Segurança no Trabalho em Máquinas

e Equipamentos
Há diversos métodos que podem ser projetados para serem implantados nas máquinas e
nos equipamentos e permitir a operação segura deles sem a necessidade de remoção das
proteções. Considere as afirmações a seguir:
I. As proteções têm o objetivo de eliminar o risco de que o trabalhador ou suas vestimentas
entrem em contato com a máquina.
II. As proteções devem ser projetadas em materiais duráveis e só podem ser removidas ou
ajustadas por pessoas autorizadas.
III. As proteções devem ser projetadas e implantadas em todas as máquinas e os
equipamentos da empresa.
IV. As proteções não devem ser projetadas para não atrapalharem o modo de operação da
máquina em nenhum caso.
É correto que se afirma em:

I, II e IV.

As proteções devem prevenir o contato para eliminar a possibilidade de risco, evitando que
o trabalhador ou suas vestimentas entrem em contato com a máquina. Elas devem ser feitas
com materiais adequados, ser fixas e só podem ser retiradas por pessoas autorizadas; devem
ser implantadas apenas em máquinas ou equipamentos que tenham partes móveis e que
ofereçam algum risco ao trabalhador; não podem atrapalhar o serviço do operador, pois isso
as torna inutilizáveis.

A NR 12 estabelece as medidas prevencionistas de segurança em máquinas e

equipamentos que devem ser adotadas pelas empresas durante toda a fase de utilização
das máquinas. A fase de utilização vai desde o transporte até a desativação da máquina ou
equipamento. Entre as orientações, a norma estabelece a necessidade de capacitação sobre
a operação segura de máquinas e equipamentos.
O que é obrigatório em relação à capacitação de acordo com a NR 12?

Ocorrer antes de o trabalhador assumir sua função, ter conteúdo estabelecido pela norma,
ter carga horária mínima e ser ministrada por profissional capacitado.

De acordo com a NR 12, a capacitação deve: ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua
função; ter carga horária mínima, definida pelo empregador; ter conteúdo programático
conforme o estabelecido pela norma; ser ministrada por trabalhadores ou profissionais
qualificados; e ser realizada durante a jornada de trabalho.

A adaptação das máquinas deve ser realizada a partir da identificação das situações de
risco. Para isso, é necessário fazer a avaliação dos riscos. O planejamento de um sistema de
segurança para máquinas e equipamentos passa por algumas etapas. Considere as
afirmações a seguir:
I. A primeira etapa é a especificação dos limites da máquina.
II. A segunda etapa é a identificação dos perigos e dos riscos associados à máquina.
III. A terceira etapa é a redução dos perigos e dos limites de risco.
IV. A quarta etapa é a comunicação ao trabalhador a respeito dos riscos ainda existentes.
É correto o que se afirma em:
 
I, II, III, IV.

Alguns passos devem ser seguidos na construção de um sistema de segurança eficiente:

especificar os limites da máquina, determinando o tempo de uso, a variação de movimentos
e os espaços necessários; identificar os perigos e riscos associados à máquina; reduzir, o
máximo possível, os perigos por meio da implantação das medidas de proteção das
máquinas; e informar o trabalhador dos riscos presentes nas máquinas com símbolos, sinais
e placas de advertência.

Todas as máquinas e os equipamentos que oferecem algum tipo de perigo ao trabalhador

deverão ser dotados de sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas,
proteções móveis e dispositivos de segurança interligados.
É (são) exemplo(s) de proteção móvel:
 
sistema de autofechamento.

Grades de proteção, telas de vidro e barreiras ópticas são exemplos de proteção fixa.
Dispositivos de intertravamento são exemplos de dispositivo de segurança interligado. As
proteções acionadas por energia, a proteção com autofechamento e a proteção de comando
são exemplos de proteções móveis.

As disposições da NR 12 devem ser aplicadas a máquinas e equipamentos novos e usados e

devem ser seguidas por todas as organizações. A NR 12 também define parâmetros para as
áreas de circulação das empresas.
Pedro atua junto à área de saúde e segurança do trabalho de uma empresa que fabrica
calçados. Ele precisa verificar se as máquinas do setor de costura da empresa estão
atendendo aos requisitos da NR 12.
Quais são os tópicos principais a serem observados por Pedro?
 
As áreas de circulação devem estar definidas e desobstruídas; a distância entre as máquinas
deve garantir a movimentação segura do operador; e as ferramentas devem estar em local
específico.

A NR 12 define o seguinte: as áreas de circulação devem ser demarcadas e mantidas

desobstruídas; a distância entre as máquinas deve ser projetada de modo que o trabalhador
possa operar com segurança; os pisos devem estar limpos e nivelados; as ferramentas
devem estar em lugares específicos; as instalações, os invólucros, as blindagens e as partes
condutoras de máquinas devem estar aterrados e atender ao estabelecido pela NR 10.

Qual item NÃO se refere ás diretrizes das NR 12 sobre os dispositivos de partida,

acionamento e parada?

Não possam ser acionadas ou desligadas em caso de emergência por outra pessoa que não sea
treinada.

Qual item NÃO se refere a um aspecto ergonômico para projeto ou construção de máquina e
equipamento?

Exigência de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos seguimentos corporais.
O treinamento para operação de máquinas deve obedecer às exigência da NR -12. Qual item
não corresponde á norma?

Medidas e dispositivos para acidentes.

Qual requisito NÃO atende ás exigências nas NR -12 sobre proteção?

Proporcionar condições de higiene e limpeza da máquina em movimento.

Qual item NÃO se refere a uma exigência da NR -12 sobre os quadros de energia de
máquinas e equipamentos?

Ter porta de acesso permanentemente aberta.

Normas técnicas e de segurança

aplicadas em projetos de
transportadores industriais
Determinada norma regulamentadora específica para segurança no trabalho em máquinas
e equipamentos determinava que sua concepção deveria atender ao princípio da "falha
segura". No entanto, essa expressão foi removida da norma posteriormente por permitir
interpretação equivocada.
A que se refere o conceito de "falha segura"?

Instalação de dispostivos nas máquinas que possam prevenir acidentes.

O princípio de falha segura se refere à instalação de dispositivos ou elementos em máquinas

e equipamentos que sejam capazes de controlar ou impedir qualquer situação de
descontrole e, assim, evitar incidentes ou prejuízos e previnir acidentes.
Sabe-se que não há falha que ocorra de forma segura; dessa forma, a expressão foi excluída
da norma.
Essa expressão não se refere ao tipo de risco ou dano que oferece, menos ainda em ações
corretivas, mas sim preventivas. Também não se refere a medidas de ergonomia (como a
organização do trabalho), que são outros tipos de medidas de segurança adotadas, mas não
só no contexto de máquinas e equipamentos.

A NBR 14712 trata dos requisitos de segurança para projetar, fabricar e instalar elevadores
elétricos de carga. Qual deve ser o coeficiente de segurança utilizado no projeto de
máquinas, considerando seu material de fabricação em aço, cujo alongamento em ensaio de
tração foi superior a 14%?

Coeficiente de segurança = 2.

O coeficiente de segurança utilizado no projeto de máquinas não deve ser inferior a:

• 2 para aço, baseado no limite de escoamento, se o alongamento for igual ou maior a 14%
num corpo de prova de 5cm de comprimento;
• 2,5 para aço, baseado no limite de escoamento, se o alongamento for igual ou menor a
14% num corpo de prova de 5cm de comprimento, ou para outros metais dúcteis;
• 5 para ferro fundido carregado em compressão;
• 6 para ferro fundido carregado sob tração ou flexão.

As normas regulamentadoras de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos

estabelecem que estes devem ser projetados, construídos e mantidos considerando-se os
seguintes aspectos ergonômicos:
I. Atendimento da variabilidade das características antropométricas dos operadores.
II. Respeito às exigências posturais, cognitivas, movimentos e esforços físicos demandados
pelos operadores.
III. Redução da exigência de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos
segmentos corporais.
Está correto o que se afirma em:
 
I, II e III
.
As três diposições apresentadas são aspectos ergonômicos que devem ser atendidos com
relação à saúde do trabalhador durante atividades que envolvam a operação de máquinas e
equipamentos.
O atendimento à variabilidade das características antropométricas dos operadores se
relaciona às adequações nas instalações que permitam à maioria dos trabalhadores executar
determinada atividade de forma segura e confortável, independente da sua altura, peso, etc.
Além disso, deve-se considerar e respeitar as exigências posturais, cognitivas, os
movimentos e esforços físicos demandados pelos operadores. Por exemplo, não se deve
exigir que o operador transporte de forma manual uma carga acima da sua capacidade física.
Outras medidas ergonômicas consideram inserir cada indivíduo em atividades adequadas às
suas capacidades cognitivas para que não se tornem monótonas quando aquém das
capacidades, ou cansativas quando além delas.

A NBR 13472:2009 traz recomendações de segurança ao uso de correias transportadoras.

Analise as afirmativas a seguir, sobre medidas de segurança nas operações com correias
transportadoras:
I. "É proibido andar em cima do transportador."
II. "Para atravessar de um lado para o outro do transportador, utilize passarelas."
III. "É proibido trabalhar no transportador em movimento e sem que ele esteja
desenergizado e bloqueado."
Assinale a alternativa correta.

Todas as afirmativas se aplicam às correias transportadoras.

Segundo a NBR 13472, as três afirmações são medidas de segurança para atividades com
correias transportadoras, devendo-se inclusive fixar placas de advertência e sinalizar essas
medidas.

Todo empregador com funcionários regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas

(CLT) tem o dever de zelar pela sua segurança e oferecer meios para que executem suas
atividades de forma segura, saudável e confortável.
Existem diversas formas de reduzir os riscos no trabalho, desde medidas individuais de
proteção — que não eliminam os riscos, mas minimizam os danos — a medidas
organizacionais e administrativas com foco na prevenção de acidentes e
minimização/eliminação de riscos.
Segundo as normas de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, qual deve
ser a ordem de prioridade de implementação das medidas de proteção à saúde e segurança
dos trabalhadores?

Proteção coletiva – administrativas ou de organização do trabalho – proteção individual.

Primeiro, deve-se implementar medidas coletivas de segurança e medidas administrativas ou

de organização do trabalho que diminuam ou eliminem os riscos que expõem os
trabalhadores. Depois, são implementadas as medidas de proteção individual, caso
necessárias. Por fim, as questões coletivas sempre devem ser priorizadas.

Proteção, segurança e manutenção de armazéns e

depósitos

Segundo determinada Norma Regulamentadora 11, sobre movimentação e armazenagem, o

colaborador que trabalha com máquinas de força motriz própria deve receber treinamento
específico, bem como ter documento de habilitação de operação desses equipamentos,
renovado no prazo de:
 
12 meses.

O trabalhador que tem treinamento e habilitação para conduzir máquinas de força motriz
própria deve ter esse documento renovado anualmente, ou seja, de doze em doze meses.

As normas regulamentadoras (NRs) visam a promover a segurança e saúde no ambiente de

trabalho. Essas normas contemplam diversas áreas de negócios. É possível afirmar que a
principal norma utilizada nas atividades logísticas é:

NR 11.

A NR 11 apresenta as regras quanto ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao

manuseio de materiais. Por isso, é a principal NR utilizada nas atividades logísticas. A NR 35
se refere ao trabalho em altura. A NR 30 diz respeito ao trabalho aquaviário. A NR 29 trata
da segurança e da saúde no trabalho portuário. Quanto à NR 25, dá orientações sobre
resíduos industriais.

A NR 6 dispõe sobre a obrigatoriedade do EPI em situações que ofereçam riscos à

segurança e à saúde do trabalhador. Assim, empresa e colaboradores têm responsabilidade
quanto ao EPI. É uma obrigação do empregador:
 
Adquirir o EPI.

O empregador, ou seja, a empresa, tem a responsabilidade de adquirir os EPIs para os

colaboradores. Por sua vez, os colaboradores (empregados) devem conservar, utilizar
adequadamente, guardar o EPI em local apropriado e informar quando este estiver
danificado.
O trabalho com máquinas e equipamentos deve ser executado de forma segura, para
preservar a integridade do colaborador. Por isso, a NR 12 recomenda:
Que as máquinas estacionadas fiquem estáveis.

Segundo a NR 12, as máquinas estacionadas devem ficar estáveis, para evitar acidentes, não
havendo afirmações sobre a presença de enfermeiros. As obrigações da CIPA constam na
NR 5 e os resíduos industriais são tratados pela NR 25. Por fim, os EPIs devem ser utilizados
sempre que isso for obrigatório, esteja a máquina ligada ou não.

É importante não confundir as NRs 29 e 30. Nesse sentido, a respeito da NR 29, é correto
afirmar que:

Está relacionada à segurança e à saúde no trabalho portuário.

A NR 29 está relacionada à segurança e à saúde no trabalho portuário, ou seja, às operações

que acontecem no porto. A NR 30, por sua vez, trata da segurança e da saúde no trabalho
aquaviário, ou seja, durante a viagem em navios. Não existe número de máximo de
enfermeiros, tanto na NR 29 quanto na 30. A responsabilidade dos armadores em instruir os
colabores consta na NR 30. Por fim, a garantia de conforto e de higiene durante a viagem
está referida na NR 30.

Segurança na armazenagem, manuseio

e transporte de produtos perigosos

Os produtos perigosos são subdivididos em classes. Sobre isso, é correto afirmar que:

A divisão ocorre conforme o risco dos produtos.

A divisão em classes ocorre conforme o risco que o produto perigoso apresenta em relação
à segurança do trabalhador e/ou meio ambiente. Existem nove classes de riscos definidas
pela ONU, sendo que somente 5 têm subclasses. A classe dos produtos trabalhados exerce
forte influência na estrutura do armazém e até mesmo em sua localização.

Determinado centro de distribuição tem diversos materiais para construção e acabamento.

Um deles é o solvente, considerado produto perigoso da:

Classe 3.

O solvente pertence à Classe 3 por se tratar de líquido inflamável. Por isso, merece todos os
cuidados de acordo com a norma para tais produtos.
Segundo a NBR 12235, o local escolhido para armazenar produtos perigosos deve:
Ser aceito pela população local.

A NBR 12235 informa que a população local precisa aceitar o armazém de produto perigoso
e que este não pode afetar a ecologia da região nem fique perto de residências. É necessário
ter muro na distância em metros estabelecida conforme o risco e, ainda, muro de concreto
na divisão da propriedade.

A estocagem de produtos perigosos requer cuidados especiais. Por isso, a Norma 12235,
que trata do manuseio de resíduos perigosos nas instalações de armazenamento, determina
que:

Os produtos perigosos podem dividir a mesma área de acordo com a compatibilidade.

A mesma área pode ser dividida com vários produtos perigosos, desde que sejam
compatíveis. A inspeção das cargas deve ocorrer periodicamente, com recomendação para
que ocorra diariamente, e os recipientes dos produtos devem estar sempre fechados, a não
ser que estejam em momento de ser removidos, adicionados ou manipulados. Após a
manipulação, esses recipientes devem ser isolados com segurança, e não lacrados. Por fim, a
inspeção dos recipientes de produtos perigosos precisa ser realizada visualmente, sem
auxílio de aparelhos para enxergar melhor.

Além do uso de EPIs, todo trabalhador que tem contato com produtos perigosos deve
receber adicional sobre o salário, segundo a CLT e a NR 16. Com a informação de que um
colaborador trabalha movimentando tonéis de gasolina no armazém, responda: que
percentual ele terá sobre seu salário?

Adicional de periculosidade de 30%.

Todo trabalhador exposto aos produtos perigosos deve receber adicional de 30% de
periculosidade sobre o salário.

Sistemas de medição
A precisão da medição feita pelos instrumentos utilizados em processos industriais é um fator
muito importante, pois pode determinar a quantidade de aproveitamento e custos de uma
dada matéria-prima, por exemplo.
Sabe-se que a precisão é, de modo simplificado, entendida como a diferença entre o valor real
de um parâmetro e aquele valor indicado pelo instrumento ao mensurar o valor do parêmetro.
Uma das maneiras de indicar essa precisão é a partir do cálculo de %FSD.
Considere a seguinte situação hipotética:
O manual técnico de uma balança afirma que o peso máximo suportado e medido por ela é
igual a 530kg e que ela apresenta uma precisão de ± 1,5% de uma leitura.

Determine o desvio em uma leitura de 341kg e a precisão em %FSD.

± 5,115kg e ± 1,5%.
As grandezas medidas pelos sistemas de unidades são as variáveis de processos e podem
ser expressas como dimensões. Internacionalmente, existe o Sistema Internacional de
Unidades (SI), adotado também no Brasil, que traz as unidades básicas reconhecidas.
Marque a alternativa correta referente às unidades padronizadas pelo SI para temperatura,
massa, energia e pressão, respectivamente.

K, kg, J, Pa.

De acordo com a publicação O Sistema Internacional de Unidades (BRASIL, 2021), as

unidades para temperatura, massa, energia e pressão são, respectivamente: kelvin (K);
quilograma (kg); joule (J); pascal (Pa).

Apesar do uso comum no Brasil da escala Celsius para medir temperatura, ela não é a
unidade adotada no SI. Nos Estados Unidos, utiliza-se a escala Fahrenheit (F) para essa
medição, mas ela também não faz parte do SI.

Para massa, o SI aceita o quilograma (kg), não seu submúltiplo grama (g).

Para energia, o SI utiliza o newton (N), uma unidade derivada.

Além disso, atm (referindo-se à "atmosfera") e bar são unidades de pressão, mas ambas não
fazem parte do SI.

As características dos instrumentos de medição também servem como parâmetros a serem

avaliados para verificar sua eficácia. Sendo assim, veja o conceito a seguir e marque a
alternativa que indica a característica apresentada.
É a medida da mudança na saída de um medidor, causada por uma alteração na variável
avaliada, representando uma função de transferência. É ideal que o instrumento de medida
a apresente elevada, para que os sinais de saídas tenham amplitudes maiores.

Sensibilidade.

Compreende-se sensibilidade como a medida da alteração na saída de um instrumento de

medida decorrente de uma mudança da variável estudada, caracterizando uma função de
transferência. O ideal é que um instrumento de medida tenha alta sensibilidade, pois isso
permite a obtenção de saídas com maiores amplitudes. A sensibilidade deve ser considerada
com a linearidade, o alcance e a precisão do instrumento.
Exatidão é a capacidade que um instrumento de medição apresenta de fornecer resultados
corretos. Isso significa fornecer leituras mais próximas possíveis do valor de
referência/padrão.
Em contrapartida, linearidade refere-se à característica que um instrumento de medição
com relação linear entre entrada e saída. O fabricante especifica a reta de calibração para o
instrumento.
A precisão de um instrumento de medição é a característica que indica quanto as leituras
indicadas por esse instrumento se dispersam; refere-se ao conceito de repetibilidade e
estabilidade de um instrumento.
Histerese refere-se ao erro de medição, ocorrido durante a diferença entre a medida, para
um dado valor do mensurado, quando atingida por valores crescentes, e a medida quando
atingida por valores decrescentes do mensurado.
Determinadas terminologias são comumente usadas no estudo e na avaliação dos sistemas
de medição e, portanto, devem ser entendidas visando a uma comunicação eficiente entre
os profissionais envolvidos nos processos dos sistemas.
Marque a alternativa correta cujo trecho a seguir a descreve.
“É uma propriedade de um corpo, substância ou fenômeno capaz de ser expressa de modo
quantitativo em número ou referência.”
Grandeza.

Uma grandeza é a propriedade do corpo, substância ou fenômeno que pode ser mensurada
por um instrumento de medição. Grandezas escalares são expressas por número e
referência de tamanho, que é a unidade. As grandezas vetoriais precisam de três indicações
quantitativas: número, referência de tamanho e orientação, que tem uma direção e um
sentido.
Mensurado é aquilo que se está mensurando, medindo.

Aferição é o que resulta do ato de medir, mensurar, avaliar.

Resultado da medição é a leitura feita pelo instrumento de medição, dado obtido, valor
numérico.

Instrumento é o aparelho utilizado para fazer medições, como um termômetro, por exemplo.

O Inmetro define como calibração o método de definição do erro e da incerteza de um

dispositivo em diferentes pontos, comparando os valores medidos por esse dispositivo e o
padrão esperado para aquele parâmetro avaliado, em determinadas condições, associando
fontes de incertezas e relacionando o dispositivo que está sendo calibrado com um padrão
de referência.
Assinale a alternativa que define adequadamente os dois métodos de calibração.

Calibração direta é quando o valor indicado pelo instrumento é comparado com o valor de
referência. Por exemplo, para calibrar uma balança, é comum usar esse método. Já
a calibração indireta é quando o resultado indicado pelo instrumento é comparado ao
resultado de outro instrumento que indica valores-padrão. Manômetros são, geralmente,
calibrados usando esse segundo método.

A calibração direta utiliza a comparação dos valores indicados pelo instrumento que se
pretende calibrar com valores de referência já padronizados. As balanças são calibradas
usando esse método e, para isso, utiliza-se um conjunto de pesos padronizados que cubra
toda a faixa do equipamento.

Em contrapartida, a calibração indireta é feita comparando-se dois instrumentos: o que se

pretende calibrar e um já calibrado. Dessa forma, os valores indicados pelo primeiro
instrumento são comparados com os valores indicados pelo segundo instrumento, valores
de referência. Manômetros são calibrados utilizando esse segundo método.

Fenômenos físicos e instrumentação

. 
Medir temperatura é uma prática antiga entre seres humanos, dada a importância do
controle dessa grandeza para diferentes atividades das sociedades, como aquecer
residências e cozinhar alimentos.
Para medir a temperatura, há escalas diferentes, aplicadas geralmente de acordo com a
área de interesse e com a localização.
Considerando o exposto, observe a situação a seguir:
"Joana herdou um livro de receitas da sua avó inglesa. Na sua primeira tentativa de fazer
uma receita do livro, viu que estava todo escrito em inglês. Ao observar os detalhes das
receitas, percebeu que todas as indicações de temperatura estavam em Fahrenheit (ºF).
"A receita que Joana desejava fazer trazia a indicação de 395ºF para aquecer o forno.
Entretanto, ela ficou confusa e não entendeu o que aquilo significava, e decidiu aquecer o
forno a uma teperatura de 180°C."
Assinale a alteranativa correta.

Joana errou ao usar 180°C, pois, se ela convertesse para graus Celsius
a temperatura da receita, encontraria o valor de 202°C.

Temperatura é uma grandeza que pode, no mesmo dia, sofrer grandes variações que
podem afetar processos importantes na vida das pessoas, indústrias, experimentos
laboratoriais, rotinas hospitalares, entre outros.
A situação descrita a seguir traz uma realidade comum para estudiosos e pesquisadores de
áreas como ciências da natureza e da saúde. Leia com atenção:
"Num laboratório, uma equipe responsável por um experimento celular precisa controlar
diariamente a temperatura das câmaras que armazenam as culturas. Para isso, deve-se
manter a temperatura de 15°C. Entretanto, o termômetro disponível no laboratório faz
medições em Kelvin."
Indique a alternativa correta da leitura que deve ser apresentada pelo termômetro para a
equipe conseguir manter as câmaras na temperatura adequada.
 
288K.

Na natureza, continuamente ocorrem diversos fenômenos químicos e físicos. Considerando

seus conhecimentos sobre tais fenômenos, assinale a alterativa que classifica
adequadamente as transformações.

As Figuras II e III referem-se a fenômenos químicos, e a Figura I, a um fenômeno físico.

A Figura I representa a transformação da água na sua forma sólida em água líquida, e o

contrário, respectivamente, pelo ganho e pela perda de energia.
Nas mudanças de estado físico, não se transforma a estrutura das moléculas, apenas sua
reordenação, incluindo agitação e distanciamento (ou aproximação). Por isso, não há
transformação química. Trata-se de um fenômeno físico.
Observa-se ainda que essa transformação é reversível, uma vez que apenas o estado físico
foi alterado.
A Figura II representa a transformação do mármore em gesso pela ação da chuva ácida.
Nesse tipo de transformação, uma reação química transformou uma matéria em outra,
sendo tais matérias diferentes quimicamente entre si. Trata-se, portanto, de um fenômeno
químico.
A Figura III também representa um fenômeno químico, pois o ferro transforma-se em
ferrugem pela ação química da corrosão. A ferrugem é produto da reação química causada
pelo contato do ferro com o oxigênio presente na água e no ar.

As mudanças de estado físico da matéria são utilizadas pelo ser humano em diferentes
atividades. Por exemplo, água no estado sólido (gelo) resfria produtos na indústria, assim
como a água no estado de vapor movimenta turbinas.
Isso ocorre porque a água, ao ser aquecida, pode passar de um estado físico a outro. Da
mesma maneira, quando resfriada, pode mudar de estado físico também.
Observe a figura a seguir, que ilustra a troca de moléculas pela interface entre os estados
líquido e gasoso da água.

Durante a transformação da água líquida em vapor, as moléculas de água ganham calor do

meio, tornando-se mais distantes umas das outras.

A figura ilustra os processos de evaporação e condensação. Evaporação é a transformação

física do estado líquido para o gasoso.
Durante a evaporação, a matéria recebe calor, aumentando sua energia cinética e,
consequentemente, sua temperatura. Dessa forma, as moléculas de água vibram com mais
intensidade e se distanciam umas das outras.
Na condensação ocorre o contrário: a matéria perde calor para o meio. Assim, a energia
cinética das moléculas diminui, fazendo-as vibrar menos intensamente e,
consequentemente, aumentando a aproximação entre elas.
Na interface desses dois estados (líquido e gasoso), as moléculas da água no estado de vapor
se aproxima da água no estado líquido, sendo atraídas por ele. As moléculas de água gasosa
colidem com as de água no estado líquido, tornando-se parte do líquido.
A energia cinética presente nas moléculas de vapor é então absorvida pelo líquido,
aumentando sua temperatura. Consequentemente, o líquido esfria por evaporação. Se um
objeto for colocado onde houver vapor, ele seria aquecido pela condensação (HEWITT,
2008).

Define-se "calor" como a energia cinética total dos átomos e moléculas que compõem uma
substância; já "temperatura" é uma medida da energia cinética média das moléculas ou
átomos individuais.
Essa diferença entre calor e temperatura fica mais clara ao imaginarmos que a temperatura
de um copo de água fervente é a mesma que a da água fervente de um balde, mas o balde
de água fervente tem mais energia que o copo.
Por isso, a quantidade de calor depende da massa do material; a temperatura,
não. Acrescente a isso o fato de dois corpos com temperaturas diferentes poderem atingir
um equilíbrio térmico se entrarem em contato um com o outro, trocando calor.
A casa de Marília é completamente fechada, e um dos quartos está com o ar-condicionado
ligado. Esse quarto é uma suíte, e a porta que dá acesso ao banheiro está fechada.
A temperatura dentro do quarto é menor que a do banheiro. Em certo momento, Marília
esquece a porta do banheiro aberta. A partir desse momento, desconsiderando todas as
influências externas à casa, provavelmente: 
a temperatura do banheiro diminuirá até que o equilíbrio térmico se estabeleça.

Como os dois recintos estavam com temperatura diferente, haverá troca de calor entre eles
até que o equilíbrio térmico se estabeleça. Como o ar-condicionado permaneceu ligado,
provavelmente a temperatura do banheiro será menor que antes de abrir a porta, devido à
ação dele.

Instrumentação para a medição de

temperatura e calor
É importante entender a diferença entre temperatura e calor, de modo que as grandezas e
as suas unidades não sejam confundidas, embora estejam relacionadas entre si.
A energia térmica que flui entre corpos é a denominação de calor. O fluxo de calor entre
dois corpos em contato se deve inicialmente:
às temperaturas dos corpos serem diferentes.

O calor sempre será trocado entre os corpos que estão em contato até que ocorra o
equilíbrio térmico entre eles, ou seja, até que os dois tenham a mesma temperatura. Sendo
assim, se a temperatura dos corpos forem iguais, não haverá troca de calor,
independentemente de haver ou não alteração na temperatura. Além disso, o fato de os
corpos estarem frios ou quentes não interfere na condição de fluxo de calor entre eles, o
que importa é estarem em temperaturas diferentes.
 
A temperatura tem relação com a quantidade de calor que é fornecido a um corpo, tendo
escalas de medição que foram implementadas ao longo dos séculos. Algumas foram
popularizadas por seu grande uso, outras caíram em desuso, como no caso da escala
Celsius e a Réaumur, respectivamente.
A respeito da temperatura, é possível afirmar que esta é uma grandeza física que mede:

o grau de agitação das moléculas.

A temperatura é a medida do grau de agitação das moléculas de um corpo, sendo

proporcional à quantidade de energia térmica fornecida a ele, ou seja, à quantidade de calor.
É uma consequência do calor. Pressão, volume e densidade são grandezas que têm relação
com massa e dimensões físicas, não com a quantidade de calor fornecida a um corpo,
tampouco com a agitação consequente das moléculas.

Existem várias formas de medição de temperatura, com e sem contato direto. Cada uma
delas é obtida a partir de fenômenos físicos que determinam o funcionamento dos
elementos responsáveis por transformar a variação da temperatura em alguma grandeza
elétrica que possa ser entendida no sistema.
O efeito que ocorre quando elementos bimetálicos são submetidos a uma variação de
temperatura, de forma a surgir uma força eletromotriz entre suas extremidades, cujo valor
não excede usualmente a ordem de grandeza de mV, é chamado de:

efeito termoelétrico.

O efeito descrito é o termoelétrico, ou efeito Seebeck, presente nos termopares, uma das
formas de medição de temperatura mais utilizadas no meio industrial. Sobre os outros
efeitos descritos nas alternativas: o efeito PT100 não existe e os efeitos infravermelho,
fotoeletromagnético e de fluxo de calor no condutor não têm relação com geração de
tensão elétrica devido à diferença de temperatura, sendo resultantes de outras condições e
variáveis físicas.

A escolha do método de medição de temperatura depende da faixa de medição, do

processo a ser medido, do grau de confiabilidade da medição e do custo de implantação.
Um dos métodos mais populares é utilizar termopares como elementos sensores.
Considere um termopar que tenha as seguintes características: ampla faixa de utilização,
alta repetibilidade de leitura e baixa potência termoelétrica, sendo utilizado em
laboratórios de calibração como termopar padrão e composto por uma liga com 90% de
platina e 10% de ródio. Trata-se do termopar:

tipo S.
Existem quatro grupos de métodos de medição de temperatura: baseados na dilatação de
materiais, alteração da resistência elétrica, radiação infravermelha irradiada e efeito
Seebeck.
Pensando sobre os tipos de sistema de medição e seus sensores, é correto afirmar que:
dispositivos semicondutores cuja resistência elétrica varia com a temperatura são
denominados termistores e podem ter coeficientes de temperatura positivos e negativos.

Termistores são constituídos por elementos semicondutores que têm sua resistência variada
de acordo com a variação da temperatura. Esta pode ser positiva ou negativa, dependendo
do tipo de dispositivo. No caso de termopares, a compensação que deve ser realizada é
chamada de compensação de junta fria. Esta não tem relação com o coeficiente de dilatação,
que não é determinante para a ocorrência do efeito Seebeck. Além disso, termômetros de
bulbo são dispositivos de medição de temperatura baseados na dilatação térmica de
materiais, e a irradiação emitida por corpos é a radiação infravermelha.

Métodos de medição de tensão e

corrente
Na análise de circuitos elétricos, tanto no desenvolvimento como na operação de
equipamentos, o uso de medidores é essencial. Existem equipamentos digitais e analógicos,
e entre estes há pelos menos três tipos: bobina móvel, ferro móvel e eletrodinâmico.
Analise as assertivas a seguir:
I. O medidor de bobina móvel utiliza ímã permanente em sua construção, além de uma
bobina por onde circulará a corrente a ser medida.
II. O medidor de ferro móvel é construído por uma bobina sobreposta ao material de ferro.
Esse conjunto de bobina e ferro tem a liberdade de se movimentar, indicando o valor
medido com o ponteiro sobre a escala.
III. O medidor eletrodinâmico é composto tipicamente por três bobinas, sem utilizar ímã
permanente, o que permite tanto a medição de corrente contínua (CC) como de corrente
alternada (CA).
Qual é a alternativa correta?

As afirmativas I e III estão corretas.

Analisando cada uma das afirmações:

A afirmativa I é verdadeira, pois o medidor de bobina tem uma bobina móvel com liberdade
de rotacionamento, por onde circulará a corrente a ser medida, produzindo um campo
magnético. Este irá interagir com o campo de um ímã permanente fixo.
A afirmativa II é falsa, pois o medidor de ferro móvel tem em sua construção uma bobina,
mas ela é fixa. A única parte móvel é uma estrutura de ferro que movimentará o ponteiro
sobre uma escala.
A afirmativa III é verdadeira, pois o medidor eletrodinâmico tem três bobinas, duas delas em
série, produzindo um campo magnético no mesmo sentido, e uma terceira bobina instalada.
Esta, ao ser percorrida por uma corrente, fará o movimento de rotação, indicando a sua
intensidade. Por ter apenas eletroímãs, quando for percorrido por corrente alternada (CA),
ele continuará a funcionar, pois ao inverter o sentido da corrente, automaticamente são
invertidos os sentidos dos campos magnéticos de todas as bobinas, o que não ocorreria caso
fosse utilizado um ímã permanente.
Em multímetros, é comum existir mais de uma faixa de medição para a tensão. Utilizando o
galvanômetro como elemento fundamental, é possível associá-lo a um resistor
multiplicador para operá-lo em outras faixas de medição. O dimensionamento desse
resistor adicional é importante para uma correta medição, de modo que o equipamento não
seja danificado.
Considerando um galvanômetro de resistência interna de 10Ω e corrente máxima (fundo
de escala) de 1mA, qual é o valor da resistência que deve ser adicionada para que seja
possível medir uma tensão na faixa de 20V?

19.990Ω.

Para a análise de um circuito elétrico no desenvolvimento de um produto no laboratório, é

importante ter disponível instrumentos de medição, como um voltímetro, por exemplo.
Dependendo da aplicação, são necessários equipamentos mais precisos, de modo que
grandes erros sejam evitados na medição. Um dos dados de especificação do voltímetro
analógico é o seu valor de sensibilidade, que envolve a resistência de entrada, a faixa de
tensão e a corrente máxima do medidor D’Arsonval (ou corrente de fundo de escala).
Existem dois voltímetros de sensibilidades S1 = 100Ω/V e S2 = 20.000/V, ambos ajustados
para uma faixa de tensão de 600V.
Qual é o valor da corrente máxima do medidor D’Arsonval para cada voltímetro?

10mA e 0,05mA.

O efeito de carga é indesejado, mas ocorre sempre que há a inserção do instrumento de

medição no circuito. Dependendo da situação, a medição será completamente errada.
Deseja-se medir a tensão do primeiro resistor de 5.000Ω do seguinte caso: circuito série
com uma fonte de tensão em corrente contínua (CC) de 10V e dois resistores, ambos de
5.000Ω, utilizando um medidor de sensibilidade 2.000Ω/V, na faixa de 20V.
Escolha a alternativa que indique o erro da medição em porcentagem, tendo como
referência o valor teórico.

-5,88%.

O medidor analógico D’Arsonval tem uma boa precisão, mas costuma admitir pequenos
valores de corrente em seu funcionamento. Uma das formas de utilizá-lo em medições de
correntes superiores é por meio do uso do resistor shunt.
Considerando um medidor de corrente máxima de 100 microamperes e resistência interna
de 50Ω, qual será o valor da resistência shunt para a medição de correntes de até 1A?

0,005Ω.