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• Treinamento para utilização de produtos quí-

micos.

4.12. Avaliação/Indicação dos Procedimentos de


Segurança

A avaliação deve ser realizada periodicamente,


levando-se em conta todos os indicadores existentes
na empresa, os quais devem ser respeitados, seus pa-
râmetros e exigências legais.
Os procedimentos devem ser adotados de for-
ma constante, sendo através destes, que, em muitos
casos, verificamos falhas, as quais podem se tornar
ações para a eliminação de riscos e perigos.
O Profissional da área de Segurança é parte
fundamental neste processo, pois é ele, em mui-
tos casos, que direta ou indiretamente irá minis-
trar treinamentos.

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• Elaborar procedimento de Segurança para
içamento de carga;
• Elaborar procedimento de utilização de EPIs;
• Fixar o procedimento junto à máquina;
• Auditar periodicamente os funcionários quan-
to à ciência na aplicação dos procedimentos de segu-
rança da máquina;
• Depois de instalados todo sistema de seguran-
ça para atender as exigências da NR-12, os profissio-
nais devem passar por treinamento de como utilizar
cada sistema.

Após ministrar qualquer treinamento, é de extre-


ma importância que o empregador faça uma avaliação
para identificar se o conteúdo aplicado foi absorvido
pelo empregado. Caso a nota seja inferior a média es-
tipulada em procedimento da empresa, deverá o em-
pregador reciclar este empregado de tal maneira que,
ao final do treinamento, volte a reavaliar.
As empresas vêm, periodicamente, destinan-
do verbas para treinamento, seja por entender que
é importante o empregador saber como aplicar as
regras de segurança, ou seja, caso para aplicação
da Norma Vigente.
O empregado ao entender o funcionamento da
máquina, estará interagindo de forma mais correta
e preservando o equipamento. Ao longo do tempo,
muitos dispositivos de máquinas foram alterados ou

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eliminados pelo empregado, justamente por este não
entender a real aplicação deste, no contexto produti-
vo e de segurança.
Em todos os segmentos industriais, podemos
verificar máquinas e equipamentos de diversos tipos
e modelos, os quais demandam cuidados específicos.
Estes cuidados devem ser atrelados a uma Gestão de
Segurança, para que sejam administrados de forma
organizada e correta.

4.13. Complementos/Relatório do Auditor

Como citado no item anterior, o sistema de Gestão


de Segurança, hoje, não é uma recomendação às empre-
sas e, sim, uma necessidade. Para que esta Gestão tenha
uma sistemática de verificação de evolução é, extrema-
mente, necessária a aplicação de auditorias por pessoas
que possuam conhecimento e embasamento técnico.
Ao implantar as melhorias em uma máquina
ou equipamento, é necessário entender se os aspec-
tos estão atendendo as necessidades e eliminando e/
ou amenizando riscos e perigos de forma adequada,
para que posteriormente possa auditar as aplicações
e usos destes dispositivos pelo empregado de forma
correta. Veja, a seguir, alguns exemplos de auditoria.
• Auditar periodicamente os funcionários quan-
to à ciência na aplicação dos procedimentos de segu-
rança da máquina;

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• Auditar periodicamente a eficiência e eficácia
do sistema de segurança existente na máquina.
Após inserir as auditorias específicas em máqui-
nas e equipamentos no sistema de gestão, deve-se
ficar atento às mudanças tecnológicas, de lay out, de
processo e produto na área fabril, para que sejam de-
mandadas novas necessidades de implementação de
dispositivos de segurança. Por mais que os processos
evoluam, sempre haverá interação do ser humano,
talvez em menor escala, porém nunca será abolido a
mão de obra por completo. Isso significa que riscos
de acidentes sempre estarão presentes.
Devem-se resguardar as características de cada
sistema de produção e as suas interfaces, para que
sejam inseridos os processos de auditoria. Às vezes,
linhas semelhantes em uma mesma empresa, podem
ter características de segurança diferentes, só pelo
simples fato de serem instalados em espaços diferen-
tes. Fazer cópias de sistemas de auditorias de outras
empresas e setores, e utilizá-los de forma fiel, pode
acabar acarretando erros de interpretação, e má in-
terpretação de riscos e perigos, e vir a expor os em-
pregados a possíveis acidentes.

4.14. Laudos/Análises Adicionais

Neste item, deve constar todo tipo de laudos,


análises técnicas que possam, de certa maneira, dar

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subsídios técnicos para complemento do laudo da
NR-12. Existe um item que consta na NR-12 que
são riscos adicionais, e, muitas vezes, são relegados
ao segundo plano, pelos profissionais de segurança
do trabalho e, em muitos casos, nem constam no
Laudo da máquina ou equipamento.
Este item demonstra, ainda, mais a necessidade
de citar novamente o quanto é importante fazer um
Sistema de Gestão de Segurança nas empresas.
O cuidado deve ser grande ao relacionar os
laudos adicionais, pois a falta de critério ao atender
as exigências que constam em algum laudo, que foi
citado, poderá comprometer o trabalho. Caso típico
é o cronograma de ações do PPRA- PROGRAMA
DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS.
Veja, a seguir, alguns exemplos de laudos que
podem ser usados como apoio para dar aval e sus-
tentação ao laudo de máquina e equipamento:
• Laudo Elétrico;
• Laudo Ergonômico.
• Laudo PPRA – PROGRAMA DE PREVEN-
ÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES.

4.15. Anotações Gerais

Estas anotações devem ser colocadas, quando


existe a necessidade de informações adicionais que
não se enquadram em nenhum dos itens anteriores,

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porém se julga necessária a informação da pessoa
ou profissional que irá ler este documento. Veja o
exemplo a seguir:
• Programa BNDES Finame de Modernização
de Máquinas e Equipamentos Instalados no País -
BNDES Finame-Moderniza BK.

4.16. Conclusão

Todo laudo deve possuir uma conclusão, pois


é embasado em normas, procedimentos, exigências
legais e características diferenciadas para comprovar
ou demonstrar algo.
Em relação às máquinas e equipamentos, esta
conclusão deve ser muito direcionada, para que se
possa enquadrar de forma correta, e ser o mais objeti-
vo possível. Veja, a seguir, um exemplo de conclusão:

Conforme verificado nestes documentos fo-


ram encontrados diversos itens que não contem-
plam as exigências contidas na NR-12; mas de-
vido o alto teor de complexidade desta norma,
devemos levar em consideração que todos os itens
relatados neste documento para melhorias, serão
apresentados a um Comitê, que irá definir a me-
lhor forma de aplicá-los.
Este Comitê, deve ser composto por profissionais
de diversas áreas, tais como: Segurança do Trabalho,

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Manutenção, Produção e representantes da CIPA –
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
Os itens descritos, nesta Análise de Riscos, não
esgotam o assunto, e qualquer informação ou situa-
ção que possa levantar nossas condições de riscos, de-
vem ser perioricamente verificadas e tomadas ações
para neutralizá-los, adequá-los ou eliminá-los.
Após a conclusão de todas as melhorias, será
emitido Laudo Final (conforme modelo da página
48), validando a máquina como adequada aos itens
proposto na NR-12 – SEGURANÇA NO TRABA-
LHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.

4.17. Laudo Técnico de Vistoria e Responsabilidade

Após cumprir todos os tópicos anteriores


e, principalmente, sanar e ou adequar os riscos e
perigos de forma controlada, conforme descrito
no item ------, atendendo as exigências da NR-
12, o profissional de segurança que for respon-
sável técnico pela elaboração deste documento,
deve emitir LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA
E RESPONSABILIDADE, acompanhado pela
emissão de ART- ANOTAÇÃO DE RESPON-
SABILIDADE TÉCNICA - CREA, dando aval a
este documento de forma legal.
O Laudo Técnico de Vistoria e Responsa-
bilidade, somente tem validade legal, se houver

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recolhimento da ART- ANOTAÇÃO DE RES-
PONSABILIDADE TÉCNICA - CREA.
Também deve constar neste documento final,
que o Laudo está sendo emitido de acordo com as
condições demonstradas, por foto, neste documen-
to, e que qualquer mudança de: Lay-out, processos,
dispositivos de segurança, modo de operação, siste-
ma de transporte e outros que possam gerar riscos
de acidentes, será passivo de novo laudo.
A responsabilidade do profissional de Segu-
rança ao emitir o Laudo final da máquina ou equi-
pamento é muito grande, e tem que ser criterio-
so, de tal maneira, que não seja passivo de dúbia
interpretação, as recomendações e conclusões que
constam no documento.
O empregador entende que ao contratar uma
empresa para emitir um laudo da máquina ou equi-
pamento, se isenta que qualquer responsabilidade de
acidentes que venham a ocorrer. Isto não é verda-
de, pois a falta de aplicação dos dispositivos e a má
interpretação dos riscos poderão levar tanto o em-
pregador como a empresa, que emitiu o laudo, a ter
responsabilidade solidária, arcando com os ônus do
acidente, seja na esfera civil, como criminal. Portan-
to, a necessidade de um trabalho com responsabili-
dade e critério deve ser acompanhada pelo emprega-
dor, através de sua área de segurança do trabalho, do
começo ao fim.

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Veja o exemplo/modelo do LAUDO, que a
empresa deve possuir, após a conclusão das exigên-
cias para atender a NR-12.

LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA E RES-


PONSABILIDADE
N.º 0001/201x
Solicitados pela empresa:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx LTDA e embasados na
Vistoria Técnica por nós efetuada na máquina tor-
noxxxxxxxx, abaixo mencionado, declaramos que
o mesmo confere com as exigências da Norma Re-
gulamentadora 12, conforme planta anexa, descrita
no croqui constante no “requerimento” da empre-
sa. Este laudo é exclusivo para o torno citado acima,
não devendo ser extensivo a outras máquinas mesmo
que similares. O TORNO XXXXXXXX - é com-
posto de um total de n.º ___ de eixos, onde a carga
está distribuída de forma a atender a legislação per-
tinente. A máquina é constituída de uma peça única:
-_________________, com peso de ______ tonela-
das largura de _____ metros, altura de n.º _____ me-
tros, fabricada pela empresa: XXXXXXX localizada
na ____________________, município de ______,
Estado de ______ país______. O peso bruto do
equipamento resultante é de ____ toneladas.
Declaramos, também, que o TORNO
XXXXXXXXXXX, dispõe de potencial adequado,

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condições de estabilidade e segurança, capacidade
de tração, condições de frenagem, sinalização regula-
mentar, na forma exigida na legislação complementar.

São Paulo, ___de______ de_____.

_______________________________
Nome:
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA
ART VINCULADA

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Questões

1. Para que serve o Laudo de uma máquina ou


equipamento?

2. Cite 3 tópicos que devem constar em um lau-


do de máquina.

3. Simule um cálculo de Número de Classifica-


ção de Perigo.

4. Cite dois tipos de laudos adicionais que po-


dem ser descritos como material de apoio para ela-
boração do documento.

5. Alguns treinamentos são quase que básicos


na operação de máquinas?

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Bibliografia Básica

CASAL, J. Evaluation of the effects and con-


sequences of major accidents in industrial plants.
Amsterdam: Elsevier, 2008.

DE CICCO, F. M. Custo de acidentes. São


Paulo: Fundacentro, 1985.

HOYOS, C.; ZIMOLONG, B. Occupational


safety and accident prevention: behavioral stra-
tegies and methods. Amsterdam: Elsevier, 1988.

KLETZ, T. A. Lessons from disaster: how or-


ganizations have no memory and accidents re-
cur. Houston, Tex.: Gulf Pub. Co., 1993.

ROUSSELET, E. S.; FALCÃO, C. A segu-


rança na obra manual técnico de segurança do
trabalho em edificações prediais. Rio de Janeiro:
Interciência, 1999.

ROWLINSON, S. M. Construction safety


management systems. London: Spon Press. 2004.

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