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Aluno: Gabriel Medeiros de Mendonça – 118210348

Atividade 3.1

Figura 1

Para elaboração deste trabalho é considerado a análise de uma prensa hidráulica. Primeiramente, faz-se necessário
realizar a apreciação do risco que se faz em duas etapas: análise do risco e avaliação de risco. Na análise de risco é
realizado a especificação dos limites da máquina e identificação dos perigos no qual a máquina poderá oferecer, além
da estimativa dos riscos. A avaliação de risco, a partir da análise de risco, busca estabelecer quanto os objetivos de
redução de risco foram atingidos.

O mapeamento de risco pode ser dividido nas seguintes etapas de acordo com a ISO 12100:

Figura 2
A respeito dos perigos encontrados, tem-se que os perigos mecânicos são maioria em uma máquina deste tipo.
Ademais, em menor consideração, perigos como ruído e vibrações também são de importante relevância para tal
máquina.

Mas, antes de iniciar a categorização da avaliação dos riscos, deve-se fazer a seleção da categoria de segurança da
máquina através da NBR-14153, anexo B, conforme figura 3:

Figura 3, fonte ABNR-NBR 14153

A máquina foi enquadrada na categoria 4 pois, a partir das especificações de categorias da NBR 14153, toda a
sistemática do equipamento precisa ser projetada, de forma que não venha a comprometer a máquina em questão.
Assim foram definidos os perigos e riscos identificados. Os perigos identificados foram: corte e esmagamento de
membros superiores (dedos, mãos ou braços) na área que é realizada a prensagem e risco de corte e prensagem de
membros superiores na parte traseira da máquina, pois a mesma não dispunha de proteção em sua parte traseira.

Portanto, tem-se da categorização de riscos:

S1/S2 F1/F2 P1/P2 Categoria de Segurança


Categoria de S2 F2 P2 4 Área de prensagem
Segurança S2 F2 P2 4 Parte traseira

Tabela 1

Tais resultados podem ser interpretados como:

S – Grau de Severidade do Ferimento/Dano na Zona

S1 – Ferimento leve(reversível)

S2 – Ferimento sério (não reversível), inclui morte.

F – Frequência e tempo de exposição – operador

F1 – Raro e relativamente frequente e baixo tempo

F2 – Frequente a contínuo e longo tempo

P – Possibilidade de evitar o perigo/dano

P1 – Possível sob condições especificas

P2 – Quase nunca possível


Tem-se que a análise da área de prensagem se enquadra nos critérios: S2- Lesão irreversível; F2-Frequência alta de
exposição ao perigo; P2-Impossibilidade de parada de máquina durante o ciclo.

Para quantificar os níveis de perigo na máquina, foi feito um levantamento de todos os riscos/perigos encontrados
nela e então utilizado a seguinte fórmula em cada perigo encontrado:

HRN = LO x FE x DPH x NP

Figura 4

Figura 5

Figura 6

Figura 7
A figura 8 mostra os níveis de risco que podem ser obtidos através da aplicação da fórmula do HRN.

Figura 8

A graduação de cor varia do verde, para resultados de HRN aceitáveis, ao vermelho, para níveis que sejam inaceitáveis
e que necessitem de intervenção 45 imediata.

Neste caso, por ser maioria, apenas os riscos mecânicos foram considerados para o cálculo do HRN. Portanto, o HRN
da área de prensagem pode ser resumido na seguinte tabela:

HRN da área de prensagem


Probabilidade de Ocorrência (LO) Provável 8
Frequência de Exposição (FE) Constante 5
Grau da Possível Lesão (DPH) Perda de 1 ou 2 dedos das mãos/dedos dos pés 4
Número de Pessoas Sob Risco (NP) 1 – 2 pessoas 1
Valor do HRN, Classificação 160
Risco MUITO ALTO
Tabela 2

Ademais, o HRN da parte traseira pode ser resumido na tabela abaixo:

HRN da área de prensagem


Probabilidade de Ocorrência (LO) Provável 8
Frequência de Exposição (FE) Diariamente 2,5
Grau da Possível Lesão (DPH) Perda de 1 ou 2 dedos das mãos/dedos dos pés 4
Número de Pessoas Sob Risco (NP) 3 – 7 pessoas 2
Valor do HRN, Classificação 160
Risco MUITO ALTO
Tabela 3

Finalmente, a partir dos cálculos de HRN, é possível concluir que a prensa hidráulica apresenta um risco muito alto,
sendo necessário, a partir da HRN, realizar ações que possam reduzir ou eliminar tal risco com a implementação de
proteções ou mecanismos de segurança.

De acordo com a norma ISO 14212-2 define o nível de integridade de segurança – SIL como sendo o grau de
confiabilidade e integridade que um determinado sistema de segurança apresenta. Sua quantificação se dá em termos
de probabilidade de falha durante a utilização deste sistema. A literatura define 4 níveis de SIL (1 a 4) sendo 4 o mais
alto grau de confiabilidade. A tabela a seguir define as faixas de confiabilidade para cada SIL:
Figura 9

De acordo com a ISO 13849-1 o método PLr (Performace Level) possui cobertura de todos os sistemas de segurança
eletrônicos disponíveis e apresenta a possibilidade de analisar a performance do sistema e determinar categorias de
riscos específicas para cada tipo de componente. Segundo a ISO 13849-1, o Plr é usado principalmente para reduzir o
risco de lesões leves. Tem-se que a situação de perigo é definida em cinco níveis entre: PLa(baixo) e PLe(alto).

A figura abaixo apresenta a ferramenta para a determinação do PLr (requerido) presente na ISO 13849-1:

Figura 10

A seleção do PLr ocorrerá com base nos dados obtidos da categorização de riscos, logo um valor próximo de L indicará
uma baixa contribuição para redução de risco e um valor próximo de H indicará uma alta contribuição para redução de
risco.

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