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FIGURA 30

São muito importantes as características técni-


cas, pois definem a capacidade produtiva, potência e
recursos adicionais das máquinas ou equipamentos.

4.1.6. Referências Normativas para Execução do


Laudo

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Como descrito anteriormente, todas às vezes


que não existirem referências normativas nacionais,
devemos procurar normas internacionais para que
possamos embasar nosso trabalho.

4.1.7. Definições Técnicas

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FIGURA 32

Toda palavra que não for usual, do dia a dia, e seja


para informativo técnico deve ser inserida neste campo.

Deste ponto em diante, dá-se início ao proces-


so de análise de riscos, que possam influenciar dire-
tamente um acidente, ou crie situações técnicas, as
quais possam colaborar para a má interpretação de
informações, podendo vir a causar acidentes, com
danos físicos e/ou materiais.
Na análise de riscos, devem-se envolver diver-
sas áreas e profissionais, os quais irão contribuir di-
retamente para o êxito de uma análise mais fiel, a
qual venha retratar os perigos e riscos das máquinas
ou equipamentos. As áreas mais comuns, nestes en-
volvimentos, são os usuários das máquinas e equi-

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pamentos (operadores), aqueles que fazem reparos
(mecânicos e eletricistas), área de projeto, Cipeiros
e o SESMT- Serviço Especialidade em Segurança e
Medicina do Trabalho. Os dois últimos por necessi-
dade e exigência legal da NR-12.
A análise de riscos por si não representa evo-
lução nas ações prevencionistas, caso não sejam im-
plantadas as melhorias nelas propostas. O profissio-
nal de segurança é peça importante nesta fase, pois a
má caracterização de um risco por este profissional
poderá significar a diferença entre um acidente ou
não. Como é comum ouvir profissionais da área de
segurança do trabalho dizer: o pior do que não pro-
teger de forma correta um empregado de um risco, e
dar a falsa impressão que este está protegido.
A CIPA- Comissão Interna de Prevenção de Aci-
dentes, também deverá, neste momento, não ser um
mero expectador, mas sim uma comissão ativa, a qual
deve buscar recursos de todas as áreas para propor me-
lhorias consistentes, sem, no entanto, desejar o impos-
sível, mas também não ficar na sombra do comodismo.
Mas, com certeza o personagem mais importan-
te nesta fase é o operador da máquina ou do equipa-
mento, pois terá que conviver com todos os invólu-
cros colocados nas máquinas e suas complexidades.
A não participação deste pode ocasionar problemas,
desde a interpretação errada de um perigo ou risco,
até a perda consistente de produtividade, devido ao

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engessamento do processo, no momento de instala-
ção de proteções e dispositivos de segurança.
O processo de análise de riscos, não consiste
em demonstrar somente formulários bem elabora-
dos, mas retratar uma condição que comprometa a
saúde e gere riscos de acidentes graves, e iminentes
ao empregado.
Uma máquina ou equipamento seguro irá, cer-
tamente, refletir de forma positiva no ganho de pro-
dutividade.

4.7. Análise De Riscos

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Como podemos notar no formulário acima, em
apenas um painel, temos todas as informações ne-
cessárias, desde a identificação dos perigos/riscos, às
ações preventivas, até a quantificação de riscos por
um sistema de classificação.
Com esta classificação, fica mais fácil e co-
erente definir um plano de ação para eliminar
os riscos mais agravantes em uma máquina ou
equipamento, pois aqueles que apresentarem uma
pontuação mais alta deverão ser dados com prio-
ridade, evitando que coloquemos todos os riscos
de forma semelhante em uma mesma balança, e
acabemos relegando ao segundo plano, o que é
prioritário para ser realizado de imediato.
Tomando estes passos de forma coerente, es-
taremos com certeza introduzindo um sistema de
Gestão de Riscos para máquinas e equipamentos,
caminhando a passos largos para um ambiente mais
saudável e seguro.
Vale à pena ressalvar também que todo esse le-
vantamento deve ser apresentado em reunião para a
aprovação de um comitê multidisciplinar composto
pelos profissionais já citados anteriormente, justa-
mente para que todos aprovem de forma uniforme
as melhorias previstas.

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FIGURA 34

Após a aprovação das melhorias e conclusão


destas, deve-se fazer o Laudo final, recolher a ART-
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉC-
NICA (CREA), para assim, desta maneira, garantir
que a empresa possua uma máquina ou equipamento
dentro das exigências da NR-12.
As empresas que vêm adotando as melhorias em
máquinas e equipamentos, além de demonstrarem
respeito aos seus empregados, e cuidados com estes,
também têm ficado em uma posição de conforto pe-
rante a fiscalização. Não podemos negar que, às vezes,
os custos de melhoria são altos, porém um acidente
grave ou fatal pode ter um custo muito maior, tanto
monetário como para a imagem da empresa.
Este processo de melhoria deve ser um círcu-
lo vicioso, pois não existe melhoria tão perfeita, que

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não possa ser melhorada. Por este motivo, o profis-
sional de segurança deve ficar atento às novas análi-
ses de riscos das máquinas e equipamentos, que são
considerados como padrão aceitável pela NR-12.
Não se pode ficar na zona de conforto.
O mercado de máquinas e equipamentos muda
constantemente com novidades e recursos que podem
ser utilizados. Atualmente, a produção, se estiver ante-
nada às exigências legais e forem seguidas rigorosamen-
te, poderá utilizar isso como marketing para vendas dos
seus produtos. Nas exigências legais do Ministério do
Trabalho existem itens que comprometem o fabricante
de máquinas e equipamentos, se ao fornecerem seus
produtos ao mercado, não garantirem que estão aten-
dendo aos critérios da Norma Regulamentadora 12.
Seguindo as exigências da emissão do laudo,
devemos entender que nem todas as máquinas, que
já estão em uso nas indústrias, estão completamente
fora das exigências legais.
Ao se analisarem as máquinas e equipamentos, de-
ve-se relatar no laudo, os itens que atendam totalmente
ou parcialmente as recomendações da NR-12, para que
se possa ter um ponto de partida na adequação destes.

4.8. Avaliação das Proteções Existentes

A máquina possui proteção ao redor (carenagem),


a qual inibe a entrada de pessoas no ponto de operação.

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Autoria Do Autor._ SAM_4398.JPG
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4.9. Verificação do Monitoramento de


Segurança da Máquina

Após todas as avaliações realizadas, também se


deve detalhar a necessidade do que se vai monitorar
periodicamente, dando aval à continuidade de um
sistema seguro e sem adulterações e violações. Veja
o exemplo abaixo:
• Os Departamentos de Segurança, Manuten-
ção e Supervisão da área deverão fazer auditoria
periodicamente, para verificar se os dispositivos de
segurança estão sendo usados corretamente, e se o
operador da máquina sabe como usá-los (periodici-
dade bimestral).
• O Departamento de Segurança juntamente
com o Supervisor da área deverão fazer auditoria
para verificar se os dispositivos de elevação de carga
estão sendo usados corretamente, e se o operador da
máquina sabe como usá-los.

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• O Departamento de Segurança juntamente
com o Supervisor da área deverão fazer auditoria
para verificar se as cintas de elevação de carga estão
sendo usados corretamente, e se o operador da má-
quina sabe como usá-los.

OBS.: Criar procedimentos para as 3 situações.

Até parece muito simples, definir o que se deve


monitorar, porém os profissionais que farão isso
têm que ter um profundo conhecido de todo o pro-
cesso da máquina e seus dispositivos, para que não
seja exigido demais em alguns pontos, e, em outros,
acabe deixando a desejar, ou passando pelo esqueci-
mento, o que pode comprometer o trabalho total de
adequação da máquina ou equipamento.

4.10. Vevificação do Sistema de Parada de


Emergência

Ao realizar todo o processo de análise de ris-


cos, verificar se os sistemas de parada de emergên-
cias contemplam as exigências legais, e se estão
instalados em números suficientes e locais ade-
quados da máquina.
O fato de existir a parada de emergência, não ga-
rante que o empregado estará totalmente seguro. Para
que possa ser garantida tal situação, devemos atender

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a outro item da Norma, que demanda a redundância
de segurança, ou seja, se caso um sistema falhe, a má-
quina ou equipamento, será contemplado um segun-
do dispositivo que cubra a falha do sistema.
O laudo não pode e não deve ser levado como
um documento engessado que segue um formato
único, mas sim, seja levada em consideração a reali-
dade de cada máquina e equipamento, além de levar
em consideração o espaço físico, onde será ou está
instalado.
Veja, a seguir, alguns exemplos de recomenda-
ções para sistemas de parada de emergência:
• Sistema de parada de emergência deverá estar em
pontos que possam ser acionados pelo operador e outra
pessoa que conheça o funcionamento da máquina.
• Prever mais do que um sistema de parada de
emergência da máquina.
• O botão de parada de processo da máquina não
deve ser considerado botão de parada de emergência.

Autoria Do Autor._ SAM_4368.JPG


FIGURA 35

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4.11. Programa de Capacitação Profissional

A Norma regulamentadora 12 foi modificada


com intuito de modernizar o parque fabril do país,
mas este não foi o único motivo. Também teve o
objetivo que fazer com que os profissionais que ope-
ram estas máquinas tenham novas posturas em rela-
ção às mesmas e equipamentos.
Para que fosse atendido com êxito este critério
de fazer os profissionais, entenderem a nova filoso-
fia de manuseio, manutenção, limpeza e produção
que existem em uma máquina, foi definido que é de
extrema importância que os empregados conheçam
os dispositivos das máquinas, saibam operá-las de tal
maneira, que fiquem em condições de não se expor
a riscos. Alguns treinamentos são quase que básicos,
conforme abaixo:

• Treinamento de içamento de carga;


• Treinamento de uso de EPIs;
• Treinamento de sistema de emergência da
máquina;
• Treinamento de fixação de peças na mesa da
máquina;
• Treinamento de primeiros socorros;
• Treinamento de combate a incêndio;
• Certificar que o profissional é qualificado, ha-
bilitado e autorizado a operar a máquina;

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• Treinamento para utilização de produtos quí-
micos.

4.12. Avaliação/Indicação dos Procedimentos de


Segurança

A avaliação deve ser realizada periodicamente,


levando-se em conta todos os indicadores existentes
na empresa, os quais devem ser respeitados, seus pa-
râmetros e exigências legais.
Os procedimentos devem ser adotados de for-
ma constante, sendo através destes, que, em muitos
casos, verificamos falhas, as quais podem se tornar
ações para a eliminação de riscos e perigos.
O Profissional da área de Segurança é parte
fundamental neste processo, pois é ele, em mui-
tos casos, que direta ou indiretamente irá minis-
trar treinamentos.

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