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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO


PARANÁ

Relatório de Atividades Discentes


PIBID Edital CAPES 23/2022

ORLANDO NUNES LOPES FILHO.


Colégio da Polícia Militar do Paraná.
Jéferson Matos Hrenechen.
Alisson Antonio Martins; Alvaro Emilio Leite.
Relatório parcial: Novembro/2022 a abril/2023

Curitiba/PR, 2023
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1. INTRODUÇÃO

Observando as aulas do professor de Física Jéferson Matos, no Colégio da Polícia


Militar do 2º ano do Ensino Médio, farei uma breve análise da metodologia utilizada, dos
recursos empregados e do comportamento dos alunos durante as aulas, bem como da forma
como o professor lida com as dúvidas apresentadas pelos estudantes. Além disso, acrescento
que é importante considerar o nível de engajamento dos alunos, a eficácia da comunicação do
professor, a clareza das explicações e a interação entre alunos e professor. Ademais, é
fundamental verificar se as aulas estão sendo ministradas de maneira adequada para que os
alunos possam absorver e aplicar os conhecimentos adquiridos em suas avaliações.

2. ESCOLA E SUPERVISOR

O Colégio da Polícia Militar (CPM) é uma escola com filosofia e administração


militar localizada em Curitiba, Paraná. É um órgão de apoio de ensino da Academia Policial
Militar do Guatupê e está sob o Comando-Geral da Polícia Militar do Paraná. O CPM oferece
ensino regular do Ensino Fundamental II ao Ensino Médio em três turnos e o ingresso dos
alunos é feito por meio de Teste Seletivo, sendo reservado, no mínimo, 60% das vagas para
filhos e/ou dependentes de policiais militares. A escola possui Corpo Docente e quadro de
funcionários oriundos da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná, da Polícia
Militar do Paraná e da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná, sendo todos
funcionários do Estado do Paraná. A origem remota do Colégio da Polícia Militar vem da
Escola de Instituição Primária, instituída no quartel da Corporação pela Lei 380 de 31 de
Março de 1874. Em 7 de Agosto de 1959, foi criado o Ginásio do Centro de Formação e
Aperfeiçoamento (CFA) da Polícia Militar do Paraná. O estabelecimento iniciou as atividades
com 4 séries do antigo curso ginasial e 186 alunos, com funcionamento em salas no quartel do
Comando-Geral, somente no período noturno. O objetivo principal do CPM é ministrar o
ensino do 1º Ciclo subdividido em duas seções: Seção Militar e Seção Civil, destinadas a dar
ensino de 1º ciclo aos candidatos ao Curso de Oficialato e aos militares da Polícia Militar,
seus filhos e dependentes, respectivamente.
O Colégio da Polícia Militar (CPM) tem uma estrutura organizacional composta pela
Direção Máxima, que inclui o Comandante-Geral e o Comandante da Academia Policial
Militar do Guatupê, a Direção Mediata, que é presidida pelo Comandante e Subcomandante
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do CPM e garante o alcance dos objetivos educacionais, e a Direção Imediata, que inclui a
Divisão de Ensino, Conselho Pedagógico, Divisão Administrativa, Coordenador do Corpo de
Alunos, Secretaria e Equipe de Apoio, responsáveis pelo comando e assessoramento das
atividades técnico-administrativas. A Divisão de Ensino coordena a área pedagógica,
incluindo a Direção Pedagógica, Seção Técnica de Ensino, CAPP e Seção de Educação Física,
além da organização do processo classificatório. O objetivo é garantir o bom funcionamento
do Colégio e o alcance dos objetivos educacionais.
A Divisão de Ensino coordena a área pedagógica do Colégio e é responsável pelo
acompanhamento das atividades desenvolvidas pela Direção Pedagógica, Seção Técnica de
Ensino, CAPP e Seção de Educação Física. A Direção Pedagógica é responsável pela
coordenação de atividades dos professores e desenvolvimento do currículo escolar. O
Conselho Pedagógico auxilia nas decisões administrativas, pedagógicas e disciplinares. O
Chefe da Divisão Administrativa é responsável por dar suporte aos setores do Colégio. Há
ainda a Equipe de Apoio e a Equipe Cooperadora, composta pela Associação de Pais, Mestres
e Funcionários e pelo Clube de Mães e Amiga.
O Colégio Militar do Paraná ocupa um terreno arborizado de 37.224,61m² e tem uma
área construída de 8001,79m². Possui um prédio principal de 6839,28m², um prédio de apoio
com vestiários e um ginásio coberto. O colégio possui pátio descoberto, estacionamento para
80 carros, estacionamento coberto para 8 veículos, uma piscina semiolímpica, uma pista de
atletismo, um campo de futebol suíço e quadras poliesportivas. Há ambientes pedagógicos,
como biblioteca, laboratórios de informática e ciências, sala de artes, anfiteatro e ginásio de
esportes. Há também ambientes administrativos para apoiar professores e equipe diretiva. O
Colégio possui um Centro de Apoio Psicossocial e Pedagógico, um Centro de Lazer e Artes,
uma Sala da Banda, uma sala para a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, e uma sala
para a reunião do Clube de Mães e Amigas. O Colégio possui ainda um gabinete odontológico
e uma horta.
O processo de construção do conhecimento é influenciado pela interação entre alunos
e professores em sala de aula. Os professores do CPM observam que os alunos possuem
habilidades como planejamento, tomada de decisão, compreensão de conceitos abstratos,
criatividade e trabalho em equipe. No entanto, há uma necessidade de trabalhar a ansiedade e
o controle emocional dos alunos, que muitas vezes apresentam dificuldades em lidar com
resultados acadêmicos e emoções negativas. O colégio está atento a essas questões e busca
ajudar os alunos a superá-las.
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Na rotina de acompanhamento escolar, tenho percebido que a maioria dos alunos


apresenta uma boa base matemática, com poucas dificuldades. O professor utiliza um método
tradicional, porém bastante ilustrativo, utilizando vídeos e desenhos para tornar o conteúdo
menos abstrato e mais real para os alunos. É importante ressaltar que o uso de recursos visuais
e práticos pode facilitar a compreensão e a fixação do conhecimento por parte dos alunos. No
entanto, é fundamental que o professor esteja atento às dificuldades individuais dos alunos e
disponível para ajudá-los em suas necessidades específicas.

3. SÍNTESE DA LEITURA REALIZADA

Enfrentamentos do ensino da física na sociedade contemporânea.


Autores: Nilson M. D. Garcia, Milton A. Auth Eduardo e K. Takahashi.
Ao longo dos anos, o ensino foi mudando, conforme as pesquisas na área da educação
foi progredindo, um dos maiores marcos na mudança foi a corrida espacial, que teve como
principal objetivo a formação de cientista e técnicos na parte das ciências da natureza, já no
Brasil esse tipo de educação era para as pessoas mais privilegiadas mas no ano de 1961 isso
acabou mudando com a LDB 4024 trazendo a ciência da natureza para o colegial, com
objetivo de desperta a formação do pensamento lógico e critico na sociedade.
Ouve a criação da LDB 5692 criada na ditadura militar no ano de 1971 com caráter
profissionalizante assim diminuindo a carga horaria no colegial e introduzindo a ciência da
natureza no início do curso primário, assim tendo uma nova reforma só em 1996 com a LDB
9394 que deixa claro que a educação deve ser fundida com o trabalho e sociedade.
Apos essas LDB e publicado os parâmetros curriculares nacionais, com ela vem novos
marcos para educação brasileira assim pautando a competência e habilidades para cada
componente curricular assim abrangendo mais conteúdos escolares se inserindo as diferenças
sócias, com isso trazem dois eixos básicos curriculares um comum nacional e outro
diversificado.
Em 2013 foi apresentado o projeto 6840/2013 onde muda toda a estrutura do ensino
brasileiro aumento a carga horaria do ensino médio em tempo integral, fazendo o estudante
optar no último ano por uma ênfase formativa, em 2014 foi implementado uma PL6840
fazendo que o ensino integral fosse optativo.
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Trazendo todos esses dados, tendo com objetivo a introdução das ciências da natureza
nas escolas, a pergunta que vários jovens fazem e: porque eu vou estudar isso? Ou para que
serve isso a não ser para quem vai cursa o ensino superior.
O estudo da ciência, vai além de pessoas “muito” inteligente ou que a ciência e
totalmente linear sem características socioculturais, econômica ou histórica. Ela e uma
maneira de entender e analisar o mundo e seus fenômenos, como área que produz e induz
novas ferramentas materiais e intelectuais, caracterizando-se, assim, como uma maneira de
enxergar e avaliar as situações naturais assim sendo estudo da física não só baseada em
fórmulas, leis e teorias, pode ser compreendida como um a análise, critica e ponto de vista, de
como a natureza funciona ou o do por que ela funciona, visando sempre raciocínios lógicos.
Outra pergunta muito importante para educadores e como que vamos alfabetizar os
estudantes para ter essa análise, para isso se vem estudando estruturas que auxiliam no
planejamento, elaboração e avaliação que visam o desenvolvimento de termos e conceitos
científicos para que haja relação de entendimento entre tecnologia e sociedade.
Com isso vem a epistemologia de como as escolas inferem, justificam, avaliam e
legitimam conhecimento e informações ao longo do processo de ensino no ano letivo, esse
desenvolvimento requer novos tipos de ensino em sala de aula, o exemplo dado no livro e o
processo de investigação que passa a construção sobre o que seja ciência assim abrindo
discussões mediada pelo professor onde será elaborado argumentos onde o aluno posso
defender o seu ponto de vista.
Eu concordo que a introdução das ciências da natureza nas escolas foi um marco
importante na educação brasileira. Através dessas disciplinas, os estudantes têm a
oportunidade de desenvolver habilidades de raciocínio lógico e crítico, além de adquirir
conhecimentos sobre o mundo natural e suas complexidades.
No entanto, concordo que muitos estudantes podem questionar a relevância dessas
disciplinas em suas vidas diárias. É importante que os educadores sejam capazes de
demonstrar a importância da ciência para o nosso mundo e para a sociedade como um todo.
Além disso, é crucial que os professores ajudem os alunos a desenvolverem uma análise
crítica e uma compreensão mais profunda da ciência, em vez de simplesmente memorizar
fórmulas e teorias.
Concordo também que a alfabetização científica deve ser uma prioridade na educação,
a fim de preparar os estudantes para entender e avaliar as informações científicas que eles
encontrarão na sociedade. Os educadores devem encontrar maneiras criativas e eficazes de
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ensinar conceitos científicos e habilidades de pensamento crítico, para que os estudantes


possam se tornar agentes capazes de construir entendimento sobre conceitos e processos
científicos.
Em resumo, a introdução das ciências da natureza na educação brasileira foi uma
mudança importante, mas é necessário que os educadores ajudem os estudantes a
compreender a relevância e a importância da ciência em suas vidas diárias e na sociedade
como um todo. Além disso, é fundamental que os alunos sejam alfabetizados cientificamente
e aprendam a avaliar informações e conceitos científicos de forma crítica e informada.

4. OBSERVAÇÕES DA PRATICA

Em relação ao acompanhamento escolar, é notável que a grande maioria dos alunos


possui um sólido conhecimento matemático, evidenciando uma performance satisfatória no
processo de aprendizagem. Quando se deparam com alguma dificuldade, os alunos sentem-se
à vontade para questionar o professor, sem quaisquer receios ou inseguranças quanto às
possíveis críticas por parte dos demais colegas. É importante destacar que o docente utiliza
uma metodologia de ensino tradicional, porém bastante ilustrativa, com o emprego de
recursos visuais, como vídeos e desenhos, a fim de tornar o conteúdo mais concreto e tangível
aos discentes. Tal estratégia pode ser extremamente útil na facilitação da compreensão e
fixação do conhecimento pelos alunos. Entretanto, é essencial que o professor esteja atento às
necessidades individuais de cada estudante, a fim de identificar eventuais dificuldades
específicas e oferecer o suporte necessário para que o aprendizado ocorra de maneira efetiva e
satisfatória.

4.1 PLANO DE AULA DO PROFESSOR

No estudo da carga elétrica, os alunos devem compreender a importância da notação


científica na representação de grandezas em diferentes contextos. Eles devem entender a carga
elétrica como um conceito central no eletromagnetismo e a estrutura da matéria em termos de
partículas elementares, identificando e classificando essas partículas de acordo com seus
atributos físicos, como carga, massa e spin.
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Além disso, é importante que os alunos reconheçam a propriedade de atração e


repulsão das cargas elétricas, associem a carga elétrica elementar à quantização da carga e
compreendam o princípio da conservação da carga elétrica. Eles devem também entender a
diferença entre materiais condutores e dielétricos, bem como os processos de eletrização.
No estudo do campo elétrico, os alunos devem formular e aplicar a lei de Coulomb
para quantificar a força de interação entre cargas elétricas. Eles devem compreender que o
campo elétrico gerado por uma carga modifica as propriedades elétricas do espaço e
reconhecer diferentes situações em que encontramos o campo elétrico. Além disso, eles
devem entender o conceito de campo como uma entidade física que medeia a interação entre
cargas e como a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga.
Os alunos também devem ser capazes de quantificar os campos elétricos gerados por
cargas pontuais e o campo elétrico uniforme. Eles devem compreender a interação de cargas
pontuais e materiais condutores e dielétricos imersos em um campo elétrico. Além disso,
devem diferenciar potencial de campo elétrico, aplicar o conceito de diferença de potencial e
calcular o trabalho elétrico em diferentes situações. Devem também compreender o
funcionamento dos capacitores.
No estudo da corrente elétrica, os alunos devem compreender o modelo teórico da
corrente elétrica a partir da ação do campo sobre as cargas, relacionando-a com a quantização
da carga e as propriedades elétricas dos materiais, como a condutividade e resistividade
elétrica. Eles devem calcular a intensidade de corrente elétrica a partir do fluxo de cargas e
entender as propriedades elétricas dos materiais, como a resistividade e a condutividade.
Além disso, os alunos devem compreender a relação entre tensão, resistência e
corrente elétrica por meio da lei de Ohm e aplicá-la a situações do cotidiano. Eles devem ser
capazes de aplicar as noções de energia e potência elétrica para quantificar o consumo de
energia por um aparelho elétrico, bem como compreender a geração de calor a partir da
energia elétrica, o chamado efeito Joule.
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Figura 01 – Campo elétrico

Fonte: compilação do autor

Figura 02, atração de cargas

Fonte: Compilação do autor

Figura 03 – repulsão de cargas

Fonte: Compilação do autor


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5. AÇÕES DESENVOLVIDAS

De maneira geral, os alunos apresentam um bom desempenho no aprendizado de


Física, a grande maioria possui um conhecimento satisfatório em Matemática. Entretanto, é
notável que uma pequena porcentagem dos alunos ainda apresenta dificuldades em operações
básicas, como divisão e multiplicação com notações científicas. Com o intuito de ajudar o
professor a aprimorar o ensino dessa matéria, fui designado, junto com meu colega, a produzir
um vídeo com exemplos práticos dessas operações, visando melhorar o progresso dos alunos
nessa área específica.

6. REUNIÕES COLETIVAS

A primeira reunião ocorreu em 11/11/2022, na sede central da UTFPR, com início às


10h00, em formato presencial. Nessa reunião, foram discutidas as questões referentes à
caracterização do projeto e à definição dos professores responsáveis pelos grupos em cada
escola.
Já a segunda reunião aconteceu na terça-feira, 20/12/2022, também em formato
presencial, na sede da UTFPR, às 10h00. Nessa ocasião, os professores responsáveis
apresentaram-se aos alunos do PIBID.
Por fim, a terceira reunião foi realizada em 15/03/2023, às 10h00, na sede central da
UTFPR, de forma presencial. Na pauta, foram abordados brevemente temas como a
disponibilidade de acesso à "salinha do PIBID" e as primeiras impressões de cada escola.
Houve ainda um debate produtivo entre os alunos do CPM e do Paulo Leminski sobre as
diferenças de realidade entre as escolas.

7. REFLEXÕES E APRENDIZAGEM NO PIBIB

Com base na minha experiência na escola e no acompanhamento dos professores,


sempre é bom ter um ótimo diálogo com os alunos, ser compreensível e manter a calma diante
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deles. Além disso, é importante tentar sempre ter uma aula bem ilustrada, atualizando
constantemente o material pedagógico com slides, imagens, exercícios, desenhos, entre outros
recursos.
Além disso, é fundamental que o professor esteja sempre preparado e atualizado sobre
as matérias que leciona, buscando se capacitar e se atualizar constantemente. Também é
importante ter uma boa organização das aulas e planejar o conteúdo a ser abordado, visando
atender as necessidades dos alunos e otimizar o tempo em sala de aula.
Outro aspecto relevante é a habilidade de motivar os alunos e estimular o seu interesse
pelo aprendizado, usando técnicas de gamificação, projetos práticos, atividades dinâmicas,
entre outras metodologias pedagógicas que possam tornar o ensino mais interativo e
envolvente.
Por fim, é fundamental que o professor seja paciente, empático e respeitoso com todos
os alunos, independentemente de suas diferenças culturais, sociais ou de aprendizado. Isso
ajuda a criar um ambiente acolhedor e inclusivo, onde todos se sintam valorizados e
respeitados.

8. REFERÊNCIAS
file:///C:/Users/orlan/Downloads/Planejamento%20Fisica%202%20ano_2023_Jeferson
%20e%20Thiago_230516_111302%20(1).pdf

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