça

Cuité - PB

Fevereiro de 2022
1. Conceitos Iniciais:

Um volante de inércia é um elemento de máquina cilíndrico de massa considerável capaz de


transmitir energia cinética. A fonte de energia transmite energia cinética para o volante que logo
devolve para o eixo ou a árvore que está conectado, tal fato ocorre devido a restauração da
quantidade de movimento angular. Portanto, o volante de inércia tem a capacidade de absorver a
energia que seria perdida pelo sistema e devolver essa energia.

2. Metodologia:

Para o projeto do volante de inercia foi considerado três etapas: Análise de forças, geometria e
escolha de material.

2.1 Análise de Forças:

1 2
Para um corpo rígido que gira em torno de seu próprio eixo a energia cinética é dada por: E= I ω
2
, em que I é o momento de inércia do corpo. O momento de inércia é a medida da resistência a
torção aplicada sobre o corpo que gira, portanto para um cilindro solido o momento de inércia é
1 2 2
dado por: I = m(r externo +r interno ) , portanto, a partir da análise da equação é possível concluir que
2
quanto maior for o momento de inércia, mais lento o corpo rígido irá girar.
Além disso, na rotação do cilindro existe a tensão de tração devido a força centrifuga tangencial que

atua sobre ele, e é dada por: σ t= ρω


2
( 3+8 v )( r + r − 1+3
i o
3+ v )
v
2
r , em que ρ é a densidade de massa

do material, r é o raio médio do volante, “ω a velocidade angular e “v” o coeficiente de Poisson. A


tensão no volante será máxima no raio interno.
Ademais, é necessário entender o conceito de velocidade de flutuação. Velocidade de flutuação é a
mudança de velocidade durante um clico, portanto é dada por: Fl=ω max−ωmin, em termos
adimensionais, dividindo pela velocidade angular média, tem-se o coeficiente de velocidade de
ωmax −ω min
flutuação: Cf = .
ω

2.2 Geometria:

A energia máxima armazenada no volante será diretamente proporcional a sua massa, portanto um
volante de maior massa representará uma maior quantidade de energia armazenada.
O volante pode conter uma rede de furos em seu interior ou não, isso ficará a critério do projeto que
está sendo executado. Se o objetivo de projeto for um volante de grandes dimensões, faz-se
necessário os furos internos pois será possível economizar material e garantir maior massa. O
momento de inércia de massa é dado por I =m k 2, em que “k” é o raio de giração e “m” a massa do
disco, logo um disco de maiores dimensões e com o sistema de furos terá sua massa concentrada na
região mais externa do aro que será diretamente proporcional ao momento de inércia e, por sua vez,
o momento de inércia será diretamente proporcional a energia cinética.

2.3 Material:
O material escolhido foi o aço SAE 1050 por ser um material comum na construção de volantes de inércia.

3. Resultados e Discussões

Para a construção do volante de inércia foi adotado alguns dados: ω = 960 RPM (velocidade angular),
r = 0,3 m(raio do volante), T = 2200 Nm(torque), t = 30mm(espessura.)

Vista isométrica do volante modelado no software Autodesk inventor:


A partir da modelagem feita no inventor foi possível extrair as propriedades do volante a partir do
material de que é composto - aço SAE 150:

Portanto, o material terá uma densidade de 7,850 g/cm3 e massa de 12,806 Kg. Logo, os resultados
analíticos para o volante são:

Material Aço SAE 1050


Raio Externo 300 mm
Raio Interno 40 mm
Espessura 30 mm
Massa 12,806 Kg
Momento de Inércia (Izz) 152010,477 Kg mm^2
Esforços tangenciais 4,966 x 10^13 Pa
Coeficiente de Poisson 0,30
Energia Máxima Armazenada 7,68 x 10^2

4. Questionário:

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