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Especialização em Patologia das Construções:

Diagnósticos e Tratamentos

PATOLOGIAS EM SPDA

Prof. Luciano Henrique Duque MsC


Patologias em Sistemas Hidrossanitários, Elétricos, SPDA e Combate á Incêndio
Como a NBR 5419/2015 está estruturada?
 A NBR 5419 1ª edição de 22 de junho de 2015 é estruturada da seguinte forma:
Apresenta informações relativas
Parte 1 Ameaça da aos efeitos das descargas,
valores de corrente de descarga,
NBR 5419-1 descarga simulação de corrente de
atmosféricas descarga, parâmetros de
Princípios Gerais
ensaios para simular corrente
de descarga etc.

Parte 2 Riscos associados á Apresenta informações


NBR 5419- descarga relativas ao gerenciamento de
Gerenciamento de risco. Tais como: os
risco parâmetros e a forma de
calcular o risco devido as
descargas atmosféricas.

Parte 3 Danos físicos a


estruturas e perigos Apresenta dados sobre a
NBR 5419-3 classe de proteção, distância
á vida
entre descidas, seção dos
condutores, aterramento,
captores e tipos de SPDA !

Parte 4 Sistemas elétricos e Apresenta dados sobre


NBR 5419-4 eletrônicos internos o uso do DPS nas
na estrutura estrutura e as zonas de
proteções.!
NBR 5419- Parte 1
 As medidas proposta pela NBR 5419/2015, quando aplicadas reduzem os
riscos associados ás descargas atmosféricas.
 A descarga atmosférica que atinge a estrutura pode causar danos a
própria estrutura e aos ocupantes e conteúdos , incluindo falhas dos
sistemas internos.
 Os efeitos das descargas atmosféricas sobre as estruturas são
apresentados em formato de tabelas.
 É apresentado o tipo da construção, sua função, ocupantes e conteúdos,
linhas elétricas e tubulações metálicas, medidas de proteção e por fim a
dimensão do risco.
NBR 5419- Parte 1

Figura 1: adaptada da NBR 5419- parte 1


NBR 5419- Parte 1
 Uma proteção ideal para estruturas é envolver completamente a
estrutura a ser protegida por uma blindagem contínua perfeitamente
condutora, aterrada e de espessura adequada.
 Providenciar ligações equipotencias adequadas para as linhas elétricas e
tubulações metálicas que adentrarem nos pontos de passagem pela
blindagem.
Informações de corrente de descarga em função do nível de proteção (NP):
  Primeiro impulso Primeiro impulso Impulso subsequente
Nível de proteção positivo negativo Corrente de pico I (KA)
Corrente de pico I Corrente de pico I
(KA) (KA)

I 200 100 50
II 150 75 37,5
III 100 50 25
IV 100 50 25

Tabela 1: adaptada da tabela 3 da NBR 5419- Parte 1.


NBR 5419- Parte 1
 Os parâmetros de corrente de descarga atmosférica na ABNT 5419 são
baseados nos resultados do International Council on Large Eletrical
Systems (CIGRE),
 Os valores desses parâmetros são estatísticos e em distribuição
logarítmica normal.
 Polaridade das descargas 10% são impulsos positivos e 90% negativas.
Proteção Nível I Nível II Nível III Nível IV
Corrente de 3 5 10 16
pico (KA)

Raio da 20 30 45 60
esfera
rotante (m)

Tabela 2: adaptada da tabela 4 da NBR 5419- Parte 1.


NBR 5419- Parte 1

 Assume-se que a eficiência de uma medida de proteção é igual á probabilidade


com a qual os parâmetros das correntes das descargas estão dentro da meta.
Probabilidade de Nível I Nível II Nível III Nível IV
que os
parâmetros da
corrente sejam:
menores que os 99% 98% 95% 95%
máximos
apresentados na
tabela 1 anterior.

Maiores que os 99% 97% 91% 84%


mínimos valores
definidos na
tabela 2 anterior

Eficiência da 99% 98% ou 97% 95% ou 95% ou 84%


medida de 91%
proteção

Tabela 3: adaptada da tabela 5 da NBR 5419/2015 Parte 1.


NBR 5419- Parte 2
 Apresenta os critérios para avaliação do risco e para escolha das medidas
de proteção mais adequadas. Nesse nova norma foi dedicado uma parte
apenas para o gerenciamento e cálculo do risco de forma mais
abrangente.
 O perigos para uma estrutura pode resultar em :
 Danos á estrutura e ao seu conteúdo
 Falhas aos sistemas eletroeletrônicos associados
 Ferimentos a seres vivos dentro ou perto das estruturas.
 O risco definido na NBR 5419 como provável perda média anual em uma
estrutura devido ás descargas atmosféricas, depende de:
 Número anual de descargas atmosféricas que influenciam a estrutura.
 A probabilidade de dano por uma das descargas atmosféricas que
influenciam.
 A quantidade média das perdas causadas.
NBR 5419- Parte 2
 A decisão de prover uma proteção contra descarga atmosférica pode ser
tomada independente do resultado da análise de risco!
Tipo de Perda Risco tolerável (RT)
L1: Perda de vida humana ou ferimentos

L2: Perda de serviço ao público


L3: Perda de patrimônio

  Tabela 4: Risco tolerável NBR 5419/205 tabela 4 Parte 2

Para cada tipo de risco a ser considerado, os  


seguintes passos devem ser tomados:
a. Identificação das componentes RX que
compõe o risco (R);
b. Cálculo dos componentes de risco
identificados RX
c. Cálculo do risco total tabela 3 da NBR 5419-
Parte 2;
d. Identificar os riscos toleráveis;
e. Comparar o risco R com o risco tolerável.
NBR 5419- Parte 2
 Observações importantes :
 O anexo B da norma NBR 5419/2005, conhecido como análise da
necessidade de proteção mudou sua forma de cálculo e análise (NBR
5419/2015 – Parte 2).
 A NBR 5419/2015 Parte 2 dedicou ao gerenciamento de risco onde é
realizada a análise de risco. Foram inseridos novos fatores de riscos para
edificação que antes não eram analisados.
 Isso possibilitou aumentar a segurança nos sistemas de proteção e elevar
o nível de segurança do SPDA.
 A Parte -2 da NBR 5419 são definidos: o nível de proteção  e quais
medidas complementares deverão ser tomadas para garantir uma
proteção eficiente a edificação, pessoas e instalações.
NBR 5419- Parte 3
 As características do SPDA são determinadas pelas características da
estrutura a ser protegida e pelo nível de proteção considerado.

 Essa parte da norma define os níveis de proteção, associa os materiais


necessárias para o nível de proteção adequando nos subsistemas de
descidas, captação , aterramento e define os tipos de métodos de SPDA.

Nível de Proteção Classe do SPDA


I I
II II
III III
IV IV
Tabela 5: Nível de proteção e classe do SPDA: NBR 5419/2015 Parte 2 Tabela 1
NBR 5419- Parte 3
 Os componentes do subsistema de captação instalados na estrutura devem ser
posicionados nos cantos salientes, pontas expostas e nas beiradas (especialmente
no nível superior de qualquer fachada)de acordo com um ou mais métodos
utilizados (Franklin, Gaiola e Esferas rolantes)
  MÉTODO DE PROTEÇÃO
MÁXIMO ESPAÇAMENTO N= Número de descidas
CLASSE DE RAIO DA AFASTAMENTO ENTRE AS ÂNGULO DE P= Perímetro da edificação
SPDA ESFERA DOS DESCIDAS PROTEÇÃO
ROLANTE –
D= distância enter as descidas
CONDUTORES DE (m)
R (m) MALHAS (m)
N= P/D
I 20 5X5 10  
II 30 10 X 10 10 FIGURA 2
III 45 15 X 15 15 ABAIXO
IV 60 20 X 20 20
Tabela 6: valores do raio da esfera e reticulado da malha , Tabela 2 e 4 da NBR 5419/2015 parte 3
Com relação a quantidade de métodos de proteção, não houve
alterações, continuando a serem usados os métodos dos Ângulos
(Franklin), Modelo Eletromagnético (esferas rolantes) e Malhas.

O Método das Malhas teve seus meshs (reticulados) reduzidos para:


classe 1 = 5x5m; classe 2 = 10x10m; classe 3 = 15x15m e classe 4 =
20x20m.
NBR 5419- Parte 3

As maiores mudanças ocorreram no


Método dos Ângulos com o
aumento significativo do alcance de
pequenos captores, particularmente
até 2 metros.

Figura 2: ângulo de proteção conforme NBR 5419/2015 parte 3.


NBR 5419- Parte 3

NBR 5419 2015


  MÉTODO DE PROTEÇÃO
MÁXIMO ESPAÇAMENTO
CLASSE DE RAIO DA AFASTAMENTO ENTRE AS ÂNGULO DE
SPDA ESFERA DOS DESCIDAS PROTEÇÃO
ROLANTE – CONDUTORES DE (m)
R (m) MALHAS (m)

I 20 5X5 10  
II 30 10 X 10 10 FIGURA 2
III 45 15 X 15 15 ABAIXO
IV 60 20 X 20 20
NBR 5419- Parte 3

Figura 2: ângulo de proteção conforme


NBR 5419/2015 parte 3.
NBR 5419- Parte 3

Material
Configuração Área de Seção mínima
(mm2)
Comentários  A tabela de condutores de captação,
Fita maciça (d) 35 Espessura 1,75mm descidas e aterramento foi aprimorada
Arredondado maciço 35 Diâmetro 6mm
com novos materiais (aço cobreado,
Cobre Diâmtero de cada fio
Encordoado 35 cordoalha 2,5mm alumínio cobreado), e algumas
dimensões mínimas e tolerâncias
Arredondado maciço (b) 200 Diâmetero 16mm
Fita maciça 70 Espessura 3mm
foram estabelecidas. Aprimorada.
Arredondado maciço 70 Diâmetro 9,5 mm
Alumínio Diâmetero de cada fio
Encordoado 70 cordoalha 3,5mm

Arredondado maciço (b) 200 Diâmetero 16mm Nota : Essa tabela não se aplica aos
Arredondado maciço 50 Diâmetero 8mm
Aço cobreado IACS 30%
materiais utilizados como eletrodos
Diâmetero de cada fio
Encordoado 50 cordoalha 3mm naturais.
Arredondado maciço 50 Diâmetero 8mm
Alumínio cobreado IACS 64% Diâmetero de cada fio
Encordoado 70 cordoalha 3,6mm
Fita maciça 50 Espessura 2,5 mm
Arredondado maciço 50 Diâmetero 8mm
Aço galvanizado a quente (a) Diâmetero de cada fio
Encordoado 50 cordoalha 1,7mm

Arredondado maciço (b) 200 Diâmetero 16mm Tabela 7: Material, configuração e área de seção
Fita maciça 50 Espessura 2mm mínima dos condutores de captação, hastes
Arredondado maciço 50 Diâmetero 8mm
captores e condutores de descidas, tabela 6 da
Aço inoxidável (c ) Diâmetero de cada fio NBR 5419/2015 parte 3.
Encordoado 70 cordoalha 1,7mm

Arredondado maciço (b) 200 Diâmetero 16mm


NBR 5419- Parte 3

Dimensões mínimas
Configuração Eletrodo cravado Comentários
Material (Diâmetro) Eletrodo não cravado
Diâmetero de cada fio
Encordoado (c ) _ 50mm2 cordoalha 3mm
Arredondado maciço
(c ) _ 50mm2 Diâmetro 8mm
Cobre Fita maciça (c ) _ 50mm2 Espessura mínima 2mm

Arredondado maciço 15mm _  

Tubo 20mm _ Espessura da parede 2mm


Arredondado maciço
(a,b) 16mm Diâmtero 10mm _
Aço galvanizado á 25mm
quente Tubo (a,b) _ Espessura da parede 2mm
Fita maciça (a ) _ 90mm2 Espessura 3mm
Encordoado _ 70mm2 _
Arredondado maciço
Aço cobreado (d) 12,7mm Diâmetero de cada fio
Encordoado (g) 70mm2 cordoalha 3,45mm

Aço inoxidável (e ) Arredondado maciço 15mm Diâmtero 10mm


Fita maciça 100mm2 Espessura mínima 2mm

Tabela 8: Material, configuração e dimensões mínima dos condutores de eletrodo de aterramento , tabela 7
da NBR 5419/2015 parte 3.
NBR 5419- Parte 3

 O arranjo A (aterramento pontual) foi retirado da norma,


permanecendo apenas o arranjo B (em anel) circundando a edificação
e interligando todas as descidas. Este anel deve estar, no mínimo, 80%
em contato com o solo. 5.4.2.

 Os testes de continuidade das estruturas de concreto armado foram


normalizados em duas etapas com melhor detalhamento dos seus
procedimentos.

 A medição da resistência ôhmica do aterramento do SPDA, bem como


o anterior valor sugerido de 10 ohms foram retirados da norma.
NBR 5419- Parte 3

Comprimento do eletrodo de aterramento em função da classe


conforme NBR 5419/2015 parte 3.

O gráfico de comprimento mínimo de eletrodo enterrado versus resistividade do solo,


agora foi estendido também para nível 2 de proteção já que antes só havia relação
direta entre os 2 parâmetros!
NBR 5419- Parte 3
 Podemos dizer que não aconteceram grandes alterações no texto no
que se refere a inspeção e manutenção.
 Em relação a inspeção e manutenção, grande parte do texto da seção
6 da versão de 2005 foi incorporada ao texto da seção 7 da parte 3 da
versão 2015.
 Dessa forma as prescrições sempre tem o objetivo principal de
manter a operacionalidade do SPDA com consequente minimização
do risco envolvido.
 Inspeções visuais, realizadas por pessoas minimamente orientadas
para observar se alguma peça está solta, quebrada ou oxidada, devem
ser realizadas de seis meses a um ano, dependendo das condições do
local, ou se houver suspeita de que o SPDA foi atingido por raio.
NBR 5419- Parte 3
 Inspeções periódicas obrigatórias devem ser realizadas em intervalos de
um a três anos, no máximo, dependendo da agressividade que o
ambiente estiver impondo ao SPDA.
 Nesta etapa, é necessário que seja gerado um relatório técnico,
acompanhado de ART do profissional executante, onde constará a
situação do sistema e quais intervenções são necessárias, se existirem,
para adequação.
 Um  das mudanças importantes, que há um tempo vem sendo
questionado é o valor da resistência de aterramento, que na nova norma
não fará constar o valor de 10 ohms.
 Um sistema de aterramento bem estudado, projetado e dimensionado, é
mais importante que o valor de aterramento.
NBR 5419- Parte 4
 Fornece informações para o projeto, instalação, inspeção, manutenção e
ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos (Medidas de
Proteção contra Surtos – MPS) para reduzir o risco de danos
permanecentes internos á estrutura devido aos impulsos
eletromagnéticos de descargas atmosféricas (LEMP).
Introdução
 O SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) é um sistema completo
utilizado para minimizar os danos físicos causados por descargas atmosféricas na estrutura.
 O SPDA externo é constituído de um subsistema de captação, um subsistema de descida e
um subsistema de aterramento.
 Subsistema de captação: utiliza elementos metálicos dispostos em qualquer
direção, que são projetados e posicionados para interceptar as descargas
atmosférica.
 Subsistema de descida: conduz a corrente da descarga atmosférica desde o
subsistema de captação até o subsistema de aterramento.
 Subsistema de aterramento: é responsável por conduzir e dispersar a corrente da
descarga atmosférica na terra.
 Instalações metálicas: são elementos metálicos ao longo da estrutura que será
protegida, que podem se tornar caminho para a corrente de descarga atmosférica.
 tubulações, escadas, janelas e portas metálicas, trilhos de elevadores,
coifas, dutos de ar condicionado, armadura de aço da estrutura e
peças metálicas estruturais.
Introdução

Subsistema de captação

Subsistema de descida Subsistema de aterramento


Subsistema de descida
 Tem o propósito de reduzir a probabilidade de danos devido á corrente da
descarga atmosférica fluindo pelo SPDA.
 Os condutores de descidas devem ser arranjados afim de proverem:
 Diversos caminhos paralelos para corrente elétrica;
 Menor comprimento possível do caminho da corrente elétrica;
 A equipotencialização com as partes condutoras de uma estrutura
deve ser feita.
 Para melhor distribuição das correntes das descargas atmosféricas devem ser
consideradas interligações horizontais com os condutores de descida, ao nível do
solo, e em intervalos entre 10 a 20m, conforme a classe do SPDA.

CLASSE DO SPDA DISTÂNCIAS (m)


I 10
É aceitável que os espaçamento
II 10 tenha no máximo 20% além
dos valores da tabela!
III 15
IV 20
Fonte: NBR 5419 parte 3 de 2015
Subsistema de descida
 Um condutor de descida deve ser instalado, preferencialmente , em cada canto
saliente da estrutura, além dos condutores impostos pela distância de segurança.
 
 

CLASSE DO SPDA DISTÂNCIAS (m)


I 10
II 10
III 15
IV 20

Fonte: NBR 5419 parte 3 de 2015

 Não é recomendável que os condutores de descida sejam instalados em calhas ou


tubulações pluviais mesmo que sejam cobertos por matérias isolantes. A umidade no
dutos pluviais aumenta a possibilidade de corrosão.
Subsistema de descida
Configuração Área de Seção mínima Comentários
Material (mm2)
Fita maciça (d) 35 Espessura 1,75mm  A tabela de condutores de captação,
Arredondado maciço 35 Diâmetro 6mm descidas e aterramento foi aprimorada
Diâmtero de cada fio
Cobre
Encordoado 35 cordoalha 2,5mm com novos materiais (aço cobreado,
alumínio cobreado), e algumas
Arredondado maciço (b) 200 Diâmetero 16mm dimensões mínimas e tolerâncias
Fita maciça 70 Espessura 3mm
Arredondado maciço 70 Diâmetro 9,5 mm foram estabelecidas. Aprimorada.
Alumínio Diâmetero de cada fio
Encordoado 70 cordoalha 3,5mm Nota : Essa tabela não se aplica aos
materiais utilizados como eletrodos
Arredondado maciço (b) 200 Diâmetero 16mm
Arredondado maciço 50 Diâmetero 8mm
naturais.
Aço cobreado IACS 30% Diâmetero de cada fio
Encordoado 50 cordoalha 3mm
Arredondado maciço 50 Diâmetero 8mm Material, configuração e área de seção mínima
Alumínio cobreado IACS 64% Diâmetero de cada fio dos condutores de captação, hastes captores e
Encordoado 70 cordoalha 3,6mm condutores de descidas, tabela 6 da NBR
Fita maciça 50 Espessura 2,5 mm 5419/2015 parte 3.
Arredondado maciço 50 Diâmetero 8mm
Aço galvanizado a quente (a) Diâmetero de cada fio
Encordoado 50 cordoalha 1,7mm

Arredondado maciço (b) 200 Diâmetero 16mm


Fita maciça 50 Espessura 2mm
Arredondado maciço 50 Diâmetero 8mm
Aço inoxidável (c ) Diâmetero de cada fio
Encordoado 70 cordoalha 1,7mm

Arredondado maciço (b) 200 Diâmetro 16mm


Fonte: NBR 5419 parte 3 de 2015
Subsistema de Captação
 A probabilidade de penetração da corrente de descarga atmosférica na estrutura é
consideravelmente limitada pela presença de subsistema de captação.
 O Subsistema de captação pode ser composto pela combinação de : hastes (incluindo
mastros), condutores suspensos e condutores em malha.
 O posicionamento dos captores dependo do método do SPDA: Malha (Gaiola de Faraday),
Franklin ou Esferas Rolantes.
 - MÉTODO DE PROTEÇÃO
MÁXIMO ESPAÇAMENTO
CLASSE DE RAIO DA AFASTAMENTO ENTRE AS ÂNGULO DE
SPDA ESFERA DOS DESCIDAS PROTEÇÃO
ROLANTE – CONDUTORES DE (m)
R (m) MALHAS (m)

I 20 5X5 10  
II 30 10 X 10 10 FIGURA 1
III 45 15 X 15 15
IV 60 20 X 20 20

Fonte: NBR 5419 parte 3 de 2015


Subsistema de Captação

Fonte: NBR 5419 parte 3 de 2015


Subsistema de captação: Posicionamento
O volume provido por um mastro é definido pela
forma de um cone circular cujo vértice está
posicionado no eixo do mastro.
Subsistema de captação: Posicionamento

h1: é altura do mastro


O ângulo 𝜶1 corresponde altura h1 acima da
superfície da cobertura.
O ângulo 𝜶2 corresponde á altura h2= h1 + H e o
plano de referência é o solo.
Subsistema de captação: Posicionamento
O adequado posicionamento
Subsistema de do subsistema de captação
captação ocorre se nenhum ponto da
estrutura entrar em contato
com a esfera fictícia rolando ao
Subsistema de redor e no topo.
captação

 - MÉTODO DE PROTEÇÃO
MÁXIMO ESPAÇAMENTO
CLASSE DE RAIO DA AFASTAMENTO ENTRE AS ÂNGULO DE
SPDA ESFERA DOS DESCIDAS PROTEÇÃO
ROLANTE – CONDUTORES DE (m)
R (m) MALHAS (m)

I 20 5X5 10  
II 30 10 X 10 10 FIGURA 1
III 45 15 X 15 15
IV 60 20 X 20 20
Subsistema de captação: posicionamento dos captores em
Malha (Gaiola de Faraday)
 Um SPDA gaiola (malha) é considerado um bom método de captação para
proteger superfícies planas.

 Os condutores devem ser instalados:


Na periferia da cobertura
Nas saliências da cobertura da estrutura;
Nas cumeeiras dos telhados.

 - MÉTODO DE PROTEÇÃO
MÁXIMO ESPAÇAMENTO
CLASSE DE RAIO DA AFASTAMENTO ENTRE AS ÂNGULO DE
SPDA ESFERA DOS DESCIDAS PROTEÇÃO
ROLANTE – CONDUTORES DE (m)
R (m) MALHAS (m)

I 20 5X5 10  
II 30 10 X 10 10 FIGURA 1
III 45 15 X 15 15
IV 60 20 X 20 20
Fonte: NBR 5419 parte 3 de 2015
Subsistema de aterramento
 Esse subsistema tem a função de conduzir com eficiência a corrente de descarga
atmosférica para o solo (terra).
 Sob o ponto de vista da proteção contra descargas atmosféricas, uma única
infraestrutura de aterramento integrada é preferível e adequada para todos
propósitos, ou seja, o eletrodo de aterramento deve ser comum.
 Na impossibilidade do aproveitamento das armaduras das fundações das
edificações, o arranjo a ser utilizado consiste em um condutor em anel, externo á
estrutura a ser protegida em contato com o solo.
Comprimento do eletrodo de
aterramento em função da classe
conforme NBR 5419/2015 parte 3.

 
Subsistema de aterramento
 O eletrodo de aterramento em anel deve ser enterrado na profundidade de no mínimo
0,5m e ficar posicionado em uma distância de aproximadamente 1m ao redor das
paredes externas.

1m
1m
Profundidade
mínima 0,5 m
Subsistema de
aterramento

Dimensões mínimas
Eletrodo cravado
Configuração (Diâmetro) Comentários
Material Eletrodo não cravado
Diâmetero de cada fio
Encordoado (c ) _ 50mm2 cordoalha 3mm
Arredondado
maciço (c ) _ 50mm2 Diâmetro 8mm
Cobre Fita maciça (c ) _ 50mm2 Espessura mínima 2mm
Arredondado
maciço 15mm _  

Tubo 20mm _ Espessura da parede 2mm


Arredondado
maciço (a,b) 16mm Diâmtero 10mm _
Aço galvanizado á 25mm
quente Tubo (a,b) _ Espessura da parede 2mm
Fita maciça (a ) _ 90mm2 Espessura 3mm
Encordoado _ 70mm2 _
Arredondado
Aço cobreado maciço (d) 12,7mm Diâmetero de cada fio
Encordoado (g) 70mm2 cordoalha 3,45mm
Arredondado
Aço inoxidável (e ) maciço 15mm Diâmtero 10mm
Fita maciça 100mm2 Espessura mínima 2mm

Fonte: NBR 5419 parte 3 de 2015


Isolação elétrica do SPDA externo

 A isolação elétrica entre o subsistema


de captação ou de condutores de
descida e as partes metálicas
estruturais, instalações metálicas e
sistemas internos, representa uma
distância de segurança entre essas
partes.

 A isolação elétrica evita indução


eletromagnética e centelhamento
perigoso.
Isolação elétrica do SPDA externo
•  

Nível de proteção do SPDA


I 0,08
II 0,06
III e IV 0,04
Isolação elétrica do SPDA externo
Material

Ar 1
Concreto , tijolos 0,5
Fonte: NBR 5419 Parte 3 de 2015

Número de descidas n

1 (somente para SPDA 1


isolado)
2 0,66
3 ou mais 0,44
Fonte: NBR 5419 Parte 3 de 2015
Isolação elétrica do SPDA externo: Exemplo
distância entre descida

Para feito de exemplo: SPDA classe III, 3


descidas e material isolante tijolo.

   

Nível de Número
proteção do de
SPDA descidas
n
I 0,08
1 1
II 0,06 (somente
para
III e IV 0,04 SPDA
isolado)
Material
2 0,66
Ar 1
3 ou mais 0,44
Concreto , tijolos 0,5

 
Acessórios de um SPDA

 A construção de um SPDA requer uma certa quantidade de pecas acessórias


e disponíveis no mercado através de fabricantes dedicados a essa atividade.
Acessórios de um SPDA
Conectores de pressão slpit bolt
Conexões para SPDA estrutural e vergalhão
Conector terminal botinha e conector para haste
Acessórios de um SPDA
Acessórios de um SPDA
Acessórios de SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessório do SPDA
Acessórios do SPDA
Acessórios do SPDA
O que deve ter em um Laudo SPDA

 Introdução: deve descrever o que será realizado , os tipos de ensaios , as


inspeçõ es que serã o realizadas no SPDA. A norma técnica que é utilizada para
inspeçõ es e mediçõ es.
 Localização do Cliente: Informar a localizaçã o em mapa do cliente e a foto de
sua fachada.
 Equipe Técnica: Aqui deve ser relacionado a equipe técnica que realizou as
inspeçõ es e os ensaios no SPDA.
 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): deve ser colocado o nú mero
da ART gerado para esse laudo no CREA.
 Metodologia de medição de continuidade elétrica das armaduras ser
existir: aqui deve ser descrito a sua metodologia utilizando, cintando a NBR
5419:2015. A metodologia consiste   em uma meditaçã o em relaçã o aos
métodos ló gicos e científicos utilizados na elaboraçã o do laudo.
O que deve ter em um Laudo SPDA
 Instrumento utilizado nas medições de continuidade /aterramento e seu
certificado : aqui deve ser especificado o equipamento utilizado e seu
certificado de calibraçã o no prazo adequado. O equipamento utilizado deve
estar em conformidade com a NBR 5419:2015.
 Medições de continuidade realizadas : aqui deve ser feito um mapa com os
pontos na edificaçã o onde as mediçõ es foram realizadas. Com registro
fotográ fico das mediçõ es e a preparaçã o apara as mediçõ es.
 Medições de aterramento: apresentar o método utilizado nas mediç~eos de
aterramento, fazer registro fotográ fico etc.
 Recomendações: nesse item você deve colocar as nã o conformidades
encontradas e as sugestõ es para melhoria.
 Conclusão: fechamento do laudo descrevendo de forma sucinta a sua
 
conformidade ou nã o com a BR 5419:2015 e se necessários referenciando as
recomendaçõ es necessá rias.
Sumário
Conceitos iniciais
 O SPDA é um sistema de proteção contra descargas atmosféricas utilizado para
minimizar os danos físicos causados por descargas atmosféricas em uma
estrutura.
 SPDA externo é consistindo em um subsistema de captação, um subsistema de
descida e um subsistema de aterramento .
Conceitos iniciais
SPDA interno é um sistema interno de proteção contra descargas atmosféricas consistindo
em ligações equipotenciais (diretas ou indiretas) para descargas atmosféricas ou isolação
elétrica do SPDA externo.

Equipotencialização é a ligação ao SPDA de partes condutoras separadas, por conexões


diretas ou via dispositivos de proteção contra surto (DPS), para reduzir diferenças de
potencial causadas pela corrente da descarga atmosférica.
Conceitos iniciais
 SPDA estrutural é um tipo de SPDA que utiliza uma barra cilíndrica de alta
condutividade, embutida e amarrada nas ferragens da edificação. As descidas não
ficam expostas nas fachadas da edificação.
 SPDA não estrutural as descidas são conduzidas por fora dos pilares e são
utilizados cabos de cobre, barra chata de alumínio etc.

Estrutural

Não estrutural
Checklist  para Inspeções e Laudo SPDA

1-Verificar se existe 6-Observar qual o


projeto de SPDA. último laudo e
avaliar.

2-Observar a existência
do relatório que
5-Se o SPDA for
apresenta o cálculo de
Estrutura verificar se as
risco e o nível do SPDA,
medições de
conforme estabelece
continuidade foram
NBR 5419:2015 (p-3)
realizadas.

3-Identificar qual tipo


de SPDA instalado e a 4-Anotar o quantitativo
geometria do de descidas.
aterramento utilizado.
Checklist  para Inspeções e Laudo SPDA

7-Observar se existe 13- Verificar a


pontos de inspeção. integridade e
continuidade das
descidas.

8-Avaliar se as caixas de 12- Verificar o


inspeção estão limpas. isolamento das
descidas do SPDA
(2,5m).

9- Observar a situação 10-Conferir se descidas 11-Observar se existem


das conexões nas caixas próximas de janelas estão isoladores na captação e
de inspeção. em conformidade com a descidas quebrados.
distância de segurança.
(evitar centelhamento)
Checklist  para Inspeções e Laudo SPDA

14-Avaliar se a malha de
20- Observar se na
captação na cobertura
cobertura existe
está em condições
algum equipamento
adequadas.
acima da malha de
captação.

15-Verificar se a malha 19- Identificar se a


de captação está cobertura possui
tensionada e presa painéis fotovoltaicos e
conforme estabelece a se o SPDA está dando
NBR 5419:2015. (1m) proteção.

16-Observar o estado 18- Verificar se o


de conservação dos 17-Observar se o mastro sinalizador do Mastro
conectores da malha de de Franklin está preso está em funcionamento.
captação. (Split Bolt, adequadamente.
conectores angular etc.)
Checklist  para Inspeções e Laudo SPDA
21- Verificar se existe a
23-Observar se
instalação e coordenação
instalações metálicas
adequada de DPS,
estão conectadas ao
conforme estabelece a
SPDA (somente aquelas
NBR 5419:2015 (p-4)
que suportam
descargas).

22-Avaliar se existe ar-


condicionado e /ou A eficácia do SPDA depende da sua instalação,
equipamentos sensíveis na manutenção e métodos de ensaio utilizados.
cobertura e se estão
equipotencializando no BEP.
Checklist  para Inspeções e Laudo SPDA

O checklist apresentado permite assegurar, que

•  O SPDA esteja de acordo com projeto baseado na NBR 5419:2015 ;

• Os componentes do SPDA estão em boas condições e capazes de cumprir suas


funções;

• Novas construções ou reforma sejam detectadas e medidas necessária devem ser


implementadas para atender a NBR 5419:2015.
Medidas adicionais
 Em certas situaçõ es, a proximidade dos condutores de descida de um SPDA,
externo à estrutura, pode trazer risco de vida!
 Esse risco existe mesmo que o SPDA tenha sido projetado e construído de
acordo com as recomendaçõ es apresentadas pela NBR 5419:2015.

Riscos são em função:


das tensões de toque
e passo!

 
Medidas adicionais
Como reduzir esses riscos a níveis toleráveis?
 A) Se a probabilidade da aproximaçã o de pessoas, ou a duraçã o da
presença delas fora da estrutura e pró ximas aos condutores de
descida, for muito baixa;
 B) Se o subsistema de descida consistir em pelo menos dez caminhos
naturais de descida (elementos de aço das armaduras, pilares de aço
etc.) interconectados conforme NBR 5419:2015;
 C) Se a resistividade da camada superficial do solo, até 3 m de
distâ ncia dos condutores de descida, for maior ou igual a 100 kΩ.m

“ Uma cobertura de material isolante, por exemplo, asfalto de 5 cm de


espessura, ou uma cobertura de 20 cm de espessura de brita, geralmente
reduz os riscos a um nível tolerável” .
Como reduzir esses riscos a níveis toleráveis?
Como reduzir esses riscos a níveis toleráveis?
Como reduzir esses riscos a níveis toleráveis?

ASFALTO

SOLO NATURAL
Como reduzir esses riscos a níveis toleráveis? Tensão de
toque

 Se nenhuma das condiçõ es anteriores for preenchida, medidas de


proteçã o devem ser adotadas contra danos a seres vivos devido à s
tensõ es de toque como a seguir:
 a) a isolaçã o dos condutores de descida expostos deve ser provida
utilizando-se materiais que suportem uma tensã o de ensaio de 100 kV,
1,2/50 µs, por exemplo, no mínimo uma camada de 3 mm de polietileno
reticulado; ou
 b) restriçõ es físicas (barreiras) ou sinalizaçã o de alerta para minimizar a
probabilidade dos condutores de descida serem tocados.
Como reduzir esses riscos a níveis toleráveis? Tensã o de
passo!

 Os riscos sã o reduzidos a um nível tolerável se uma das condiçõ es


apresentadas em A), B) ou C) forem preenchidas.

 Se nenhuma dessas condiçõ es for preenchida, medidas de proteçã o devem ser


adotadas contra danos a seres vivos devido à s tensõ es de passo como a seguir:

  a) impor restriçõ es físicas (barreiras) ou sinalizaçã o de alerta para


minimizar a probabilidade de acesso à á rea perigosa, até 3 m dos condutores
de descida;
  b) construçã o de eletrodo de aterramento reticulado complementar no
entorno do condutor de descida.
Como reduzir esses riscos a níveis toleráveis? Tensã o
de passo!
Conector de mediçã o de continuidade

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