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2023

NORTE SALINEIRA S/A IND. E COM. NORSAL


.

CNPJ: 08.249.021/0012-00

LAUDO TÉCNICO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA


DESCARGAS ATMOSFÉRICAS - SPDA
NR 10
LAUDO TÉCNICO

DO

SISTEMA DE PROTEÇÃO

CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

S.P.D.A.

Abrangência – 2023 / 2024

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SPDA Maio/2023
SUMARIO

ASSUNTO Nº

Competência de Elaboração 03

Apresentação 04

Introdução 04

Objetivo/Características gerais do SPDA 08

Inspeção Geral 09

Notas Gerais 13

Irregularidades/Notas Gerais 30

Método Empregado / normas Empregadas 31

Recomendação de Segurança 32

Parecer Final 32

Encerramento 34

Anexos 35

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SPDA Maio/2023
Do Autor:

COMPETÊNCIA DE ELABORAÇÃO

O Laudo Técnico por nós elaborado, para atender e Comparar as técnicas utilizadas
com as técnicas exigidas, com base nas Normas Técnicas específicas da A.B.N.T.
“ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS” e da Norma Regulamentadora
n.° 10 da Portaria nº .3214 de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho e
Emprego, além de futuras modificações que serão desenvolvidas pela Portaria nº
598 , de 07/12/2004 , divulgada no DOU de 08/12/2004 NR-10 da Portaria número
12/83 do MTB, corresponde à avaliação de auditagem das instalações elétricas
relativamente às suas condições de segurança para os trabalhos do local, quanto à
operação de máquinas e equipamentos com alimentação elétrica, uso de aparelhos
elétricos, uso da iluminação e das tomadas, comandos em quadros elétricos e a
manutenção preventiva e corretiva das mesmas Instalações, tratando-se
essencialmente de matéria correlacionada a Segurança do Trabalho, não sendo
portanto um projeto de Instalações Elétricas.

Desta forma, a competência do Engenheiro de Segurança do Trabalho, atende


completamente a exigência especificada no item 10.3.8 da NR-10, que diz
“PROFISSIONAL DEVIDAMENTE QUALIFICADO”.

As questões de competência e habilitações de engenheiros, são tratadas pelo CREA,


através da ART que está devidamente informado, e em seus campos de
preenchimento, constam o enquadramento do profissional, do serviço (s) prestado
(s) e do estabelecimento em referência.

Ronaldo Cezarini, Engenheiro do Trabalho


CREA n.º 0600982658
Registro DRT n.º 98265/D.

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SPDA Maio/2023
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

N.º MDV-0654/23

01- APRESENTAÇÃO

A empresa NORTE SALINEIRA S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO - NORSAL., tem


como atividade principal Comércio atacadista de produtos da extração mineral, exceto
combustíveis. Identifica-se este ramo de atividade pelo código 46.89-3-01, e grau de risco
03, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE. A empresa funciona
na Av. Nova São Paulo, 151 – Itapevi – SP, sendo cadastrada no CNPJ sob n•
08.249.021/0012-00 e Insc. Estadual n• 373.162.174.110.

02- INTRODUÇÃO

A instalação de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas tem a função de


neutralizar, pelo poder de atração das pontas, o crescimento do gradiente de potencial
elétrico entre o solo e as nuvens, através do permanente escoamento de cargas elétricas do
meio ambiente para a terra, e oferecer à descarga elétrica cair em suas proximidades um
caminho preferencial, reduzindo os riscos de sua incidência sobre as estruturas. A instalação
de um sistema contra descargas atmosféricas não impede a ocorrência de raios.
É preferível não ter para-raio algum do que ter um para-raio mal instalado. Um para-raio
corretamente instalado reduz significativamente os perigos e os riscos de danos, pois captará
os raios que iriam cair nas proximidades de sua instalação
A NBR 5419/15 utiliza-se das seguintes definições:

1.1 descarga atmosférica: Descarga de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra ou
entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de vários quiloamperes.
1.2 Raio: Um dos impulsos elétricos de uma descarga atmosférica para a terra.

1.3 ponto de impacto: Ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra, uma estrutura
ou o sistema de proteção contra descarga atmosférica.

1.4 volume a proteger: Volume de uma estrutura ou de uma região que requer proteção
contra os efeitos das descargas atmosféricas. conforme esta Norma.

1.5 sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA): Sistema completo destinado a
proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas. É composto de um
sistema externo e de um sistema interno de proteção.

1.6 sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas: Sistema que consiste em
subsistema de captores, subsistema de condutores de descidas e subsistema de
aterramento.

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1.7 sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas: Conjunto de dispositivos
que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente de descargas atmosféricas dentro
de um volume a proteger.
1.8 sistema interno de proteção contra descargas atmosféricas: Conjunto de dispositivos que
reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente da descarga atmosférica dentro de um
volume a proteger.

1.9 ligação equipotencial: Ligação entre o SPDA e as instalações metálicas destinadas a


reduzir as diferenças de potencial causadas pela corrente de descarga atmosférica.

1.10 subsistema captor (simplesmente captor): Parte do SPDA externo destinada a


interceptar a descarga atmosférica.

1.11sistema de descida: Parte do SPDA externo destinado a conduzir a corrente de descarga


atmosférica desde o sistema captor até o subsistema de aterramento. Este elemento pode
também estar embutido na estrutura.

1.12 subsistema de aterramento: Parte do SPDA externo destinado a conduzir e a dispersar


a corrente de descarga atmosférica na terra. Este elemento pode também estar embutido na
estrutura.
NOTA – Em solos de alta resistência, as edificações de aterramento podem
interceptar correntes fluindo pelo solo, proveniente de descargas atmosféricas
ocorridas nas proximidades.

1.13 eletrodo de aterramento: Elemento ou conjunto de elementos do subsistema de


aterramento que assegura o contato elétrico com o solo e dispersa a corrente de descarga
atmosférica na terra.

1.14 eletrodo de aterramento em anel: eletrodo de aterramento formando um anel fechando


em volta da estrutura.

1.15 eletrodo de aterramento de fundação: Eletrodo de aterramento embutido nas fundações


da estrutura.

1.16 resistência de aterramento de um eletrodo: Relação entre a tensão medida entre o


eletrodo e o terra remoto e a corrente injetada no eletrodo.

1.17 tensão de eletrodo de aterramento: Diferença de potencial entre o eletrodo de


aterramento considerado e o terra de referência.

1.18 terra de referência (de um eletrodo de aterramento): Região na terra, suficientemente


afastada do eletrodo considerado, na qual a diferença de potencial entre dois pontos
quaisquer, causada pela corrente nesse eletrodo, é desprezível.

1.19 instalações metálica: Elementos metálicos situados no volume a proteger.

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1.20 massa (de um equipamento ou instalação): Conjunto das partes metálicas não
destinados a conduzir corrente, eletricamente interligadas e isoladas das partes vivas.

1.21 ligação equipotencial (TAP ou LEP)

1.22 Barra condutora onde se interligam ao SPDA as instalações metálicas, as massas e os


sistemas elétricos de potencia e de sinal.

1.23 Componente natural de um SPDA: Componente da estrutura que desempenha uma


função de proteção contra descargas atmosféricas, mas não é instalado especificamente para
este fim.

1.24 Distância de segurança: Distância mínima entre dois elementos condutores no interior
do volume a proteger , que impedem o centelhamento perigoso entre eles.

1.25 dispositivo de proteção contra surtis – DPS.: Dispositivo que é destinado a limitar as
sobretensões transitórias.

1.26 Conexão de medição: Conexão instalada de modo a facilitar os ensaios e medições


elétricas dos componentes de um SPDA.

1.27 SPDA externo isolado do volume a proteger: SPDA no qual os subsistemas de captores
e os condutores de descidas são instalados suficientemente afastados do volume a proteger,
de modo a reduzir a probabilidade de centelhamento perigoso.

1.28 SPDA externo não isolado do volume a proteger: SPDA na qual os subsistemas de
captores e de descidas são instalados de modo que o trajeto da corrente de descarga
atmosférica pode estar em contato com o volume a proteger .

1.29 estruturas comuns: Estruturas utilizadas para fins comerciais, industriais,


administrativos oi residenciais.

1.30 nível de proteção: Termo de classificação de um SPDA que denota sua eficiência. Este
termo expressa a probabilidade com a qual um SPDA protege um volume contra os efeitos
das descargas atmosféricas.

1.31 estruturas especiais: Estruturas cujo tipo de ocupação implica riscos confinados, ou
para os arredores, ou para o meio ambiente, conforme definido nesta Norma, ou para os
quais o SPDA requer critérios de proteção específicos.

1.32 estruturas (especiais) com riscos confinados: Estruturas cujos materiais de construção
, conteúdo ou tipo de ocupação torna todo ou parte do volume da estrutura vulnerável aos
efeitos perigosos de uma descarga atmosférica, mas com os danos se restringindo ao
volume próprio da estrutura .

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1.34 estruturas (especiais) com riscos para os arredores: Estruturas cujo conteúdo pode ser
perigoso para os arredores, quando atingidas por uma descarga atmosférica, tais como
depósitos explosivos ou de líquidos inflamáveis.

1.35 estruturas (especiais) com risco para o meio ambiente: Estruturas que podem causar
emissões biológicas, químicas ou radioativas em consequência de uma descarga atmosférica.

1.36 estruturas (especiais) diversas: Estruturas para que os quais o SPDA requer critérios de
proteção específicos.

1.37 riscos de danos: Expectativa de danos anuais médios (de pessoas e bens) resultantes
de descarga atmosféricas sobre uma estrutura.

1.38 frequência de descarga atmosférica (Nd): Frequência média anual previsível de


descargas atmosféricas sobre uma estrutura.

1.39 frequência admissível de danos (NC): Frequência média anual previsível de danos , que
pode ser tolerada por uma estrutura.

1.40 eficiência de intercepção (Ei) : Relação entre a frequência média anual de descargas
atmosféricas interceptadas pelos captores e a frequência (Nd) sobre a estrutura.

1.41 eficiência de dimensionamento (Es): Relação entre a frequência média anual de


descargas atmosféricas interceptdas sem causar danos a estrutura e frequência (Nd) sobre a
estrutura.

1.42 eficiência de um SPDA (E): Relação entre a frequência média anual de descargas
atmosféricas que não causam danos, interceptadas ou não pelo SPDA, e a frequência (Nd)
sobre a estrutura.

1.43 condutor de aterramento: Condutor que interliga um condutor de aterramento a um


elemento condutor não aterrado, que pode ser uma descida de para-raios, o LEP/TAP ou
qualquer estrutura metálica.

1.44 ponto quente: Aquecimento em uma chapa no lado oposto ao ponto de impacto e
susceptível de causar inflamação de gases ou vapores em áreas classificadas.

2- Características gerais do SPDA segundo a NBR 5419/15

2.1 Deve ser lembrado que um SPDA não impede a ocorrência das descargas atmosféricas.

2.2 Um SPDA projetado e instalado conforme a Norma não pode assegurar a projeção
absoluta de uma estrutura, de pessoas e bens. Entretanto, a aplicação desta Norma reduz
de forma significativa os riscos de danos devido às descargas atmosféricas.

2.3 O nível de proteção do SPDA deve ser determinado baseando-se na ocupação da


estrutura.
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2.4 O tipo e o posicionamento do SPDA devem ser estudados cuidadosamente no estágio de
projeto da edificação, para se tirar o máximo proveito dos elementos condutores da própria
estrutura. Isto facilita o projeto e a construção de uma instalação integrada, permite
melhorar o aspecto estético, aumentar a eficiência do SPDA e minimizar custos.

2.5 O acesso à terra e a utilização adequada das armaduras metálicas das fundações como
eletrodo de aterramento podem não ser possíveis após o início dos trabalhos de construção.
A natureza e a resistividade do solo devem ser consideradas no estágio inicial do projeto.
Este parâmetro pode ser útil para dimensionar o subsistema de aterramento, que pode
influenciar certos detalhes do projeto civil das fundações.

2.6 Para evitar trabalhos desnecessários, é primordial que haja entendimentos regulares
entre projetistas do SPDA, os arquitetos e os construtores da estrutura.

2.7 O projeto, a instalação e os materiais, utilizados em um SPDA devem atender


plenamente a esta Norma. Não são admitidos quaisquer recursos artificiais destinados a
aumentar o raio de proteção dos captores, tais como captores com formatos especiais, ou de
metais de alta condutividade, ou ainda ionizantes, radiotativos ou não.

03 - OBJETIVO
O objetivo deste relatório é apresentar as inspeções realizadas nos SISTEMAS DE
PROTEÇÕES CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (S.P.D.A. - PÁRA-RAIOS), inclusive as
medições de resistência ôhmica para terra de todos os aterramentos do prédio da
SOCIEDADE INSTRUMENTAL DE PLÁSTICOS LTDA., e, caso necessário, apresentar as
providências para as respectivas regularizações segundo a NBR – 5419/15 - Proteção de
Estrutura contra Descarga Atmosféricas, da ABNT.

04 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SPDA

Sistema de proteção contra descarga atmosférica composto por sistema de captação natural
do tipo estrutural através da própria massa metálica da edificação, é composto por 18
pontos de fuga utilizando de cabo de cobre nú #35,0 mm², como condutor para a terra
constituído de tomadas terra interligadas às hastes do tipo copperweld fincadas ao solo
garantindo a equipotencialização do conjunto de captação, assegurando sua continuidade
elétrica.
A estrutura classifica-se no Nível de Proteção 3 (três) da NBR 5419/15, cujas características
de construção e dimensão são:
Cobertura: telhado apoiado sobre perfis metálicos;
Área de Abrangência: 5500,0 m2 ;
Pé direito: 12,0 / 14,0 mm;
Maneira de Construção da Cobertura: tipo concha;
Tipo de Solo: Cimento usinado;
Classe da Estrutura: Nível de Proteção 3 (três) da NBR 5419/15.

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COBERTURA DA EDIFICAÇÃO

VISTA INTERNA DA COBERTURA


Telhas Fibrocimento e Translúcidas Apoiadas sobre Estrutura Metálica

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Vista Fundos da Edificação

Lateral Direita da Edificação Lateral Esquerda da Edificação

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05 - INSPEÇÃO GERAL

5.1 – LAY OUT ESQUEMÁTICO GALPÃO DE ARMAZENAMENTO

P8 P9 P10 P11

P7 P12

P6 P13

glp
P5 P14

P4 P15

P3 P16

P2 P17

GALPAO DE ARMAZENAMENTO

P1 P18

Portaria

Av. Nova São Paulo, 159

= PONTOS REPROVADOS

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06- MEDIÇÃO DE ATERRAMENTO

A) LATERAL ESQUERDA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. Nº 01 1,70Ω (ôhms) Ótimo

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B) LATERAL ESQUERDA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. Nº 02 1,8 Ω (ôhms) Ótimo

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C) LATERAL ESQUERDA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 03 102,5 Ω (ôhms) REPROVADO

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D) LATERAL ESQUERDA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 04 6,92Ω (ôhms) Bom

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E) LATERAL ESQUERDA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 05 1,70Ω (ôhms) Ótimo

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F) LATERAL ESQUERDA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 06 98,8Ω (ôhms) Reprovado

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G) LATERAL ESQUERDA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 07 1,10Ω (ôhms) Ótimo

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H) FUNDOS

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 08 83,0Ω (ôhms) REPROVADO

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I) FUNDOS

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 09 5,20Ω (ôhms) Ótimo

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J) FUNDOS

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 10 8,30 Ω (ôhms) Bom

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K) FUNDOS

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


AT. nº 11 7,80Ω (ôhms) Bom

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L) LATERAL DIREITA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº12 102,0 Ω (ôhms) REPROVADO

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M) LATERAL DIREITA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


AT. nº 13 1,70Ω (ôhms) Ótimo

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O) LATERAL DIREITA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 14 1,20Ω (ôhms) APROVADO

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P) LATERAL DIREITA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 15 1,90 Ω (ôhms) Ótimo

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Q) LATERAL DIREITA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 16 6,90 Ω (ôhms) Bom

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R) LATERAL DIREITA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 17 1,0Ω (ôhms) Ótimo

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S) LATERAL DIREITA

Aterramento Valor ôhmico Avaliação


At. nº 18 1,0 Ω (ôhms) Ótimo

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6.2 –IRREGULARIDAES
Corrigir os pontos que ficaram acima de 10,0 ohms.
Para tal ação recomendamos:

1º Passo
- Fazer inspeção visual, nas condições das hastes instaladas e malha de
aterramento, a fim de observar presença de corrosões ou interrupções da malha de
aterramento;

Caso nada ocorra desta inspeção, partir para o seguinte passo:

2º Passo
- Instalar pontos adicionais de aterramento, cuja maneira de instalação deverá
atender à seguinte condição;
• Haste de cobre bicromatizado ½” x 2,40m;
• Interligar com cabo de cobre nú Ø 50,0mm²;
• Conectores prensa cabos em cobre;
A maneira de instalação pode ser em linha, c/distanciamento entre si
equivalente ao comprimento da haste aterrada.

- Adição de Hastes nos Pontos Comprometidos:

Pontos nºs 03; 06 - Três hastes adicionais;


Pontos nºs 08; 12 e 14 - Quatro hastes adicionais.
Para se obter uma melhoria da condutividade elétrica de solo, preencher os nichos
de alojamento das hastes com gel condutor adicionado em água natural.

10 –PRAZO DA CORREÇÃO
Os pontos de aterramento com valores ôhmicos acima do limite máximo
estabelecido de 10 Ω deverão ser corrigidos a fim de assegurar o volume protegido
contra descargas atmosféricas.

Instalar ponto de aterramento na edificação da portaria principal.

Prazo Máximo para correção: 10/05/2023

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7- CONDIÇÕES DA ÉPOCA DA MEDIÇÃO
Meio úmido

7.1- NATUREZA DO SOLO


Terra porém, os eletrodos móveis (de tensão) e eletrodo fixo (de corrente) foram
introduzidos no solo (ponto de medição).

8 - NOTAS GERAIS
8.1 - Além do descrito acima, é necessário também executar a “EQUALIZAÇÃO DE
TODOS OS POTÊNCIAIS”, isto é, interligar eletricamente todas as estruturas
metálicas externas às construções, ao S.P.D.A, por meio de conectores apropriados e
cabos condutores de cobre nú # 35mm², a fim de equalizar os potenciais das massas
metálicas significativas, evitando descargas indesejáveis e reforçando a eficiência do
S.P.D.A, dentre eles, caso existam:
- Chaminés metálicas;
- Filtros com exaustores metálicos;
- Exaustores;
- Letreiros metálicos;
- Escadas tipo marinheiro;
- Relevos elevados para adaptações internas;
- Dutos metálicos expostos ao tempo e acima das estruturas;
- Estruturas metálicas de sustentação dos telhados;

8.2 - Foram considerados, para a regularização do SPDA indicado neste relatório, os


seguintes requisitos;
- Tipo de construção e tipo de telhado (estrutura);
- Conteúdo existente no prédio (nível de proteção);
- Existência de redes elétricas de alta tensão com alturas superiores à parte dos
telhados dos prédios;
- Localização relativa do prédio, em terreno plano c/ patamar superior em um dos
lados.

8.3- Deverá ser previsto plano de manutenção, conforme determina a NBR 5419∕15 em
seu item 6 – Inspeção, objetivando manter os componentes do sistema em bom
estado, as conexões e fixações firmes e seguras, e ainda, assegurar o valor da
resistência ôhmica de aterramento seja compatível com o arranjo e dimensões do
subsistema de aterramento. Os sistemas que utilizam as fundações como eletrodo de
aterramento estão desobrigadas da exigência quanto ao valor da resistência ôhmica.

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8.4- Os valores da resistência ôhmica medidos, deverão sempre que possível, atender ao
valor recomendado pela NBR 5419∕15, em seu item 5.1.3.1.2, ″... recomenda-se uma
resistência de aproximadamente 10 ohms...″, para o caso de eletrodos não naturais.

8.5- Todas as construções acrescentadas a estrutura posteriormente ao SPDA, deverão


ser integradas ao volume a proteger, mediante ligação ao mesmo ou a sua ampliação.

8.6- Deverão ser efetuadas inspeções periódicas no SPDA, depara manter os componentes
em bom estado de conservação, com substituição sempre que constatado algum
componente danificado.

A periodicidade das inspeções p/ fins industriais devem ser realizadas a cada cinco anos
conforme determina o sub-item 6.3 da NBR 5419∕15.

8.7- As inspeções completas de que se trata a NBR 5419∕15., deverão ser efetuadas
sempre que houver qualquer modificação ou reparo do SPDA.

8.8- A documentação técnica pertinente ao SPDA deve ser mantida em poder dos
responsáveis pela manutenção do sistema. Deve ser mantido também um registro
dos valores medidos a resistência de aterramento a ser atualizado nas inspeções
periódicas ou quaisquer modificações ou reparos no SPDA.

9– MÉTODO EMPREGADO
Para a coleta de dados sobre a instalação do SPDA existente, além da vistoria,
efetuamos medições da resistência ôhmica do sistema de aterramento
individualmente e do sistema instalado interligado.

* As medições de resistência ôhmica para terra foram realizadas pelo método de 03


(três) pontos, conforme abaixo:
- Eletrodo fixo distando 30 metros do ponto de prova;
- Escalas: 0,1, 1,0 e 10 ohms;
- Natureza do solo: Terra comum;
- Estado do solo: Seco;
- Equipamentos utilizados: Terrômetro Eletrônico MT - 1000 - Marca MEGABRÁS,
nº 9050033.
- Procedimentos Técnicos: Verificação das baterias; Calibração do aparelho.

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10- NORMAS EMPREGADAS

10.1- Normas Brasileiras


- NBR - 5419/15 - Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas da ABNT;
- NBR 5410/04 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão, da ABNT;
- NB 79/98 - Execução de Instalações Elétricas de Alta-Tensão, da ABNT;
- Decreto nº 33.132 de 23 ABR.93 da PMSP;
- Legislações Federais, Estaduais e Municipais pertinentes ao objetivo das
especificações;
- Manuais, Catálogos, Publicações e/ ou qualquer outro documento com especificações,
instruções e recomendações do fornecedor dos materiais e serviços ou associações
representativas do grupo de fornecedores;
- Portaria nº 3214 do Ministério do Trabalho (NR’s);

10.2- Normas Estrangeiras


- NFPA 780/95 - Standart for the Installation of Lighting Protetcion Systems;
- NFPA 77/93 - Static eletricith;
- VDE - 01 85 - (Alemã);
- IEC - 81 - (EUA);
- ASE - 4022 (Suissa);
- DS 453 (Britânica);
- NF C17.100 (Francesa);

11- RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA

- Pára-raios
Para atendimento a NR-10, Portaria SSMT Nº 12/83 onde: “....todas as edificações devem
ser protegidas contra descargas elétricas atmosféricas, devendo ficar atendidas as
prescrições quanto a isolação, condições de ligação a terra e zona de atuação...”;
recomendamos:
a- Deverá ser efetuada, anualmente, a medição de resistência de isolação dos pára-
raios, sendo o resultado registrado em documentação específica.
b- Para facilidade de medições e inspeções, o sistema de aterramento deve possuir
bocas de visita.
- Sistema Geral de Aterramento
a - Deve ser efetuada, anualmente, a medição de resistência de isolação da Cabine Primária,
sendo o resultado registrado em documentação específica;
b- Todas as partes metálicas das cabines devem ser mantidas aterradas, inclusive vitrôs,
portas, grades e estruturas de sustentação.

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12 - PARECER FINAL
Quaisquer outras irregularidades eventualmente não apontadas no presente Laudo,
considerando-se o critério de avaliação adotado, mas constatadas durante a execução das
recomendações aqui apontadas deverão ser regularizadas, sempre visando o atendimento as
normas e legislação vigentes.
Por fim, declaro para os devidos fins, que o imóvel utilizado pela empresa, está parcialmente
protegido pelo Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) instalado,
portanto não atende plenamente exigência estabelecida pela Norma Brasileira NBR 5419∕15
da ABNT.

13 - PERIODICIDADE DAS INSPEÇÕES TÉCNICAS:


Como recomendação de segurança, a inspeção do Sistema de Proteção Contra Descarga
Atmosférica deve ser realvaliada até em 11/05/2024.

14- ENCERRAMENTO
Tem o presente trabalho 34 (trinta e quatro) laudas, que vão por mim rubricadas em todas
as vias em seu anverso e assinada na última.

Observação.: Este documento foi executado por profissional devidamente habilitado e


reconhecido pelo conselho de classe, portanto oficial, sendo vedada qualquer tipo de
anotação nas laudas por pessoas não advertidas.

São Paulo, 11 de maio de 2023.

Assinado de
RONALDO forma digital por
CEZARINI:57 RONALDO
414505804 CEZARINI:574145
05804

Engº Ronaldo Cezarini


CREA 0600982658

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SPDA Maio/2023
ANEXOS

O QUE É O RAIO?
O raio é um fenômeno da natureza, aleatório e imprevisível. É como se fosse um
curto circuito entre a nuvem e a terra. Existem raios entre nuvens e intra nuvem,
porém somente os raios entre nuvem / terra nos interessam pois são esses que
podem causar danos materiais ou matar pessoas.

O QUE É UM PARA-RAIOS?
Um para-raios é um spda - sistema de proteção contra descargas atmosféricas que
tem como objetivo encaminhar a energia do raio, desde o ponto que ele atinge a
edificação até o aterramento, o mais rápido e mais seguro possível. ao contrário do
que o nome dele sugere, o spda não para o raio, não atrai raios e nem evita que o
raio caia.

O QUE É UM SPDA PROTEGE?


Um spda protege o patrimônio (edificação) e as pessoas que estão dentro da
edificação que é protegida.

O RAIO SOBE OU DESCE?


Existem os 2 tipos, os ascendentes e os descendentes. Algumas regiões têm mais
propensão para um tipo ou outro, isso depende de diversos fatores naturais como:
temperatura, pressão, vento, etc.

O SPDA PROTEGE EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS?


Não. O spda não tem como proteger os equipamentos, pois quando estes são
ligados na rede elétrica ou telefônica, eles estão plugados numa rede de fios
externos à edificação que pode levar o raio para dentro da edificação.

COMO PROTEGER OS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS?


Os equipamentos eletroeletrônicos podem ser protegidos por protetores eletrônicos
(supressores de surtos), as vezes popularmente chamado de forma equivocada de
“filtros de linha“. Eles são instalados nos quadros de energia e telefonia e perto dos
equipamentos eletrônicos que se deseja proteger.

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QUAL O ALCANCE DA PROTEÇÃO DE UM SPDA?
De modo geral os spda´s são dimensionados para proteger edificações de forma
individual e a proteção fica restrita à edificação em questão. Não existem spda`s
com grandes áreas de proteção. Assim, a proteção de áreas descobertas torna-se
economicamente inviável. Na norma nbr5419 existe uma tabela definindo as
proteções em função do nível de proteção.

QUANTOS TIPOS DE SPDA EXISTEM?


Existem basicamente 2 tipos de spda. O primeiro consiste no lançamento de cabos
horizontais sobre a edificação, denominado “gaiola de faraday” e o segundo são
hastes.

ÁRVORES ATRAEM RAIOS?


Árvores não atraem raios. Apenas por serem a estrutura mais alta nas redondezas
de onde o raio decidiu cair, torna-se o ponto com mais probabilidade de ser
atingido, encurtando assim a distância entre a nuvem e o solo.

O PÁRA-RAIO (SPDA) ATRAI O RAIO?


Não. Se o spda atraísse o raio, não seria nada sensato instalar um spda, pois uma
vez que não é 100% eficiente, a instalação de um spda iria aumentar o seu risco.

O PRÉDIO VIZINHO AO MEU É MAIS ALTO, ESTOU PROTEGIDO?


Provavelmente não. O fato do vizinho ter para-raios não garante que você esteja
protegido, uma vez que o para-raios foi dimensionado para proteger o prédio do
vizinho e não o seu.

PORQUE O SPDA NÃO É 100% EFICIENTE?


Porque nenhum equipamento de segurança é 100% eficiente e também por ser um
fenômeno aleatório. a sua eficiência é medida em função do nivel de proteção
adotado de acordo com a norma.

UMA EDIFICAÇÃO PODE SER ATINGIDA DUAS VEZES?


Sim. existem diversos registros de edificações que foram atingidas mais de uma
vez no mesmo local em datas diferentes.

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CRENDICES POPULARES
- o raio não cai 2 vezes no mesmo lugar.
- o para-raios da igreja protege toda a cidade.
- árvores atraem raios.
- espelhos atraem raios.
- cercas atraem raios.
- o para-raios puxa (atrai) os raios para si.
- o para-raios evita que o raio caia.
-o para-raios protege equipamentos elétricos.
- etc, etc, etc...

QUANTO É A ENERGIA DO RAIO?


A energia de um raio é variável pois atinge milhões de volts, dezenas a centenas de
milhares de amperes e milhões de hertz. o ar ao seu redor pode atingir 30.000 ºc,
tudo isso em média acontece em torno de 50 microssegundos.

QUAL A NORMA QUE REGULAMENTA OS SPDA’s?


A NORMA NBR 5419 DA ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS).

O SEU USO É OBRIGATÓRIO?


Sim. De acordo com o código de defesa do consumidor (lei federal), na seção IV-no
artigo 39 inciso 8 todo o serviço ou fornecimento de material deverá atender ás
exigências das normas da abnt. A norma nr10, exige que todas as edificações
possuam spda.

É NECESSÁRIO UMA LEI MUNICIPAL PARA QUE SEJA OBRIGATÓRIO?


Lei municipal só vai confirmar o que já está explícito na lei federal (código de
defesa do consumidor e na nr10 do ministério do trabalho). O que só pode ser
saudável, mas não dispensável.

COM SABER SE UMA EDIFICAÇÃO PRECISA DE PROTEÇÃO?


Na norma nbr5419 existe o “anexo b – cálculo de necessidade de spda” que é uma
orientação para se fazer o cálculo estatístico para determinar se uma edificação
necessita ou não de ser protegida.

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COMO SABER QUAL O MÉTODO USAR?
Normalmente quem determina o método ou o tipo (isolado ou não isolado) a ser
usado, são as medidas da edificação e o seu uso. Por exemplo: para edificações
pequenas (guaritas, caixas d´água baixas, casas residências baixas e pequenas)
pode ser usado o método Franklin ou eletro geométrico, pois são muito próximos
(sistema isolado ou não isolado). Para edificações altas ou extensas
horizontalmente (prédios ou galpões) o mais indicado é o método gaiola de Faraday,
tanto pelos custos quanto pela estética e manutenção.

O QUE É SPDA ISOLADO E NÃO ISOLADO?


SPDA isolado - sistema isolado fisicamente (não eletricamente) da edificação a ser
protegida, por exemplo: um poste ou torre ao lado de uma edificação, desde que
dentro da área de proteção. SPDA não isolado - sistema não isolado fisicamente,
em cima da própria edificação que se quer proteger (sistema mais comum).

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