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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Jenifer e Corrêa Pereira


Marcélia Protázio dos Santos Oliveira

Relatório de observação
Relatório de observação da Escola de Aplicação da UFPA

Belém
2022
Jenifer e Corrêa Pereira

Marcélia Protázio dos Santos Oliveira

Relatório de observação
Relatório de observação da Escola de Aplicação da UFPA

Trabalho apresentado para a Disciplina Prática


Curricular Continuada I - Estratégia de Ensino
da História 6 ao 9 Ano, pelo Curso de
Licenciatura em História da Universidade
Federal do Pará (UFPA), ministrada pela Prof.
Dr. Erinaldo Vicente Cavalcanti

Belém
2022
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RESUMO

Esse relatório de observação, apresentado ao componente curricular Prática Curricular


Continuada I - Estratégia de Ensino da História 6 ao 9 Ano, no ano letivo 2022.2, do Curso
de Licenciatura Plena em História da Universidade Federal do Pará. Discute-se nele as
estruturas físicas da Escola de Aplicação da UFPA, a metodólogia utilizada pelos
professores acompanhados pelas alunas e uma breve discussão sobre as práticas de ensino
da escola e dos professores e a importância da realização dos estágios para os alunos de
graduação.

Palavras-chave: Estágio; Ensino; Observação; História.


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SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................................... 2
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 OBSERVAÇÃO - ESTRUTURA FÍSICA/MATERIAL .............................................. 6
3 OBSERVAÇÃO - EM SALA DE AULA .................................................................. 12
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 14
5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 15
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Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.


Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo.
Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los
para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser
pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros
em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não
podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado.
Só pode ser encorajado. (ALVES, 2001)
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1 INTRODUÇÃO

É notória a importância do papel da escola na formação do cidadão, que a mesma deve


atuar na socialização do conhecimento. Dessa maneira, fomentar um planejamento escolar, que
atenda a diversidade do ensino que se constitui dentro e fora dos muros escolares. Pensando
nisso, “A configuração da singularidade e da particularidade da instituição educativa” (VEIGA,
2003, p. 275), é a essência e identidade da escola e também a materialização da ideologia da
instituição educadora, expondo o que os seus elaboradores consideram importantes ou não,
Dessa forma, o presente relatório tem como objetivo relatar o processo de observação
realizado na Escola de Aplicação da UFPA para a disciplina da Prática Curricular
Continuada I - Estratégia de Ensino da História 6 ao 9 Ano para os alunos da turma de
Licenciatura em História da Universidade Federal do Pará. Importante ressaltar que a
realização do estágio escolar é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (L nº 9.394/96) possibilitando o aluno a experiência na teoria e a realização
docente. Logo, tal prática possibilita o discente colocar em ação e observar tudo que aprende
em salas de aula, caracterizando-se como um educativo supervisionado, desenvolvido para o
processo de formação profissional. Sendo assim, a Prática Curricular Continuada é uma
atividade indispensável no processo de formação do discente, uma vez que os futuros
professores a constituição dos aprendizados dos mesmos se formenta na diversificação do
conhecimento, possibilitando o maior aprendizado no âmbito escolar.
A metodologia utilizada para cumprir as metas da disciplina de Prática Curricular
Continuada I - Estratégia de Ensino da História 6 ao 9 Ano abarca primeiramente na
observação do ambiente e espaço escolar, em seguida o acompanhamento dos professores de
história em sala de aula. Tais práticas possibilitaram a maior identificação com a realidade
escolar diversa. Nota-se que durante todo o estágio a prática de regência não foi executada, se
limitando na participação em sala de aula (distribuição de provas e trabalhos junto a breves
comentários referentes a disciplina) que ocorreram nas turmas de 8° ano do ensino
fundamental II (8004) e 3° do ensino médio (305). Conforme, Almeida (1995) os estágios
curriculares devem ser desenvolvidos em três etapas: primeiro a observação, na qual o
discente tem contato direto com os alunos e fica responsável em observar a aula do professor
destas, anotando num caderno próprio o seguimento da aula; a segunda é a participação do
estagiário, que fica limitado na realização das atividades em vontade do professor da classe,
que configura-se na maioria das vezes limitado em observar pequenas atividades, a ultima
etapa ainda não foi realizada mas se constitui na regência das aulas, através da intervenção,
elaboração de um plano de aula acompanhado de sua execução e avaliação do professor, que
deve realizar comentários que busquem o aprimoramento do discente.
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2 OBSERVAÇÃO- ESTRUTURA FÍSICA/MATERIAL

A Escola de Aplicação da Universidade, fundada em 1963, localiza-se na Av. Perimetral,


1000 no bairro da Terra Firme em Belém, Pará. Até o ano de 2006 a Escola de Aplicação da
Universidade Federal do Pará (EA-UFPA), era denominada Núcleo Pedagógico Integrado (NPI)
sendo vinculada com a UFPA. Por essa razão, a ideia inicial do colégio era o atendimento das
aulas práticas dos cursos de licenciatura em Letras e Artes junto ao oferecimento do ensino
gratuito de qualidade aos filhos dos funcionários da universidade, sem a distinção do seu grau
de trabalho na instituição superior, seguindo uma concepção democrática.
Escola de Aplicação da UFPA atende desde a educação infantil básica até o ultimo grau
do ensino médio, tendo sua formação institucional por: Conselho Escolar, Diretoria, Assessoria,
Divisão Administrativa, Secretária, Secretária Administrativa, Secretária Acadêmica,
Coordenação Pedagógica, Coordenações de Ensino, Coordenação de Pesquisa e Extensão,
Coordenação de Estágio e Coordenações de Disciplinas.

Fonte: Página do Google Imagens

Foto: Mardyson Paz, 2015

A instituição totaliza até dado momento 173 docentes, estando configurados entre
efetivos e substitutos, possui 57 técnicos administrativos, dentre eles 54 estão em efetivo
exercício. Além disso, 29 deles são bolsistas e 9 formando as coordenações e subunidades da
formação institucional. Encontram-se matriculados na instituição 1.800 alunos que se
encontram distribuídos em torno das salas de aula da instituição, sendo cada uma delas
aparadas por uma lousa de vidro, possuindo um espaço climatizado, uma boa iluminação e
acesso a recursos multimídias. Contudo, pode-se observar uma diferença em relação as
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paredes e carteiras dos estudantes em comparação com os espaços do ensino médio com o
ensino fundamental II, na qual o ensino médio aparentou em suas salas de aula o melhor
estado de conservação.

Fonte: Arquivo da autora

Foto: Marcélia Protázio dos Santos Oliveira, 2022

A escola possui um espaço amplo e aberto, com um intenso contato com a natureza.
Contudo, os objetos e meios de infraestrutura disponibilizados para os alunos se encontram
em condições de baixa ou ausente manutenção. As atividades físicas podem ser realizadas
tanto na sala de dança, ministrada pelos professores de educação fisica como em qualquer
uma das duas quadras presentes na instituição.
Os banheiros são amplos e se encontram em local acessível a todos os alunos, porém o
estado de conservação do espaço (portas e paredes), encontram-se riscados e algumas portas
possuem dificuldades para fechar. Em relação a limpeza, é realizada frenquentemente, devido
ao elevado número de estudantes, pelos auxiliares de serviços gerais da escola. Os bebedouros
também estão em locais acessíveis e de maneira acessível, contudo consta-se a questão de um
vazamento de água moderado. Em relação aos cuidados ao COVID-19 encontra-se distribuido
s pela escola placas de incentivo a utilização de máscaras, em contrapardida se distruibui
pontos de utilização de alcool em gel pela escola e foi constado que a maioria encontram-se
vazios.
A biblioteca da escola encontra-se atualmente em reforma, mas isso não impede seu
regular funcionamento apesar de folhetins como por exemplo a respeito da história da
biblioteca e da escola que antes eram distribuídos e no momento não estão sendo distribuídos.
O espaço possui apenas uma bibliotecária e um computador funcionando, além disso não
exige muitos documentos para o emprestimo de livros apenas a necessidade de vinculação
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com a instituição, uma foto 3x4 e um telefone para contato e além disso o cadastro é aberto
tanto para alunos como para servidores do local, consultas possíveis para todos e não
necessita de cadastro. Além disso, o espaço se modernizou, mesmo com a quantidade de
computadores diminuindo, e agora possui redes sociais relacionadas a biblioteca, como por
exemplo eventos que lá ocorreram. Em relação a tal local o mesmo é bastante utilizado pelos
professores, pricipalmente por aqueles que possuem projetos, foi comentado brevemente
sobre a parceria da escola com o arquivo público e a exposição dos documentos do Brasil
República no ano de 2019. O espaço não muito grande, mas atende as necessidades básicasdos
alunos pois possui uma quantidade moderada de livros e revistas, porém o material em
alguns casos encontra-se defasado. Além disso, mesmo sendo um espaço para os alunos e
servidores não foi evidênciado a presença expressiva deles no local, além de comentários que
os mesmos não conhecem os materais que lá se encontram.

Fonte: Arquivo da autora

Foto: Marcélia Protázio dos Santos Oliveira, 2022

As refeições são fornecidas pela escola de maneira gratuita, dispõem de um cardápio


variado para a semana, composto por mingau de tapioca, bolacha acompanhada de suco, baião
de dois entre outros e são servidos ao longo das três refeições essenciais do dia, mas que
visivelmente não corresponde a uma boa dieta para os alunos que, em sua maioria, são jovens
em fase de crescimento. Possui um espaço adequado para a realização da refeição dos
estudantes, compostos de mesas e cadeiras escolares, o mesmo não é muito espaçoso, por essa
razão dividi-se a realização das refeições por blocos de turnos das séries escolares.
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Fonte: Arquivo da autora

Foto: Marcélia Protázio dos Santos Oliveira, 2022

Fonte: Arquivo da autora

Foto: Marcélia Protázio dos Santos Oliveira, 2022

As coordenações junto as subunidades encontram-se em um local de fácil acesso tanto


para professores quanto para os diversos alunos, tendo o local uma facilidade para os alunos
com dificuldades motoras, visto que não se encontram escadas para esses locais tendo a
presença de rampas para os mesmos. A sala dos professores é grande, possui mesas com
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cadeiras e sofás, locais para os professores guardarem os seus materiais. Contudo em relação
as salas de aula, o acesso a elas ocorre por meio de escadas e o elevador atualmente não
funciona e não houve manutenção. Nas turmas acompanhadas não se observou a presença de
nenhum aluno PcD, no entanto quando perguntado a coordenação constatou-se a presença dos
mesmos na escola mesmo que estejam reduzidos em comparação ao número que devia ser
esperado.

Fonte: Arquivo da autora

Foto: Marcélia Protázio dos Santos Oliveira, 2022

Fonte: Arquivo da autora

Foto: Marcélia Protázio dos Santos Oliveira, 2022

Em relação às atividades extracurriculares a escola fornece o aprendizado de


quatro línguas além da nativa, sendo elas espanhol, alemão, francês e inglês o ultimo
como matéria obrigatória da escola devido a reformulação do ensino médio, antes disso
ocorria de forma intercalada para possibilitar os alunos o contato com todas.

Possui atualmente 26 projetos de pesquisa e extensão na atualidade, sendo eles


em um fluxo constante tendo a tendência de aumentarem. Por exemplo, possui-se o
projeto de pesquisa “História da Hanseníase” desenvolvido pela professora Elaine
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Rodrigues que busca as notícias referentes a parasitose nos jornais de época através dos
periódicos do CENTUR, além dela destaque para o projeto de dança (matéria
obrigatória para o quarto e nono ano) “A dança em cena na escola de aplicação:
desenvolvendo a inclusão digital e social em benéfico da comunidade” projeto que deu
tão certo que outro projeto de balé derivou do mesmo. Todos os projetos e pesquisas da
instituição são apoiados no tripé universitário “pesquisa, ensino e extensão”.

Fonte: Arquivo da autora

Foto: Marcélia Protázio dos Santos Oliveira, 2022

As anotações do cumprimento e acompanhamento da disciplina de estágio ficou


guardado em uma ficha cadastral que deveria ser preenchida e assinada pelos referidos
responsáveis. Tendo a orientação ocorrida no dia 13/04 sendo ministrada pela secretária da
escola a qual passou o regimento e procedimentos que deveriam ser cumpridos pelo
estágiario junto a necessidade do cumprimento de 12 horas de carga horária.

Tal análise da infraestrutura tecnica e física possibilita-se perceber que mesmo com
problemas como qualquer ambiente educacional em comparação com a grande maioria do
ensino público no país a escola possui uma grande qualidade.
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3 OBSERVAÇÃO - EM SALA DE AULA

Observação da prática pedagógica adotada pelos professores e seu cotidiano em sala de


aula, buscando identificar suas estratégias de ensino, recursos utilizados, forma de avaliação,
recepção dos alunos em relação a disciplina.
O processo de acompanhamento dos professores em sala de aula ocorreu em dois
momentos, sendo o primeiro no dia 18/04 e 24/05, um total de quatro aulas. Foi realizado em
duas turmas distintas, buscando assim visualizar as diferentes abordagens, ocorrendo na turma
de terceiro ano do ensino médio e a de oitavo ano do ensino fundamental, ministradas pelo
professor Orival Rocha Medeiros e a professora Elaine Cristina Rodrigues Gomes, esses sendo
respectivamente em cada ano escolar. O processo de execução de regência em sala de aula não
ocorreu, limitado apenas em observar. As salas de aulas variavam na quantidade de alunos, mas
possuíam um intervalo de 30-24 alunos, sendo esses de ambos os sexos e residentes do estado
paraense.
A primeira aula observada ocorreu no primeiro horário e foi da turma 305 do ultimo ano
do ensino médio. Iniciou-se com a entrega do teste ministrado pelo professor, em seguida
discutiu-se o planejamento do plano de aula, junto o inicio do tema da aula “Brasil República”
foi utilizado slides acerca do tema. O professor notificou aos alunos que se tratava de um teste
crucial para a avaliação deles, e não apenas um teste de diagnóstico ao que os alunos
demonstraram surpresa e certa ansiedade pelo fato de não saberem disso no ato da realização do
exame. Na aula notou-se que o foco da disciplina estava para o Enem, acabando por se limitar a
participação dos alunos que apenas assistiram a aula de forma corrida e sem muito entusiasmo.
Em conversa com o professor o mesmo explicou que não possuía tempo para projetos com os
alunos devido à necessidade da realização do Exame do Ensino Médio e quem também era
avesso a estágios no ensino médio, sendo de certa forma rude e mau humorado com as
estagiárias.
A segunda aula observada ocorreu no período da tarde nos últimos horários na turma
8004. Nessa aula logo de início ocorreu a intensa participação dos alunos, devido a professora
explicar o novo projeto que os mesmos irão realizar uma “Olimpíada de História” em sua turma
na qual a formulação das etapas (3 que começam de fácil, médio e difícil) serão alinhadas com
práticas teóricas e físicas, assim favorecendo o aprendizado dos mesmos. Foi explicado pela
professora e os alunos se empolgaram com a ideia aceitando e escrevendo bilhetes de sugestões
para a professora, a atividade será relacionada a Revolução Francesa, a docente busca dar um
destaque a história das mulheres para provocar a maior reflexão dos mesmos. Foi também
conversado a respeito do interesse dos alunos em analisar documentos históricos e comentou-se
de duas atividades realizadas a visita do Arquivo Público em 2019 e a atividade realizada duas
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semanas atrás na qual, a professora fez uma mini exposição da biblioteca com itens e textos do
assunto de Revolução Industrial. Outro ponto que vale comentar-se que uma aluna exemplar
acabou por ter uma crise de ansiedade e recebeu apoio pelos colegas e cuidado da professora, a
mesma que se mostrou deveras preocupada. Em relação as notas, a turma realizam diversas
atividades de fixação e possui uma média 8 na entrega de suas provas. Os alunos de modo geral
são bastante participativos e demonstram um genuíno interesse na matéria chegando a relacionar
os assuntos diversos de história ministrados entre si.
É interessante relacionar as diferenças de análise entre uma turma de fundamental a uma
do ensino médio. Pode-se começar a análise pela estrutura das salas de aula, enquanto as de
ensino médio possuem uma aparência de serem mais novas não sendo encontrado nenhuma
carteira e/ou parede riscada as turmas de ensino fundamental possuem a maioria de suas
cadeiras riscadas e a presença de desenhos e frases em suas paredes. Contudo, em relação ao
conforto todas as turmas possuíam refrigeração, aparelhos de multimídia disponíveis e materiais
de escritório para o uso de seus professores.
Em relação a forma que se ministra as aulas nota-se o processo de construção que os
alunos possuem desde a base em construir um pensamento critico nos mesmos, logo, entende-se
a razão da professora do ensino fundamental em buscar maiores atividades que visem o
conhecimento, reflexão e interesse do aluno nas séries menores. Em contrapartida, é buscado
esse processo nas salas de aula do ensino médio, porém não ocorre de maneira tão direta como
nas outras evidenciando certo método cartesiano, como uma expressão matemática, não
deixando espaço para a crítica e troca de informações entre aluno e professor. A preocupação
com o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) deixa em segundo plano o verdadeiro foco
das aulas, que segundo Libâneo é:

A característica mais importante da atividade profissional do professor é a


mediação entre aluno e sociedade, entre as condições de origem do aluno e sua
destinação social na sociedade, papel que cumpre provendo as condições e os meios
(conhecimentos, métodos, organização do ensino) que assegurem o encontro do aluno
com as matérias de estudo. (LIBÂNEO, 2013, p. 48)

Nota-se que isso é praticado mais no ensino fundamental do que no ensino médio, em
que o professor se dedica exclusivamente para o ENEM e consequentemente o aluno se torna
desinteressado, não se vendo como parte ou produto dos fatos históricos apresentados, além de
buscar o seno critico por si só.
Por fim, segundo o artigo 35, da Lei nº. 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), o Ensino Médio, etapa final da educação básica, tem como finalidades: o
aprimoramento do educando como ser humano, sua formação ética, desenvolvimento de sua
autonomia intelectual e de seu pensamento crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o
desenvolvimento de competências para continuar seu aprendizado. Assim pode-se considerar
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que para chegar em tal estágio é necessário o processo de construção desde o ensino
fundamental até médio. Sempre buscando promover reflexões e a criatividade dos alunos em
sala de aula acerca dos conteúdos ministrados buscando que o mesmo possa visualizar-se dentro
das aulas.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final da experiência de prática de obervação do estágio é notório as diferenças do


que é ministrado nas salas de aula da Universidade (teoria) com o que é ensinado em salas de
aula na escola de educação (prática). Portanto, sugere um processo de adaptação tanto dos
professores como do estudante em formação acadêmica. “as disciplinas passam por processos
de alterações, de acorco com as nececidades do meio e da sociedade. (Bittencourt, 2005, p.
17).
A realidade observada durante o período do estágio é um rompimento ao metodo
tradicionalista de ensino na qual se configura no uso indispensável do livro didático que acaba
por reprimir a participação dos alunos que ficam limitados em copiar os livros e a capacidade
crítica do assunto. Isso acaba por acarretar em desinteresse e na continuidade de um processo
de memorização sem um real aprendizado, pois através da troca de saberes, a aprendizagem se
torna mais prática e de grande importância funcional durante o processo ensino-
aprendizagem.
A prática do incentivo a projetos de extensão e pesquisa proporciona a quebra com uma
única abordagem que seria o método tradicionalista, com o professor utilizando todos os
espaços de aprendizagem que se possui na escola e indo além, envolvendo a comunidade e a
utilizando para o melhor ensino dos alunos.

Deste modo, cabe dizer que a superação da visualização da disciplina de História como
algo metódico e pautado na memorização dos conteúdos, algo indispensável. Para realizar tal
é necessário sempre a promoção do envolvimento do aluno com a escola e o ensino, junto a
compreensão de suas demandas externas e internas. Estimulando assim sua criatividade e
senso de observação da sociedade. Cabe a nós, futuros professores, vencer e superar a prática
de uma História como disciplina estática que foi e continua sendo trabalhada nas escolas.
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5 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Jane Soares de. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação


de professores. Cad. Pesquisa, São Paulo, nº. 93 (p. 22-23), maio de 1995. Disponível
em:http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/649.pdf

BITTENCOURT, C. (org.). 2005. O saber histórico na sala de aula. 10a ed., São
Paulo, Contexto, 175 p.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional - Leinº.9.394 de 20/12/96. Brasília, DF: Gráfica do Senador Federal, 1999.
FRANÇA, Dimair de Souza. Formação de Professores: a parceria escola-
universidade e os estágios de ensino. São Leopoldo – RS. UNI revista - Vol. 1, n° 2: (abril
2006). Disponível em:http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Franca.pdf.
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e
prática. 2ªedição. São Paulo: Cortez, 1995.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora, 2013.
ALVES, Rubens. Gaiola e Asas. São Paulo: Folha de São Paulo, 2001. Disponível
em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0512200109.htm
VEIGA, I. P. A. Inovações e projeto político-pedagógico: uma relação
regulatória ou emancipatória? Cad. Cedes, Campinas, v. 23, n. 61, p. 267-281, dezembro
2003 Disponível em http://www.cedes.unicamp.br
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