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2020/2

Universidade São Judas


Engenharia Mecânica

TRANSMISSÃO TORNO
MECÂNICO
BEATRIZ FAZIO – 818144251
FRED SONSIN – 818111022
JULIANA YURI – 818124509
LIVIA ARANTES – 818111044
LUCAS PAZELI - 818144145

2020
São Paulo
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
RESUMO ........................................................................................................................................ 3
DIFICULDADES ............................................................................................................................... 3
DIMENSIONAMENTO .................................................................................................................... 4
TRANSMISSÃO ..................................................................................................................... 4
ENGRENAGENS ................................................................................................................... 4
CORREIA ................................................................................................................................ 1
EIXOS....................................................................................................................................... 1
MOMENTO FLETOR ............................................................................................................. 1
CHAVETA ............................................................................................................................... 1
MOTOR .................................................................................................................................... 0
ROLAMENTO ......................................................................................................................... 2
LISTA DE PEÇAS ............................................................................................................................. 2
PROJETO DA TRANSMISSAO DO TORNO MECANICO NO CAD E ESBOÇOS ................................... 4
ESBOÇOS ............................................................................................................................... 4
PROJETO NO CAD ............................................................................................................... 6
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 11

2
INTRODUÇÃO
Nesse trabalho destaca-se a transmissão de um torno mecânico, uma
máquina-ferramenta que usina peças geométricas e faz acabamentos através
de um cabeçote placa com 3-4 castanhas, ou seja, é composto de uma unidade
em forma de caixa que sustenta o cabeçote fixo, duas superfícies orientadoras
chamadas barramento (base de um torno, pois sustenta a maioria de seus
acessórios, como lunetas, cabeçote fixo e móvel, etc.). Para movimentos
longitudinais, um carro principal e um carro auxiliar para movimentos precisos e
para movimentos horizontais um carro transversal.

RESUMO
A operação realizada pelo torno trata-se da junção de dois movimentos:
rotação da peça e movimento de avanço da ferramenta que pode ser ao longo
da peça, o que significa que o diâmetro da peça será torneado para um tamanho
menor, e alternativamente a ferramenta pode avançar em direção ao centro, para
o final da peça, assim irá facear a peça.
A usinagem de qualquer metal sempre produz calor, resultando a ruptura
do material pela ação da ferramenta e do atrito entre os cavacos arrancados e a
superfície, logo precisa-se de fluidos de corte (chamados de fluidos refrigerantes
e lubrificante) para auxiliar na produção, melhor acabamento e conservação da
ferramenta.

DIFICULDADES
Ao acoplar o motor diretamente ao pinhão da Caixa Norton, o dimensionamento
ficaria difícil, resultando em reduções fora do padrão da norma ABNT.NBR ISO
12100: 2013 Segurança de máquina, que limita a rotação deste tipo de máquina-
ferramenta em até 2500 rpm, dessa forma uma engrenagem ficaria muito
pequena e a outra muito grande, o que não é o ideal. Então, a redução foi
reduzida através de polias e correia. Resultando em 5 carreias B75.

3
DIMENSIONAMENTO
TRANSMISSÃO
Z1=15, Z2=29, Z3=45, Z4=59,
Número de dentes do pinhão
Z5=90, Z6=45, *Z1C=24
n1=250, n2= 483, n3=750,
Rotações da Caixa Norton (rpm)
n4=983
Número de dentes pares e ímpares para evitar
engrenagem viciada
Rotações previstas entre 31,5 e 2500 rpm de
acordo com

As rotações do eixo 3, serão duplicadas através de um par de engrenagens com


relação de transmissão de 2:1, para obtermos rotações mais convenientes
através do recâmbio, que por sua vez possui uma sequencia de engrenagens
que em projetos mais complexos, podem ser trocadas para obter valores
diferenciados de rotações.

ENGRENAGENS
Motor P= 7,5 Kw, n=1160 rpm, rend= 0,86
Material Aço SAE 8640
Dureza Brinell 6000 N/ mm² (58 HRC ROCKWELL C)
Módulo normalizado 2,5 mm
Ângulo de pressão 20°
Duração prevista 10000 h

Tempo de serviço 10 h/dia, carga uniforme, máquina operatriz

Tensão admissível do material 200 N/mm²

Fórmulas:
60.𝑛𝑝.ℎ 2𝑚𝑇1
w= (Fator de durabilidade) FT= (Resistência a flexão no
106 𝑑𝑜1
0,487. 𝐻𝐵
Padm = (Cálculo da pé do dente)
𝑊 1/6
pressão)
𝑚𝑇.𝑖±1 𝐹𝑇 . 𝑞 . 𝑓
B1do1²= 5,72. 105 . 𝑃𝑎𝑑𝑚2 .𝑖±0,14 . f Vmax = (Tensão máxima
𝐵 . 𝑚𝑛

(Volume mínimo) atuante)

𝐹𝑇 . 𝑞 . 𝑓
Do=m.z (Diâmetro primitivo) B=𝑛𝑛 . (Redimensionamento)
𝑉𝑎𝑑𝑚

4
Par 1 (Z1) Par 2 (Z2) Par 3 (Z3) Par 4 (Z4) Par(Z5)

Torque no pinhão (N.m) 179,3 179,3 179,3 179,3 286,8

Relação de transmissão 1,6 0,83 0,53 0,41 2

Pressão admissível
1270,4 1137 1055 1007,6 875
(N/mm²)

Fator de serviço 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25

Volume mínimo
117522,9 188848,5 261241,8 311610 205479
(m³)

Módulo normalizado
2,5 2,5 2,5 2,5 2,5
(mm)

Diâmetro primitivo (mm) 37,5 72,5 112,5 147,5 112,5

Largura do pinhão (mm) 83,6 36 20,64 14,32 16,24

Força tangencial (N) 9562,6 4946,2 3187,5 2431,2 3187,5

Tensão máxima atuante


234,5 211 220 232,6 202,16
(N/mm²)

Largura redimensionada
98 38 22,71 16,65 16,34
(mm)

1
CORREIA
Usada pela necessidade de reduzir a rotação do motor de forma que a rotação
final fique entre os limites dos tornos convencionais.
Fórmulas: 𝑝𝑝 = 𝑝𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟. 𝑓𝑠 𝑙𝑎−ℎ(𝐷−𝑑)
𝐶𝑎 = (Distância entre
2

(Potência Projetada)
Centros Ajustada)

𝑑 = 4,6. 𝑝𝑜𝑙 (Polia Motora)


𝑃𝑝𝑐 = (𝑃𝑏 + 𝑃𝑎)𝑓𝑐𝑐. 𝑓𝑐𝑎𝑐

𝐷 = 𝑑𝑖 (Polia Movida) (Capacidade de Transmissão por

Correia)
(𝐷+𝑑)²
𝑙 = 2𝐶 + 1,57(𝐷 + 𝑑) + 4𝐶
𝑃𝑝
𝑛𝐶𝑎 = 𝑃𝑝𝑐 (N° de Correias para
(Comprimento das Correias C = 600)

Transmissão)
𝑙𝑎 = 𝑙𝑐 − 157(𝐷 + 𝑑) (Ajuste da
𝐹1
Distância entre Centros) = 𝑒 𝜇𝛼𝑟𝑎𝑑 (Esforços F1 e F2)
𝐹2

𝐷−𝑑
ℎ= (Fator h) 𝐹=
𝑙𝑎

√𝐹12 + 𝐹22 + 2𝐹1. 𝐹2. 𝑐𝑜𝑠𝛼 (Carga

Resultante)

Potência projetada 1,5 CV


Perfil da correia em v B
Diâmetro da polia motora 117 mm
Diâmetro da polia movida 340 mm
Comprimento da correia Perfil B=1950 mm
Distância entre centros ajustada Perfil B: 606 mm
Capacidade de transmissão por correia B= 3 CV
Esforços f1 2079 N
Esforços f2 1024 N
Carga resultante 3061,6 N
Força tangencial 1054,7 N
Torque no motor 61,7 Nm
Torque para o eixo 179,3 Nm
Quantidade de correias 5 correias B75 Gates Power II
Rotações previstas entre 31,5 e 2500 rpm

1
EIXOS

Fórmulas:
2.𝑀𝑡
𝐹𝑡 = (Força tangencial) 𝑎
𝑀𝑖 = √𝑀𝑣 (𝑚á𝑥)2 + (2 + 𝑀𝑡)²
𝑑𝑜

𝐹𝑟 = 𝐹𝑡. 𝑡𝑔(𝛼) (Força Radial) (Momento Ideal)

𝑀𝑟(𝑚á𝑥) = √𝑀𝑣(𝑚á𝑥)2 + 𝑀ℎ(𝑚á)² 3 𝑀𝑖


𝑑 ≥ 2017 √𝜎𝑡𝑎𝑑𝑚 (Diâmetro da
(Momento Fletor Resultante)
Árvore)

Torque no Força Força Força Força Força


Diâmetro
Eixo Eixo tangencial Tangencial Radial 1 Radial 2 Resultante
(mm)
(N.mm) 1 (N) 2 (N) (N) (N) (N)

1 64 179.300 1.054,70 9.562,70 379,7 3.442,60 -----


2 49,3 286.880 9.562,70 2.550 3.442,60 918 -----
3 81,4 143.440 2.550,10 ----- 918,1 ----- 2.710,30

MOMENTO FLETOR

M2.
M1. fletor M. Resultante M. Ideal
Eixo RA1 (N) RB1 (N) RA2 (N) RB2 (N) fletor
(N.mm) (N.mm) (N.mm)
(N.mm)

1 2.203,40 1.648,90 6.120,60 4.496,80 -1.401.070 -449.680 1.471.465,20 1.475.392,60

2 2.055 2.305,60 5.708,30 6.404,40 230.559 640.440 680.676,80 702.103,20

3 -2.714,80 4,5 ---- ---- 3.173.616 ---- ----- 3.174.782

1
CHAVETA
Norma utilizada para chaveta plana DIN 6885. Como recomendação baseada no
livro Sarkis Melconian, o comprimento das chavetas foi do tamanho do cubo das
engrenagens e polias, o comprimento mínimo de cada uma foi respeitado.
Fórmulas:
30.000 . 𝑃 Dados:
Mt = (Torque na árvore)
𝜋.𝑛
𝑀𝑇 Aço SAE 1045
FT = (Força Tangencial)
𝑟
σ = 60 N/mm² (60 Mpa)
𝐹𝑇
Τ = 𝑏.𝑙𝑐 (Comprimento da Chaveta)
τ = 50 N/mm²
𝐹𝑇
σ= (Pressão de Contato) P = 7,5 Kw = 7500 W
𝑙𝑒.(ℎ−𝑡1)

EIXO d (mm) n (rpm) b (mm) h (mm) T1 le(mm)

1 64 250 18 11 7 37,3

2 49,3 250 14 9 5,5 55,12

3 81,4 500 22 14 9 11,73

1
MOTOR
Motor utilizado da fabricante WEG.

Catálogo
1
ROLAMENTO
O rolamento selecionado será de rolos cilíndrico porque os corpos
rolantes têm um contato linear com as pistas, ou seja, podem acomodar altas
cargas radiais. Os rolos são guiados pelas bordas tanto pelo anel interno ou
externo, sendo assim estes rolamentos também são adequados para aplicações
com altas rotações. Além disso, os rolamentos de rolos cilíndricos são
separáveis e relativamente fáceis de montar e desmontar mesmo quando são
necessários ajustes por interferência.

Rolamento de Rolos Cilíndricos 1

LISTA DE PEÇAS DADOS

PEÇAS DO TORNO MECÂNICO DADOS


PARAFUSOS Cr 41000 N
CoR 51000 N
CHAVETAS
Fr = Ft 2550 N
EIXOS Fa 0N
CASTANHA CARGA ESTÁTICA EQUIVALENTE
POLIAS PO = Fr 2550 N
CARGA DINÂMICA
MOTOR
P 2550 N
CAIXA (ESTRUTURA)
TAMPAS

FÓRMULAS: 𝑃 = 𝑋. 𝐹𝑟 + 𝑌. 𝐹𝑎

2
Rolamento de Rolos Cilíndricos
2

Catálogo de Rolamentos NSK

3
PROJETO DA TRANSMISSAO DO TORNO MECANICO NO CAD E ESBOÇOS
Foi utilizado o software CAD OnShape

ESBOÇOS

Foto Base, usada como referência para o projeto Desenho Base feito a mão

Modelo Caixa Norton

4
PERSPECTIVA LATERAL – ESCALA 1:5

PERSPECTIVA PLANTA – ESCALA 1:5

5
PROJETO NO CAD

Protótipo em 3D e Vista Explodida

6
DETALHAMENTO 2D

Detalhamento Caixa

7
Observação: Entre o eixo principal e o recâmbio, tem engrenagens que são
trocadas no torno real, elas não foram representadas no desenho, porque são
iguais e o que realmente importa são as relações da Caixa Norton com o eixo
1,2 e 3.

8
Detalhamento Eixos

Detalhamento Parafusos
9
Detalhamento Chavetas

Detalhamento Polias

10
CONCLUSÃO
Nosso trabalho consiste em fazer o projeto completo do sistema de
transmissão de um torno mecânico, nele o projeto possui desde o
dimensionamento e seleção dos elementos de máquinas, até a parte de design
de um protótipo em 3D, também o detalhamento 2D para fabricação de peças e
suas características intrínsecas.
O torno é utilizado para usinar peças, pode ser usado para criação ou
acabamentos, possui as partes principais: cabeçote fixo, recâmbio e Caixa
Norton. O cabeçote fixo é a parte que armazena o eixo principal acoplado a placa
universal e a castanha, o recâmbio, que transmite a rotação, por sua vez tem
engrenagens que podem ser trocadas para mudar o avanço até a ferramenta, e
a Caixa Norton que possui eixos com diferentes engrenagens que alteram a
rotação do torno, possuindo uma alavanca para troca rápida.
O torno mecânico é essencial para a indústria, podendo ser considerada
a mais importante e antiga, além de ajudar muito no desenvolvimento e evolução
de vários setores industriais, é necessário muito cuidado para manusear o
equipamento e ter cuidados com a manutenção para evitar acidentes que podem
trazer sequelas graves e até a morte.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.cemeq.ufg.br/n/97461-curiosidades-da-area-de-mecanica
https://www.irobras.com.br/
http://omicrom.com.br/
http://www.laferrolamentos.com.br/
https://www.cemeq.ufg.br/
https://www.weg.net/institutional/BR/pt/
https://www.skf.com/br
Livro Sarkis Melconian

11

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