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[Documento técnico que determina a

necessidade da instalação de um SPDA


em conformidade com a Norma Técnica
Brasileira ABNT NBR 5419:2015 na Sede
Administrativa do Distrito Agroindustrial
de Aparecida de Goiânia.]
Avaliação de risco para a determinação da necessidade de um Sistema
de Proteção contra descargas atmosféricas – SPDA

1. OBJETIVO

Este documento técnico tem o objetivo de verificar os riscos inerentes a uma


estrutura devido às descargas atmosféricas para a terra e compará-los a um limite
superior tolerável, que irá subsidiar a escolha das medidas de proteção apropriadas a
serem adotadas para reduzir o risco ao limite ou abaixo do limite tolerável, em
conformidade com a norma ABNT NBR 5419:2015.

Informar se necessário, a classe do SPDA, as medidas de proteção necessárias


e os materiais que deverão ser empregados para compor tal proteção.

Todos os dados da estrutura necessários à realização da análise proposta foram


fornecidos pelo CONTRATANTE, portanto a veracidade das informações dadas é de
responsabilidade do mesmo.

2. INFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS

Proprietário:

CNPJ:

Endereço do Cliente:

Endereço da Obra:

Estrutura: Comercial.

Seguindo a decisão tomada pelo proprietário que uma avaliação econômica não
é requerida, o risco R4 para perda econômica (L4) não será considerado.

Será adotado como densidade de descargas atmosféricas a variável (Ng), que é


o número de raios para a terra por quilômetros quadrados por ano, o valor emitido pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE através do website
http://www.inpe.br/elat/.

3. NECESSIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA


DESCARGA ATMOSFÉRICA – SPDA

Para a determinação da necessidade de implantação do SPDA para as


edificações e estruturas citadas no item 2, será utilizada a metodologia de
gerenciamento de riscos definida na Norma Brasileira ABNT NBR 5419-2.
4. INTERPRETAÇÃO DOS TERMOS

4.1. Danos e perdas:

Para se avaliar quando uma proteção contra descargas atmosféricas é


necessária ou não, deve ser feita uma avaliação do risco de acordo com os
procedimentos contidos na ABNT NBR 5419-2.

Primeiramente analisamos qual será o local da descarga elétrica na estrutura


(diretamente na estrutura, próximo à estrutura, sobre as linhas elétricas e tubulações
metálicas conectadas a estrutura ou próximo às linhas elétricas e tubulações metálicas
conectadas a estrutura). Para isso, é definida a fonte de dano, de acordo com a norma
ABNT NBR 5419-2:

 S1: descargas atmosféricas na estrutura;


 S2: descargas atmosféricas próximas à estrutura;
 S3: descargas atmosféricas sobre as linhas elétricas e tubulações
metálicas que entram na estrutura;
 S4: descargas atmosféricas próximas às linhas elétricas e tubulações
metálicas que entram na estrutura

A descarga atmosférica pode causar danos dependendo das características da


estrutura a ser protegida. Algumas das características mais importantes são: tipo de
construção, conteúdos e aplicações, tipo de serviço e medidas de proteção existentes.
Para aplicações práticas desta análise de risco, é usual distinguir entre três tipos
básicos de danos os quais aparecem como consequência das descargas atmosféricas,
conforme listados abaixo:

 D1: danos às pessoas devido a choque elétrico;


 D2: danos físicos (fogo, explosão, destruição mecânica, liberação de
produtos químicos) devido aos efeitos das correntes das descargas
atmosféricas;
 D3: falhas de sistemas internos.

Cada tipo de dano, sozinho ou em combinação com outros, pode produzir


diferentes perdas consequentes em uma estrutura a ser protegida. O tipo de perda
pode acontecer dependendo das características da própria estrutura e do seu
conteúdo. Os seguintes tipos de perdas devem ser levados em consideração:

 L1: perda de vida humana (incluindo-se danos permanentes);


 L2: perda de serviço ao público;
 L3: perda de patrimônio cultural;
 L4: perda de valor econômico (estrutura e seu conteúdo, assim como
interrupções de atividades).
Tabela 01 – Fontes de danos, tipos de danos e tipos de perdas de acordo com o ponto de impacto.

4.2. Riscos e componentes de risco

O risco, R, é um valor relativo a uma provável perda anual média. Para cada tipo
de perda que pode aparecer na estrutura, o risco resultante deve ser avaliado. Os
riscos a serem avaliados em uma estrutura devem ser como a seguir:

 R1: risco de perda de vida humana (incluindo ferimentos permanentes);


 R2: risco de perda de serviço ao público;
 R3: risco de perda ao patrimônio cultural;
 R4 : risco de perda de valores econômicos.

Para avaliar os riscos, R, os relevantes componentes de risco (riscos parciais


dependem da fonte e do tipo de dano) devem ser definidos e calculados. Cada, R, é a
soma dos seus componentes de risco. Ao calcular um risco, os componentes de risco
podem ser agrupados de acordo com as fontes de danos e os tipos de danos,
conforme listados abaixo:

 R A : ferimentos a seres vivos – descarga atmosférica na estrutura;


 R B: danos físicos na estrutura – descarga atmosférica na estrutura;
 RC : falha dos sistemas internos – descarga atmosférica na estrutura;
 R M : falha dos sistemas internos – descarga atmosférica perto da
estrutura;
 RU : ferimentos a seres vivos – descarga atmosférica na linha conectada;
 RV : danos físicos na estrutura – descarga atmosférica na linha conectada;
 RW : falha dos sistemas internos – descarga atmosférica na linha
conectada;
 R X : componente de risco para uma estrutura;
 R Z: falha dos sistemas internos – descarga atmosférica perto da linha
conectada.

4.3. Composição das componentes de risco

Os componentes de risco a serem considerados para cada tipo de perda na


estrutura são listados a seguir:

R1: Risco de perda de vida humana:

R1=R A 1 + RB 1 + RC 1 ¹+ R M 1 ¹+ RU 1 + RV 1+ R W 1 ¹+ R Z 1 ¹ (Eq.01)

¹: Somente para estruturas com risco de explosão e para hospitais com


equipamentos elétricos para salvar vidas ou outras estruturas quando a falha dos
sistemas internos imediatamente possa por em perigo a vida humana.

R2: Risco de perdas de serviço ao público:

R2=R B 2 + RC 2 + R M 2 + RV 2+ R W 2+ R Z 2 (Eq.02)

R3: Risco de perdas de patrimônio cultural:

R3=R B 3 + RV 3 (Eq.03)

R4 : Risco de perdas de valor econômico:

R4 =R A 4 ²+ R B 4 + RC 4 + R M 4 + R U 2 ²+ R V 4 + R W 4 + R Z 4 (Eq.04)

²: Somente para propriedades onde animais possam ser perdidos.

Os componentes de risco que correspondem a cada tipo de perda são também


agrupados na Tabela 02.
Tabela 02 – Componentes de risco a serem considerados para cada tipo de perda em uma estrutura

5. GERENCIAMENTO DE RISCO

5.1. Procedimento básico

 Identificação da estrutura a ser protegida e suas características;


 Identificação de todos os tipos de perdas na estrutura e os
correspondentes riscos relevantes R ( R1 a R4 );
 Avaliação do risco R para cada tipo de perda R1 a R4 ;
 Avaliação da necessidade de proteção, por meio da comparação dos
riscos R1, R2 e R3 com os riscos toleráveis RT ;
 Avaliação da eficiência do custo da proteção pela comparação do custo
total das perdas com ou sem as medidas de proteção. Neste caso, a
avaliação dos componentes de risco R4 deve ser feita no sentido de
avaliar tais custos (ver Anexo D da ABNT NBR 5419-2).

5.2. Estrutura a ser considerada para análise de risco

A estrutura a ser considerada inclui:

 A própria estrutura;
 As instalações na estrutura;
 O conteúdo da estrutura;
 As pessoas na estrutura ou nas zonas até 3m para fora da estrutura;
 O meio ambiente afetado por danos na estrutura.
5.3. Risco tolerável

É de responsabilidade da autoridade que tenha jurisdição identificar o valor do


risco tolerável. Valores representativos de risco tolerável RT , onde as descargas
atmosféricas envolvem perdas de vida humana ou perda de valores sociais ou
culturais, são fornecidos na norma ABNT NBR 5419-2, conforme a Tabela 3.

Tabela 03 – Valores típicos de risco tolerável RT(NBR 5419-2).

Em princípio, para perda de valor econômico (L4), a rotina a ser seguida é a


comparação custo/benefício dada no Anexo D da ABNT NBR 5419-2. Se os dados
para esta análise não estão disponíveis, o valor representativo de risco tolerável
−3
RT =10 pode ser utilizado (NBR 5419:2015).

5.4. Procedimento para avaliar a necessidade de proteção

De acordo com ABNT NBR 5419-1, os riscos R1, R2 e R3 devem ser considerados
na avaliação da necessidade da proteção contra as descargas atmosféricas. Para cada
tipo de risco a ser considerado, os seguintes passos devem ser tomados:

 Identificação dos componentes R X que compõe o risco;


 Cálculo dos componentes de risco identificados R X ;
 Cálculo do risco total R;
 Identificação dos riscos toleráveis RT ;
 Comparação do risco R com o valor do risco tolerável RT .

Se R ≤ R T , a proteção contra a descarga atmosférica não é necessária.

Se R> RT , medidas de proteção devem ser adotadas no sentido de reduzir R ≤ R T


para todos os riscos ao qual a estrutura está sujeita.

6. METODOLOGIA APLICADA POR ESTRUTURA

Neste tópico serão analisados os riscos iniciais das estruturas do Bloco 01,
Bloco 2 em relação a área externa sem nenhuma medida de proteção adotada. Caso
os riscos encontrados nessas edificações sejam superiores ao risco tolerável
determinado, serão dimensionadas as proteções necessárias para diminuir tal risco ao
valor inferior ao tolerável.
6.1. Sede Administrativa – Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia - DAIAG

A perda de vida humana (L1) é relevante para este tipo de estrutura, portanto o
risco RT =10−5 (de acordo com a Tabela 03) deve ser considerado. Seguindo a decisão
tomada pelo proprietário que uma avaliação econômica não é requerida, o risco R4 para
a perda econômica L4 não é considerada. A estrutura possui uma entrada de linha de
energia elétrica em baixa tensão, instalada de forma subterrânea.

A estrutura foi dividida em 02 zonas, conforme listado:

 Zona Z1 – Área externa;


 Zona Z2 – Área interna;

Na tabela 04 relaciona-se à quantidade de pessoas estimadas em função da


arquitetura apresentada que ocupam cada zona e o tempo de permanência por ano.

Sede Aparecida – Distribuição das pessoas nas zonas


Número de Tempo de
Zona
pessoas presença
Zona Z1 (Área externa) 10 8760
Zona Z2 (Área interna) 100 8760
Total 10 -

Tabela 04 – Distribuição de pessoas e seu respectivo tempo de permanência estimado por zona.

Na tabela 05 são relacionados às características ambientais globais da estrutura.

Sede Aparecida - Características ambientais e globais da estrutura


Parâmetros
iniciais da Observações Símbolo Valor Referência
estrutura
Aparecida de
Cidade / Estado - - -
Goiânia - GO
Densidade de
descargas
Densidade de descargas Web-site:
atmosféricas para NG 4,37
atmosféricas www.inpe.br
a terra
(1/km²/ano)
Dimensões da Largura, Comprimento e Projeto
LxWxH 16,75x24,04x5,67
estrutura (m) Altura. Arquitetônico
Fator de Estrutura cercada por objetos
Tabela A.1 (NBR
Localização da da mesma altura ou mais CD 0,5
5419-2)
Estrutura baixos.
Tabela B.2 (NBR
SPDA Estrutura não protegida PB 1
5419-2)
Ligação Tabela B.7 (NBR
Sem DPS PEB 1
equipotencial 5419-2)
Blindagem Equação (B.5)
Nenhuma - valor máximo. Ks1 1
espacial externa (NBR 5419-2)
Tabela 05 – Características ambientais e globais da estrutura
Na tabela 06 são relacionados às características da linha de energia que
adentram a estrutura.

Sede Aparecida – Linha de Energia


Parâmetros
iniciais da Observações Símbolo Valor Referência
estrutura
Entrada de
Comprimento (m) Rede aérea B.T. LL 1000
energia
Fator de Tabela A.2 (NBR
Enterrado CI 0,5
Instalação 5419-2)
Fator do tipo de Tabela A.3 (NBR
Linha de energia CT 1
linha 5419-2)
Tabela A.4 (NBR
Fator ambiental Suburbano CE 0,5
5419-2)
Blindagem da Tabela B.8 (NBR
Linha Enterrada não blindada RS 1
linha (Ω/km ) 5419-2)
Blindagem, CLD 1 Tabela B.4 (NBR
aterramento, Linha enterrada não blindada
CLI 1 5419-2)
isolação
Estrutura Largura, Comprimento e
LJ x WJ x HJ - Não aplicável
adjacente Altura
Fator de
localização da Tabela A.1 (NBR
- CDJ -
estrutura 5419-2)
adjacente
Tensão
suportável dos
- UW 1kV -
sistemas internos
(kV)
Equação
KS4 1
B.7(NBR 5419-2)

Parâmetros resultantes Tabela B.8


PLD 1
(NBR 5419-2)
Tabela B.9
PLI 1
(NBR 5419-2)

Tabela 06 – Características da linha de energia que adentra a estrutura.


Na tabela 07 são relacionados às características da linha de sinal que adentram
a estrutura.

Sede Aparecida - Linha de Sinal


Parâmetros
iniciais da Observações Símbolo Valor Referência
estrutura
Entrada de
Comprimento (m) Rede subterrânea B.T. LL 1000
energia
Fator de Tabela A.2 (NBR
Enterrado CI 0,5
Instalação 5419-2)
Fator do tipo de Tabela A.3 (NBR
Linha de sinal CT 1
linha 5419-2)
Tabela A.4 (NBR
Fator ambiental Suburbano CE 0,5
5419-2)
Blindagem da Tabela B.8 (NBR
Resistência da Blindagem RS 5Ω/km
linha (Ω/km ) 5419-2)

Blindagem, CLD 1
Tabela B.4 (NBR
aterramento, Linha enterrada blindada
5419-2)
isolação CLI 0,3

Estrutura Largura, Comprimento e


LJ x WJ x HJ - não aplicável
adjacente Altura
Fator de
localização da Tabela A.1 (NBR
- CDJ -
estrutura 5419-2)
adjacente
Tensão
suportável dos
- UW 1kV -
sistemas internos
(kV)
Equação (B.7)
KS4 1
(NBR 5419-2)
Tabela B.8 (NBR
Parâmetros resultantes PLD 0,9
5419-2)
Tabela B.9 (NBR
PLI 1
5419-2)

Tabela 07 – Características da linha de sinal que adentra a estrutura.

Na tabela 08 são relacionados às áreas de exposição equivalentes da estrutura


e das linhas.
Sede Aparecida - Áreas de exposição equivalentes da estrutura de das linhas
Estrutura Referência da Equação Símbolo Unidade Valor
Equação (A.2) (NBR 5419-2) AD m² 2699,00
Bloco 01
Equação (A.7) (NBR 5419-2) AM m² 826194,16
Equação (A.9) (NBR 5419-2) AL/P m² 40000
Linha de energia Equação (A.11) (NBR 5419-2) AI/P m² 4000000
Equação (A.2) (NBR 5419-2) ADJ/P Não se aplica Não se aplica
Equação (A.9) (NBR 5419-2) AL/T m² 40000
Linha de sinal Equação (A.11) (NBR 5419-2) AI/T m² 4000000
Equação (A.2) (NBR 5419-2) ADJ/T Não se aplica Não se aplica

Tabela 08 – Área de exposição equivalentes da estrutura e das linhas.

Na tabela 09 é relacionado o número de eventos esperados para a estrutura e


para as linhas.

Sede Aparecida - Número de Eventos Esperados


Estrutura Referência da Equação Símbolo Unidade Valor
Equação (A.4) (NBR 5419-2) ND - 0,01
Galpão
Equação (A.6) (NBR 5419-2) NM - 3,61
Equação (A.8) (NBR 5419-2) NL/P - 0,0437
Linha de energia Equação (A.10) (NBR 5419-2) NI/P - 4,37
Equação (A.5) (NBR 5419-2) NDJ/P Não se aplica Não se aplica
Equação (A.8) (NBR 5419-2) NL/T - 0,0437
Linha de sinal Equação (A.10) (NBR 5419-2) NI/T - 4,37
Equação (A.5) (NBR 5419-2) NDJ/T Não se aplica Não se aplica

Tabela 09 – Número de eventos esperados para estrutura e linhas.

Na tabela 10 são relacionados os fatores de ponderação que incidem em cada


zona:
Sede Aparecida – Fatores de ponderação
Zona Z1 Zona Z2
Parâmetros iniciais da
Observações Símbolo (área (área Referência
estrutura
externa) interna)
Agricultura/ Tabela C.3
Tipo de Piso rt 1,00E-02 1,00E-03
Cerâmica (NBR 5419-2)
Proteção contra choque
Nenhuma Tabela B.1
(descarga atmosférica na PTA 1 1
medida (NBR 5419-2)
estrutura)
Proteção contra choque
Nenhuma Tabela B.6
(descarga atmosférica na PTU 1 1
medida (NBR 5419-2)
linha)
Normal/ Tabela C.5
Risco de incêndio rf 1,00E-02 1,00E-02
Normal (NBR 5419-2)
Tabela C.4
Proteção contra incêndio Nenhuma rp 1 1
(NBR 5419-2)
Equação (B.6)
Blindagem espacial interna Nenhuma KS2 1 1
(NBR 5419-2)
Fiação Cabo não Tabela B.5
KS3 2,00E-01 2,00E-01
interna blindado (NBR 5419-2)
Energia
DPS Sem DPS/ Tabela B.3
PSPD 1 1
coordenados Sem DPS (NBR 5419-2)
Fiação Cabo não Tabela B.5
KS3 1,00E-02 1,00E-02
interna blindado (NBR 5419-2)
Telecom
DPS Tabela B.3
Nenhum PSPD 1 1
coordenados (NBR 5419-2)
Perigo Tabela C.6
Baixo nível hZ 2 2
Especial: (NBR 5419-2)
D1: devido à
tensão de
- LT 1,00E-02 1,00E-02
toque e
L1: Perda de passo
vida humana D2: devido a Outros Tabela C.2
LF 2,00E-02 2,00E-02
danos físicos /Outros (NBR 5419-2)
D3: devido a
falhas de não
LO - -
sistemas aplicável
internos
Fator para pessoas em nz/nt x
- 0,091 0,909 Arquitetura
perigo tz/8760
Tabela 10 – Fatores de ponderação incidentes em cada zona.

Na tabela 11 são relacionados os parâmetros relevantes para avaliação dos


componentes de risco.

Sede Aparecida – Parâmetros Relevantes para avaliação dos componentes de


risco

Zona 1 Zona 2
Símbolo Equação Referência
Energia Sinal Energia Sinal
PA = PTA x Equação (B.1)
PA 1 1
PB NBR 5419-2
Tabela (B.2)
PB - 1 1
NBR 5419-2
PC = PSPD x Equação (B.2)
PC 1 1 1 1
CLD NBR 5419-2
PM = PSPD x Equação (B.3)
PM 0,0001 0,0001
PMS NBR 5419-2
PMS = (Ks1
Equação (B.4)
PMS x KS2 x Ks3 0,0001 0,0001 0,0001 0,0001
NBR 5419-2
x Ks4)²
PU PU = PTU x Equação (B.8) 1 0,9 1 0,9
PEB x PLD x
NBR 5419-2
CLD
PV = PEB x Equação (B.9)
PV 1 0,9 1 0,9
PLD x CLD NBR 5419-2

PW = PSPD Equação (B.10)


PW 1 0,9 1 0,9
x PLD x CLD NBR 5419-2

PZ = PSPD x Equação (B.11)


PZ 1 0,3 1 0,3
PLI x CLI NBR 5419-2

LA = rt x LT
x ((nz/nt) Equação (C.1)
LA = LU 9,09E-06 9,09E-06
x NBR 5419-2
(tZ/8760))
LB = rp x rf
x hZ x LF x Equação (C.3)
LB = LV 3,64E-05 3,64E-04
((nz/nt) x NBR 5419-2
(tZ/8760))

Tabela 11 - Parâmetros relevantes para avaliação dos componentes de risco

Na tabela 12 é relacionado o risco R1 na estrutura sem contemplar nenhum tipo


de proteção.

Sede Aparecida - Risco R1 para estruturas não protegidas (Risco Tolerável RT = 1 x 10 -5)
Tipos de Zona Z1 (área externa) Zona Z2 (Bloco 1)
Equação Somatório
danos Energia Sinal Energia Sinal
RA = ND x PA x LA 5,36E-07 5,36E-08 1,07E-07
D1
Ferimento
s devido a RU = (NL +NDJ) x PU x Não se Não se
3,97E-07 3,58E-07 7,55E-07
choque LU (sinal + energia) aplica aplica

RB = ND x PB x LB Não se aplica 2,14E-06 2,14E-06


D2 Danos
Físicos RV = (NL +NDJ) x PV x Não se Não se
1,59E-05 1,46E-05 3,02E-05
LV(sinal + energia) aplica aplica
TOTAL 5,36E-08 3,31E-05 3,32E-05
Risco Tolerável R1 = 3,32E-05 RT = 1,00E-05 R1 > RT
Devido ao risco R1 ser maior que RT, a proteção contra descargas atmosféricas é necessária.

Tabela 12 – Risco R1 para estrutura da sede DAIAG sem nenhuma medida de proteção.

Considerando que o Risco R1 ficou superior ao valor de referência para riscos


toleráveis, deverá ser implementada proteções necessárias visando minimizar o risco
R1 para um valor inferior ao valor do risco tolerável. As medidas que serão
implementadas serão descritas no tópico 7.

7. MEDIDAS DE PROTEÇÕES ADICIONAIS A SEREM IMPLEMENTADAS

Neste tópico serão propostas, medidas de proteções adicionais visando


minimizar os riscos encontrados na estrutura.

7.1. Medidas de proteções a serem adicionadas na edificação da sede DAIAG

O risco R1 presente na estrutura é maior no que diz respeito aos danos físicos
causados pela descarga atmosférica que atinge a estrutura ou as linhas conectadas. A
componente RB e RV representam respectivamente ≈6,46% e ≈90,94% do risco R 1, que
totaliza ≈97,40% do risco total para a estrutura.

Considerando a necessidade de reduzir tais componentes de risco, será


necessária a adoção das seguintes medidas:

 Instalação na estrutura de um Sistema de Proteção contra Descarga


Atmosférica – SPDA Classe III, que implicará na redução da probabilidade
PB para valor de 0,1 (ABNT NBR 5419-2 Tabela B.2);
 Proteção adicional DPS NP II que implicará na redução da probabilidade
PEB para 0,02. (ABNT NBR 5419-2 Tabela B.7);
 Aplicação do fator rp para reduzir consequências de incêndio adicionando
medidas de proteção como extintores e rotas de escape, que implicará na
redução do fator para 0,5 conforme NBR 5419-2 Tabela C.4.

Com a adoção de tais medidas, o Risco R 1 presente na estrutura será reduzido


para 4,35x10-7, que representa um valor inferior ao Risco Tolerável para R 1 (RT = 1x10-
5
), conforme disposto na tabela 13.

Sede Aparecida - Risco R1 para estruturas não protegidas (Risco Tolerável RT = 1 x 10 -5)
Tipos de Zona Z1 (área externa) Zona Z2 (Refeitório)
Equação Somatório
danos Energia Sinal Energia Sinal
D1 RA = ND x PA x LA 5,36E-09 5,36E-09 1,07E-08
Ferimento
s devido a RU = (NL +NDJ) x PU x Não se aplica Não se
7,95W-09 7,15E-09 1,51E-08
choque L U (sinal + energia) Aplica
D2 Danos RB = ND x PB x LB Não se aplica 1,07E-07 1,07E-07
Físicos RV = (NL +NDJ) x PV x Não se aplica Não se 1,59E-07 1,43E-07 3,02E-07
LV(sinal + energia) aplica
TOTAL 5,36E-09 4,30E-07 4,35E-07
Risco Tolerável R1 = 4,35E-07 RT = 1,00E-05 R1 < RT
Com a existência de DPS NP II e SPDA Classe III, além da aplicação do fator rp, o risco R1 tem um
valor inferior ao risco tolerável RT.

Tabela 13– Risco R1 para estrutura da sede DAIAG da sede protegida.

7.2. Descrição do Sistema de Proteção

O SPDA Classe III a ser instalado na estrutura da sede será desenvolvido


utilizando o método das malhas, conforme disposto na ABNT NBR 5419-3 no tópico
5.2.2 alínea “c”, com máximo afastamento dos condutores da malha de 15x15 metros,
executada em chapa de alumínio de 70mm² - 7/8”x1/8”.

Será necessária a execução de 5 descidas cada, responsáveis pela interligação


da malha de captação ao aterramento. Tais descidas terão espaçamento médio de 15
metros (ABNT NBR 5419-3 Tabela 4), com 20% de tolerância para valores acima do
permitido pela norma. As descidas serão executadas em chapa de alumínio de 70mm²
- 7/8”x1/8” até próximo a caixa de inspeção onde serão derivadas para cabo de cobre
nu 35mm² até a malha de aterramento.

A malha de aterramento deverá ser construída a uma distância de no mínimo 1m


da fundação da estrutura, com instalação, por descida, de no mínimo três hastes de
aço cobre do tipo Copperweld com camada de cobre de 254 micrometros, 5/8’’ de
diâmetro e 3000mm de comprimento. As hastes de aterramento deverão ser
interligadas com a utilização de cordoalha de cobre com seção transversal de #50mm²
formando um anel fechado entre todas as descidas.

Em cada descida será instalada uma caixa de inspeção tipo solo ∅300mm em
PVC com tampa de FºFº.

O condutor utilizado para a realização das descidas do SPDA deverá ser


conectado a haste através de solda exotérmica ou em conector reforçado em bronze
estanhado (quando estiver em caixa de inspeção tipo solo).

A cada 10m lineares do anel de interligação, deverá ser acrescida, se


necessária, uma nova haste de aço cobre do tipo copperweld com camada de cobre de
254 micrometros, 5/8’’ de diâmetro e 3000mm de comprimento, desde que essa
inserção respeite a distância mínima de 3 metros entre qualquer outra haste instalada.

Todas as estruturas metálicas acima da cobertura (tubulações, antenas, calhas,


caixas e outros) deverão ser conectadas na malha de captação, utilizando cordoalha de
cobre nu com seção transversal de #50mm². A malha de aterramento do SPDA deverá
ser conectada ao BEP – Barramento de Equipotencialização Principal, do aterramento
das instalações elétricas, mediante a utilização de cordoalha de cobre nu com seção
transversal de #50mm².
Nas linhas de energia que adentram a edificação deverão ser instalados
Dispositivos de proteção contra sobretensões transitórias (DPS), com as seguintes
características: ZnO, classe 2, tensão nominal de 275V para sistema 380/220V,
frequência 60Hz, corrente de impulso ≥ 12,5kA (10/350µs), corrente de descarga
nominal ≥ 25kA (8/20µs) e corrente de descarga máxima ≥ 60kA (8/20µs), demais
características conforme ABNT NBR IEC 61643-1.

Na entrada da rede de telefonia deverão ser instalados Dispositivos de proteção


contra sobretensões transitórias (DPS), com tensão nominal Un< 130Vca, corrente de
descarga nominal ≥ 10kA (8/20us) e corrente de descarga máxima ≥ 18kA (8/20us).
Para as linhas de sinais o Dispositivo de proteção contra sobretensões transitórias
(DPS) deverá possuir tensão nominal Um < 48Vcc, corrente de descarga nominal ≥
10kA (8/20us) e corrente de descarga máxima ≥ 10kA (8/20us).

8. CONCLUSÃO

Conforme descrito neste documento, a instalação de medidas de proteção contra


descargas atmosféricas é obrigatória nas estruturas dos Blocos.

Informo também que deverá ser realizada a equipotencialização entre o aterramento


dos diversos sistemas de SPDA e os demais aterramentos elétricos das edificações,
mediante conexão física entre os mesmos através de cordoalha de cobre nu com seção
transversal de #50mm². Deverá ser conectado o SPDA ao B.E.P. (Barramento de
Equipotencialização Principal) através de um condutor de cobre nu com seção transversal
de 50mm² que interligará a barra de cobre do B.E.P. ao anel de equipotencialização do
S.P.D.A

Ressaltamos que as prescrições deste Estudo não garantem plenamente a proteção


de pessoas e equipamentos elétricos ou eletrônicos situados no interior das zonas
protegidas contra os efeitos indiretos causados pelos raios, tais como: parada cardíaca,
centelhamento, interferências em equipamentos ou queima de seus componentes
causados por transferências de potencial devidas à indução eletromagnética, tais medidas
tem a função de minimizar a ocorrência de tais riscos, reduzindo sua probabilidade a
valores abaixo dos riscos toleráveis, conforme norma ABNT NBR 5419:2015.

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