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Unidade 4

Avaliação de Riscos em Máquinas e Equipamentos

4.1. Laudo de Máquina

A NR-12 contempla que toda máquina e


equipamento devem possuir laudo com recolhi-
mento de ART - ANOTAÇÃO DE RESPONSA-
BILIDADE TÉCNICA, avaliando se as máqui-
nas estão de acordo com as exigências contidas
nesta norma regulamentadora.
Para que se possa dar início ao processo de ela-
boração do laudo, primeiramente precisamos saber
qual categoria que a máquina ou equipamento, que
estamos analisando, se enquadra. Para que isso ocor-
ra, iremos aplicar as categorias de riscos.

4.1.1. Categorias de Risco

Todos os elementos de controles elétricos ou


eletrônicos responsáveis pela parada ou início de
movimentos em prensas, devem obedecer à cate-
goria de riscos nível 4 da NBR-14153. Esta norma
brasileira é baseada na norma europeia EM 954-1,
que determina 5 níveis de análise de riscos, e que
é utilizada para efetuar controles que evitem falhas.
As categorias apresentadas, a seguir, represen-
tam uma classificação de aspectos de segurança de

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um sistema de controle, que se refere à capacidade
de uma unidade de produção resistir às falhas e seu
desempenho, quando uma falha ocorre.

PONTO DE PARTIDA PARA AVALIAÇÃO


DO RISCO DE SEGURANÇA

www.ab.com639 × 493
FIGURA 26

SEVERIDADE DO FERIMENTO
• S1 leve (normalmente reversível).
• S2 grave (normalmente irreversível).

F – Frequência E Tempo De Exposição


• F1 raro a relativamente frequente e/ou baixo
tempo de exposição.
• F2 frequente até contínuo e/ou tempo de
exposição longo.

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P – Possibilidade De Evitar O Perigo
• P1 possível sob condições específicas.
• P2 quase nunca possível.

Categoria B
Partes de sistemas de comando, relacionadas
à segurança e/ou seus equipamentos de proteção,
bem como seus componentes, devem ser projeta-
dos, construídos, selecionados, montados e combi-
nados de acordo com as normas relevantes, de tal
forma que resistam às influências esperadas.

Categoria 1
Inclui as condições de segurança especificadas
pela categoria B e, além disso, os sistemas de contro-
le mecânico devem estar de acordo com critérios de
qualidade previstos.
Tem como objetivo a PREVENÇÃO de falhas.

Categoria 2
Esta categoria contempla as condições da
categoria B e inclui os dispositivos que evitam
a partida, em caso de uma falha detectada. Isto
sugere o uso de relés de interface com redundân-
cia e autoverificação de energização. Permite-se a
operação mediante um canal simples, sempre que
o dispositivo de partida seja absolutamente efe-
tivo e testado para o uso em condições normais.

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Se o teste for garantido, deve-se optar por um
controle de duplo canal.
Tem como objetivo a DETECÇÃO de falhas
(ou seja, as falhas não devem ser apenas prevenidas,
mas detectadas e corrigidas).

Categoria 3
Esta categoria contempla todas as condições
da categoria B, incluindo os sistemas de seguran-
ça projetados, de forma que uma simples falha
não leve à perda de funções de segurança e a sim-
ples falha possa ser detectada. Isto alerta não so-
mente para o uso de sistemas redundantes no relé
de interface, como também nos dispositivos de
entrada, usando-se sistemas de duplo canal. Tem
como objetivo a DETECÇÃO de falhas (ou seja,
as falhas não devem ser apenas prevenidas, mas
detectadas e corrigidas).

Categoria 4
Esta categoria contempla todas as condições da
categoria B, sendo que uma simples falha será detec-
tada no momento, ou antes, de uma nova energiza-
ção do sistema de segurança, sendo que a acumula-
ção de três falhas consecutivas não deverá conduzir
à perda da função de segurança.
Deve ser considerada como a categoria com o
mais elevado risco.

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Tem como objetivo a DETECÇÃO de falhas
(ou seja, as falhas não devem ser apenas prevenidas,
mas detectadas e corrigidas). Monitoramento e che-
cagem são as chaves destas 3 últimas categorias.
Para que se possa fazer uma análise de riscos
correta, devemos definir de qual forma iremos quan-
tificar estes riscos.
O método HRN (Número de Classificação de
Perigo) classifica o risco de insignificante à inaceitá-
vel, e para ser classificado algumas informações são
levadas em conta, como:

- Probabilidade de ocorrência (PE)


- Frequência de exposição (FE)
- Grau de possíveis danos (GPD)
- Número de pessoas expostas ao risco (NP)

Para cada item, é atribuído um valor conforme


tabelas abaixo:

HRN (Número de Classificação de Perigo)

Probabilidade de Ocorrência (PO)


5
0,033 1 10
2 Al- 8
Quase Altamen- Muito 15
Possí- guma Prová-
impossí- te impro- prová- Certo
vel chan- vel
vel vável vel
ce

X
79
Frequência de Exposição (FE)
1,5 4 5
0,5 1 2,5
Sema- Em Cons-
Anual- Mensal- Diaria-
nalmen- termos tante-
mente mente mente
te de hora mente

X
Grau de Possíveis Danos (GPD)
0,5 10
2 4 6
0,1 Dilace- Perda
Fratura Fratura Perda 15
Arranhão ração / de dois
/ Enfer- / Enfer- de um Fatali-
/ Contu- Doenças mem-
midade midade membro dade
são leve modera- bros /
leve grave / olho
das olhos

X
Número de Pessoas expostas (NP)
8 12
1 2 4
16-50 Mais
1-2 3-7 8-15
pessoas que 50
pessoas pessoas pessoas
graves pessoas

O resultado do cálculo é comparado com a se-


guinte tabela, que determina o grau do risco de cada
descrição de perigo do equipamento.
HRN Risco Classificação
0-5 Insignificante Oferece um risco muito baixo
para a segurança e saúde.
5-50 Baixo, porém Contém riscos necessários para
significativo a implementação de medidas de
controle de segurança.

80
50- Alto Oferece possíveis riscos, ne-
500 cessitam que sejam utilizadas
medidas de controle de segurança
urgentemente.
500+ Inaceitável É inaceitável manter a operação
do equipamento na situação que
se encontra.

Quando você definir a categoria da sua máquina


e os critérios de avaliação de riscos, pode dar início
ao processo de estudo da máquina ou equipamento.
O Laudo deve ter uma boa conclusão, pois é
daí o ponto de partida para adequar o equipamento.
A sequência do laudo deve ser da seguinte forma:

4.1.2. Capa de Apresentação

Autoria do autor
FIGURA 27

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Pode ser feito um Pré-Laudo (ou se preferir
pode chamar de Análise de Riscos), para que a em-
presa faça as regularizações necessárias, e após a em-
presa fará as devidas regularizações, sendo emitido o
Laudo final, com recolhimento da ART- ANOTA-
ÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA.
Após deve determinar os dados da empresa.

4.1.3. Identificação da Empresa

Autoria Do Autor.
FIGURA 28

Na parte de identificação da empresa, pode-


rão ser colocados os dados das normas, os quais
foram utilizados como base para a elaboração
deste documento.

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4.1.4. Fotos de Apresentação da Máquina

Autoria Do Autor._ Foto ilustrativaSAM_4291.JPG


FIGURA 29

A foto da máquina ou equipamento deve ser


anexada para dar ênfase ao laudo, e para àquele, que
for ler, saber do que se refere.

4.1.5. Especificações Técnicas

83
Autoria Do Autor.
FIGURA 30

São muito importantes as características técni-


cas, pois definem a capacidade produtiva, potência e
recursos adicionais das máquinas ou equipamentos.

4.1.6. Referências Normativas para Execução do


Laudo

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