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O ilustrado trabalho, dás conceitos que são como ponto de partida para o estudo mais aprofundado dos
materiais ferromagnético, nos conteúdos seguintes. Esta revisão, em forma pesquisa, levanta já um
pouco do véu sobre algumas das questões importantes de carácter técnico-económico, nomeadamente
as saturação magnéticas, gerador de indução e os efeitos da temperatura no ferromagnético
Aumentando-se a corrente, aumenta-se a fmm, assim maior se torna a magnetização do núcleo ate
atingir um nível máximo de magnetizarão (Joelho), nesse ponto não importa o quanto aumentamos a
fmm, a magnetização não vai aumentar. A relação entre o campo magnetizante H e o campo
magnético B pode também ser expresso como a permeabilidade, Diferentes materiais tem diferentes
níveis de saturação; Os materiais magnéticos podem manter-se magnetizados mesmo depois de
retirarmos a fmm que o magnetizou.
Para remover a magnetização, ou imantação, deve-se aplicar uma nova fmm contraria e com
intensidade suficiente a que o magnetizou, e o fluxo residual após o campo H ser zerado, e a
intensidade de campo que se deve aplicar para eliminar o fluxo residual. Tecnicamente, acima da
saturação, o campo B continua aumentando, mas com razão para magnética, a qual é 3 ordens de
magnitude menor que a razão ferromagnético vista abaixo da saturação. A relação entre o campo
magnetizante H e o campo magnético B pode também ser expresso como a permeabilidade.
A permeabilidade de materiais ferromagnético não é constante, mas depende de H. Em materiais
saturáveis a permeabilidade aumenta com H ao máximo, então inverte-se quando se aproxima da
saturação e diminui para um.
Objectivos gerais
Estudar como as matérias magnéticos alcançam estado de saturação magnética vista na curva
de histerese, e conhecer os geradores de indução magnéticas.
Objectivos específicos
Metodologias
Segundo Marconi e Lakatos (2007, p. 17), a metodologia nasce da concepção sobre o que pode ser
realizado e a partir da “tomada de decisão fundamenta-se naquilo que se afigura como lógico, racional,
eficiente e eficaz”.
Para Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos utilizados
para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento científico, é necessária a
identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o método que possibilitou chegar
ao conhecimento.
Como ensina Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos
científicos, páginas de Web sites.
Marconi; Lakatos, 2017, p. 01) vai além: para ele, a pesquisa é um “procedimento reflexivo metódico,
controlado e crítico, que permite descobrir novos acontecimentos ou dados, relações ou leis, em
qualquer campo do conhecimento”. Neste contexto a pesquisa e bibliográficas.
As pesquisas científicas podem ser classificadas quanto à natureza (básica ou aplicada), quanto ao tipo
(bibliográfica, documental, campo, experimental, exploratória, descritiva, entre outras) e quanto à
abordagem (quantitativa ou qualitativa) (ANDRÉ, 1984; THIOLLENT, 1985; LUDKE; ANDRÉ,
1986; GIL, 1991; SANTOS, 1989; RODRIGUES; LIMENA, 2006; SEVERINO, 2007; YIN, 2010;
APPOLINÁRIO, 2011).
A pesquisa científica usualmente é iniciada com a busca de referências (artigos e livros científicos)
actualizadas sobre o tema que o pesquisador está interessado. A partir disso, faz-se um mapeamento do
que existe sobre a temática, o que já foi pesquisado e quais argumentos permitem entender o que
pretende pesquisar. Nesse universo de estudo, outras formas de pesquisa são possíveis de serem
desenvolvidas, entre as quais destacamos algumas possibilidades. A pesquisa, quanto à natureza, pode
ser diferenciada entre básica e aplicada.
Para o trabalho em epígrafe a pesquisa tem a natureza básica.
Fundamentação teórica
Conceitos básicos
1. Materiais ferromagnéticos. Neste grupo estão o ferro, o aço, o níquel, o cobalto e algumas
ligas comerciais, como o alnico e o Permalloy. Os ferrites são materiais não-magnéticos que
possuem as propriedades ferromagnéticas do ferro. O ferrite é um material cerâmico. A
permeabilidade dos ferrites se situa na faixa de 50 a 3.000. Uma aplicação comum é o núcleo
de ferrite das bobinas dos transformadores de RF (rádio frequência.
Intensidade de campo H
Se uma bobina com certo número de amperes-espira for esticada até atingir o dobro do seu
comprimento original, a intensidade do campo magnético, ou seja, a concentração das linhas de força,
terá a metade do seu valor original. A intensidade do campo depende, portanto, do comprimento da
bobina. Expressando na forma de equação,
H= ¿ (1)
l
Onde:
H=¿ Intensidade do campo magnético, amperes-espira por metro ( Ae/m)
¿= Amperes-espira, A
l=¿ Distância entre os pólos da bobina, m
Curva de magnetização BH
B 0,2 −4
μ Para o ferro doce número 1 μ= = =1∗10 (T . m)/ Ae
H 2000
B 0,3 −5
μ Para o ferro doce número 1 μ= = =6∗10 (T .m)/ Ae
H 5000
A qualquer temperatura superior a 0 K , a energia térmica faz com que os dipólos magnéticos deixem
de estar perfeitamente alinhados. A energia de permuta, associada ao acoplamento de dipólos no
mesmo domínio magnético, está na origem do alinhamento paralelo dos dipólos mas é
contrabalançada pelo efeito desordena dor da energia térmica. Quando a temperatura de um material
ferromagnético é aumentada, a energia térmica acrescentada aumenta a mobilidade dos domínios,
facilitando o alinhamento destes mas impedindo-os também de se manterem alinhados quando o
campo é removido. Consequentemente, a saturação magnética, a remanescência e o campo coercivo
são todos reduzidos a altas temperaturas. Se a temperatura exceder a temperatura de Curie, o
comportamento ferromagnético desaparece. A temperatura de Curie, que depende do material em
questão, pode ser alterada através da mistura de novos elementos nas ligas.
Os dipólos podem permanecer alinhados para temperaturas superiores à de Curie, mas tornam-se
aleatoriamente alinhados quando o campo é removido. Acima da temperatura de Curie, o material
adquire comportamento paramagnético.
Circuito magnético
Um circuito magnético pode ser comparado a um circuito eléctrico no qual uma fem produz uma
corrente. Considere um circuito magnético simples (Figura 3). Os amperes-espira NI da força
magnetomotriz produzem o fluxo magnético. Portanto, a fmm se compara à fem ou à tensão eléctrica e
o fluxo ct, à corrente. A oposição que um material oferece à produção do fluxo é chamada de
relutância, que corresponde à resistência.
A lei de Ohm para os circuitos magnéticos, a qual corresponde a 1=V /R , é
f mm
∅= ( 4)
R
Onde:
∅ = Fluxo magnético,Wb
f mm = Força magnetomotriz, Ae
R = Relutância, Ae/Wb
Relutância R
Onde:
R = Relutância, Ae/Wb
l = comprimento da bobina, m
μ = Permeabilidade do material magnético, (T · m) / Ae
A = área da secção recta da bobina, m2
Gerador de indução
Indução electromagnética
Em 1831, Michael Faraday descobriu o princípio da indução electromagnética. Esse princípio afirma
que, se um condutor atravessar linhas de força magnética ou se linhas de força atravessarem um
condutor, induz-se uma f em ou uma tensão nos terminais do condutor. Considere um ímã cujas linhas
de força se estendam do pólo norte para o pólo sul (Figura 10-16). Um condutor C, capaz de se
movimentar entre os pólos, é conectado a um galvanómetro G, usado para indicar a presença de uma
fem. Quando o condutor estiver parado, o galvanómetro indicará uma fem zero. Se o fio condutor
estiver se movendo para fora do campo magnético, na posição 1, o galvanómetro ainda indicará zero.
Quando o condutor se deslocar para a esquerda, posição 2, e interceptar as linhas de força magnética, o
ponteiro do galvanómetro se deflectirá para a posição A. Isto indica que uma fem foi induzida no
condutor, porque as linhas de força foram interceptadas. Na posição 3, o ponteiro do galvanómetro
volta a zero, porque nenhuma linha de força está sendo interceptada. Inverta agora o sentido do
condutor, fazendo-o deslocar-se para a direita através das linhas de força, e retome-o para a posição 1.
Durante esse movimento, o ponteiro se deflectirá para B, mostrando que novamente uma fem foi
induzida no fio, mas no sentido oposto. Se mantivermos o fio parado no meio do campo de força na
posição 2, o galvanómetro indicará zero. Se o condutor se mover para cima ou para baixo
paralelamente às linhas de força de modo a não interceptá-las, não haverá fem induzida.
Figura 4. Quando um condutor intercepta as linhas de força, uma tem é induzida no condutor.
Lei de Faraday da tensão induzida
O valor da tensão induzida depende do número de espiras da bobina e da velocidade com que o
condutor intercepta as linhas de força ou o fluxo. Tanto o condutor quanto o fluxo podem se deslocar.
A equação para se calcular o valor da tensão induzida é:
∆∅
vind =N (6)
∆t
Onde:
∆∅
=velocidade com que o fluxointercepta o condutor , Wb /s
∆t
Lei de Lenz
A polaridade da tensão induzida é determinada por meio da lei de Lenz. A tensão induzida tem
polaridade tal que se opõe à variação de fluxo que causa a indução. Quando surge uma corrente
produzida por uma tensão induzida, esta corrente cria um campo magnético em tomo do condutor de
tal modo que o campo magnético do condutor interage com o campo magnético externo, produzindo a
tensão induzida que se opõe à variação do campo magnético externo. Se o campo externo aumentar, o
campo magnético do condutor, provocado pela corrente induzida, será no sentido oposto. Se o campo
externo diminuir, o campo magnético do condutor será no mesmo sentido, mantendo assim o campo
externo.
Conclusão
Ao longo deste trabalho foi descrita a relação entre três das mais importantes grandezas do
magnetismo: o campo magnético, a indução e a permeabilidade magnética. A relação entre elas é dada
pela equação µ=B/ H . O valor das permeabilidades relativas permite inferir sobre o tipo de
magnetismo, aquando da aplicação de um campo magnético. Tal como foi referido anteriormente, a
permeabilidade não é constante, sendo definida por uma permeabilidade máxima e mínima. Nesta
perspectiva, a relação entre B e H não é linear e a sua representação é dada pelo ciclo histérico. Do
ciclo histerético pode concluir-se sobre a natureza do material, se é macio ou duro, e sobre as perdas
histeréticas. Permite também determinar o campo coercivo, a indução de saturação e remanescente.
Saturação é mais claramente vista na curva de magnetização (também chamada curva BH ou curva
de histerese) de uma substância, como uma flexão à direita da curva (ver gráfico à direita). À medida
que o campo H aumenta, o campo B aproxima-se de um valor máximo assintoticamente, o nível de
saturação para a substância.
Quando as linhas de força são interceptadas por um condutor ou quando as linhas de força interceptam
um condutor, uma fem ou uma tensão é induzida no condutor. E preciso haver um movimento relativo
entre o condutor e as linhas de força a fim de se induzir a fem. Ao mudar o sentido da intersecção,
mudará o sentido da f em induzida. O gerador, por sua vez, é uma máquina que converte energia
mecânica de rotação em energia eléctrica. A energia mecânica pode ser fornecida por uma queda-
d'água, vapor, vento, gasolina ou óleo diesel ou por um motor eléctrico.
Referências bibliográficas
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