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TÉCNICO EM
ELETROTÉCNICA
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
Sistemas de Proteção contra
Descargas Atmosféricas (SPDA)

PROFESSOR Msc. ANDRÉ MENDES MARTINS


PDA
Legislação, normas e resoluções
ABNT
• SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS:
₋ NBR 5419:2015-1 – Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 1: Princípios gerais
₋ NBR 5419:2015-2 – Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 2: Gerenciamento de riscos
₋ NBR 5419:2015-3 – Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 3: Danos físicos e perigos à vida
₋ NBR 5419:2015-4 – Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na
estrutura
• SISTEMA DE ATERRAMENTO:
₋ NBR 15751:2013 – Sistemas de aterramento de subestações – Requisitos
₋ NBR 16254-1:2014 – Materiais para sistemas de aterramento – Parte 1: Requisitos gerais
₋ ABNT NBR 15749:2009 – Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em sistemas de
aterramento
₋ ABNT NBR 7117:2012 – Medição da resistividade e determinação da estratificação do solo
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Riscos elétricos
FORMAS DE ACIDENTES COM DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Descargas diretas e indiretas Tensão de toque e de passo

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PDA
NBR 5419
NBR 5419:2015 – PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Esta norma (por meio de suas quatro partes) estabelece as condições


para se mensurar o risco associado às descargas atmosféricas
(gerenciamento de risco), reduzir danos físicos e riscos à vida dentro
de uma estrutura e reduzir falhas de sistemas elétricos e eletrônicos.

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PDA
NBR 5419
NBR 5419:2015 – PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A principal e mais eficaz medida de proteção contra danos físicos é o SPDA. Geralmente, ele é comporto por dois sistemas de
proteção: o externo e o interno.

SPDA interno é destinado a reduzir os riscos com centelhamento perigosos dentro do volume de proteção criado pelo SPDA
externo utilizando ligações equipotenciais ou distância de segurança.

SPDA externo é destinado a: interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (por meio do subsistema de captação);
conduzir a corrente de descarga atmosférica para a terra de forma segura (por meio do subsistema de descida); dispersar a
corrente de descarga atmosférica na terra (por meio do subsistema de aterramento);

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SPDA
NBR 5419
NBR 5419:2015 – PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A principal e mais eficaz medida de proteção contra danos físicos é o SPDA. Geralmente, ele é comporto por dois sistemas de
proteção: o externo e o interno.

SPDA interno é destinado a reduzir os riscos com centelhamento perigosos dentro do volume de proteção criado pelo SPDA
externo utilizando ligações equipotenciais ou distância de segurança.

SPDA externo é destinado a: interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (por meio do subsistema de captação);
conduzir a corrente de descarga atmosférica para a terra de forma segura (por meio do subsistema de descida); dispersar a
corrente de descarga atmosférica na terra (por meio do subsistema de aterramento);

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SPDA
Classe do SPDA
NBR 5419:2015 – PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

As características de um SPDA são determinadas pelas características da estrutura a ser protegida e pelo nível de proteção
considerado para descargas atmosféricas. A classe do SPDA deve ser selecionada com base em uma avaliação de risco (ver
ABNT NBR 5419-2).

Cada classe de SPDA é caracterizado pelo seguinte:

a) Dados dependentes da classe de SPDA:

• Parâmetros da descarga atmosférica (ver NBR 5419-1, Tabelas 3 e 4);


• Raio da esfera rolante, tamanho da malha e ângulo de proteção);
• Distâncias típicas entre condutores de descida e os condutores em anel;
• Distância de segurança contra centelhamento perigoso;
• Comprimento mínimo dos eletrodos de terra;

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SPDA
Classe do SPDA
NBR 5419:2015 – PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

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SPDA
Projeto do SPDA
PROJETO DO SPDA:
• Preferencialmente, o próprio projeto da estrutura deve viabilizar a utilização das partes
metálicas desta como componentes naturais do SPDA.

• A armadura de aço dentro das estruturas de concreto é considerada eletricamente


contínua, contanto que pelo menos 50% das conexões entre barras horizontais e
verticais sejam firmemente conectadas. As conexões entre barras verticais devem ser
soldadas, ou unidas com arame recozido, cintas ou grampos, trespassadas com
sobreposição mínima de 20 vezes o seu diâmetro.

• A continuidade elétrica deve ser determinada por ensaios elétricos efetuados entre a
parte mais alta da estrutura e o nível do solo. A resistência elétrica total obtida no
ensaio não pode ser superior a 0,2 Ω.

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SPDA
Projeto do SPDA
ENSAIO DE CONTINUIDADE ELÉTRICA DA ARMADURA :
• Todos os pilares que estão conectados ao subsistema de captação
devem ser individualmente verificados;

• Medições cruzadas, ou seja, parte superior de um pilar contra parte


inferior de outro pilar, devem ser realizadas para verificar
interligações entre pilares;

• Medições somente na parte inferior são necessárias para


verificação da continuidade de baldrames e trechos da fundação;

• Medições em trechos intermediários dos pilares são necessários


para verificação de eventuais pontos de descontinuidade na
armadura.

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PCRMEI - ELÉTRICA
Legislação, normas e resoluções
ABNT
NBR 5419:2015 – PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O SPDA pode ser do tipo externo ou estrutural. Os principais componentes de um (SPDA), são:

• Subsistema de captação;

• Subsistema de descida;

• Subsistema de aterramento; e

• Subsistema de equipotencialização.

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SPDA
Sistema externo de SPDA
APLICAÇÃO DE UM SDPA EXTERNO:
O SPDA externo é projetado para interceptar as descargas atmosféricas diretas à estrutura, incluindo as descargas laterais às
estruturas, e conduzir a corrente de descarga atmosférica do pontos de impacto à terra. O SPDA externo também tem a
finalidade de dispersar esta corrente na terra sem causar danos térmicos ou mecânicos, nem centelhamentos perigosos que
possam iniciar fogo ou explosões;

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SPDA
Sistema externo de SPDA
USO DE COMPONENTES NATURAIS:
Componentes naturais feitos de materiais condutores, os quais devem permanecer dentro ou na estrutura definitivamente e
não podem ser modificados, por exemplo, armaduras de aço interconectadas estruturando o concreto armado, vigamentos
metálicos da estrutura etc., podem ser utilizados como componentes naturais do SPDA, desde que cumpram os requisitos
específicos da NBR 5419.

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO:
Subsistema de captação podem ser compostos por qualquer combinação dos seguintes elementos:

• Hastes;

• Condutores suspensos;

• Condutores em malha.

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO – COMPONENTES NATURAIS:
As seguintes partes de uma estrutura podem ser consideradas como captores naturais e partes de um SPDA:

a) Chapas metálicas cobrindo a estrutura a ser protegida, desde que:


• Tenha continuidade elétrica entre as partes de forma duradoura (solda,
frisamento, costurado, aparafusado ou conectado com parafuso e porca);

• A espessura da chapa tenha espessura mínima segundo a tabela abaixo:

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO – COMPONENTES NATURAIS:
As seguintes partes de uma estrutura podem ser consideradas como captores naturais e partes de um SPDA:

b) Componentes metálicos da cobertura (treliças, ganchos de ancoragem, armadura de aço da estrutura, dentre outras,
posicionadas abaixo de cobertura não metálica, desde que esta possa ser excluída do volume de proteção;

c) Partes metálicas como grades, tubulações cobertura de parapeitos, dentre outras, que estejam instaladas de forma
permanente (retirada desconfigura a estrutura) e que tenha a seção transversal mínima exigida pela norma para
componentes captores;

d) Tubulações metálicas e tanques na cobertura, desde que atendam as especificações de espessura e seção transversal
exigidas pela norma;

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO – COMPONENTES NATURAIS:
As seguintes partes de uma estrutura podem ser consideradas como captores naturais e partes de um SPDA:

e) Tubulações metálicas e tanques contendo material explosivo ou prontamente combustível, desde que atendam à
espessura mínima exigida pela norma (tabela anterior) e que a elevação de temperatura da superfície interna no ponto
de impacto não constitua alto grau de risco ( Anexo D, da norma). Se as condições não forem atendidas, as tubulações e
tanques devem ficar dentro do volume de proteção.

OBS.: tubulações contendo mistura explosiva ou prontamente combustível não podem ser considerados um componente
captor se a gaxeta do acoplamento dos flanges não forem metálicos ou se os lados dos flanges não forem apropriadamente
equipotencializados.;

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO - POSICIONAMENTO:
Componentes do subsistemas de captação devem ser posicionados nos cantos salientes, pontas expostas e nas beiradas
(especialmente no nível superior de qualquer fachada) de acordo com um ou mais dos seguintes métodos:

• Ângulo de proteção;

• Esfera rolante;

• Método das malhas.

O método da esfera rolante e das malhas são adequados a todos os casos.

O método do ângulo de proteção é adequado para edificações de formato simples, mas está sujeito a limites de altura.

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO - POSICIONAMENTO:
Os valores para o ângulo de proteção, raio da esfera rolante e tamanho da malha para cada classe de SPDA são dadas na
tabela e na figura abaixo:

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO – POSICIONAMENTO PELO ÂNGULO DE PROTEÇÃO:

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO – POSICIONAMENTO PELO ÂNGULO DE PROTEÇÃO:

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO – MÉTODO DAS MALHAS:

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SPDA
Sistema externo de SPDA
SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO – ESFERA ROLANTE:

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Legislação, normas e resoluções
ABNT
NBR 5419:2015 – PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DE UM SPDA:

As inspeções em um SPDA devem ser feitas:

• após alterações ou reparos, ou quando houver suspeita de que a estrutura foi atingida por uma descarga atmosférica;

• inspeção visual semestral apontando eventuais pontos deteriorados no sistema;

• periodicamente, realizada por profissional habilitado e capacitado a exercer esta atividade, com emissão de documentação
pertinente (laudo técnico com medição de continuidade elétrica), em intervalos determinados, assim relacionados:

- um ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos à corrosão atmosférica severa (regiões
litorâneas, ambientes industriais com atmosfera agressiva etc.), ou ainda estruturas pertencentes a fornecedores de serviços
considerados essenciais (energia, água, sinais etc.);

- três anos, para as demais estruturas. 24


PCRMEI - ELÉTRICA
Bibliografia
ABNT. NBR 5419:2015-1 – Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 3 – Danos
Físicos a estruturas e perigos à vida. Brasil. 2015.
MORENO, H e COSTA, P. F. Aterramento Elétrico. Procobre. São Paulo.

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